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Deficiência de testosterona na mulher: causas, sintomas e por que reequilibrar

A testosterona também é um hormônio feminino. Apesar de amplamente associada à saúde masculina, a testosterona é um hormônio fundamental para a mulher. Produzida principalmente nos ovários e nas glândulas adrenais, ela exerce papel essencial em diversas funções fisiológicas, desde o metabolismo e o equilíbrio emocional até a vitalidade sexual e a manutenção da massa magra. Nos últimos anos, a compreensão sobre a importância da testosterona na fisiologia feminina tem se ampliado, permitindo que a clínica médica avance no diagnóstico e no manejo das deficiências hormonais com mais precisão e segurança. O que é a deficiência de testosterona na mulher A deficiência de testosterona ocorre quando os níveis desse hormônio estão abaixo do ideal para o funcionamento fisiológico do organismo feminino. É importante destacar que “abaixo do ideal” não se restringe aos valores de referência laboratoriais. A interpretação deve sempre considerar a individualidade biológica, os sinais clínicos e a fase de vida da paciente. Mulheres podem apresentar sintomas de deficiência mesmo com resultados laboratoriais dentro do chamado “intervalo normal”. Isso porque os parâmetros de referência muitas vezes não refletem o ponto ótimo de equilíbrio hormonal, mas sim médias populacionais amplas, que desconsideram variações fisiológicas e contextuais. Causas da deficiência de testosterona feminina A produção de testosterona na mulher pode ser afetada por diversos fatores, fisiológicos ou adquiridos. Entre as principais causas, destacam-se: Envelhecimento natural: a produção ovariana e adrenal declina progressivamente a partir dos 30 anos, acentuando-se após a menopausa. Uso prolongado de anticoncepcionais hormonais: a supressão do eixo hipotálamo-hipófise-ovariano reduz a síntese endógena de androgênios. Estresse crônico: o aumento do cortisol pode inibir a produção de DHEA e testosterona. Disfunções adrenais ou ovarianas: como insuficiência adrenal, síndrome dos ovários policísticos com exaustão androgênica ou falência ovariana precoce. Baixo consumo proteico ou dietas restritivas: prejudicam a síntese hormonal. Uso de alguns medicamentos: como corticoides, antiandrogênicos e opioides. Cada uma dessas condições interfere de forma distinta no eixo hormonal, reforçando a importância de uma avaliação clínica completa e individualizada. Sintomas da deficiência de testosterona na mulher Os efeitos da deficiência de testosterona podem se manifestar de forma ampla, afetando a saúde física, mental e sexual da mulher. Entre os principais sinais e sintomas estão: Queda de libido e diminuição da sensibilidade sexual; Fadiga constante e queda de energia; Redução da massa magra e aumento da gordura corporal; Dificuldade de ganho muscular mesmo com exercícios; Alterações de humor, como irritabilidade, apatia ou depressão leve; Dificuldade de concentração e lentidão cognitiva; Perda de densidade óssea e risco aumentado de osteopenia; Piora da qualidade do sono e sensação de cansaço ao acordar. Esses sintomas muitas vezes são atribuídos a fatores emocionais, ao envelhecimento ou a distúrbios de outras origens, o que pode retardar o diagnóstico. Por isso, a escuta clínica e a correlação entre queixas e parâmetros hormonais são indispensáveis para um diagnóstico preciso. Por que a avaliação deve ir além do exame laboratorial A dosagem isolada de testosterona TOTAL não é suficiente para avaliar a real disponibilidade do hormônio ativo no organismo feminino. O ideal é que se investiguem também parâmetros como testosterona LIVRE, SHBG (globulina ligadora de hormônios sexuais) e DHEA/DHEA-S, além de outros hormônios correlatos, como estradiol, progesterona e cortisol. Mais importante que os números, no entanto, é a interpretação clínica integrada. A fisiologia hormonal é um sistema interdependente, e a deficiência de um hormônio raramente ocorre de forma isolada. Observar o contexto metabólico, o estilo de vida, o padrão de sono, a alimentação e o nível de estresse é essencial para definir o diagnóstico e as condutas terapêuticas adequadas. A importância de reequilibrar a testosterona Reequilibrar a testosterona significa restaurar o funcionamento fisiológico integral do organismo feminino, não simplesmente corrigir um número laboratorial. Além disso, é fundamental considerar que toda correção deve visar exclusivamente o cuidado e a manutenção da saúde, nunca fins estéticos ou puramente de melhora da performance física desportiva. A otimização dos níveis hormonais impacta positivamente: O metabolismo, favorecendo melhor composição corporal e gasto energético; A saúde cardiovascular, com melhora do perfil lipídico e da sensibilidade à insulina; A saúde óssea e muscular, reduzindo o risco de osteoporose e sarcopenia; O bem-estar mental, com aumento da disposição, autoconfiança e clareza cognitiva; A função sexual e a qualidade de vida. O reequilíbrio deve ser conduzido com acompanhamento médico qualificado, baseando-se em princípios da fisiologia hormonal e da medicina preventiva, sempre com segurança, ética e individualização. Conclusão A deficiência de testosterona na mulher é um tema que exige atenção crescente na prática clínica. Reconhecer o papel desse hormônio na fisiologia feminina é fundamental para promover saúde integral, longevidade e qualidade de vida. Mais do que normalizar valores laboratoriais, trata-se de restaurar o equilíbrio do organismo como um todo, respeitando a individualidade de cada paciente e os princípios da fisiologia. Se você é médico e gostaria de aprofundar seus conhecimentos sobre a Fisiologia Hormonal e direcionar sua prática ao cuidado integral e antecipado da saúde, conheça o Curso Hormonologia e Terapias Integrativas. Estão abertas as inscrições para a próxima turma!

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Integrativa em Foco

A testosterona também é um hormônio feminino. Apesar de amplamente associada à saúde masculina, a testosterona é um hormônio fundamental para a mulher. Produzida principalmente nos ovários e nas glândulas adrenais, ela exerce papel essencial em diversas funções fisiológicas, desde o metabolismo e o equilíbrio emocional até a vitalidade sexual e a manutenção da massa magra. Nos últimos anos, a compreensão sobre a importância da testosterona na fisiologia feminina tem se ampliado, permitindo que a clínica médica avance no diagnóstico e no manejo das deficiências hormonais com mais precisão e segurança. O que é a deficiência de testosterona na mulher A deficiência de testosterona ocorre quando os níveis desse hormônio estão abaixo do ideal para o funcionamento fisiológico do organismo feminino. É importante destacar que “abaixo do ideal” não se restringe aos valores de referência laboratoriais. A interpretação deve sempre considerar a individualidade biológica, os sinais clínicos e a fase de vida da paciente. Mulheres podem apresentar sintomas de deficiência mesmo com resultados laboratoriais dentro do chamado “intervalo normal”. Isso porque os parâmetros de referência muitas vezes não refletem o ponto ótimo de equilíbrio hormonal, mas sim médias populacionais amplas, que desconsideram variações fisiológicas e contextuais. Causas da deficiência de testosterona feminina A produção de testosterona na mulher pode ser afetada por diversos fatores, fisiológicos ou adquiridos. Entre as principais causas, destacam-se: Envelhecimento natural: a produção ovariana e adrenal declina progressivamente a partir dos 30 anos, acentuando-se após a menopausa. Uso prolongado de anticoncepcionais hormonais: a supressão do eixo hipotálamo-hipófise-ovariano reduz a síntese endógena de androgênios. Estresse crônico: o aumento do cortisol pode inibir a produção de DHEA e testosterona. Disfunções adrenais ou ovarianas: como insuficiência adrenal, síndrome dos ovários policísticos com exaustão androgênica ou falência ovariana precoce. Baixo consumo proteico ou dietas restritivas: prejudicam a síntese hormonal. Uso de alguns medicamentos: como corticoides, antiandrogênicos e opioides. Cada uma dessas condições interfere de forma distinta no eixo hormonal, reforçando a importância de uma avaliação clínica completa e individualizada. Sintomas da deficiência de testosterona na mulher Os efeitos da deficiência de testosterona podem se manifestar de forma ampla, afetando a saúde física, mental e sexual da mulher. Entre os principais sinais e sintomas estão: Queda de libido e diminuição da sensibilidade sexual; Fadiga constante e queda de energia; Redução da massa magra e aumento da gordura corporal; Dificuldade de ganho muscular mesmo com exercícios; Alterações de humor, como irritabilidade, apatia ou depressão leve; Dificuldade de concentração e lentidão cognitiva; Perda de densidade óssea e risco aumentado de osteopenia; Piora da qualidade do sono e sensação de cansaço ao acordar. Esses sintomas muitas vezes são atribuídos a fatores emocionais, ao envelhecimento ou a distúrbios de outras origens, o que pode retardar o diagnóstico. Por isso, a escuta clínica e a correlação entre queixas e parâmetros hormonais são indispensáveis para um diagnóstico preciso. Por que a avaliação deve ir além do exame laboratorial A dosagem isolada de testosterona TOTAL não é suficiente para avaliar a real disponibilidade do hormônio ativo no organismo feminino. O ideal é que se investiguem também parâmetros como testosterona LIVRE, SHBG (globulina ligadora de hormônios sexuais) e DHEA/DHEA-S, além de outros hormônios correlatos, como estradiol, progesterona e cortisol. Mais importante que os números, no entanto, é a interpretação clínica integrada. A fisiologia hormonal é um sistema interdependente, e a deficiência de um hormônio raramente ocorre de forma isolada. Observar o contexto metabólico, o estilo de vida, o padrão de sono, a alimentação e o nível de estresse é essencial para definir o diagnóstico e as condutas terapêuticas adequadas. A importância de reequilibrar a testosterona Reequilibrar a testosterona significa restaurar o funcionamento fisiológico integral do organismo feminino, não simplesmente corrigir um número laboratorial. Além disso, é fundamental considerar que toda correção deve visar exclusivamente o cuidado e a manutenção da saúde, nunca fins estéticos ou puramente de melhora da performance física desportiva. A otimização dos níveis hormonais impacta positivamente: O metabolismo, favorecendo melhor composição corporal e gasto energético; A saúde cardiovascular, com melhora do perfil lipídico e da sensibilidade à insulina; A saúde óssea e muscular, reduzindo o risco de osteoporose e sarcopenia; O bem-estar mental, com aumento da disposição, autoconfiança e clareza cognitiva; A função sexual e a qualidade de vida. O reequilíbrio deve ser conduzido com acompanhamento médico qualificado, baseando-se em princípios da fisiologia hormonal e da medicina preventiva, sempre com segurança, ética e individualização. Conclusão A deficiência de testosterona na mulher é um tema que exige atenção crescente na prática clínica. Reconhecer o papel desse hormônio na fisiologia feminina é fundamental para promover saúde integral, longevidade e qualidade de vida. Mais do que normalizar valores laboratoriais, trata-se de restaurar o equilíbrio do organismo como um todo, respeitando a individualidade de cada paciente e os princípios da fisiologia. Se você é médico e gostaria de aprofundar seus conhecimentos sobre a Fisiologia Hormonal e direcionar sua prática ao cuidado integral e antecipado da saúde, conheça o Curso Hormonologia e Terapias Integrativas. Estão abertas as inscrições para a próxima turma!

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Neste último Seminário Internacional, associados SOBRAF contaram com benefícios especiais: doces saudáveis, chaveiros personalizados (brinde exclusivo), suporte ao portal e aplicativo, descontos especiais de renovação, a 4ª Exposição de Trabalhos Científicos e outros benefícios exclusivos. Brindes Especiais Além da caneta e do bóton, oferecemos também os chaveiros personalizados. Na sexta e no sábado, os associados presentes tiveram a oportunidade de customizá-los durante o evento, agregando um toque exclusivo à recordação. Doces Saudáveis Durante os dias do evento, nossos associados puderam se deliciar com doces saudáveis, desenvolvidos com ingredientes naturais, sem açúcar, glúten e leite — incluindo opções veganas. 4ª Exposição de Trabalhos Científicos Neste ano, 9 artigos científicos participaram da exposição e foram criteriosamente selecionados por uma banca avaliadora. As autoras dos 3 artigos vencedores receberam premiações de acordo com sua categoria e um troféu de menção honrosa. ANAIS de Exposição Aproveitamos para lançar as edições de 2022 e 2023 dos Anais de Exposição!Pela primeira vez, os artigos selecionados para a Exposição Científica da SOBRAF — cuja apresentação acontece nos eventos internacionais que promovemos juntamente com o Grupo Longevidade Saudável — foram publicados oficialmente. Um passo essencial para consolidar a produção científica da nossa comunidade médica. As edições digitais estão disponíveis na Área de Associados. Premiação dos Vencedores No sábado, dia 11/10, as vencedoras receberam seus certificados, premiações e troféus entregues pela Dra. Nayara Belleza, membro de nossa Comissão Clínica. 1º lugar: Dra. Sandra Dircinha Teixeira de Araújo Moraes 2º lugar: Dra. Ana Carolina de Carvalho Almeida Boson 3º lugar: Paula Moura Del Comuni Momento de Autógrafos A SOBRAF teve a honra de receber a Dra. Felice Gersh para uma sessão de autógrafos do livro “SOS SOP: um guia ginecológico para o equilíbrio feminino”, com dedicatórias especiais aos participantes. Nosso agradecimento especial a todos os associados que estiveram presentes neste Seminário, aos participantes da Exposição de Trabalhos e aos visitantes que passaram pelo estande da SOBRAF, contribuindo para uma experiência repleta de aprendizado e conexões. Até o próximo encontro!

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Integrativa em Foco

O termo burnout já está bastante difundido. Mas, na prática médica, ainda é comum que seus sintomas sejam confundidos com estresse pontual, depressão ou fadiga física, o que atrasa o diagnóstico e prejudica a recuperação do paciente. O que muitos não sabem é que os sintomas de burnout têm uma base fisiológica sólida e os hormônios estão no centro dessa desregulação. Neste artigo, vamos entender como o burnout afeta (e é afetado por) os principais eixos hormonais do organismo, e por que o olhar clínico sobre fisiologia hormonal pode transformar a abordagem e a recuperação desses pacientes. O que é burnout? A síndrome de burnout é um estado de exaustão física, emocional e mental crônica, relacionado ao estresse ocupacional persistente. Em muitos casos, é descrita como “esgotamento”, mas vai além de um simples cansaço. O burnout está associado a disfunções reais no sistema nervoso, hormonal e imunológico. Principais sintomas de burnout A lista de sintomas de burnout é extensa, e seu padrão varia de pessoa para pessoa. No entanto, alguns sinais são recorrentes e devem acender o alerta clínico: Fadiga física intensa, mesmo após repouso Dificuldade de concentração e lapsos de memória Sono não reparador ou insônia Irritabilidade, apatia ou desmotivação Redução da produtividade e do desempenho cognitivo Queda da libido Sensação de desconexão emocional ou despersonalização Aumento da frequência de gripes, infecções ou sintomas inflamatórios Alterações de apetite e ganho de peso Crises de ansiedade ou sensação de colapso interno É importante ressaltar que esses sintomas podem surgir de forma gradual e silenciosa, mascarados por compensações como a ingestão excessiva de café ou bebidas energéticas, uso de analgésicos, remédios para dormir ou até antidepressivos. A base fisiológica do burnout: eixo HPA e disfunção hormonal O burnout está diretamente ligado ao eixo hipotálamo–hipófise–adrenal (HPA), que regula a resposta ao estresse por meio da liberação de cortisol. Em condições agudas, o cortisol é essencial à sobrevivência. Mas, quando o estresse se torna crônico e constante, o eixo HPA entra em colapso. O que acontece com os hormônios nesse processo? Fase de hiperestímulo: o corpo libera grandes quantidades de cortisol. Fase de adaptação: os receptores começam a se dessensibilizar. Fase de exaustão: o eixo HPA se torna hipoativo, resultando em níveis cronicamente baixos de cortisol, um quadro conhecido como hipocortisolismo funcional. Esse padrão hormonal é comum em pacientes com burnout e está associado a diversos sintomas persistentes, especialmente fadiga, distúrbios do sono, ansiedade, dores crônicas e baixa imunidade. Outros hormônios impactados pelo burnout Além do cortisol, outros eixos hormonais são afetados de maneira significativa: 1. Melatonina O estresse crônico altera o ritmo circadiano e reduz a produção de melatonina, dificultando o início e a manutenção do sono profundo. Resultado: sono não reparador, que agrava a fadiga. 2. Insulina O aumento persistente do cortisol estimula resistência insulínica, hiperglicemia e acúmulo de gordura visceral. Resultado: alteração metabólica, ganho de peso e aumento do risco cardiometabólico. 3. Hormônios sexuais (testosterona, estradiol, progesterona) A via do estresse compete com a via de produção hormonal. Em situações prolongadas, o corpo desvia o precursor hormonal (pregnenolona) para produção de cortisol, prejudicando os níveis hormonais sexuais. Resultado: queda da libido, alterações menstruais, TPM agravada, sintomas de menopausa/andropausa precoce. 4. Neuro-hormônios como serotonina, dopamina e GABA A disfunção do eixo HPA prejudica a síntese e a recepção de neurotransmissores associados ao bem-estar. Resultado: humor deprimido, irritabilidade, sensação de desconexão. Burnout e prática clínica: por que o olhar hormonal é indispensável? Tratar burnout não é apenas afastar o paciente do trabalho ou prescrever ansiolíticos, ou antidepressivos. É necessário: Investigar e modular o eixo HPA Avaliar ritmos hormonais (ex: cortisol salivar ao longo do dia) Identificar carências nutricionais que afetam a produção hormonal Avaliar disfunções subclínicas Promover reequilíbrio fisiológico com estratégias integrativas Orientar práticas de gestão do estresse (mindfulness, meditação, yoga) Médicos que atuam com base na fisiologia hormonal podem detectar alterações precoces, prevenir o agravamento do quadro e oferecer abordagens mais duradouras e eficazes. Olhe além do burnout! Os sintomas de burnout não são apenas psicológicos. São expressões clínicas de um corpo em descompasso fisiológico. Reconhecer o papel dos hormônios nesse processo é essencial para oferecer acompanhamento médico mais completo, personalizado, preventivo e efetivo. Na SOBRAF, defendemos uma medicina centrada na causa, na fisiologia e na escuta ativa, na qual o burnout é visto com a seriedade e profundidade que exige. Se você é médico e gostaria de aprofundar seus conhecimentos em fisiologia hormonal, toque aqui e conheça o Curso Hormonologia e Terapias Integrativas, que está com as inscrições abertas. Se você é paciente e busca um médico com abordagem integrativa da saúde, toque aqui para acessar nossa Plataforma de Busca por Médicos e fazer sua pesquisa por especialidade ou localidade.

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Integrativa em Foco

A suplementação de magnésio tem ganhado cada vez mais destaque entre profissionais de saúde, e com razão. Esse mineral participa de mais de 300 reações enzimáticas no organismo, sendo fundamental para a regulação do sistema nervoso, muscular, cardiovascular, imunológico e até mesmo hormonal. Apesar da sua importância, a deficiência de magnésio é subdiagnosticada na prática clínica, e muitas vezes os sintomas são confundidos com estresse, fadiga, ansiedade ou distúrbios do sono. Neste artigo, vamos abordar o que é o magnésio, os principais tipos de suplementação disponíveis, como identificar sinais de deficiência, quando suplementar e por que o acompanhamento médico é fundamental nesse processo.   O que é o magnésio e por que ele é essencial? O magnésio é um mineral essencial que atua como cofator em inúmeras reações fisiológicas, incluindo: Síntese de ATP (energia celular) Contração e relaxamento muscular Condução nervosa Regulação da pressão arterial Equilíbrio da glicemia e sensibilidade à insulina Produção de neurotransmissores como serotonina e GABA Modulação da resposta inflamatória Além disso, atua de forma sinérgica com o cálcio, potássio e vitamina D, o que reforça sua importância em contextos de saúde óssea, cardiovascular e neuroemocional.   Os principais tipos de magnésio: qual escolher? Na prática clínica, a escolha do tipo de magnésio deve considerar biodisponibilidade, tolerância gastrointestinal e objetivo terapêutico. Veja os principais: Magnésio quelado (bisglicinato de magnésio): É uma das formas mais biodisponíveis e melhor toleradas. Por ser quelado ao aminoácido glicina, tem menor efeito laxativo e boa absorção intestinal. É frequentemente indicado para casos de ansiedade, insônia, TPM, dores musculares e uso contínuo no reequilíbrio fisiológico. Magnésio dimalato: Combina o magnésio com o ácido málico, envolvido na produção de energia celular (ciclo de Krebs). Costuma ser utilizado em pacientes com fadiga crônica, fibromialgia, dores musculares ou metabólicas, além de melhorar disposição e resistência física. Magnésio treonato: É a única forma com boa capacidade de atravessar a barreira hematoencefálica, sendo útil para suporte cognitivo. Estudos apontam benefícios na memória, foco, aprendizado e funções executivas. É bastante usado em pacientes com queixas cognitivas, envelhecimento cerebral ou transtornos de humor. Cloreto de magnésio: É uma forma solúvel e acessível, com boa absorção, mas que frequentemente causa efeito laxativo. Pode ser utilizada em casos de constipação leve, alcalinização do organismo e suporte geral, desde que bem tolerado. Citrato de magnésio: Também tem boa absorção e costuma ser indicado quando há necessidade de regular o trânsito intestinal. É útil em pacientes com constipação funcional e, em alguns casos, como suporte inicial em quadros de deficiência moderada. Óxido de magnésio: Tem baixa biodisponibilidade e é menos indicado quando o objetivo é a correção sistêmica de deficiência. É mais utilizado como laxante osmótico, mas sua eficácia clínica na suplementação funcional é limitada. A individualização é essencial: a escolha do tipo de magnésio depende da demanda clínica específica, sintomas apresentados e tolerância individual.   Sinais e sintomas de deficiência de magnésio A deficiência de magnésio pode ser leve e crônica, passando despercebida por anos. Alguns sinais clínicos comuns incluem: Fadiga persistente Câimbras musculares Dores de cabeça e enxaquecas Insônia ou sono não reparador Ansiedade, irritabilidade e agitação Constipação intestinal Palpitações, taquicardia e hipertensão leve Resistência insulínica e síndrome metabólica TPM intensa e cólicas menstruais Na prática clínica, esses sintomas podem aparecer mesmo com exames laboratoriais “dentro da normalidade”, já que a maior parte do magnésio se encontra dentro das células e não no sangue.   Alimentos ricos em magnésio: o solo empobreceu, e a dieta mudou O magnésio é encontrado em diversos alimentos, como: Vegetais verdes escuros (espinafre, couve) Leguminosas (feijão, lentilha, grão-de-bico) Sementes (abóbora, girassol) Oleaginosas (amêndoas, castanhas) Cacau e chocolate amargo Banana, abacate e cereais integrais No entanto, há um problema pouco discutido: o solo brasileiro é pobre em magnésio, devido à agricultura extensiva, uso de fertilizantes e esgotamento mineral das plantações. Como resultado, mesmo alimentos naturalmente ricos em magnésio apresentam concentrações menores do que há décadas. Além disso, a alimentação contemporânea, pobre em vegetais e rica em alimentos ultraprocessados, aumenta a carência nutricional de magnésio em grande parte da população.   Quando considerar a suplementação de magnésio? A suplementação de magnésio deve ser considerada em casos como: – Sintomas clínicos compatíveis com deficiência funcional – Uso crônico de medicamentos que depletam magnésio (diuréticos, inibidores da bomba de prótons, anticoncepcionais) – Condições como fibromialgia, insônia, TPM, enxaqueca, ansiedade, constipação, síndrome metabólica – Atletas e pessoas com alto gasto energético – Idosos, devido à menor absorção e maior excreção renal A prescrição deve ser feita por um profissional de saúde qualificado, com base na avaliação clínica e, quando possível, exames laboratoriais complementares (magnésio sérico, hemograma, avaliação renal e painel metabólico).   A importância da individualização e do acompanhamento médico A suplementação de magnésio não deve ser feita de forma indiscriminada. Doses elevadas podem causar efeitos adversos como diarreia, náuseas, hipotensão ou interações medicamentosas, especialmente em pacientes com insuficiência renal. Por isso, o acompanhamento médico é fundamental para: Escolher a forma mais adequada de magnésio Definir a dose e duração ideais Monitorar a resposta clínica e laboratorial Garantir a segurança e eficácia do protocolo Na prática clínica, é comum observar melhoras significativas em sintomas crônicos e inespecíficos após a introdução de um protocolo individualizado de suplementação de magnésio, sempre dentro de um plano maior de reequilíbrio da fisiologia.   Conclusão O magnésio é um dos nutrientes mais essenciais e, ao mesmo tempo, negligenciados na saúde humana. Em um cenário de baixa ingestão

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Integrativa em Foco

A testosterona é frequentemente associada à saúde masculina, mas ela também desempenha um papel fundamental na fisiologia da mulher. No entanto, a reposição de testosterona na mulher ainda é cercada de mitos, polêmicas e receios, inclusive no meio médico. Afinal, a terapia de reposição de testosterona (TRT) é segura para mulheres? Neste artigo, vamos esclarecer as indicações clínicas, benefícios fisiológicos, possíveis riscos e o que dizem as evidências atuais sobre a reposição de testosterona na mulher, sempre com um olhar centrado na prática médica, baseado na fisiologia e no cuidado integral da saúde. O que é a terapia de reposição de testosterona (TRT)? A TRT, ou terapia de reposição de testosterona, consiste na administração controlada desse hormônio com o objetivo de restaurar níveis fisiológicos em pacientes com deficiência. Embora seja amplamente conhecida no tratamento do hipogonadismo masculino, a TRT também pode ser indicada para mulheres, especialmente após os 40 anos, quando os níveis hormonais começam a declinar de forma mais significativa, afetando a qualidade de vida. Importante: a reposição em mulheres deve ser personalizada, com doses muito menores que as utilizadas em homens, com o uso de hormônio bioidêntico, respeitando a fisiologia, os sinais clínicos e os parâmetros laboratoriais femininos. Testosterona na mulher: funções que vão muito além da libido Apesar de estar presente em concentrações menores que nos homens, a testosterona tem papel crucial em diversos sistemas fisiológicos femininos. Entre suas principais funções, destacam-se: Manutenção da massa muscular e força física Preservação da densidade mineral óssea Regulação da libido e da resposta sexual Equilíbrio do humor e bem-estar emocional Contribuição para a clareza mental, foco e energia Participação na modulação da sensibilidade à insulina e composição corporal Com a queda natural da produção ovariana e adrenal com o avanço da idade, muitas mulheres relatam sintomas como fadiga, perda de massa magra, redução do desejo sexual, irritabilidade e piora da autoestima, condições que podem estar associadas à deficiência de testosterona. Quando a reposição de testosterona na mulher é indicada? A indicação clínica deve ser feita com base em avaliação detalhada dos sintomas, exames laboratoriais e histórico individual. Alguns dos cenários mais comuns incluem: Síndrome do desejo sexual hipoativo (DSH)em mulheres na perimenopausa ou pós-menopausa; Sintomas de fadiga persistente, mesmo após ajustes de estilo de vida e outros hormônios; Perda progressiva de massa muscular e força, sem explicação metabólica clara; Dificuldade de recuperação após o exercício em mulheres ativas; Depressão leve a moderada resistente, em contextos de queda hormonal global. A testosterona livre ou biodisponível deve ser considerada na análise laboratorial, além da testosterona total, SHBG e DHEA-S. Leia também sobre Fisiologia Hormonal: o que é e como ela pode transformar a prática clínica? Benefícios da reposição de testosterona na mulher Estudos recentes têm mostrado resultados positivos e seguros da TRT feminina quando aplicada com critério, entre eles: – Melhora da libido e da função sexual – Aumento da massa magra e da força muscular – Redução da gordura visceral – Aumento da energia e vitalidade – Melhora do humor e da estabilidade emocional – Preservação da saúde óssea Além disso, a TRT pode, se necessário, atuar de forma sinérgica com a modulação de estradiol e progesterona em mulheres que já fazem reposição hormonal na menopausa, potencializando os resultados clínicos. Riscos e cuidados na reposição de testosterona na mulher Embora os benefícios sejam evidentes quando bem indicada, a TRT não está isenta de riscos, especialmente quando mal dosada ou feita sem acompanhamento adequado. Os principais efeitos colaterais incluem: Acne e oleosidade da pele Aumento de pelos (hirsutismo) Alterações no padrão menstrual (em mulheres em transição) Virilização (em casos de superdosagem) Alterações no perfil lipídico, se não monitorado Supressão do eixo hormonal natural, se mal conduzida Neste sentido, a forma de administração também influencia na segurança: a via transdérmica é, geralmente, mais bem tolerada e permite maior controle das doses. Conclusão: testosterona na mulher pode ser segura, quando bem indicada A reposição de testosterona na mulher pode ser uma aliada poderosa na promoção de saúde, longevidade e bem-estar, desde que feita com base em evidências científicas, fisiologia e personalização. Não se trata de uma “moda” ou de um “tratamento estético”, mas de uma estratégia clínica válida e segura, desde que conduzida com critério técnico e responsabilidade médica. Na SOBRAF, reforçamos a importância do olhar clínico atento, da escuta qualificada e da atuação centrada na causa dos desequilíbrios e sintomas. Portanto, a fisiologia é a base do cuidado integral da saúde, e a testosterona, inclusive na mulher, é parte essencial desse equilíbrio.

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Estilo de Vida

Durante muito tempo, sobrepeso e obesidade foram atribuídos quase exclusivamente a um comportamento alimentar desregulado: comer demais e se movimentar de menos. De fato, o desbalanço entre a ingestão calórica e o gasto energético estão envolvidos no sobrepeso e na obesidade, mas o avanço da fisiologia clínica e da neuroendocrinologia mostra que a história é muito mais complexa. Portanto, o ganho de peso raramente é apenas um reflexo da força de vontade. E, quase sempre, começa antes mesmo da comida chegar à boca. Isso porque o verdadeiro ponto de partida está no cérebro. Mais especificamente, no hipotálamo, uma estrutura-chave no controle do apetite, do gasto energético e, consequentemente, do peso corporal. Hipotálamo: o maestro da homeostase energética O hipotálamo é uma pequena, porém extremamente importante região do cérebro, localizada na base do encéfalo. Nesse sentido, ele atua como um centro de controle neuroendócrino, responsável por manter o equilíbrio interno do organismo, a chamada homeostase. O hipotálamo é responsável por integrar sinais hormonais e neurais provenientes do trato gastrointestinal, do tecido adiposo e da corrente sanguínea. Em seguida, ele processa essas informações e comanda respostas que regulam fome, saciedade, termogênese, metabolismo basal e composição corporal. As principais regiões hipotalâmicas envolvidas na regulação do peso são: Núcleo arqueado (ARC): recebe sinais periféricos como leptina, insulina, grelina e peptídeo YY. Abriga dois grupos de neurônios fundamentais: – Neurônios NPY/AgRP, que estimulam o apetite. – Neurônios POMC/CART, que promovem a saciedade. Núcleo paraventricular (PVN)e núcleo dorsomedial (DMH): participam da modulação do tônus simpático, da secreção de hormônios hipofisários e da termogênese. Esse sistema neuroendócrino complexo mantém um delicado equilíbrio entre ingestão calórica e gasto energético. Para isso, ele interpreta sinais do corpo (como níveis de hormônios, nutrientes e temperatura) e ajustando as respostas fisiológicas de acordo. Em resumo, o hipotálamo é o “maestro” que integra o sistema nervoso ao sistema endócrino para manter o corpo funcionando de forma harmônica. No entanto, ele pode ser facilmente desregulado. Inflamação hipotalâmica: a raiz silenciosa do ganho de peso Estudos recentes demonstram que a inflamação hipotalâmica, muitas vezes silenciosa, pode ser uma das causas primárias do acúmulo de gordura corporal. Geralmente, essa inflamação é frequentemente desencadeada por: Dieta rica em açúcares e ultraprocessados Estresse crônico e aumento persistente de cortisol Disbiose intestinal e aumento da permeabilidade intestinal Sono inadequado, que altera a secreção de leptina e grelina Quando o tecido hipotalâmico inflama, há resistência aos principais hormônios reguladores da saciedade, como leptina e insulina. Como resultado, ocorre a perda do freio fisiológico que sinaliza “chega de comer”, e a pessoa come mais, mesmo sem fome, e armazena gordura com mais facilidade. Leptina: o hormônio ignorado pela inflamação Produzida pelos adipócitos, a leptina é um hormônio com função anorexígena que deveria sinalizar ao hipotálamo que há energia suficiente armazenada, promovendo saciedade e aumento do gasto energético. Em indivíduos obesos, paradoxalmente, os níveis de leptina estão elevados. Um fenômeno conhecido como resistência à leptina. Isso ocorre porque os receptores hipotalâmicos deixam de responder à leptina, geralmente por inflamação e estresse oxidativo. Consequentemente, o cérebro interpreta erroneamente que há escassez energética e ativa mecanismos de fome e conservação energética. E o ciclo se retroalimenta. É por essa razão que, em indivíduos obesos, a administração exógena de leptina pode falhar, visto que há resistência dos receptores a esse hormônio. Além do apetite: outros impactos hormonais A disfunção hipotalâmica afeta também outros eixos hormonais: Eixo HPT (hipotálamo-hipófise-tireoide): o TSH pode se manter normal, mas há conversão reduzida de T4 em T3, impactando negativamente a taxa metabólica basal. Eixo HPA (hipotálamo-hipófise-adrenal): o estresse crônico eleva o CRH e, por consequência, o cortisol, favorecendo acúmulo de gordura visceral e resistência insulínica. Secreção de insulina: a resistência hipotalâmica à insulina compromete o controle glicêmico e o metabolismo energético. Portanto, o tratamento não começa com dieta restritiva Um erro ainda comum é abordar o sobrepeso e a obesidade com foco exclusivo na alimentação. Embora ajustes dietéticos sejam essenciais, eles não resolvem o problema se o hipotálamo estiver desregulado. Dessa forma, para ser completo, efetivo e sustentável, o tratamento clínico do sobrepeso e da obesidade precisa considerar: Redução da inflamação hipotalâmica Regulação do eixo neuroendócrino Reversão da resistência à leptina e insulina Modulação da microbiota intestinal Otimização do sono e do ritmo circadiano Manejo do estresse e suporte adrenal Identificação de deficiências hormonais (T3, DHEA, testosterona, estradiol) A fisiologia não mente O hipotálamo é o verdadeiro centro de comando do peso corporal. Quando ele falha em interpretar corretamente os sinais periféricos, o corpo entra em um estado de estocagem e autossabotagem. Sendo assim, cuidar do cérebro, e não apenas da boca, é o caminho mais eficaz e duradouro para a restauração do equilíbrio metabólico. Se você tem percebido alteração “injustificada” do seu peso ou está enfrentando a obesidade, busque ajuda de um médico de confiança, preferencialmente com abordagem integrativa da saúde, para traçar estratégias personalizadas às suas necessidades e lhe auxiliar no tratamento. A SOBRAF possui uma plataforma de Busca por Médicos com centenas de médicos associados, e você pode buscar, por especialidade ou localidade, um profissional para o acompanhamento adequado. Toque aqui se quiser iniciar a busca! E se você é médico e deseja ampliar sua visão sobre a obesidade e seus tratamentos, este assunto será foco de atenção no Seminário Internacional deste ano, que promovemos juntamente com o Grupo Longevidade Saudável, em São Paulo. Toque aqui, veja detalhes e inscreva-se!

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Integrativa em Foco

A relação entre o cérebro e o intestino sempre foi um mistério fascinante para cientistas e médicos. Recentemente, com o avanço das pesquisas, temos entendido cada vez mais sobre a complexidade dessa conexão. Isso se aplica especialmente no que diz respeito à microbiota intestinal e seu impacto em condições neurológicas e comportamentais, como o autismo. O papel da microbiota intestinal no desenvolvimento e modulação do cérebro está emergindo como um campo de grande interesse. Principalmente no que se refere a transtornos do neurodesenvolvimento, como o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Neste artigo, vamos explorar a interação entre a microbiota intestinal e o autismo, analisando os mecanismos fisiológicos subjacentes e as implicações para o diagnóstico, tratamento e a gestão do autismo. O que é a microbiota intestinal? A microbiota intestinal é o conjunto de trilhões de microrganismos – esses incluem bactérias, vírus, fungos e outros microorganismos – que habitam nosso intestino. Em primeiro lugar, esses microrganismos desempenham funções vitais para a manutenção da saúde. Por exemplo, auxiliam na digestão de alimentos, a absorção de nutrientes, a produção de vitaminas, a regulação do sistema imunológico e a proteção contra patógenos. Além disso, há uma crescente compreensão de que a microbiota intestinal também influencia a função cerebral, estabelecendo uma comunicação bidirecional entre o intestino e o cérebro, frequentemente referida como o eixo intestino-cérebro. Eixo intestino-cérebro: Uma via de mão dupla O eixo intestino-cérebro é a via de comunicação entre o intestino e o sistema nervoso central (SNC). Em outras palavras, esse eixo é composto por uma rede complexa de interações que envolvem o sistema nervoso central (SNC), o sistema nervoso entérico (o “cérebro” do intestino), o sistema endócrino e o sistema imunológico. Dessa forma, vários componentes dessa rede permitem que o intestino envie sinais ao cérebro e vice-versa. Entre os mecanismos que facilitam essa comunicação estão: Vago nervoso: O nervo vago é uma via principal de comunicação entre o intestino e o cérebro, ele pode enviar sinais do intestino ao cérebro e vice-versa, influenciando comportamentos e funções fisiológicas. Metabólitos: A microbiota intestinal produz diversos metabólitos, como ácidos graxos de cadeia curta (SCFAs), que têm efeitos moduladores no cérebro, incluindo a modulação da resposta inflamatória e da função do sistema nervoso central. Citoquinas e neurotransmissores: A microbiota também pode influenciar a produção e liberação de neurotransmissores, como serotonina, dopamina e GABA, que têm um papel crucial no comportamento e na regulação emocional. Microbiota intestinal e Transtorno do Espectro Autista (TEA) O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um conjunto de condições caracterizadas por déficits no desenvolvimento social e comportamental. Ele também apresenta padrões repetitivos e restritivos de comportamento. Pesquisas recentes sugerem que a microbiota intestinal pode desempenhar um papel crucial no desenvolvimento e na gravidade dos sintomas associados a esses transtornos. Alterações na microbiota em indivíduos com TEA Estudos mostram que indivíduos com TEA frequentemente apresentam uma composição microbiana intestinal diferente daquela observada em indivíduos neurotípicos. Essas alterações incluem: Aumento de patógenos intestinais: Alguns estudos relataram maior prevalência de patógenos como Clostridium em pacientes com autismo, que podem influenciar comportamentos relacionados ao TEA, como agressividade e irritabilidade. Diminuição de microrganismos benéficos: A redução de bactérias benéficas, como Bifidobacterium e Lactobacillus, também tem sido observada em pessoas com TEA. Esses microrganismos são essenciais para a digestão e para a modulação do sistema imunológico, e sua falta pode afetar o comportamento e a saúde mental. Além disso, os desequilíbrios na microbiota intestinal (conhecidos como disbiose) podem contribuir para a inflamação sistêmica, um fator já identificado como importante no TEA. Impacto da microbiota no comportamento e sintomas do TEA Pesquisas indicam que a disbiose intestinal pode afetar a função cerebral de várias maneiras: Inflamação sistêmica e cerebral: A microbiota intestinal disfuncional pode induzir inflamação no intestino, o que, por sua vez, pode afetar a função cerebral, contribuindo para sintomas como dificuldades de aprendizado, ansiedade e depressão em indivíduos com TEA. Desregulação no metabolismo de neurotransmissores: A microbiota intestinal influencia a produção de neurotransmissores como serotonina e dopamina, ambos cruciais para a regulação do comportamento e da emoção. A disbiose intestinal pode alterar esses níveis, exacerbando os sintomas do TEA. Possíveis mecanismos fisiológicos da conexão intestino-cérebro no TEA Efeitos da inflamação: O aumento da inflamação intestinal pode resultar em uma resposta inflamatória sistêmica que afeta o cérebro. A inflamação crônica no intestino pode atravessar a barreira hematoencefálica, contribuindo para a neuroinflamação, que tem sido associada a uma série de condições neurológicas, incluindo o TEA. Produção de ácidos graxos de cadeia curta (SCFAs): A microbiota saudável do intestino produz SCFAs, que são vitais para a função cerebral. Entretanto, a disbiose pode reduzir a produção desses compostos, prejudicando o metabolismo cerebral e a saúde neuronal. Modulação do sistema imunológico: O sistema imunológico intestinal regula a resposta imune do corpo, e qualquer desequilíbrio nesse sistema pode afetar a função cerebral, agravando os sintomas do TEA. Vulnerabilidade ao estresse: A microbiota intestinal pode influenciar a resposta do corpo ao estresse. Indivíduos com TEA frequentemente apresentam uma resposta mais exacerbada ao estresse, e isso pode estar relacionado à interação entre a microbiota e o sistema nervoso. Intervenções possíveis: Microbiota e gestão do TEA Compreender o papel da microbiota intestinal no TEA abre novas possibilidades para intervenções terapêuticas que contribuam para uma melhor qualidade de vida: Probióticos e prebióticos: O uso de probióticos, que são microrganismos benéficos para o intestino, e prebióticos, que alimentam esses microrganismos, pode ajudar a restaurar o equilíbrio da microbiota,

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Integrativa em Foco

A obesidade infantil é hoje considerada uma das principais ameaças de saúde pública global, com impactos que se estendem da infância à vida adulta. De fato, segundo a OMS, o número de crianças e adolescentes com sobrepeso ou obesidade aumentou mais de dez vezes nas últimas quatro décadas. No entanto, apesar dos avanços no entendimento do problema, a prática clínica muitas vezes ainda se apoia em ferramentas simples e limitadas, como o índice de massa corporal (IMC). Embora o IMC seja útil como rastreador populacional, ele não revela a complexidade fisiológica envolvida no acúmulo de gordura corporal, nem identifica o risco metabólico real de cada criança. Aqui, nos aprofundamos nas limitações do IMC e exploramos os marcadores que o médico deve incorporar à sua avaliação para construir uma abordagem mais eficaz e personalizada. Por que o IMC é limitado na infância? O IMC é calculado pela fórmula peso (kg) dividido pela altura ao quadrado (m²), criando um número padronizado que permite comparações. Entretanto, ele não diferencia massa magra e massa gorda. Crianças ativas podem ter IMC elevado por massa muscular, enquanto crianças sedentárias podem ter IMC normal, mas excesso de gordura visceral. Além disso, o IMC não mostra a distribuição da gordura, sendo que a gordura abdominal tem impacto metabólico muito maior que gordura periférica. Da mesma forma, ele não considera aspectos fisiológicos individuais, como a influência de hormônios (leptina, insulina, cortisol), genética e regulação hipotalâmica. Aspectos fisiológicos por trás da obesidade infantil O acúmulo de gordura corporal não é apenas resultado de excesso calórico. Na verdade, ele envolve um complexo jogo de sinalizações fisiológicas: Leptina: Hormônio produzido pelo tecido adiposo, teoricamente sinaliza saciedade. Porém, crianças obesas frequentemente apresentam resistência à leptina, ou seja, apesar dos níveis elevados de leptina, o cérebro não responde adequadamente ao sinal de saciedade, perpetuando o ganho de peso. Insulina: Além de seu papel de regulador da glicose, a insulina estimula a lipogênese e inibe a lipólise. Crianças em fase inicial de obesidade frequentemente já apresentam hiperinsulinemia compensatória, criando um ciclo de armazenamento de gordura. Cortisol: O estresse crônico e fatores psicoemocionais elevam os níveis de cortisol, que, por sua vez, aumentam o apetite e a deposição de gordura abdominal, exacerbando o quadro. Grelina: Conhecida como hormônio da fome, a grelina participa do ciclo de regulação do apetite. Alterações nos padrões de sono, atualmente muito comuns em crianças expostas a telas excessivas, impactam diretamente os níveis de grelina, aumentando a ingestão alimentar. Marcadores clínicos e laboratoriais além do IMC Para uma avaliação clínica mais robusta, o médico deve considerar: Circunferência abdominal: indicador direto de gordura visceral e risco metabólico. Relação cintura/altura: mais preditiva de risco cardiovascular do que o IMC isolado. Perfil lipídico: colesterol total e triglicerídeos. Glicemia e insulina de jejum + HOMA-IR: avaliam resistência insulínica. Pressão arterial: hipertensão secundária pode estar presente. Marcadores inflamatórios: PCR ultrassensível, interleucinas, TNF-alfa (especialmente em contextos de investigação mais detalhada). Avaliação hormonal (caso necessário): cortisol, hormônios tireoidianos, androgênios, dependendo dos sinais clínicos (puberdade precoce, acantose nigricans, alterações menstruais em meninas, etc.). O papel do médico na prática clínica Mais do que prescrever dietas ou recomendar atividade física genérica, o médico precisa identificar precocemente crianças com risco metabólico oculto. Individualizar condutas com base em achados clínicos e laboratoriais, trabalhar em rede com nutricionistas, psicólogos e educadores físicos para criar intervenções integradas, além de aconselhar pais e cuidadores sobre o impacto do ambiente doméstico e social na saúde infantil. Além disso, a alimentação ultraprocessada, padrão de sono, estresse familiar e uso de telas são moduladores epigenéticos reais. Leia também sobre: Fisiologia Hormonal: O que é e como ela pode transformar a prática clínica? Um olhar além para a obesidade infantil A abordagem da obesidade infantil precisa ultrapassar a superfície do peso corporal. Como profissionais de saúde, médicos são chamados a enxergar a fisiologia por trás dos números, reconhecer os múltiplos fatores que interagem no ganho de peso e atuar precocemente para reverter um cenário que ameaça a saúde futura dessa geração. Nesse sentido, intervenções precoces podem prevenir o avanço para doenças crônicas na vida adulta. E, ao identificar os marcadores certos, o médico pode orientar mudanças personalizadas que envolvem desde alimentação, movimento, sono, apoio emocional e, quando necessário, intervenção hormonal. A SOBRAF possui um programa avançado de atualização científica que envolve a realização de sessões clínicas online e presenciais, onde médicos associados discutem, com abordagem integrativa, casos reais diversos, trocam experiências e obtêm insights valiosos para a prática clínica. Torne-se um médico Associado SOBRAF e usufrua desse e de muitos outros benefícios.

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Carreira Médica

A carreira médica no Brasil tem evoluído significativamente nas últimas décadas, oferecendo aos profissionais diversas oportunidades além da tradicional rotina de plantões. Com efeito, o aumento do número de médicos e a crescente demanda por especializações, é essencial que os profissionais da saúde considerem alternativas profissionais que alinhem conhecimento científico, qualidade de vida, realização profissional e impacto social. Cenário atual da medicina no Brasil Número de Médicos: O Brasil conta com aproximadamente 575.930 médicos ativos, representando uma densidade de 2,81 profissionais por mil habitantes, a maior já registrada no país, segundo a Agência Brasil. Formação Médica: Atualmente, existem 389 escolas médicas no Brasil, a segunda maior quantidade do mundo, atrás apenas da Índia, de acordo com o Portal Médico do CFM. Residência Médica: por exemplo, em 2022, o Ministério da Educação registrou 996 instituições credenciadas, oferecendo 69.206 vagas autorizadas de programas de residência médica, segundo a Sanar. Concorrência: A concorrência para programas de residência médica é intensa, com muitas especialidades apresentando mais candidatos do que vagas disponíveis. Novas possibilidades para a carreira médica Diante desse cenário, muitos médicos têm buscado alternativas que ofereçam melhor qualidade de vida, menor carga horária de plantões e a oportunidade de atuar de forma mais integrada e preventiva. Algumas dessas possibilidades incluem: 1. Medicina Integrativa A medicina integrativa compreende uma abordagem focada no tratamento do paciente como um todo, de forma integrada, considerando aspectos físicos, emocionais e espirituais.  Profissionais dessa área utilizam terapias que vão além das medicações e do manejo dos sintomas, propondo especialmente ajustes de estilo de vida para promover e manter a saúde e ajudar com a prevenção das mais diversas doenças. Essa abordagem permite ao médico ter um impacto mais profundo e duradouro na vida do paciente, contribuindo para relações de maior confiança e duração através do acompanhamento clínico contínuo, além de oferecer maior flexibilidade na rotina profissional. 2. Ciências da Longevidade Humana A bem da verdade, essa abordagem possui extrema importância em todas as áreas e especialidades médicas, bem como na prática do médico não especialista, pois considera a aplicação de ciências como fisiologia, hormonologia, bioquímica, nutrição, imunologia e muitas outras para o acompanhamento clínico e o planejamento de programas completos de cuidado da saúde. Com o aumento da expectativa de vida, as ciências da longevidade humana têm ganhado destaque. Médicos com expertise nessa abordagem focam na manutenção da saúde pelo maior tempo possível para a promoção de um envelhecimento mais saudável, independente e autônomo, ajudando a melhorar a qualidade de vida dos pacientes no presente e a prevenir doenças comumente relacionadas à idade. Esse modelo é aplicável a todas as especialidades médicas e também oferece oportunidades em clínicas, hospitais e programas de saúde pública. 3. Ensino e pesquisa Para aqueles com interesse em educação, a carreira acadêmica oferece a oportunidade de formar as próximas gerações de médicos e contribuir para o avanço da medicina em direção a um maior foco na saúde do que apenas nas doenças. Médicos podem atuar como professores em faculdades e cursos, coordenar programas de residência ou liderar pesquisas científicas. 4. Consultoria e gestão em saúde Médicos com habilidades administrativas podem atuar como consultores em hospitais, clínicas ou organizações de saúde, ajudando a otimizar processos, melhorar a qualidade do atendimento e implementar políticas de saúde mais eficazes. Essa área permite ao médico influenciar positivamente o sistema de saúde como um todo. 5. Empreendedorismo médico O empreendedorismo oferece aos médicos a possibilidade de criar soluções inovadoras para manutenção e cuidado da saúde. Isso pode incluir o desenvolvimento de novos tratamentos, tecnologias, aplicativos de saúde ou até mesmo a abertura de clínicas especializadas e multidisciplinares. Essa área oferece liberdade profissional e a oportunidade de fazer a diferença no setor de saúde. Parceria que agrega à carreira médica Reconhecendo a importância da formação contínua, a SOBRAF é parceira do Grupo Longevidade Saudável, que reúne a Faculdade Longevidade Saudável, a Editora Longevidade e a Loja do Tempo. Juntos, oferecem cursos, eventos, pós-graduação e livros voltados ao aprofundamento em ciências da longevidade humana e à capacitação para a abordagem integrativa segura e ética da saúde e da longevidade. Trata-se de um Programa Educacional completo, exclusivo para médicos, com cerca de 700h de conteúdo científico, que proporciona o contato e o aprofundamento em conceitos aplicáveis na prática clínica diária, permitindo ao profissional ampliar sua atuação e impactar positivamente a saúde de seus pacientes e, consequentemente, da sociedade. Conheça:  Curso Hormonologia e Terapias Integrativas  Seminário Internacional que acontecerá neste ano de 2025  Pós-graduação Master em Ciências da Longevidade Humana  Loja do Tempo e os livros da Editora Longevidade Médicos associados à SOBRAF possuem condições especiais para inscrições e compras dos produtos do Grupo Longevidade Saudável. Toque aqui e associe-se! Amplie sua visão e abra novas portas na carreira médica A medicina oferece uma vasta gama de possibilidades além dos plantões. Ao explorar áreas como medicina integrativa, ciências da longevidade humana, ensino, consultoria e empreendedorismo, médicos podem encontrar caminhos que alinhem suas paixões com as necessidades da sociedade. Esses outros caminhos não apenas enriquecem a prática profissional e ajudam com resultados mais expressivos para os pacientes, como também contribuem para a descoberta de formas mais satisfatórias de “ser médico”. Se você é médico e busca expandir seus horizontes profissionais, considere essas áreas como oportunidades para crescimento e realização na carreira. A SOBRAF e seus parceiros estão comprometidos com a ciência, a ética e a saúde e podem estar com você fornecendo o suporte

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Integrativa em Foco

A medicina integrativa, focada na personalização do cuidado e no tratamento das causas subjacentes das doenças, utiliza abordagens não invasivas que visam otimizar a saúde global do paciente. Nesse contexto, muito além dos tratamentos farmacológicos convencionais, a gestão dos estilos de vida é uma ferramenta poderosa e essencial para o alcance de melhores resultados clínicos. Neste artigo, exploraremos de maneira aprofundada como a nutrição, o exercício físico, o sono, a gestão do estresse e a exposição a toxinas ambientais podem influenciar de forma direta a fisiologia humana, impactando o equilíbrio hormonal e a longevidade, assim como prevenindo o desenvolvimento de doenças crônicas. 1. Nutrição A nutrição, além de ser a principal fonte de energia para o organismo, desempenha um papel crucial na modulação dos processos bioquímicos que regulam a homeostase hormonal e o metabolismo. A escolha de alimentos ricos em nutrientes essenciais, como ácidos graxos essenciais, aminoácidos, vitaminas e minerais, tem impactos profundos no metabolismo energético, na inflamação sistêmica e na função imunológica. Mecanismos fisiológicos: Resistência à insulina: Dietas com alto índice glicêmico promovem picos de glicose, seguidos por quedas acentuadas, o que pode levar ao desenvolvimento de resistência à insulina. Isso, por sua vez, desregula o eixo insulina-glucagon e afeta a homeostase energética. A utilização de dietas com baixo índice glicêmico, ricas em fibras, proteínas e lipídios saudáveis, é eficaz na redução dos níveis de insulina e na melhora da sensibilidade à insulina. Inflamação sistêmica: O consumo excessivo de alimentos processados e ricos em gorduras trans pode ativar o NF-kB, um complexo proteico que regula a resposta inflamatória. Em contrapartida, alimentos ricos em antioxidantes, como frutas vermelhas e vegetais crucíferos, atuam regulando essa via inflamatória e diminuindo o risco de doenças crônicas. Exemplo Clínico: Pacientes com diabetes tipo 2 podem se beneficiar de uma dieta anti-inflamatória, rica em ácidos graxos ômega-3 (presentes em peixes como salmão e sardinha) e polifenóis (presentes em frutas e vegetais), que não só ajudam a controlar a glicemia, mas também reduzem a inflamação crônica associada a complicações vasculares e cardíacas. 2. Exercício físico O exercício físico regular está diretamente relacionado a uma série de benefícios fisiológicos, incluindo a regulação hormonal, a saúde cardiovascular, e a prevenção de distúrbios metabólicos. A prática de atividades físicas atua na modulação de vários hormônios, incluindo insulina, cortisol, testosterona e endocanabinoides. Mecanismos fisiológicos: Equilíbrio do cortisol: Exercícios moderados, como treinamento de resistência, ajudam a reduzir os níveis de cortisol em pacientes com estresse crônico. Isso ocorre porque o exercício induz a secreção de endorfinas e dopamina, promovendo uma resposta de “bem-estar” que contrapõe os efeitos catabólicos do cortisol. Anabolismo e testosterona: O exercício, especialmente os de resistência e força, como levantamento de peso, estimula a secreção de testosterona, o que é essencial para a síntese de proteínas musculares e a manutenção da massa magra. Exemplo clínico: Em pacientes com síndrome metabólica ou obesidade, a prática regular de exercício de intensidade moderada pode melhorar a sensibilidade à insulina, reduzir a gordura visceral e melhorar os perfis lipídicos, diminuindo o risco de doenças cardiovasculares. 3. Sono O sono é um dos processos fisiológicos mais críticos para a regeneração celular e o equilíbrio hormonal. A privação crônica de sono tem implicações profundas, não apenas no bem-estar mental, mas também na regulação dos hormônios do apetite (grelina e leptina) e na resposta inflamatória sistêmica. Mecanismos fisiológicos: Desregulação do Eixo HPA: O sono inadequado pode perturbar o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA), levando ao aumento da secreção de cortisol, que pode afetar a função imunológica, aumentar a inflamação sistêmica e piorar distúrbios metabólicos. Ciclos de hormônios do crescimento: O sono profundo é fundamental para a secreção do hormônio de crescimento (GH), que promove a regeneração muscular e celular. A falta de sono profundo diminui a liberação de GH, comprometendo a recuperação muscular e a manutenção da massa magra. Exemplo clínico: Pacientes com insônia crônica ou distúrbios do sono podem experimentar alterações significativas nos níveis de cortisol, o que exacerba a resistência à insulina e a inflamação. A utilização de estratégias como a higiene do sono e a suplementação com melatonina pode melhorar significativamente a qualidade do sono e equilibrar os níveis hormonais. 4. Gestão do estresse O estresse crônico, especialmente quando mal gerido, pode afetar diversos sistemas fisiológicos, incluindo o sistema nervoso autônomo (SNA), a função cardiovascular, e o metabolismo hormonal. O estresse contínuo ativa a resposta luta ou fuga, levando a uma liberação excessiva de cortisol e adrenalina, o que aumenta a inflamação sistêmica e contribui para o desenvolvimento de doenças. Mecanismos fisiológicos: Resposta inflamatória: O estresse ativa o sistema inflamatório por meio da secreção de citocinas pró-inflamatórias, como IL-6 e TNF-α. Isso aumenta o risco de doenças cardiovasculares, diabetes e síndrome metabólica. Efeito sobre os hormônios sexuais: O estresse crônico pode inibir a produção de testosterona e estradiol, levando a desequilíbrios hormonais, perda de libido, alterações no ciclo menstrual feminino, alterações na composição corporal e maior vulnerabilidade a doenças. Exemplo clínico: Em pacientes com ansiedade crônica ou distúrbios de estresse pós-traumático, a prática regular de mindfulness, meditação e respiração diafragmática pode diminuir significativamente os níveis de cortisol, melhorar a regulação hormonal e, como consequência, promover um estado mais equilibrado e saudável. 5. Exposição a toxinas ambientais A exposição constante a toxinas ambientais, como poluentes, produtos químicos industriais, pesticidas e solventes, tem se mostrado um fator de risco crescente para desequilíbrios hormonais e doenças metabólicas. Essas substâncias podem interferir na função hormonal, especialmente nos hormônios sexuais, tireoidianos e

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Integrativa em Foco

A obesidade é uma condição crônica e multifatorial, que vai muito além do simples acúmulo excessivo de gordura corporal. Seu tratamento exige uma abordagem ampla, baseada em preceitos fisiológicos, metabólicos e hormonais, que ultrapassa a tradicional prescrição de dieta hipocalórica e atividade física. Para um manejo eficaz e duradouro, é essencial que o médico considere outros aspectos fundamentais que influenciam o metabolismo e a homeostase energética do paciente. 1. Regulação hormonal: além do déficit calórico A obesidade está intimamente ligada a desequilíbrios hormonais que afetam o metabolismo e o apetite. Alguns hormônios essenciais no controle do peso corporal incluem: Insulina A resistência à insulina é comum em pacientes obesos e leva a um estado de hiperinsulinemia, favorecendo o acúmulo de gordura e dificultando a lipólise. Melhorar a sensibilidade à insulina deve ser um dos pilares do tratamento. Leptina O hormônio da saciedade, produzido pelo tecido adiposo, muitas vezes está elevado na obesidade, indicando resistência à leptina. Estratégias para restaurar sua função incluem a regulação inflamatória e o equilíbrio do sono. Cortisol O excesso de cortisol, comum em estados de estresse crônico, favorece a deposição de gordura abdominal e dificulta a perda de peso. A gestão do estresse e a qualidade do sono são essenciais. Estudos mostram que, em muitos casos, a obesidade pode estar relacionada à hiperresponsividade do eixo HPA. Hormônios tireoidianos A função tireoidiana deve ser investigada, monitorada e corrigida, uma vez que desequilíbrios em seus hormônios podem reduzir o gasto energético basal e contribuir para o ganho de peso. Um estudo publicado no International Journal Environmental Research and Public Heath sugere que o hipotireoidismo subclínico pode induzir alterações na taxa metabólica basal, aumentando o IMC, e a obesidade também pode afetar a tireoide, com lipotoxicidade e alterações nas adipocinas e secreção de citocinas inflamatórias. Testosterona e estrogênios Nos homens, a obesidade pode levar à redução da testosterona, prejudicando o metabolismo lipídico, visto que o hormônio se converte em estradiol. Nas mulheres, a predominância estrogênica pode impactar a distribuição da gordura corporal e o controle do apetite. Reequilibrar os hormônios é um passo importantíssimo nesses casos, o que deve ser feito por meio do ajuste de hábitos e estilo de vida, redução da inflamação e remodelação hormonal com hormônios bioidênticos, sempre que necessário. 2. Inflamação crônica e controle do ambiente metabólico O tecido adiposo excessivo não é apenas um reservatório de energia, mas também um órgão endócrino ativo que libera citocinas pró-inflamatórias, como TNF-α e IL-6, que contribuem para um estado de inflamação crônica. A redução da inflamação deve ser um dos objetivos do tratamento e pode ser alcançada por meio de: Modulação da microbiota intestinal, visto que um desequilíbrio na flora intestinal pode promover inflamação sistêmica e resistência à insulina. Alimentação anti-inflamatória, priorizando alimentos ricos em polifenóis, ácidos graxos ômega-3 e fibras. Sono adequado, pois a privação do sono aumenta a produção de grelina (hormônio da fome) e reduz a leptina, favorecendo o aumento da ingestão calórica. 3. Aspectos neuroendócrinos e a regulação do apetite O sistema nervoso central desempenha um papel crucial na regulação do peso corporal. O hipotálamo, principal regulador do apetite e do gasto energético, responde a sinais hormonais periféricos, como leptina e insulina. Além disso, o eixo intestino-cérebro influencia diretamente o comportamento alimentar, com destaque para: Peptídeo YY (PYY) e GLP-1, hormônios intestinais que promovem saciedade e podem ser modulados pelo consumo adequado de proteínas e fibras. Dopamina e serotonina, neurotransmissores envolvidos no comportamento alimentar, cujo equilíbrio pode ser afetado por deficiências nutricionais e pelo consumo excessivo de ultraprocessados. 4. Tratamento personalizado e monitoramento contínuo Cada paciente responde de forma diferente às abordagens terapêuticas, e o sucesso do tratamento da obesidade depende de um acompanhamento contínuo e individualizado. Estratégias de tratamento e acompanhamento devem ser norteadas, principalmente, pelo raciocínio clínico, mas o uso de exames laboratoriais para monitoramento metabólico, ajuste terapêutico baseado no perfil hormonal e intervenções personalizadas também são fundamentais para resultados sustentáveis. Vá além da alimentação e da atividade física! O tratamento da obesidade vai muito além do balanço energético entre calorias ingeridas e gastas. A regulação hormonal, o controle da inflamação, a modulação da microbiota e a atenção aos aspectos neuroendócrinos são essenciais para um manejo eficiente e duradouro. Um olhar integrativo e fisiológico permite ao médico atuar não apenas na perda de peso, mas na verdadeira reprogramação metabólica do paciente, promovendo saúde e longevidade. Se você gostaria de aprofundar seus conhecimentos sobre os mecanismos fisiológicos e hormonais que mantém a homeostase para levar abordagens seguras e efetivas da saúde e da longevidade aos seus pacientes, toque aqui e conheça o Curso Hormonologia e Terapias Integrativas.

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Carreira Médica

A medicina moderna tem avançado não apenas em tratamentos e tecnologias, mas também na compreensão de que a relação médico-paciente é um fator determinante para o sucesso terapêutico. Dentro da abordagem integrativa e preventiva da saúde, a adesão ao tratamento vai muito além da prescrição. Ela exige participação ativa do paciente, especialmente no que tange às mudanças no estilo de vida, nutrição, terapias hormonais e suplementação. Nesse contexto, a forma como médicos se comunicam com seus pacientes é um pilar crucial, visto que a adequada compreensão das próprias condições e necessidades tem grande potencial de ampliar a adesão e a correta continuidade nos tratamentos propostos. A comunicação como ferramenta terapêutica Muitos médicos enfrentam desafios na adesão dos pacientes aos tratamentos porque a mensagem transmitida nem sempre é compreendida ou internalizada. O paciente precisa entender por que e como determinada terapia contribuirá para sua saúde, e essa clareza depende diretamente da forma como a informação é apresentada. 1. Clareza e objetividade na explicação O uso excessivo de termos técnicos ou explicações longas e complexas pode dificultar o entendimento do paciente. Uma comunicação eficaz é clara, objetiva e adaptada ao nível de conhecimento de quem ouve. Ao explicar um diagnóstico ou tratamento, o ideal é utilizar analogias e exemplos práticos que facilitem a assimilação da informação. 2. Escuta ativa e empatia A comunicação não se resume ao que é dito, mas também ao que é ouvido. Médicos que demonstram interesse genuíno pelas dúvidas, preocupações e crenças dos pacientes conseguem estabelecer um vínculo de confiança, o que impacta diretamente na adesão. Perguntas abertas, contato visual e validação das dificuldades do paciente são estratégias que fortalecem essa conexão. 3. Educação para o autocuidado Na medicina que foca na saúde e longevidade, o paciente precisa entender o impacto de suas escolhas diárias na evolução clínica. Em vez de apenas prescrever um protocolo, o médico deve atuar como educador, explicando, por exemplo: Por que a suplementação prescrita é essencial? Como a alimentação interfere nos níveis hormonais e metabólicos? Quais são os benefícios reais da prática de atividade física no controle da inflamação? Quando o paciente compreende o motivo das recomendações, a chance de adesão aumenta significativamente. 4. Motivação e reforço positivo A mudança de hábitos nem sempre é fácil, e muitos pacientes podem se sentir desmotivados no processo. O reforço positivo é uma ferramenta essencial na comunicação médica. Celebrar pequenas conquistas, demonstrar progresso com exames laboratoriais e reforçar os benefícios percebidos pelo paciente ajudam a manter o engajamento. 5. Comunicação contínua A adesão ao tratamento não depende apenas da consulta médica presencial. O acompanhamento através de retornos periódicos, materiais educativos e até canais digitais pode ser um diferencial. Oferecer suporte contínuo aumenta a confiança do paciente no tratamento e reduz as chances de abandono. E-books e guias práticos são excelentes materiais educativos que podem contribuir com a qualidade e a continuidade da relação com pacientes. Explore, por exemplo, passo a passo para mudanças de hábitos, assim como explicações mais detalhadas sobre procedimentos e terapias. Atualmente, redes sociais são boas ferramentas para atração de novos pacientes, mas também podem servir como meio de manutenção da relação com quem já é paciente. Aproveite para gravar conteúdos em vídeo, que favorecem melhor compreensão do que textos, tire as dúvidas que você escuta no consultório, eduque sobre suas formas de cuidado e sobre o papel dos próprios pacientes. Além disso, disponibilizar atendimento por aplicativos de mensagem direta, como o próprio Whatsapp, para questões específicas dos pacientes também é uma forma de se manter próximo e fortalecer a relação. Conecte-se pela comunicação! A adesão ao tratamento é um processo que vai além da prescrição médica e do próprio contato em consulta presencial. Ela pode começar nesse momento, mas deve ser mantida no dia a dia e isso depende diretamente da qualidade e continuidade da comunicação entre médico e paciente. Uma abordagem clara, empática e educativa transforma o paciente em protagonista da própria saúde, promovendo melhores resultados terapêuticos e impactando positivamente a longevidade e a qualidade de vida. Médicos que dominam a comunicação conseguem não apenas otimizar a adesão aos tratamentos, mas também fortalecer a relação médico-paciente, criando um ambiente de confiança e colaboração mútua. Afinal, um paciente bem informado é um paciente mais comprometido com sua própria saúde. Comece hoje a transformar sua comunicação e veja a adesão dos seus pacientes aumentar significativamente!

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Integrativa em Foco

A crescente preocupação com o impacto da saúde cerebral tem motivado estudos que exploram não apenas a prevenção e o tratamento de doenças neurodegenerativas, mas também as estratégias que podem otimizar a função cognitiva e emocional ao longo da vida. Nesse contexto, a prática de atividade física surge como uma das intervenções mais eficazes e acessíveis para a manutenção da saúde cerebral. Aqui, exploraremos a relação entre a atividade física e a saúde cerebral, destacando os mecanismos fisiológicos que fundamentam essa conexão, os benefícios observados e as implicações para a prática clínica. A relação entre atividade física e saúde cerebral A atividade física tem sido amplamente reconhecida por sua contribuição para a saúde cardiovascular, metabólica e muscular, mas o seu impacto na saúde cerebral vai muito além de aspectos periféricos. Estudos científicos demonstram que o exercício regular está diretamente relacionado ao aumento da neuroplasticidade, à melhoria da função cognitiva e ao retardamento do processo de envelhecimento cerebral. Pesquisas indicam que os indivíduos que se envolvem em atividades físicas regulares têm menores riscos de desenvolver doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, além de apresentarem menor declínio cognitivo relacionado à idade. Além disso, a prática de exercícios também está associada à redução dos sintomas de ansiedade, depressão e estresse. Mecanismos fisiológicos que conectam atividade física e função cerebral Neuroplasticidade O exercício físico promove a neuroplasticidade, que é a capacidade do cérebro de se reorganizar e formar novas conexões sinápticas. Esse processo é fundamental para a aprendizagem, a memória e a adaptação a novas experiências. A atividade física aumenta a liberação de fatores neurotróficos, como o BDNF (Brain-Derived Neurotrophic Factor), um fator de crescimento essencial para a sobrevivência e a diferenciação de neurônios, facilitando a formação de novas sinapses.   Fluxo sanguíneo e oxigenação cerebral O aumento da frequência cardíaca durante o exercício físico promove uma melhor circulação sanguínea, o que resulta em maior oxigenação do cérebro. Esse efeito é benéfico para a função neuronal, uma vez que o cérebro depende de um fornecimento constante de oxigênio e nutrientes para desempenhar suas funções cognitivas e emocionais de forma eficiente. A melhora na perfusão cerebral também pode contribuir para o fortalecimento das redes neuronais, essencial para o bom desempenho cognitivo.   Regulação dos neurotransmissores A atividade física regula a liberação e a síntese de neurotransmissores, como a dopamina, serotonina e noradrenalina, que estão envolvidos no humor, motivação e na resposta ao estresse. A prática regular de exercícios pode aumentar a disponibilidade desses neurotransmissores, reduzindo a incidência de transtornos de humor, como depressão e ansiedade, e contribuindo para um estado mental positivo.   Redução da inflamação e do estresse oxidativo O exercício físico regular também desempenha um papel crucial na modulação da inflamação e na redução do estresse oxidativo, dois fatores que têm sido fortemente associados ao envelhecimento cerebral e ao desenvolvimento de doenças neurodegenerativas. A atividade física aumenta a produção de antioxidantes endógenos, como a superóxido dismutase, que protege as células cerebrais contra os danos causados pelos radicais livres. Além disso, a prática de exercícios diminui os níveis de citocinas pró-inflamatórias, fatores que estão envolvidos na patogênese de várias condições neurológicas. Benefícios da atividade física para a saúde cerebral Melhora na cognição e memória O exercício físico regular é amplamente associado à melhoria da função cognitiva, especialmente em áreas relacionadas à memória de trabalho, atenção e aprendizado. Estudos mostram que atividades aeróbicas, como caminhada, corrida e natação, têm um efeito particularmente benéfico em adultos mais velhos, melhorando a memória espacial e o processamento cognitivo. Prevenção de doenças neurodegenerativas A prática regular de atividade física tem demonstrado ser uma estratégia preventiva eficaz contra doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson. Estudos longitudinais indicam que indivíduos que se exercitam regularmente têm uma redução significativa no risco de desenvolver essas condições, possivelmente devido à promoção da neuroplasticidade e à redução da inflamação cerebral. Redução do estresse e ansiedade A atividade física tem um efeito comprovado na redução dos sintomas de estresse e ansiedade. Isso ocorre por meio da regulação hormonal, incluindo a redução dos níveis de cortisol, o hormônio do estresse, e o aumento da liberação de endorfinas, que atuam como analgésicos naturais, proporcionando uma sensação de bem-estar e relaxamento. Melhora no humor e na qualidade de vida Além de melhorar a função cognitiva, a atividade física é uma ferramenta poderosa para a gestão do humor. O exercício regular está associado à diminuição dos sintomas de depressão e à melhora do bem-estar psicológico. Isso é particularmente importante para pacientes com comorbidades neurológicas, que muitas vezes apresentam distúrbios emocionais concomitantes. Implicações para a prática clínica A relação entre atividade física e saúde cerebral oferece uma abordagem poderosa e de baixo custo para a promoção da saúde neurológica. Para os médicos, é fundamental considerar a incorporação de programas de exercício físico no cuidado preventivo da saúde e no tratamento de pacientes com distúrbios cognitivos, neurodegenerativos e emocionais. Além disso, a prescrição de atividades físicas deve ser personalizada, levando em consideração a capacidade funcional do paciente, suas comorbidades e preferências. A orientação adequada sobre tipos de exercícios, intensidade e duração da prática deve ser feita de maneira que maximize os benefícios para o cérebro, evitando sobrecarga física ou lesões. A parceria entre médico e profissional de educação física é uma estratégia que otimiza resultados, porém consideramos ser de suma importância que médicos ampliem seus conhecimentos em fisiologia do exercício, para que consigam definir os melhores programas de cuidados para cada perfil de paciente.

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Estilo de Vida

O jejum intermitente tem se destacado como um dos tópicos mais discutidos nos últimos anos, tanto entre o público geral quanto na comunidade médica. Essa prática, que alterna períodos de alimentação com períodos de jejum, transcende sua aparente simplicidade. Estudos recentes têm trazido novos insights que merecem atenção, especialmente considerando seu impacto na saúde metabólica, longevidade e prevenção de doenças crônicas. Neste artigo, exploramos o que há de mais atual na literatura científica sobre o jejum intermitente, com o objetivo de fornecer uma visão embasada para médicos de diversas especialidades interessados em compreender as potencialidades e limitações dessa intervenção. Fisiologia do jejum intermitente O jejum intermitente é muito mais do que um período de ausência de alimentos. Ele desencadeia adaptações metabólicas que incluem: Aumento da oxidação de ácidos graxos: com a redução da glicose circulante, o organismo recorre à gordura como principal fonte de energia. Ativação da autofagia: um mecanismo essencial para a remoção de componentes celulares danificados, promovendo renovação e proteção contra o envelhecimento celular. Redução na produção de insulina: favorece a sensibilidade insulínica e regulação metabólica. Esses processos estão associados a uma melhora geral da saúde, incluindo efeitos antioxidantes, anti-inflamatórios e de otimização mitocondrial. Benefícios comprovados por estudos recentes Saúde metabólica Estudos robustos mostram que o jejum intermitente pode melhorar significativamente marcadores metabólicos, como glicemia em jejum, perfil lipídico e circunferência abdominal. Uma metanálise publicada em 2022 demonstrou que indivíduos com síndrome metabólica apresentaram uma redução significativa da resistência à insulina com o jejum, pelo que ele pode ser usado para prevenir a ocorrência de doenças crônicas. Longevidade e autofagia Pesquisas em modelos animais e estudos preliminares em humanos sugerem que o jejum intermitente ativa vias associadas à longevidade, como a via AMPK e a inibição de mTOR. Esses efeitos estão ligados à maior capacidade de resistência ao estresse oxidativo e redução de processos inflamatórios crônicos. Saúde Cardiovascular Evidências apontam que o jejum pode melhorar a pressão arterial, reduzir os níveis de LDL oxidado e aumentar a variabilidade da frequência cardíaca. Um estudo publicado em 2023 mostrou redução significativa na rigidez arterial em pessoas submetidas ao protocolo de 16/8 (16 horas de jejum e 8 horas de alimentação). Função Cognitiva Estudos recentes sugerem que o jejum intermitente pode proteger contra doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson. A neuroproteção estaria relacionada ao aumento dos fatores neurotróficos derivados do cérebro e à redução da neuroinflamação. Principais protocolos e suas indicações Os protocolos de jejum intermitente variam, permitindo personalização para diferentes perfis de pacientes. Alguns dos mais utilizados incluem: Protocolo 16/8: consiste em jejuar por 16 horas e concentrar as refeições em uma janela de 8 horas. Indicado para iniciantes e pacientes com foco em controle metabólico. Jejum de Dias Alternados: alterna dias de alimentação normal com dias de jejum parcial (500–600 calorias) ou total. Protocolo 5:2: envolve 5 dias de alimentação normal e 2 dias consecutivos de restrição calórica. Os resultados e a adesão variam conforme o perfil do paciente e a abordagem. Desafios e considerações Embora os benefícios do jejum intermitente sejam amplamente documentados, é importante considerar: Contraindicações:Gestantes, lactantes, pacientes com histórico de transtornos alimentares ou diabetes tipo 1 devem ser avaliados com cautela. Individualização: Cada paciente tem uma resposta metabólica única. É essencial personalizar a abordagem para garantir segurança e adesão. Monitoramento Médico: O acompanhamento regular é indispensável para avaliar parâmetros clínicos e ajustar a estratégia. Se você está buscando um médico para acompanhamento integrativo e personalizado da saúde, acesse aqui a Plataforma de Busca por médicos associados à SOBRAF e faça uma pesquisa por localidade ou especialidade. Conclusão O jejum intermitente se destaca como uma ferramenta terapêutica promissora, fundamentada em bases fisiológicas sólidas e corroborada por estudos científicos recentes. Sua capacidade de otimizar a saúde metabólica, promover longevidade e prevenir doenças crônicas faz dele uma prática relevante no arsenal de intervenções clínicas. Como defensores da fisiologia e do cuidado integral à saúde, a SOBRAF encoraja os médicos a explorarem o jejum intermitente com uma abordagem científica, sempre considerando o contexto individual de cada paciente. Compreender seus mecanismos e aplicações é essencial para oferecer um cuidado que valorize não apenas a saúde atual, mas também a prevenção de futuras condições e doenças.

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Carreira Médica

A rotina de muitos médicos no Brasil pode ser descrita como uma verdadeira maratona. Plantões exaustivos, atendimentos por planos de saúde com agendas lotadas e remuneração aquém do que seria justo pelo estudo, trabalho e dedicação. Para termos uma ideia, uma pesquisa realizada pela Associação Médica Paulista agora em 2024 mostrou que muitos médicos tinham uma carga horária média semanal de 60h. E, além da remuneração abaixo do esperado, os médicos participantes registraram condições de saúde ruins, cercadas por sedentarismo, excesso de peso, dores musculares e articulares e distúrbios do sono. Uma realidade desgastante que muitas vezes leva os profissionais a questionarem: “Como posso sair desse ciclo e construir uma carreira mais equilibrada, valorizada e alinhada ao que realmente quero e acredito?” Se identificou com essa reflexão? Aqui, vamos aproveitar o início de um novo ano – época em que costumamos desejar ajustar as coisas – para explorar como organizar não só a sua rotina, mas também suas ideias e seus propósitos, para que você possa transformar sua prática médica e conquistar mais tempo, qualidade de vida e autonomia profissional. 1. Comece com uma boa anamnese: Como estão as coisas e o que você quer mudar? Assim como no consultório, todo programa de cuidado da saúde de um paciente requer relacionar dados e analisar a realidade atual e o histórico para entender onde devem começar as mudanças. Agora, o paciente é você. Pergunte-se: O que na minha rotina mais está me sobrecarregando? Olhando para os trabalhos que venho realizando até aqui, o que não me satisfaz? Como quero que meu trabalho impacte a vida dos meus pacientes? Da minha vida pessoal (família, amigos, atividade física, alimentação, lazer…) o que está tendo menos espaço na minha agenda mas eu gostaria de dedicar mais tempo? Esse é o momento de reconhecer o que está desalinhado e definir os pilares da sua transformação profissional. 2. Organize as ideias: Trace um propósito profissional claro Trabalhar sem propósito é como correr sem saber onde fica a linha de chegada. E isso não é papo de positividade tóxica. Quem não tem um propósito definido, pode acabar se contentando com “o que vem”, mesmo que não seja aquilo que queria. Para sair da rotina exaustiva e alcançar um modelo mais sustentável, você precisa de um plano: Qual é o seu público-alvo ideal? Se você deseja atender pacientes particulares, quem são essas pessoas? O que elas precisam? Quais são os diferenciais do seu atendimento? Pense no que faz de você um médico único: sua abordagem humanizada, conhecimento aprofundado em fisiologia clínica, ou seu foco em saúde integrativa, por exemplo. Como você pode se posicionar como referência? A construção de autoridade no mercado é essencial para atrair pacientes que valorizem seu trabalho. Escrever essas respostas e revisá-las periodicamente pode ajudar a manter o foco durante o ano, além de permitir que você avalie se está indo na direção que gostaria. 3. Reestruture sua agenda com propósito Enquanto trabalha para mudar seu modelo de atendimento, você precisará reorganizar sua agenda para abrir espaço para a transição: Estabeleça horários exclusivos para o planejamento da sua carreira: use esses momentos para pensar em estratégias de marketing, especializações ou estudos que fortaleçam sua prática. Gradualmente, reduza sua dependência dos planos de saúde: considere diminuir o número de convênios atendidos e aumentar o número de horários destinados a consultas particulares. Estude a precificação dos seus serviços: pesquise o mercado, avalie o tempo que você dedica a cada consulta, o modelo de cuidado que oferece e defina um valor justo que reflita a qualidade do seu trabalho. 4. Invista em conhecimento e no seu posicionamento Médicos que buscam sair do modelo tradicional e construir uma carreira mais valorizada precisam estar dispostos a investir em duas frentes principais: Atualização científica e técnica: cursos e eventos médicos que agreguem diferenciais à sua prática clínica, como abordagens integrativas, terapias avançadas ou estratégias focadas em prevenção e longevidade. Marketing e comunicação profissional: aprenda a se posicionar de forma estratégica no digital. Mostrar seu trabalho e seu conhecimento nas redes sociais pode atrair pacientes que valorizem seu diferencial e estejam dispostos a investir em um atendimento particular. O ideal é buscar profissionais ou agências especializadas em marketing e posicionamento de imagem para construção de um projeto personalizado para você. Este tipo de tarefa requer conhecimento específico, estratégia e dedicação de tempo. Fazer sozinho pode acabar atrapalhando seu trabalho como médico. E em relação ao aprimoramento profissional, fazemos questão de destacar o Programa Educacional exclusivo para médicos, da Longevidade Saudável, instituição parceira da SOBRAF. Toque aqui se quiser conhecer o Curso Hormonologia e Terapias Integrativas – HTI, que dá início à jornada. 5. Cuide de você para inspirar seus pacientes Nenhuma transição será sustentável se você negligenciar sua própria saúde e qualidade de vida. Nenhum esforço ou crescimento profissional terá valido a pena se você não puder aproveitar a caminhada e se mais adiante você não estiver bem para usufruir do que conquistou. Então, em todo esse processo de reorganização é preciso considerar e priorizar: Sono reparador: sua produtividade e clareza mental dependem disso. Faça ajustes que lhe permitam construir uma rotina de sono, preferencialmente à noite, praticando os mesmos horários de dormir e acordar. Exercícios físicos: exercícios são inegociáveis, pois lhe darão melhor equilíbrio físico, mental e emocional. Quando ajustar sua agenda de atendimentos, já deixe reservado o horário da prática de atividade física – ainda que comece com cerca de 30min por

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Por dentro da SOBRAF

A fisiologia hormonal é a área da fisiologia que estuda a produção, regulação e efeitos dos hormônios no organismo humano. Esses mensageiros químicos, secretados por glândulas endócrinas, desempenham papéis críticos na coordenação de funções metabólicas, reprodutivas, imunológicas, cardiovasculares e neurológicas. Compreender “o que é fisiologia hormonal” vai além da teoria: é uma ferramenta indispensável para uma prática clínica mais eficaz e abrangente. A fisiologia hormonal não é apenas uma ciência para tratar desequilíbrios e patologias, é uma ferramenta poderosa para promover saúde, melhorar a qualidade de vida e planejar um envelhecimento mais saudável e independente. Médicos que dominam esse conhecimento conseguem atuar de forma preventiva, identificando alterações hormonais sutis que precedem o surgimento de doenças. Fisiologia hormonal: o que é? Os hormônios são substâncias bioquímicas que atuam como reguladores em sistemas biológicos. Eles são produzidos por glândulas endócrinas, como a tireoide, hipófise, suprarrenais, pâncreas, ovários e testículos. Esses compostos químicos circulam pelo sangue até atingir órgãos-alvo, onde desencadeiam respostas específicas. A fisiologia hormonal estuda: Produção e secreção de hormônios. Mecanismos de ação nos tecidos-alvo. Feedback endócrino e regulação hormonal. Essa ciência fornece as bases para entender condições clínicas complexas, como disfunções endócrinas, alterações metabólicas e doenças hormonodependentes. Promoção da saúde e bem-estar Os hormônios desempenham papéis essenciais na regulação de energia, humor, sono, força muscular e metabolismo. Ao monitorar níveis hormonais, compreender suas flutuações naturais e reconhecer sinais clínicos de desequilíbrio, o médico pode intervir com estratégias de reequilíbrio, como ajustes no estilo de vida, suplementação ou terapias hormonais bioidênticas, antes que os sintomas se manifestem como doenças estabelecidas. Fisiologia Hormonal e envelhecimento saudável Com o passar dos anos, alterações hormonais como o declínio do estradiol, progesterona, testosterona, DHEA e melatonina são inevitáveis, mas não precisam resultar em perda de qualidade de vida. A fisiologia hormonal permite identificar essas mudanças precocemente e propor intervenções personalizadas para manter autonomia funcional, saúde mental e vitalidade metabólica, que também podem declinar com o avançar da idade e a depender do estilo de vida. Na medicina integrativa, a fisiologia hormonal é vista como uma peça-chave para compreender o organismo como um todo. Hormônios como cortisol, insulina, estradiol e testosterona não apenas regulam funções específicas, mas também influenciam o equilíbrio de sistemas complexos. Abordagem preventiva e integrativa Com um olhar focado no cuidado da saúde, o médico pode: Identificar padrões hormonais desequilibrados: por exemplo, um aumento discreto no cortisol crônico pode ser tratado antes que leve a exaustão adrenal, ganho de peso ou doenças metabólicas. Promover qualidade de vida: ajustes em hormônios como melatonina e serotonina podem melhorar o sono e o bem-estar geral. Prevenir doenças relacionadas ao envelhecimento: manter níveis adequados de hormônios como vitamina D, hormônios tireoidianos e hormônios sexuais pode proteger contra doenças cardiovasculares, fragilidade óssea, declínio cognitivo e imunológico. Por que a fisiologia hormonal é fundamental na prática clínica? 1. Diagnóstico preciso Muitas condições clínicas têm origem ou estão associadas a desequilíbrios hormonais. Hipotireoidismo, hipertireoidismo, diabetes mellitus e síndrome dos ovários policísticos são exemplos em que a compreensão da fisiologia hormonal é essencial para diagnosticar e tratar adequadamente. 2. Tratamento personalizado A reposição hormonal eficaz com hormônios bioidênticos só é possível com uma sólida compreensão dos processos fisiológicos hormonais. 3. Prevenção de doenças A fisiologia hormonal também orienta práticas preventivas, como intervenções no estilo de vida para minimizar o risco de obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares e neurológicas. A identificação precoce de alterações hormonais permite abordagens preventivas mais eficazes. 4. Interdisciplinaridade Independentemente da especialidade médica, o conhecimento de fisiologia hormonal amplia a visão do profissional sobre o paciente. Na cardiologia, por exemplo, desequilíbrios hormonais podem agravar quadros de insuficiência cardíaca. Na ginecologia, a saúde hormonal está intimamente ligada ao bem-estar reprodutivo, mental, físico e geral da mulher. Aprofunde-se na Fisiologia Hormonal! Compreender o que é fisiologia hormonal vai além do entendimento teórico. É um pilar da prática clínica moderna. A abordagem centrada na fisiologia hormonal convida os médicos a olhar para além do alívio dos sintomas e a trabalhar pela longevidade funcional de seus pacientes. Ao promover estratégias de reequilíbrio hormonal, o médico atua como um agente de prevenção, ajudando seus pacientes a viverem de forma plena, saudáveis e autônomos por mais tempo. Além disso, esse conhecimento possibilita diagnósticos mais precisos, tratamentos personalizados e abordagens preventivas, promovendo uma assistência médica mais eficaz e humana. Para médicos de todas as especialidades, a fisiologia hormonal não é apenas um campo de estudo, mas um guia indispensável para uma prática clínica de excelência. Se você é médico e gostaria de aprofundar seus conhecimentos acerca do assunto, conheça aqui os cursos promovidos pela Longevidade Saudável, instituição de ensino pioneira do assunto no Brasil e parceira SOBRAF!

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Por dentro da SOBRAF

Confira os principais registros e as exclusivdades aos nossos sócios: Estande SOBRAF Associados SOBRAF contaram com benefícios especiais no Congresso: brindes exclusivos, suporte ao portal e aplicativo, descontos especiais de renovação, além da 3ª Exposição de Trabalhos Científicos e outros benefícios especiais. Brindes Exclusivos Sabemos o quão importante é conectar-se durante o evento. Pensando nisso, preparamos um brinde exclusivo aos associados que estiveram no Congresso: um carregador portátil (compatível com Android e IOS). Garantindo, assim, uma fonte de energia à disposição e concentração no que realmente importa! Gelatos Saudáveis Durante os dias do evento, nossos associados receberam um voucher exclusivo para ter acesso a uma experiência única e refrescante: gelatos saudáveis, desenvolvidos com ingredientes naturais, sem açúcar, glúten e leite, que foram cuidadosamente selecionados para proporcionar uma ótima experiência e bem-estar! 3ª Exposição de Trabalhos Científicos Na 3ª Exposição de Trabalhos Acadêmicos, participaram 14 artigos científicos, criteriosamente selecionados por uma banca avaliadora. Além disso, os 3 artigos vencedores foram publicados na Revista Longevidade em Foco, e seus autores receberam premiações de acordo com sua categoria e um troféu de menção honrosa. Alguns associados que estiveram no evento fizeram registros com seus trabalhos em exposição. Premiação dos vencedores da Exposição Na sexta-feira, dia 15/11, os vencedores obtiveram seu certificado, premiação e um troféu de menção honrosa entregues pelo Dr. Marcelo Carlos, vencedor da 2ª Exposição de Trabalhos em 2023: 1º lugar: Márcio Clébio Fonseca Costa 2º lugar: Kerly Helena Nascimento dos Santos 3º lugar: Mário Lorensoni Neto Apresentações dos Artigos Científicos vencedores: No domingo, 17/11, nossos Associados vencedores da Exposição de Artigos gravaram uma apresentação de seus trabalhos no estúdio da Longevidade Saudável durante o Congresso. 1º lugar: Márcio Clébio Fonseca Costa (CRM-SP 199744) “Eficácia da melatonina em melhorar a qualidade do sono nos idosos: uma revisão sistemática”. https://youtu.be/zifG_XJw8OI 2º lugar: Dra. Kerly Helena Nascimento dos Santos (CRM-MA 3130) “O papel dos telômeros e seus efeitos na longevidade humana: uma revisão dos fatores relacionados ao processo de envelhecimento”. https://youtu.be/BkqNzdmI84U  3º lugar: Dr. Mário Lorensoni (CRM-PA 19270) “Distúrbios gerados pelo uso contínuo de inibidores de bomba de prótons: revisão integrativa de literatura”. https://youtu.be/E6JX4fzntHQ Game SOBRAF A SOBRAF, em parceria com os Expositores, preparou uma surpresa especial aos Congressistas: uma bolsa exclusiva com diversos produtos! Para resgatar sua bolsa, o congressista deveria escanear o QR Code do Expositor participante e atingir uma pontuação mínima de 3.000 pontos. Os que ficaram entre os 50 colocados no ranking, puderam resgatar seu brinde no estande da SOBRAF. Assembleia Geral Ordinária No 1º dia do Congresso Internacional ocorreu a Assembleia Geral Ordinária no auditório principal, na qual a SOBRAF prestou conta com os associados e apresentou seus projetos realizados em 2023. A Assembleia contou, ainda, com a participação especial de alguns membros das Comissões Científica e Clínica, além do Vice-presidente da SOBRAF, o Dr. Gustavo Michelstaedter (CRM-DF 15898). Momento de Autógrafos A Dra. Jennifer Simmons, esteve conosco no estande da SOBRAF onde distribuiu dedicatórias em um momento de autógrafos do seu livro “The smart woman’s guide to breast cancer” a todos que adquiriram exemplares no estande da SOBRAF. Agradecemos a todos os associados que prestigiaram conosco a este espetacular evento científico, bem como aos que participaram da Exposição de Trabalhos e os visitantes que estiveram em nosso estande durante essa maravilhosa troca de experiências. Já estamos ansiosos para tê-los conosco no próximo evento!

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Integrativa em Foco

Os estrogênios, um grupo de hormônios sexuais predominantemente femininos, desempenham um papel crucial não apenas na saúde reprodutiva, mas também na saúde mental das mulheres. Essas substâncias regulam uma ampla gama de processos fisiológicos que afetam diretamente o humor, aspectos comportamentais, a cognição e o bem-estar emocional. Para médicos de diferentes especialidades, compreender essa relação é essencial para oferecer cuidados integrativos e eficazes às pacientes. Diferentes formas de estrogênio — como estradiol, estrona e estriol — possuem características fisiológicas distintas, desempenhando papéis únicos no bem-estar psicológico e emocional. Assim como a progesterona também tem grande importância. Neste artigo, exploramos essas diferenças e como cada um contribui para a saúde mental das mulheres. Estrogênios e neuroproteção Os estrogênios possuem propriedades neuroprotetoras, modulando a plasticidade neuronal e protegendo o cérebro contra processos neurodegenerativos. Eles estimulam a produção de fatores neurotróficos, como o BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro), que promovem a sobrevivência neuronal e a reparação tecidual. Essa ação pode explicar por que mulheres na pós-menopausa, quando os níveis de estrogênio diminuem significativamente, apresentam maior risco de desenvolver doenças neurodegenerativas como Alzheimer​ Regulação do Humor Os estrogênios influenciam neurotransmissores essenciais, como serotonina, dopamina e norepinefrina, que estão diretamente associados ao humor e à motivação. O aumento ou redução dos níveis de estrogênio durante fases específicas do ciclo menstrual, gravidez ou menopausa pode levar a flutuações no humor, ansiedade e depressão. Por exemplo, o transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM) é atribuído em parte à sensibilidade exacerbada a essas alterações hormonais​   Estrogênio e saúde cognitiva Os estrogênios, especialmente o estradiol, desempenham um papel vital na manutenção da função cognitiva. Eles promovem a formação de novas sinapses e previnem o declínio cognitivo, especialmente em áreas relacionadas à memória, como o hipocampo. Estudos indicam que mulheres pós-menopausa que não recebem TRH têm maior risco de desenvolver doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, reforçando a importância do equilíbrio hormonal para a saúde cerebral. Papel nos distúrbios de ansiedade e depressão Estudos mostram que mulheres apresentam maior prevalência de transtornos de ansiedade e depressão em comparação aos homens, especialmente durante as fases de alterações hormonais significativas, como o período pós-parto e a menopausa. Os estrogênios, ao modular os receptores serotoninérgicos e o sistema endocanabinoide, exercem um efeito calmante e estabilizador no sistema nervoso central​. Terapias e considerações clínicas Para muitas mulheres, a reposição hormonal bioidêntica pode ser uma opção valiosa para mitigar os efeitos do declínio hormonal na saúde mental. No entanto, é crucial que médicos avaliem individualmente cada caso, considerando fatores de risco como histórico de câncer hormono-dependente e outras questões individuais. Além disso, abordagens integrativas que incluem exercício físico, alimentação balanceada e suporte psicológico são fundamentais para um manejo abrangente. Conclusão Os estrogênios desempenham um papel central na saúde mental das mulheres, influenciando o equilíbrio emocional, a cognição e a resiliência cerebral. Médicos de todas as especialidades devem estar atentos à importância desses hormônios e às consequências de sua deficiência, especialmente durante períodos de transição hormonal. Investir no conhecimento sobre a fisiologia hormonal permite uma abordagem mais integrada e personalizada no cuidado da saúde feminina. Se você é médico e deseja aprofundar seus conhecimentos, toque aqui e conheça o Programa Educacional exclusivo para médicos da Longevidade Saudável.

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Integrativa em Foco

A vitamina D é, na verdade, um hormônio. Enquanto vitaminas precisam ser obtidas através da dieta para nutrir o desenvolvimento celular, os hormônios são produzidos pelo próprio organismo, por glândulas ou neurônios, e alcançam órgãos e tecidos onde há receptores para eles por meio da corrente sanguínea. O hormônio D é essencial para a saúde humana, desempenhando papéis críticos em sistemas que vão muito além da saúde óssea, envolvendo processos imunológicos, musculares, metabólicos e endócrinos. Neste artigo vamos esclarecer as principais funções da vitamina D no organismo, fornecendo uma visão abrangente, especialmente para médicos e profissionais de saúde que atuam com uma abordagem integrativa e preventiva. Síntese e metabolismo da Vitamina D A vitamina D é obtida principalmente por meio da exposição à luz solar, podendo também ser obtida em pequenas quantidades através da dieta, a partir da conversão do ergocalciferol pelo fígado, e, quando necessário, de suplementação. Quando exposta aos raios solares, a pele ativa o 7-dehidrocolesterol e leva à formação da pré-vitamina D3. Esta sofre um rearranjo dependente da temperatura e forma a vitamina D3 (colecalciferol). A vitamina D3, por sua vez, passa por duas etapas de ativação: a primeira ocorre no fígado, onde é convertida em 25-hidroxivitamina D (25 (OH) D), e a segunda nos rins, onde se transforma em calcitriol (1,25-(OH)2D3), que é a forma ativa e biologicamente ativa do hormônio. Essa forma ativa exerce suas funções em diversos sistemas por meio do receptor nuclear de vitamina D (VDR), presente em praticamente todos os tecidos do corpo humano. Este fato reforça a complexidade e a ampla influência do hormônio D no organismo. Funções da Vitamina D Regulação do metabolismo ósseo: A função clássica da vitamina D está relacionada ao metabolismo do cálcio e do fósforo e à manutenção da saúde óssea. O hormônio aumenta a absorção intestinal de cálcio e fósforo, promovendo a mineralização óssea. Deficiências severas levam a condições como raquitismo em crianças e osteomalácia em adultos. Na população idosa, a insuficiência de vitamina D pode contribuir para a osteoporose, aumentando o risco de fraturas.   Modulação do sistema imunológico: A vitamina D é fundamental para a modulação imunológica. Ela exerce um efeito imunomodulador em células do sistema imune, como macrófagos e células T, ajudando a balancear as respostas imunes inata e adaptativa. Evidências apontam que níveis adequados de vitamina D podem reduzir o risco de infecções, especialmente as respiratórias, e modular respostas inflamatórias, sendo um fator relevante em doenças autoimunes como esclerose múltipla, diabetes tipo 1 e artrite reumatoide.   Saúde cardiovascular e metabólica: A vitamina D desempenha papel importante na saúde cardiovascular ao reduzir a inflamação e modular a pressão arterial por meio da regulação do sistema renina-angiotensina-aldosterona (RAAS). Estudos mostram que a deficiência de vitamina D está associada a um risco aumentado de hipertensão arterial, síndrome metabólica e diabetes tipo 2. Em conjunto com outras abordagens terapêuticas, o equilíbrio dos níveis de vitamina D pode contribuir para a prevenção de desordens metabólicas e para o controle glicêmico.   Saúde muscular: Receptores de vitamina D estão presentes nos músculos esqueléticos, e a 1,25(OH)2D3 é essencial para a função muscular adequada. A deficiência de vitamina D está associada à redução da força e da massa muscular, além de uma maior propensão a quedas em idosos. A suplementação adequada pode melhorar a função muscular, principalmente em pacientes com níveis insuficientes ou com risco de sarcopenia.   Funções reuropsiquiátricas e cognitivas: A vitamina D é importante para o desenvolvimento neurológico e o funcionamento cerebral. Ela pode modular neurotransmissores como a serotonina e a dopamina e exercer efeitos neuroprotetores, o que se traduz em um potencial papel na prevenção de distúrbios de humor, como a depressão, e no suporte cognitivo. Há ainda estudos sobre sua relação com doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e Parkinson, uma vez que a vitamina D pode contribuir para a proteção contra a neuroinflamação. Suplementação e Prevenção Em áreas geográficas com baixa exposição solar ou em populações com maior risco de deficiência, a suplementação de vitamina D pode ser essencial para manter a saúde geral. É importante monitorar regularmente os níveis séricos e adaptar a dose de acordo com as necessidades individuais. Hormônio essencial! A vitamina D vai muito além de uma simples vitamina. É um hormônio essencial para a homeostase de diversos sistemas no corpo. Ela participa ativamente da regulação do metabolismo ósseo, imunológico, cardiovascular, muscular e neurológico. Para médicos que atuam com uma visão integrativa, compreender as funções da vitamina D permite uma abordagem mais abrangente e preventiva, que pode contribuir para a qualidade de vida e a longevidade dos pacientes. Como a ciência continua a explorar as multifacetas desse hormônio, os profissionais de saúde desempenham um papel crucial na orientação e no monitoramento adequado dos níveis de vitamina D, promovendo uma saúde integral e a prevenção de doenças. Leia também: Colesterol: O que ninguém conta sobre ele?

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A microbiota intestinal tem sido amplamente estudada nas últimas décadas e sua importância para a saúde geral do organismo vai muito além da digestão. O intestino humano abriga trilhões de microrganismos, incluindo bactérias, vírus, fungos e arqueas, que desempenham um papel fundamental na manutenção da homeostase. Uma das áreas de crescente interesse é a relação entre a microbiota intestinal e o equilíbrio hormonal, especialmente considerando o impacto que essa interação pode ter na saúde metabólica, imunológica, reprodutiva e geral. Neste post, exploraremos os principais mecanismos pelos quais a microbiota intestinal influencia o equilíbrio hormonal, discutindo suas implicações clínicas para médicos e profissionais de saúde. O eixo intestino-hormonal: uma via bidirecional A interação entre o intestino e os sistemas hormonais ocorre por meio do chamado eixo intestino-hormonal, uma via de comunicação bidirecional que envolve o intestino, os hormônios e diversos sistemas, como o sistema nervoso central (SNC), o sistema imunológico e o sistema endócrino. A microbiota intestinal participa ativamente da regulação desse eixo, influenciando tanto a síntese quanto a metabolização de hormônios, além de afetar sua biodisponibilidade. 1. Produção e modulação de hormônios pela microbiota intestinal A microbiota intestinal tem a capacidade de produzir e modular hormônios de diferentes maneiras: Metabolismo de hormônios sexuais: Certas bactérias intestinais expressam enzimas, como a β-glucuronidase, que são capazes de desconjugar hormônios esteroides, como o estrogênio e a progesterona. O desconjugamento desses hormônios no intestino facilita sua recirculação via a circulação entero-hepática, aumentando a disponibilidade de estrogênios e outros hormônios esteroides no corpo. Esse processo é mediado pelo que se chama de “estroboloma”, o conjunto de microrganismos capazes de metabolizar estrogênios. Síntese de neurotransmissores com ação hormonal: A microbiota é também uma fonte significativa de produção de neurotransmissores como serotonina, dopamina e GABA, os quais têm ações hormonais sistêmicas e podem influenciar o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA). Esses neurotransmissores desempenham um papel importante na regulação do humor e, indiretamente, nos níveis de hormônios como cortisol e adrenalina. 2. Modulação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA) O eixo HPA é uma das principais vias de regulação do estresse, e a microbiota intestinal exerce um papel importante nesse sistema. Estudos demonstram que alterações na composição da microbiota (disbiose) estão associadas à hiperativação do eixo HPA, resultando em níveis elevados de cortisol. O cortisol cronicamente elevado pode levar a distúrbios metabólicos, como resistência à insulina, além de desregular outros hormônios, como testosterona e hormônios sexuais femininos. A comunicação entre o eixo HPA e a microbiota ocorre em grande parte por meio de moléculas de sinalização inflamatórias, como citocinas, e pelo nervo vago, evidenciando que o intestino e o cérebro estão intimamente conectados tanto fisicamente quanto funcionalmente. 3. Papel da microbiota na sensibilidade à insulina e nos hormônios metabólicos A microbiota intestinal também influencia diretamente o metabolismo energético e a sensibilidade à insulina. Estudos sugerem que alterações na composição da microbiota podem promover um estado pró-inflamatório e resistência à insulina, interferindo nos níveis de hormônios como a insulina e o glucagon. Além disso, bactérias intestinais específicas, como aquelas pertencentes ao gênero Akkermansia, têm sido associadas a uma melhor integridade da barreira intestinal e a um menor risco de resistência à insulina. A modulação da permeabilidade intestinal é essencial para evitar a translocação de lipopolissacarídeos (LPS), moléculas bacterianas que podem desencadear inflamação sistêmica e interferir com a sinalização de insulina. 4. Microbiota e hormônios tireoidianos Estudos recentes também apontam para a influência da microbiota na regulação dos hormônios tireoidianos. A conversão periférica de tiroxina (T4) em triiodotironina (T3), a forma biologicamente ativa do hormônio, pode ser impactada pela composição da microbiota. A disbiose intestinal foi associada a uma diminuição nessa conversão, possivelmente por interferir na metabolização hepática e intestinal desses hormônios. Implicações clínicas: diagnóstico e manejo de disfunções hormonais 1. Disbiose e distúrbios hormonais femininos A relação entre a microbiota intestinal e os hormônios sexuais femininos, particularmente os estrogênios, tem implicações significativas para condições como síndrome dos ovários policísticos (SOP), endometriose e menopausa. A disbiose intestinal pode exacerbar o hiperestrogenismo ou o hipoestrogenismo, resultando em sintomas mais graves ou complicações de longo prazo. Por exemplo, na SOP, a disbiose pode agravar a resistência à insulina e contribuir para o desequilíbrio hormonal típico da condição, com níveis elevados de androgênios. Já em mulheres na menopausa, a queda nos estrogênios afeta diretamente a composição da microbiota, tornando-as mais suscetíveis à inflamação intestinal e, potencialmente, a doenças metabólicas. 2. Microbiota e andropausa Em homens, a diminuição dos níveis de testosterona com a idade, conhecida como andropausa, também pode estar associada a alterações na microbiota intestinal. Estudos sugerem que a disbiose pode agravar a queda de testosterona, além de estar envolvida em condições metabólicas que surgem na andropausa, como a síndrome metabólica. Leia também: Reposição Hormonal: o que é e o que não é? Atenção ao eixo intestino-hormônios A interação entre a microbiota intestinal e o equilíbrio hormonal oferece uma nova perspectiva sobre a fisiopatologia de diversas condições hormonais e metabólicas. A compreensão mais profunda dessa relação abre caminhos para abordagens terapêuticas integrativas, que envolvam a modulação da microbiota para melhorar o equilíbrio hormonal e a saúde geral dos pacientes. Para médicos e profissionais de saúde, o reconhecimento dessa conexão é crucial para o desenvolvimento de estratégias de tratamento mais eficazes e personalizadas, considerando a microbiota intestinal como um alvo terapêutico para a prevenção e o manejo de desequilíbrios hormonais. Fica evidente que um olhar integrativo sobre o eixo intestino-hormonal pode transformar a prática clínica, levando a resultados melhores e mais sustentáveis na

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O cortisol, comumente chamado de “hormônio do estresse”, é um hormônio esteroide essencial para o funcionamento do corpo humano, tendo como principal função aumentar a disponibilidade de energia para lidar com eventos estressores. Via de regra, carboidratos são a primeira fonte de glicose utilizada para produção de energia, entretanto, o cortisol é um grande estimulador da gliconeogênese, promovendo a elevação da glicose no sangue através de outras fontes, como lactato, glicerol e aminoácidos, bem como pela quebra do glicogênio (glicose armazenada). Além disso, o cortisol desempenha um papel vital em diversas funções fisiológicas, como o controle do metabolismo, a resposta imune e o equilíbrio de eletrólitos. Neste post, vamos explorar como o cortisol atua no organismo, os sintomas de cortisol alto, os riscos à saúde relacionados ao seu excesso e a abordagem clínica mais indicada para esses casos.   A relação entre cortisol e melatonina A relação entre cortisol e melatonina é fundamental para o funcionamento do ciclo circadiano, que regula nosso ritmo biológico diário, influenciando o sono, o estado de alerta, e diversas funções metabólicas. Esses dois hormônios atuam de maneira oposta, mas interdependente, ajudando a sincronizar os períodos de atividade e repouso do corpo. Produzido pelas glândulas suprarrenais, o cortisol atinge seu pico nas primeiras horas da manhã, logo ao despertar, ajudando a aumentar o estado de alerta e a energia para enfrentar o dia. Seus níveis diminuem gradualmente ao longo do dia, atingindo o ponto mais baixo à noite, quando o corpo se prepara para o descanso. Produzida principalmente pela glândula pineal em resposta à escuridão, a melatonina começa a aumentar no início da noite, atingindo o pico durante a madrugada. Ela sinaliza ao corpo que é hora de dormir, facilitando o relaxamento e a indução do sono. Durante o dia, seus níveis caem, sendo quase indetectáveis em condições normais de exposição à luz. Perceba que os níveis de cortisol e melatonina estão em um ciclo inversamente relacionado. Durante a manhã, o aumento do cortisol é acompanhado pela queda nos níveis de melatonina e à medida que o dia avança e a luz diminui, os níveis de cortisol diminuem e os níveis de melatonina começam a aumentar. A produção do cortisol acontece em resposta a sinais do hipotálamo e da glândula pituitária, que liberam hormônios reguladores da produção de cortisol pelas suprarrenais. Portanto, o eixo hipotálamo-pituitário-adrenal (HPA) é uma das principais vias de regulação do cortisol no corpo. O papel do cortisol e seus mecanismos de atuação O cortisol é fundamental para a regulação de diversas funções biológicas, como: Regulação do metabolismo O cortisol atua na conversão de substratos em energia utilizável pelo corpo. Durante períodos de estresse, ele aumenta os níveis de glicose no sangue para garantir energia rápida. Resposta ao estresse Em situações de estresse físico ou emocional, o cortisol é liberado em maior quantidade para preparar o corpo para a “luta ou fuga”, aumentando a pressão arterial e o nível de alerta. Regulação do sistema imunológico O cortisol também tem efeito anti-inflamatório, suprimindo a resposta inflamatória do sistema imunológico. Manutenção da pressão arterial Ele atua no controle da vasoconstrição, regulando o equilíbrio hídrico e a pressão arterial. Quando secretado em níveis adequados, o cortisol ajuda a manter o equilíbrio fisiológico. No entanto, em situações crônicas de estresse ou disfunções hormonais, a produção de cortisol pode se manter elevada, resultando em sintomas de cortisol alto e possíveis complicações à saúde. Sinais e sintomas de cortisol alto Quando o corpo produz cortisol em excesso, uma série de sintomas podem surgir. Entre eles, destacam-se: Aumento de peso, especialmente na região abdominal Insônia ou distúrbios do sono Ansiedade e irritabilidade Fadiga crônica Elevação da pressão arterial Diminuição da libido e do desempenho sexual Alterações no ciclo menstrual (em mulheres) Perda de massa muscular Dificuldade em cicatrização de feridas e maior vulnerabilidade a infecções Pele fina e propensa a hematomas Esses sintomas são sinais de que o organismo está respondendo a uma sobrecarga de estresse ou disfunções hormonais, e a persistência desses quadros pode levar a consequências mais graves para a saúde. Riscos à saúde relacionados ao cortisol alto O excesso de cortisol, especialmente quando crônico, pode ter um impacto significativo na saúde geral. Entre os riscos mais comuns associados aos altos níveis de cortisol estão: Obesidade: O acúmulo de gordura visceralé uma característica comum em indivíduos com níveis elevados de cortisol, aumentando o risco de doenças metabólicas. Diabetes tipo 2: O aumento da glicose no sangue induzido pelo cortisol pode resultar em resistência à insulina e diabetes. Doenças cardíacas: Níveis elevados de cortisol podem acarretar hipertensão arterial, progressão da aterosclerosee elevar os riscos de doenças cardíacas. Imunossupressão: O excesso de cortisol suprime o sistema imunológico, tornando o corpo mais suscetível a infecções. Transtornos psiquiátricos: O estresse crônico e o cortisol elevado estão fortemente associados a distúrbios como depressãoe ansiedade. Esses riscos reforçam a importância de um diagnóstico e tratamento adequados para prevenir e evitar a evolução de condições graves relacionadas ao desequilíbrio desse hormônio. Abordagem clínica de pacientes com cortisol alto Níveis adequados de cortisol variam ao longo do dia, sendo mais altos pela manhã e mais baixos à noite. Em pessoas saudáveis, os níveis costumam variar entre 5 a 23 microgramas por decilitro (mcg/dL) pela manhã e entre 3 a 16 mcg/dL à noite. Contudo, fatores como idade, sexo, dieta, atividade física, sono e condições de saúde podem interferir nesses níveis. Portanto, o tratamento de pacientes com cortisol

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Reposição hormonal, terapia de reposição hormonal, TRH…seja em razão da disseminação dos benefícios para o bem-estar e a qualidade de vida ou dos supostos efeitos colaterais e problemas de saúde que pode provocar, fato é que, nos últimos tempos, esses termos vêm ganhando atenção. Em meio a esse cenário, não há como ignorar a mistura de conceitos que também têm se tornado frequente, inclusive entre profissionais de saúde. Tantos são os equívocos quanto ao que, na realidade, é hormônio e configura reposição hormonal, que não se pode negar que ambos os lados tenham certa razão: é possível colher inúmeros benefícios da terapia, porém a prática inadequada tem mesmo enorme potencial danoso à saúde. É justamente por primarmos pela ética e responsabilidade na prática médica e pela segurança dos pacientes, e por trabalharmos pela melhora da saúde e maior qualidade de vida para a sociedade como um todo, que desenvolvemos este artigo para elucidar, com base na fisiologia, o que é reposição hormonal e também o que não é reposição hormonal. Antes, o que são hormônios? Hormônios são moléculas mensageiras produzidas e secretadas naturalmente por glândulas endócrinas. A mais conhecida dessas glândulas talvez seja a tireoide, mas dispostas no corpo humano, acima dela, também estão o hipotálamo, a hipófise e a pineal, no cérebro; junto da tireoide, a paratireoide; e abaixo dela, o timo, o pâncreas, as suprarrenais, os ovários nas mulheres e os testículos nos homens. Todas elas produzem um ou mais hormônios e, com exceção do hormônio melatonina, que “se conecta” a receptores diretos e indiretos atuando em quase todos os sistemas, cada hormônio possui seu receptor específico em células localizadas em órgãos e tecidos diversos do corpo. Esses mensageiros químicos estão envolvidos nas mais diversas funções vitais, como crescimento, restauro e reparo celular, metabolismo, circulação sanguínea, temperatura corporal, função sexual, reprodução e muitas outras. Um organismo sadio precisa ter plenas capacidades funcionais e manter sua homeostase interna e o equilíbrio hormonal é a base desse processo. Em razão disso, diante do menor dos desequilíbrios, um indivíduo pode enfrentar sintomas e desconfortos diversos, ter redução significativa de sua qualidade de vida e, também, maior vulnerabilidade para desenvolver doenças, especialmente as crônicas, autoimunes e degenerativas.   A origem do preconceito com hormônios Os primeiros relatos de reposição hormonal são da década de 1940, nos Estados Unidos, quando passou-se a usar hormônios animais em mulheres menopausadas para alívio dos sintomas relacionados, principalmente os fogachos. Passado algum tempo, cresceu muito o número de mulheres com câncer de mama fazendo a terapia, o que, obviamente, resultou em um olhar negativo para os hormônios e a reposição hormonal. Contudo, precisamos reforçar que, naquela época 1) pouco se sabia sobre hormônios e suas funções, 2) a própria menopausa era entendida como um caso de falta de estrogênio apenas; 3) a reposição era feita com substâncias similares, porém não iguais às produzidas pelo organismo humano e 4) não havia individualização de dose ou tempo de uso. Uma realidade completamente distinta da que temos hoje. Atualmente, muito mais se sabe sobre hormônios, suas funções e hierarquia, sobre os fatores além da idade que impactam o sistema hormonal, sobre a menopausa e outras condições relacionadas ao desequilíbrio ou deficiência hormonal, sobre os sinais relacionados à falta ou insuficiência de um dado hormônio, sobre possibilidades terapêuticas e sobre a composição e ação de substâncias produzidas artificialmente para tratar.   Então, o que é a reposição hormonal? A reposição hormonal, ou como também chamamos, modulação hormonal, é uma terapia que visa reequilibrar hormônios cujo desequilíbrio ou insuficiência o médico constatar, a partir da investigação laboratorial, mas sobretudo clínica. Para melhor compreender seu fundamento, empreende relembrar o significado da palavra repor: tornar a pôr, restituir a estado ou situação anterior, devolver. Portanto, apenas por essa definição básica já é possível concluir que: a) inserir no organismo uma substância que anteriormente não estava lá não é repor, é substituir. b) inserir no organismo uma quantidade de substância que, apesar de comum ao meio interno, não apresentava qualquer grau de desequilíbrio/deficiência não é repor, é acrescentar; Logo, a reposição hormonal compreende a devolução ao organismo de uma ou mais substâncias anteriormente existentes internamente – que por alguma razão, estejam em desequilíbrio -, na medida necessária para a recuperação da homeostase e manutenção da integridade e capacidade funcional adequadas a um organismo. Note que o objetivo da reposição jamais deve ser a mudança da composição corporal ou a melhora estética do indivíduo, mas apenas e tão somente a resolução de manifestações clínicas, a devolução do bem-estar e o aumento da qualidade de vida de um indivíduo. A prática se volta exclusivamente ao cuidado da saúde.   Leia também: Melatonina é um hormônio! Não é um remédio para dormir.   E o que não é reposição hormonal? Em primeiro lugar, o uso de quaisquer substâncias, sejam elas fármacos sintéticos ou hormônios, para fins de melhora estética, não configura reposição hormonal. Em seguida, o uso de hormônios sintéticos ou bioidênticos em doses suprafisiológicas também não configura reposição hormonal, pois não estará promovendo reequilíbrio. E por fim, e talvez o engano mais cometido hoje em dia, o uso de medicamentos compostos por substâncias inexistentes no organismo humano, tais como anticoncepcionais hormonais, levotiroxina sódica, gestrinona, tibolona, oxandrolona, puran, levoid, synthroid (…) não configura reposição hormonal. Todos esses são fármacos que possuem indicação para o tratamento de questões específicas e, portanto, não devem ser usados de maneira indiscriminada, mas que,

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Estilo de Vida

Em 2021, foi autorizada pela Anvisa a venda da melatonina em farmácias. De lá para cá, ela ganhou a atenção de um amplo público, em razão de sua contribuição significativa na melhora do sono. Entretanto, melatonina não é remédio para dormir! Melatonina é um hormônio e, apesar de  também popularmente conhecida como o “hormônio do sono”, é uma molécula fundamental para a regulação do ritmo circadiano e, consequentemente, para o equilíbrio de diversas funções biológicas. Seu papel vai muito além da indução do sono, e uma compreensão mais ampla pode oferecer insights valiosos para a prática clínica. O que é a Melatonina? A melatonina é um hormônio produzido principalmente pela glândula pineal, localizada no cérebro. Sua síntese e secreção são reguladas pelo ciclo claro-escuro, sendo a escuridão o principal estímulo para o aumento de seus níveis. Ela tem como substrato o aminoácido triptofano e é derivada da serotonina, tendo sua produção aumentada à noite e sendo um dos marcadores mais importantes do início da fase de repouso no ciclo circadiano. Produção e ritmo circadiano A produção de melatonina segue uma ritmicidade circadiana, ou seja, acompanha o ciclo de 24 horas que regula o sono, a vigília e diversas outras funções biológicas. A exposição à luz, especialmente a luz azul, inibe sua liberação, enquanto a escuridão estimula sua produção. Este hormônio não apenas promove o início do sono, mas também atua como uma espécie de “relógio biológico”, sincronizando os processos fisiológicos ao ciclo dia-noite. Quando há perturbações no ritmo circadiano — como em casos de trabalho noturno, jet lag ou exposição excessiva à luz à noite — a produção de melatonina pode ser afetada, resultando em distúrbios no sono e, eventualmente, em uma cascata de disfunções sistêmicas. Algumas funções além do sono Embora a melatonina seja amplamente reconhecida por sua capacidade de induzir e manter o sono, seus efeitos vão muito além disso. Ela exerce uma série de outras funções que impactam diretamente a saúde geral: Antioxidante Potente: a melatonina possui uma forte ação antioxidante, protegendo as células contra o estresse oxidativo, fortemente relacionado à inflamação crônica e distúrbios emergentes. Ela neutraliza radicais livres e estimula a atividade de enzimas antioxidantes endógenas, desempenhando um papel crucial na neuroproteção e na prevenção de doenças neurodegenerativas. Modulação do Sistema Imune: há evidências de que a melatonina também regula respostas imunes, influenciando tanto aimunidade inata quanto a adaptativa. Ela pode atuar como um modulador, auxiliando na resposta inflamatória e contribuindo para a resistência a infecções. Regulação Metabólica: estudos sugerem que a melatonina influencia o metabolismo da glicosee dos lipídios, ajudando a manter o equilíbrio energético. Isso explica sua associação com a regulação do peso corporal e a prevenção de distúrbios metabólicos, como diabetes tipo 2. Proteção Cardiovascular: a melatonina também tem sido estudada por seu papel na proteção cardiovascular,graças à sua ação antioxidante e anti-inflamatória. Além disso, ela auxilia no controle da pressão arterial, contribuindo para a saúde vascular. Proteção da pele: a melatonina também exerce papel fundamental de proteção da pele contra danos por agressores externos, especialmente contra efeitos nocivos da radiação ultravioleta, prevenindo o envelhecimento e servindo como tratamento para dermatite e alopécia, por exemplo. Importância da produção adequada de melatonina Manter uma boa produção de melatonina é essencial para a saúde e a qualidade de vida dos pacientes. A deficiência de melatonina, geralmente resultante de hábitos inadequados de sono, exposição excessiva à luz artificial à noite ou distúrbios do ritmo circadiano, pode levar a uma série de problemas de saúde, como insônia, fadiga crônica, comprometimento cognitivo e maior risco de doenças cardiovasculares, metabólicas e neurodegenerativas. Para os médicos, compreender os fatores que afetam a produção de melatonina e como otimizá-los — seja por meio de ajustes no estilo de vida, uso de suplementação ou intervenções terapêuticas — é fundamental para ajudar os pacientes a alcançar uma melhor regulação do ciclo sono-vigília e uma melhora global na saúde. Considerações Clínicas Embora a suplementação de melatonina seja frequentemente recomendada para distúrbios do sono, é importante que sua administração seja feita de forma criteriosa. Nem todos os pacientes se beneficiarão da mesma dosagem ou tempo de uso, e o acompanhamento médico é fundamental para evitar efeitos adversos. Além disso, abordar os hábitos de exposição à luz, redução do estresse, incentivar práticas de higiene do sono e considerar fatores como o trabalho em turnos ou viagens frequentes são estratégias eficazes para melhorar a produção natural de melatonina e garantir que o ritmo circadiano esteja adequadamente alinhado. Você pode gostar de ler sobre A importância da tireoide para a saúde e a qualidade de vida: um guia para médicos. Conclusão A melatonina é muito mais do que o hormônio que regula o sono. Seu papel abrangente na saúde vai desde a proteção antioxidante até a modulação imune, o equilíbrio metabólico à prevenção do envelhecimento da pele. Ter uma compreensão aprofundada de suas funções e dos impactos da desregulação do ritmo circadiano é fundamental para oferecer um cuidado mais eficaz e integrado, promovendo tanto o bem-estar quanto a longevidade dos pacientes. Se você é paciente, lembre-se: apesar de possibilitar uma série de benefícios, o uso da melatonina deve ser indicado e acompanhado por um médico de confiança. E se você é médico e trabalha com a abordagem integrativa da saúde, clique aqui e conheça os benefícios de ser um associado SOBRAF!

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Estilo de Vida

A alimentação balanceada é de suma importância para a manutenção da saúde e, quando aliada à adequação do estilo de vida, seus efeitos são ainda mais benéficos. Contudo, diversos alimentos podem ajudar a prevenir doenças, especialmente as crônicas, assim como podem contribuir com o tratamento de questões já instaladas. Portanto, incluí-los na rotina pode ser uma estratégia valiosa para a melhora da saúde e da qualidade de vida. Neste artigo, trouxemos uma lista de 9 alimentos dessa natureza, que ajudam a prevenir doenças e podem complementar tratamentos. Você também pode gostar de ler sobre 7 passos para desinflamar o corpo. Confira a lista dos alimentos: Brócolis: Rico em sulforafano, um composto que tem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, e ajuda a reduzir distúrbios metabólicos, além de potencialmente contribuir na prevenção de certos tipos de câncer. Cúrcuma (Açafrão-da-terra): Contém curcumina, um potente antioxidante e anti-inflamatório que ajuda na redução da inflamação crônica, melhora da função cerebral e mitocondrial, ajudando na prevenção de doenças neurodegenerativas. Alho: Possui alicina, um composto bioativo que melhora a função imunológica, tem propriedades antimicrobianas e antifúngicas e pode ajudar a prevenir diabetes, doenças cardiovasculares e câncer. Chá Verde: Rico em catequinas que ajudam nas funções e integridade do fígado, rim, coração, na deficiência de memória relacionada à idade, e ajuda a prevenir doenças cardíacas por seus efeitos anti-hipertensivo e anticoagulante. Frutas Vermelhas (como mirtilos, framboesas e morangos): Contêm antocianinas e outros antioxidantes que podem ajudar a combater a inflamação, proteger contra doenças cardiovasculares e prevenir o declínio cognitivo. Sementes de Linhaça: Fonte rica de ácidos graxos ômega-3, lignanas e fibras, que têm efeitos neuroprotetores, melhoram a saúde intestinal e têm efeitos anticancerígenos. Gengibre: Contém gingerol, que tem propriedades anti-inflamatórias, antioxidantes, antieméticas e anticâncer,sendo utilizado para aliviar náuseas, mitigar a permeabilidade intestinal e ajudar na redução de dores musculares e articulares. Aveia: Rica em beta-glucana, uma fibra que pode ajudar na função intestinal, melhorar a resposta imunológica e ajudar no controle glicêmico,ajudando a prevenir o diabetes tipo 2 e potencializando cuidados no diabetes tipo 1. Tomate: Contém licopeno, um antioxidante que pode ajudar na proteção contra doenças crônicas e cardiovasculares, além de prevenir certos tipos de câncer, como o câncer de próstata. Como consumir com segurança? Certamente, você já está pensando em incluir esses itens no seu dia a dia, afinal, os benefícios são muitos! Mas como consumir esses alimentos que ajudam a prevenir doenças e podem complementar tratamentos com segurança? A primeira coisa que precisamos ressaltar é que nem mesmo o melhor dos alimentos deve ser consumido em excesso, assim como, em nenhuma quantidade, ele será capaz de sozinho lhe manter saudável ou resolver qualquer problema de saúde. O estilo de vida adequado, que inclui, além da alimentação equilibrada, hábitos como a prática regular de atividade física, o sono de qualidade, a gestão do estresse e a redução da exposição a toxinas, é a base para a prevenção de doenças e a recuperação e manutenção da saúde. E outro ponto a ser ressaltado é a importância do acompanhamento médico e nutricional para verificação de suas necessidades individuais e adoção de estratégias específicas para as suas condições. Consumir esses alimentos já é valioso, mas é possível que você precise se valer de nutracêuticos em doses e combinações específicas para melhores resultados. E somente um profissional de saúde pode ajudar nisso! Toque aqui para acessar outros conteúdos do Blog SOBRAF e entender mais sobre saúde e qualidade de vida. E não deixe de acompanhar nossa comunidade no Instagram!

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Integrativa em Foco

Há muitos anos transmite-se a ideia de que o colesterol representa um grande problema para a saúde humana. Conhecido como uma “gordura facilmente obtida através da dieta”, tanto se disseminou sobre seu suposto poder danoso, que no Brasil passamos a ter o Dia Nacional de Prevenção e Controle do Colesterol, em 08 de agosto, como campanha de conscientização acerca dos perigos ocasionados pelo descontrole de seus níveis. Entretanto, há muito escondido por trás dessa grande fama de “causador de infarto e AVC” atribuída ao colesterol, e nós, da SOBRAF, enquanto sociedade médica voltada ao estudo e disseminação de conhecimentos sobre Fisiologia Humana e, mais do que isso, enquanto instituição sem fins lucrativos que tem como propósito principal a valorização da prática médica focada na promoção e manutenção da saúde e na qualidade de vida, nos sentimos no dever de esclarecer tais obscuridades. Portanto, neste artigo, você vai entender com mais detalhes sobre o que é o colesterol, qual sua importância para a saúde humana, para que serve, sua relação com a alimentação e ainda os perigos do uso indiscriminado dos medicamentos amplamente prescritos para controle do colesterol, as estatinas. Colesterol não é uma gordura! O colesterol é, na verdade, um tipo de álcool esteroide, um composto orgânico encontrado nas membranas celulares e transportado pelo sangue em lipoproteínas. Ele é produzido diariamente pelo organismo, principalmente pelo fígado. As gorduras, por outro lado, são triglicerídeos, que são ésteres derivados do glicerol e três ácidos graxos. Todas as células humanas precisam de colesterol e, para circular pelo corpo e chegar até elas, o colesterol precisa estar em sua forma metabólica reduzida e estar protegido pelo que chamamos de lipoproteína, porque ele é hidrofóbico. São estas lipoproteínas que “carregam” o colesterol que podem ser de baixa, média, intermediária ou alta densidade, a depender da concentração relativa de triglicérides e colesterol que existe dentro das referidas proteínas. Daí a divisão em LDL, HDL e não-HDL. Suas formas básicas também são duas: (1) o colesterol reduzido encontrado em alimentos frescos e naturais como carnes, peixes, ovos e (2) o colesterol oxidado que é encontrado em alimentos industrializados. Fato é que apenas cerca de 10 a 30% do colesterol circulante vem da alimentação; os outros 70 a 90% são produzidos pelo próprio corpo. Para que serve o colesterol? O colesterol, de ambos os tipos, é indispensável para: Formação do tecido neuronal Síntese de hormônio D Absorção de cálcio Produção biliar Produção de mielina Permeabilidade da membrana celular Produção de hormônios esteroides A própria natureza nos fez fisiologicamente dependentes de colesterol. Portanto, para que um indivíduo se mantenha saudável, é necessário que mantenha níveis ótimos dessa substância, pois, caso contrário, não terá aporte para essas funções fundamentais.   Não existe colesterol ruim! Muito se fala sobre o poder danoso do colesterol LDL, especialmente para a saúde cardiovascular. Primeiro, recordemos: é a lipoproteína que carrega o colesterol que possui diferentes densidades de acordo com a quantidade de colesterol presente em seu interior. Segundo que, embora possa ser de baixa densidade, se esta lipoproteína estiver em sua forma reduzida ainda assim não será um problema e não vai formar placas nas artérias. Ao contrário, a principal função do LDL é distribuir o colesterol para nossas artérias e células, para nossos sistemas produzirem reações metabólicas, também hormônios.   E quando há elevação do risco de problemas cardiovasculares? O grande vilão é o LDL oxidado pelos radicais livres! Para que as gorduras do sangue possam aderir às paredes das artérias e iniciar o processo de deposição, é necessário que as lipoproteínas se relacionem ao oxigênio. Esta é a base do processo de aromatase. Ao menor sinal de lesão do tecido arterial, o corpo “envia” uma quantidade maior de colesterol para aquela região a fim de protegê-la e manter sua integridade. Porém, em razão do contato com o oxigênio e não sendo retirada do sítio celular pelo HDL, a fração oxidada passa a aderir à parede arterial formando células esponjosas. A presença de células esponjosas provoca a atração de componentes de coagulação, dentre eles a fibrina, as plaquetas e os leucócitos. Essas células se multiplicam, ativam a cascata da inflamação e, assim, induzem a formação da placa ateromatosa e a cronificação do processo. Ou seja, somente o colesterol na forma oxidada apresenta toxicidade! Esta informação é muito relevante, pois ninguém aqui está negando a participação do colesterol no processo de aterosclerose que, muitas vezes, culminará em eventos cardiovasculares fatais, mas ele não é o ator principal. Na verdade, a atriz principal é a inflamação.   Por que os níveis de colesterol costumam subir com a idade? O colesterol é uma molécula vital que serve como precursor para a síntese de hormônios cruciais, como a pregnenolona, cortisol, DHEA, testosterona, estradiol e estrona. Todos esses hormônios recebem outro nome mas são, na verdade, uma molécula de colesterol que sofreu modificações. Esses hormônios exercem papéis reguladores em uma miríade de funções por todo o corpo. Entretanto, de maneira geral, por volta dos 30 anos a produção desses hormônios começa a declinar naturalmente. E o corpo, com seu incrível poder de autorregulação, aumenta a produção da matéria-prima (colesterol) visando nos manter saudáveis e íntegros. Ocorre que, em razão do avançar da idade, mas também de outros fatores de estilo de vida, o processo de conversão do colesterol em hormônios fica prejudicado, o que faz com que os níveis de colesterol comecem a subir no exame de sangue. O problema é

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Estilo de Vida

A inflamação crônica pode desencadear uma série de doenças como diabetes tipo 2, endometriose, doenças cardíacas, artrite, Alzheimer e Parkinson, assim como diversos tipos de câncer. Esse tipo de inflamação pode ser alimentado pelo avançar da idade, mas é principalmente ocasionado por hábitos e estilo de vida insalubre. Neste artigo, elencamos os 7 principais passos que você pode seguir para desinflamar o corpo e, consequentemente, aumentar suas chances de evitar diversas doenças que minam a qualidade de vida e podem até levar ao óbito. Como saber se estou inflamado? Antes de entendermos como desinflamar o corpo, é bom sabermos identificar se estamos ou não inflamados. Aqui abaixo estão alguns sinais para se atentar, pois podem indicar inflamação crônica: Fadiga Alergias Ganho de peso Dores de cabeça Alterações do sono Dores musculares e articulares Inchaço abdominal Alterações de humor Ansiedade e depressão Irregularidades intestinais Elevação da pressão arterial Queda de cabelo Unhas fracas e quebradiças Problemas de pele Infecções de repetição Elevação do colesterol Se você identifica um ou mais desses sinais, pode e deve seguir os passos abaixo para desinflamar o corpo, mas é fundamental que busque acompanhamento médico para verificar o grau de sua inflamação e adotar estratégias específicas que atendam às suas necessidades. Como desinflamar o corpo? A primeira coisa a ser feita para reduzir a inflamação é retirar aquilo que contribui para ela. Portanto, a redução/exclusão do consumo de açúcares, alimentos e bebidas industrializados, leite e derivados e o glúten precisa estar no plano de ação. Outro ponto fundamental é a redução da exposição ao estresse. Agora, veja os 7 passos para desinflamar o corpo: Dieta anti-inflamatória: consumir alimentos ricos em antioxidantes e compostos anti-inflamatórios, como frutas, legumes e vegetais coloridos, peixes ricos em ômega-3, oleaginosas, azeite de oliva e especiarias como cúrcuma e gengibre. Aqui entra também a hidratação adequada, que deve considerar uma ingestão mínima de 2l de água por dia. Exercício físico regular: atividade física regular está associada à redução da inflamação e ao fortalecimento da função imunológica, além de contribuir para o controle do peso corporal, o equilíbrio hormonal e beneficiar a saúde cardiovascular e cognitiva. Sono de qualidade: o sono é vital para a reparação celular e a manutenção do equilíbrio imunológico. Dormir de 7 a 9 horas por noite ajuda a prevenir e reduzir a inflamação. Gerenciamento do estresse: práticas como meditação, yoga, respiração profunda e terapia podem ajudar a reduzir o estresse e manter os níveis de cortisol em equilíbrio, consequentemente, reduzindo a inflamação. Suplementação Nutricional: suplementos específicos, como vitamina D, vitamina C, ômega-3, zinco e magnésio, prebióticos e probióticos, podem apoiar a saúde intestinal e imunológica e diminuir a inflamação. No entanto, é essencial consultar um médico antes de iniciar qualquer suplementação e para que sejam prescritas as substâncias necessárias à correção de qualquer deficiência nutricional específica e otimização de níveis. Estilo de Vida Saudável: evitar álcool, tabaco e exposição a toxinas ambientais pode reduzir a inflamação e melhorar a saúde geral. Reequilíbrio hormonal: buscar acompanhamento médico para repor em quantidades fisiológicas os níveis hormonais. Hormônios são mensageiros químicos que atuam a nível celular e interferem em inúmeras funções fisiológicas. Portanto, devem estar em pleno equilíbrio para o funcionamento adequado do organismo. Cuide da sua saúde! Os passos que você acabou de ler são a base para o funcionamento adequado do corpo e um corpo capaz de exercer plenamente suas funções é naturalmente dotado do poder de se manter saudável. Contudo, a genética exerce influência sobre nossas condições de saúde, sendo perfeitamente possível que você possua necessidades específicas e precise de estratégias mais personalizadas de cuidado. Logo, recomendamos que sempre conte com acompanhamento de médicos e profissionais de saúde capacitados a ouvir, avaliar sua história clínica, investigar com profundidade e propor medidas eficazes e seguras de cuidado. Se você é médico, saiba que a SOBRAF promove periodicamente Sessões Clínicas para interação e discussão entre médicos de especialidades diversas, abordando de maneira integrativa casos clínicos de complexidades diversas. Caso queira saber mais detalhes e conhecer todos os outros benefícios de ser um Associado SOBRAF, toque aqui. Para mais conteúdos sobre saúde e qualidade de vida, acompanhe a comunidade SOBRAF no Instagram!  

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Integrativa em Foco

“Envelhecer é inevitável, ficar velho é opcional”, você já deve ter ouvido essa frase, mas sabe o que ela quer dizer? O processo de envelhecimento é um fenômeno contra o qual não podemos lutar. É da natureza humana vivenciar fases distintas durante a vida, cada qual com suas características peculiares, e experimentar as mudanças fisiológicas ocasionadas pela passagem do tempo, que é característica do envelhecer. Entretanto, apesar das mudanças, há algo nesse processo que não é obrigatório: ficar velho. Para explicar melhor isso, lhe convidamos a pensar em um daqueles carros antigos de colecionador. Perceba que até para nos referirmos a ele, não dizemos “carro velho”, mas sim, antigo. Isso, porque apesar de já haver bastante tempo de sua fabricação, um carro de colecionador costuma ser extremamente bem cuidado e estar em perfeitas condições, tanto esteticamente quanto em sua mecânica. É assim que devemos entender o envelhecer sem ficar velho: ter bastantes anos, mas manter-se bem, independente e gozar das melhores capacidades funcionais, apesar de “fabricado” há muitos anos. Neste artigo, trazemos à tona o envelhecimento inflamatório: uma forma específica de envelhecimento que, na contramão do que expusemos até aqui, pode nos levar a ficar velhos antes mesmo de chegarmos à velhice. O que é envelhecimento inflamatório? A inflamação também é um processo natural do organismo. Diante de ameaças, como lesões ou infecções, nosso sistema de defesa reage produzindo respostas de combate que visam proteger e recuperar a integridade da área ou órgão afetado. É o que entendemos por inflamação aguda. Ela costuma ter sinais facilmente perceptíveis, como vermelhidão, inchaço, dor, e pode durar poucas horas ou dias. Por outro lado, há também a inflamação crônica, que não produz sinais tão evidentes e pode se prolongar no tempo e durar longos anos. Esta pode ser extremamente prejudicial ao organismo, pois o coloca em contínuo estado de combate e passa a danificar também células saudáveis do corpo. O envelhecimento inflamatório, ou Inflammaging, é justamente o aumento crônico e de baixo grau dessa espécie de inflamação, que deixa um indivíduo cada dia mais vulnerável às mais diversas doenças, como doenças cardíacas, diabetes tipo 2, doenças neurodegenerativas, câncer e muitas outras. As chamadas “doenças da idade” ou “da velhice”. Quais as causas do envelhecimento inflamatório? Podem ser diversas as causas do envelhecimento inflamatório, mas algumas delas você vai conhecer aqui abaixo: Exposição a toxinas e estilo de vida As toxinas ambientais, a alimentação geneticamente incorreta, o sedentarismo e o estresse crônico são os fatores de maior influência para o envelhecimento inflamatório. Muito mais do que a genética, a forma como vivemos – seja quanto àquilo que praticamos ou deixamos de praticar diariamente ou quanto ao ambiente a que estamos inseridos – é capaz de contribuir para a inflamação e afetar o funcionamento adequado do organismo em diversos níveis, nos deixando mais suscetíveis a doenças diversas. O desequilíbrio hormonal e a disbiose intestinal são as principais questões desencadeadas por um estilo de vida errôneo e, a partir daí, inúmeras funções fisiológicas podem falhar e levar às demais causas do envelhecimento inflamatório que você vai ver aqui abaixo. Disfunção mitocondrial Mitocôndrias são organelas encontradas no citoplasma, responsáveis pela respiração e produção de energia celular. Elas promovem a oxidação de nutrientes, através do ciclo de Krebs e da cadeia transportadora de elétrons, para geração de ATP e participam na regulação do metabolismo, influenciando a utilização de substratos energéticos e a síntese de moléculas como lipídios. À medida que envelhecemos, as mitocôndrias podem sofrer danos, passando a produzir excessivamente espécies reativas de oxigênio (EROs), desencadeando a cascata apoptótica e contribuindo para a inflamação. Estresse oxidativo Espécies reativas de oxigênio são necessárias para a função celular adequada, incluindo a produção energética pelas mitocôndrias. Em condições normais, elas são naturalmente produzidas e neutralizadas por mecanismos antioxidantes. Contudo, com o avançar da idade e também em razão de alguns hábitos, é possível que haja o desequilíbrio entre a quantidade desses radicais livres e a capacidade de combate antioxidante, caracterizando o estresse oxidativo, condição que eleva a inflamação, está relacionada ao maior risco de doenças e pode causar danos a tecidos e órgãos. Desequilíbrio imunológico O enfraquecimento do sistema imunológico é um fator intrínseco ao envelhecimento. À medida que a idade avança, podemos enfrentar alterações estruturais e funcionais desse sistema e perder a capacidade de responder adequadamente a infecções e patógenos, o que contribui para o aumento da inflamação, podendo levar inclusive ao ataque de células saudáveis e desencadear doenças autoimunes. Senescência celular A senescência celular caracteriza o envelhecimento das células e sua perda de capacidade proliferativa. Significa dizer que, com o encurtamento crítico dos telômeros, nossas células atingem um limite de divisão e replicação, não havendo mais a substituição por novas células como acontece quando somos jovens. Nestes casos, além de não se renovarem, essas células podem liberar substâncias que contribuem para a inflamação. Você pode gostar de ler também sobre Epigenética: por que médicos precisam entender desse assunto? É possível envelhecer sem ficar velho! Embora o avançar da idade contribua para mudanças fisiológicas em todos nós, a velocidade com que essas mudanças ocorrem e o nível de inflamação estão intimamente ligados a como vivemos. É por isso que atualmente, apesar de estarmos vivendo por mais anos, as “doenças da idade” têm aparecido em pessoas que, muitas vezes, sequer atingiram os 50 anos de idade. Seus estilos de vida estão contribuindo para que se tornem velhas antes mesmo da chegada da velhice. Voltando à ideia do

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Integrativa em Foco

A epigenética é um campo de estudo que tem ganhado destaque significativo nos últimos anos, oferecendo novas perspectivas sobre como nosso ambiente e estilo de vida podem influenciar a expressão genética. Para médicos e profissionais de saúde, compreender os princípios da epigenética é essencial para avançar no diagnóstico, tratamento e prevenção de diversas doenças. Neste artigo, tecemos uma breve explicação sobre epigenética, para revelar seus potenciais na promoção e cuidado da saúde, trazendo ainda os principais motivos pelos quais todo profissional de saúde deve se aprofundar no assunto para otimizar sua prática e os resultados de seus pacientes. O que é epigenética? Trata-se de como fatores externos podem ativar ou desativar genes específicos sem modificar a estrutura básica do nosso código genético. Essas alterações são mediadas por mecanismos como metilação do DNA, modificações de histonas e interferência por RNA. Por que os médicos devem saber sobre epigenética? Prevenção e Tratamento de Doenças: estudos epigenéticos têm mostrado que fatores como dieta, estresse, exposição a toxinas e até mesmo experiências de vida podem influenciar a expressão gênica, contribuindo para o desenvolvimento de doenças como câncer, diabetes, doenças cardíacas e distúrbios neurológicos. Entender esses mecanismos permite a criação de estratégias de prevenção mais eficazes e tratamentos abrangentes e personalizados. Medicina Personalizada: a epigenética abre caminho para uma abordagem mais personalizada na medicina. Ao analisar o perfil epigenético de um paciente, médicos podem desenvolver planos de tratamento mais eficazes e direcionados, baseados nas necessidades e condições específicas de cada indivíduo. Avanços na Terapia Genética: a manipulação epigenética oferece novas oportunidades na terapia genética, permitindo a ativação ou silenciamento de genes associados a doenças. Terapias epigenéticas estão sendo exploradas para tratar uma variedade de condições, incluindo cânceres que são particularmente resistentes aos tratamentos convencionais. Aplicações clínicas mais comuns da epigenética Câncer Um dos campos onde a epigenética tem mostrado maior impacto é no tratamento do câncer. Estudos mostram que alterações epigenéticas podem promover a expressão de oncogenes ou suprimir genes supressores de tumor, contribuindo para o desenvolvimento e progressão do câncer. Terapias epigenéticas, como inibidores de histona deacetilase (HDAC) e agentes de metilação do DNA, estão sendo investigadas como opções de tratamento. Doenças Cardiovasculares Fatores de risco cardiovascular, como dieta rica em gorduras e tabagismo, podem causar modificações epigenéticas que contribuem para o desenvolvimento de doenças cardíacas. A pesquisa epigenética pode ajudar a identificar biomarcadores para diagnóstico precoce e novas estratégias terapêuticas para a prevenção e tratamento dessas condições. Distúrbios Neurológicos Condições como Alzheimer, esquizofrenia e autismo também estão sendo estudadas através da lente epigenética. Alterações epigenéticas no cérebro podem influenciar a expressão de genes envolvidos na função sináptica e plasticidade neuronal, oferecendo novos alvos para intervenções terapêuticas. Pediatria Em relação ao desenvolvimento infantil, sabe-se ainda que as experiências vividas pela criança, especialmente em seus primeiros anos, são capazes de alterar seu epigenoma, acarretando mudanças de comportamento, habilidades e, inclusive, a saúde.   O futuro da epigenética na prática clínica À medida que a pesquisa epigenética avança, espera-se que novas ferramentas de diagnóstico e tratamento sejam desenvolvidas, revolucionando a prática médica. A incorporação de testes epigenéticos na rotina clínica pode permitir a detecção precoce de doenças, monitoramento de resposta ao tratamento e prevenção personalizada baseada no perfil epigenético individual. Fique por dentro do assunto A SOBRAF reconhece a importância da epigenética como uma fronteira avançada da medicina moderna. Por isso, encorajamos médicos e profissionais de saúde a se manterem atualizados com as últimas descobertas e aplicações clínicas desse campo, para que juntos possamos oferecer o melhor cuidado possível aos nossos pacientes. A epigenética não é apenas uma revolução científica; é uma transformação na forma como entendemos e tratamos a saúde humana. Continuaremos a apoiar e promover a pesquisa e a educação em epigenética, acreditando firmemente em seu potencial para transformar a medicina e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Faça parte da nossa comunidade no Instagram e fique por dentro dos mais diversos temas relacionados à saúde integrativa e à longevidade.

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Integrativa em Foco

A tireoide, essa pequena glândula em forma de borboleta localizada na base do pescoço, possui um papel de suma importância no corpo humano. Embora pequena em relação aos outros órgãos, ela é uma das maiores glândulas do corpo humano, sendo essencial ao sistema endócrino e responsável pela síntese de hormônio, importantíssima para o adequado funcionamento do organismo. Para médicos, entender profundamente a fisiologia da tireoide e suas interações hormonais é fundamental para prevenir, diagnosticar e tratar uma variedade de condições que podem afetar a saúde e a longevidade dos pacientes, como também para promover estratégias de otimização das suas funções. Por isso, preparamos este artigo a fim de expor mais detalhes sobre a tireoide e sua importância. Anatomia da tireoide A tireoide é uma glândula endócrina de suma importância localizada na base do pescoço, logo abaixo do conhecido Pomo de Adão, revestindo a parte anterior da traquéia, posteriormente aos músculos esternotireoideo e esterno-hioideo, entre a 5ª vértebra cervical (C5) e a 1ª torácica (T1). De formato semelhante a uma borboleta, é constituída por dois lobos laterais (direito e esquerdo) unidos por uma faixa estreita de tecido chamada istmo e, em algumas pessoas, possui ainda um pequeno prolongamento na parte superior, chamado lobo piramidal. Embora pequena, é uma das maiores glândulas endócrinas do corpo humano, com cada um de seus lobos laterais medindo cerca de 4-6cm de comprimento, 1,5cm de largura e 2-3cm de espessura, pesando cerca de 15 a 30g. A tireoide é particularmente responsável pelo controle do metabolismo e pelo equilíbrio entre os sistemas de todo o organismo (homeostase), desempenhando um papel vital na regulação metabólica, crescimento e função de órgãos como o coração, cérebro, fígado e rins, e no desenvolvimento fetal. Os principais hormônios produzidos pela tireoide são o triiodotironina (T3) e a tiroxina (T4). O T4 é um pró-hormônio produzido em maior quantidade, sendo o T3 o hormônio metabolicamente ativo, ambos são sintetizados a partir do aminoácido tirosina e do mineral iodo.   Fisiologia da tireoide Os hormônios tireoidianos são produzidos pela glândula tireoide, a glândula pituitária anterior e o hipotálamo. Esses três juntos, formam um circuito autorregulador denominado eixo hipotálamo-hipófise-tireoide. Quando capta informações do meio externo, o hipotálamo libera o Hormônio Liberador da Tireotrofina (TRH), que estimula a hipófise a produzir e secretar o Hormônio Estimulante da Tireoide (TSH). Então, a tireoide é estimulada pela glândula pituitária a produzir seus hormônios. Sendo a única entre as glândulas endócrinas com capacidade de concentrar iodo, essencial para a síntese dos hormônios tireoidianos, a tireoide o capta a partir da corrente sanguínea, onde é, então, incorporado à molécula de tirosina para formar os hormônios tireoidianos T3 e T4. O T4 é sintetizado em maior quantidade, mas a maior parte do T3 circulante é, na verdade, derivada da conversão periférica do T4 em T3, que ocorre principalmente no fígado e em outros tecidos, onde a enzima desiodase remove um dos átomos de iodo do T4, convertendo-o em T3, a forma mais ativa do hormônio tireoidiano. Esse sistema é regulado por um mecanismo de feedback negativo. Quando os níveis de hormônios tireoidianos estão baixos no sangue, a pituitária aumenta a produção de TSH para estimular a tireoide a produzir mais hormônios. Por outro lado, quando os níveis de hormônios tireoidianos estão altos, a produção de TSH é inibida, evitando uma produção excessiva de hormônios tireoidianos.   Ação dos hormônios tireoidianos Os hormônios tireoidianos têm uma ampla gama de efeitos no corpo. A maior parte dos tecidos têm receptores para eles e, por isso, a tireoide é capaz de interferir no metabolismo das células de quase todos os órgãos. Eles regulam o metabolismo basal, a temperatura corporal, o crescimento e o desenvolvimento, o funcionamento do sistema nervoso central, a função cardiovascular, entre outras funções vitais. Eles também desempenham um papel essencial no desenvolvimento fetal e na manutenção da função reprodutiva. Conforme já demonstrado, níveis desregulados dos hormônios da tireoide liberam níveis maiores ou menores de TSH e assim, promovem alterações no sistema endócrino e consequências nocivas à saúde do ser humano. Ou seja, uma pequena disfunção na glândula tireoidiana pode acarretar sérios desequilíbrios com sintomatologias diversas e incômodas.   Disfunções mais comuns da tireoide Disfunções da tireoide podem ocorrer quando há uma produção insuficiente ou excessiva de hormônios tireoidianos. As condições mais comuns incluem: Hipotireoidismo: caracterizado pela produção inadequada de hormônios tireoidianos, resultando em uma desaceleração do metabolismo e uma série de sintomas como fadiga, ganho de peso, pele seca e sensação de frio constante. Hipertireoidismo: ooposto do hipotireoidismo, ocorre quando há uma produção excessiva de hormônios tireoidianos. Os sintomas incluem perda de peso inexplicável, aumento da frequência cardíaca, tremores e ansiedade.   Em ambas as disfunções, é possível que ocorra o aumento da glândula, conhecido como bócio. Além disso, hipo ou hipertireoidismo podem ocorrer em qualquer fase da vida, tanto em mulheres como em homens. Principais causas de disfunção da tireoide Alguns fatores podem impactar no funcionamento da tireoide. Por exemplo, o cortisol e os hormônios tireoidianos estão intimamente ligados, sendo um dos papéis daquele a promoção da redução destes. Entretanto, o estresse crônico desempenha um papel no desenvolvimento de muitas doenças, inclusive doenças autoimunes da tireoide. Entretanto, hoje, o principal fator de impacto é a deficiência de iodo. Ele deve ser obtido principalmente através da alimentação, mas segundo a OMS, estima-se que mais de dois bilhões de pessoas sofram com a deficiência desse mineral.   Parte da explicação pode estar no aumento do consumo de farináceos, que apresentam bromo na composição. Além disso, o uso

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Carreira Médica

Atualmente, as redes sociais desempenham um papel crucial na construção e na promoção da carreira médica. Com ajuda dessa ferramenta, médicos podem se posicionar no mercado, dar visibilidade à sua autoridade, ser encontrados por novos pacientes, se aproximar de seu público, educá-lo e estabelecer relações de confiança. Em um mundo cada vez mais conectado digitalmente, compartilhar conteúdo inteligente e relevante, valendo-se de artigos, vídeos educativos, experiências pessoais, orientações de cuidado da saúde e muitos outros materiais, é um dos melhores meios para elevar a consciência de toda uma audiência sobre um assunto, um modelo de trabalho, uma forma de atuação e tudo mais que pode contribuir para o crescimento de um profissional ou, ainda, de uma clínica médica. Para contribuir com essa jornada, preparamos o artigo abaixo, no qual abordamos de forma objetiva e útil os principais pontos a serem levados em consideração para que você possa aperfeiçoar seu projeto digital, ou iniciá-lo hoje mesmo, tornando-o sustentável para colher bons resultados com estratégia e ética. O que é marketing de conteúdo e por que se valer dele? Marketing de conteúdo é um conjunto de ações estratégicas de criação e publicação de conteúdo personalizado para atrair, educar, se conectar e construir relação de confiança com um público ideal. Como conteúdo personalizado, é preciso entender que o teor daquilo que você divulga deve ter a ver com o que você faz, sim, mas precisa se adequar aos interesses e à realidade de quem deve ser atraído pela mensagem. Dessa forma, você, emissor do conteúdo, será percebido como detentor de conhecimentos e soluções únicas. Portanto, não é falar sobre o que você faz, é falar sobre o que você sabe e como isso se adequa à vida do seu público. Na medicina, a confiança rege toda a relação médico-paciente e com o marketing de conteúdo nas redes sociais é possível que esse sentimento seja desenvolvido antes mesmo da primeira consulta. Para entender a importância disso, basta refletir sobre o seu próprio comportamento quando precisa comprar um produto, contratar um serviço ou encontrar um profissional capacitado para resolver um problema. Você busca mais informações? Onde costuma fazer isso? E quando encontra o que precisava, o que você sente sobre quem lhe instruiu? Antes, tínhamos apenas os amigos ou familiares para pedir uma indicação. Hoje, a internet oferece todo tipo de informação sobre tudo e, acredite, profissionais como você também são “investigados” e, quando fornecem as explicações que as pessoas precisam, tornam-se referências para elas. É a relação começando antes mesmo do primeiro contato direto. Portanto, interprete seu projeto no mundo digital como uma extensão de seu consultório ou clínica.   Você precisa ser estratégico! Da mesma maneira que esse mar de possibilidades chamado internet está aberto para você, outros inúmeros médicos, ou profissionais e empresas das mais diversas áreas, também estão dispostos a nadar. Por essa razão, a diferenciação é a palavra de ordem para quem deseja encontrar terra firme. Há quem pense que, para isso, é necessário inventar uma nova roda (ou, na nossa analogia, um novo motor para o barco). Porém, é totalmente possível partir com um bom veleiro, desde que você saiba posicionar suas velas. E isso se faz com estratégia. A estratégia é uma reunião de dados que lhe permitirá entender onde você se encontra hoje e traçar uma rota que lhe leve onde quer chegar, com mais rapidez e assertividade. Enxergue como uma boa anamnese, somada a completa e detalhada investigação clínica e laboratorial, que vai lhe permitir traçar um programa assertivo de cuidado da saúde do seu paciente e, inclusive, prever os resultados que poderão ser atingidos, caso o plano seja realmente seguido. Não basta abrir sua câmera e gravar. Não basta escrever um belo texto. É preciso falar o certo, no momento certo, para as pessoas certas.   Elaborando um plano de marketing médico para redes sociais A rotina de um médico não é nada fácil, então é natural que, à primeira vista, você pense que é impossível incluir o trabalho de criação de conteúdo entre suas consultas e plantões. Não dá para dizer que você não precisará dedicar tempo algum a isso, afinal a figura central do projeto é você. Mas o passo a passo a seguir vai ajudar para que você não perca tempo e consiga incluir em seus dias, de maneira funcional, seu trabalho de marketing. Anote tudo!   Passo 1 – Objetivos e metas (Por que criar conteúdo?) Defina onde seu projeto deve lhe levar. Pense em seus objetivos profissionais e coloque no papel um cenário concreto que sinalize que você chegou. Veja exemplos: atrair 50 novos pacientes em 6 meses; realizar 30 atendimentos particulares por mês e me desvincular dos planos de saúde; vender 150 vagas do meu curso online em 15 dias; Passo 2 – Posicionamento (Para que criar conteúdo?) Defina em uma frase como você deseja ser reconhecido pelo público. Para isso, o ideal é reunir aquilo que você gosta e tem experiência com o que lhe proporciona retorno. Veja exemplos: referência em emagrecimento saudável para mulheres 50+; referência no tratamento integrativo da Síndrome dos Ovários Policísticos; referência em otimização metabólica para atletas; Passo 3 – Público-alvo (Para quem criar conteúdo?) Descreva o perfil de pessoa a quem você destina seu trabalho. Pense no seu modelo de atendimento, nas terapias e procedimentos que oferece e considere o posicionamento que definiu no passo anterior para traçar uma personalidade que se encaixa

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Integrativa em Foco

A metilação é um processo biológico essencial que desempenha um papel crucial na regulação genética, expressão gênica e manutenção da saúde celular. Este mecanismo envolve a adição de grupos metil (CH3) a moléculas de DNA, RNA, proteínas e lipídios, influenciando uma variedade de processos fisiológicos. Quando as vias de metilação estão desequilibradas ou comprometidas, isso pode levar a uma série de problemas de saúde, incluindo distúrbios metabólicos, doenças neurodegenerativas e até mesmo câncer. Neste artigo, exploraremos o processo de metilação, as causas e consequências do déficit de metilação e, o mais importante, cinco estratégias para melhorar as vias de metilação e contribuir para a melhora da saúde geral de pacientes.   O que é metilação? A metilação é um processo bioquímico fundamental que envolve a transferência de grupos metil (CH3) de uma molécula doadora para um substrato, como DNA, proteínas e lipídios. Essa modificação química pode influenciar a estrutura e função dessas moléculas, afetando diretamente a expressão gênica, a atividade enzimática e outros processos celulares. O processo está envolvido na regulação da gametogênese, do crescimento embrionário e placentário, bem como do imprinting e da epigênese, com gametas transferindo não apenas DNA, mas também informações para a regulação do desenvolvimento embrionário inicial e tardio, bem como história ancestral, habilidades e endocrinologia. Embora preciso e ajustado, este processo está sujeito a danos por fatores ambientais, incluindo desreguladores endócrinos e geradores de estresse oxidativo, em geral. Estudos mostram, por exemplo, que níveis de metilação do DNA estão associados ao neurodesenvolvimento e há biomarcadores que podem ser utilizados para ajudar a identificar déficit de atenção em crianças no ambiente clínico.   Causas e consequências do déficit de metilação: Um déficit na metilação pode ser causado por uma variedade de fatores, incluindo deficiências nutricionais, exposição a toxinas ambientais, estresse crônico e predisposição genética. Quando as vias de metilação estão comprometidas, isso pode resultar em uma série de consequências negativas para a saúde, tais como: – Disfunção Neurotransmissora: a metilação desregulada pode afetar a produção e atividade de neurotransmissores, contribuindo para distúrbios do humor, como depressão e ansiedade, bem como para o envelhecimento cerebral e o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas. – Inflamação Crônica: o desequilíbrio na metilação pode levar à ativação inadequada de genes relacionados à inflamação, contribuindo para doenças crônicas, como artrite, doenças cardíacas e diabetes. – Instabilidade Genômica: a metilação inadequada do DNA pode aumentar o risco de mutações genéticas e instabilidade genômica, predispondo a doenças como o câncer. – Distúrbios Metabólicos: a metilação desregulada pode influenciar o metabolismo de lipídios, carboidratos e outros nutrientes, contribuindo para a resistência à insulina, obesidade e síndrome metabólica. – Declínio Cognitivo: alterações na metilação estão associadas ao declínio cognitivo e doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer e o mal de Parkinson. 5 formas de melhorar as vias de metilação Felizmente, existem várias estratégias que podem ajudar a promover um processo de metilação saudável e equilibrado. Aqui abaixo estão 5 abordagens que podem ser incorporadas em sua prática para melhorar as vias de metilação de seus pacientes: 1- Nutrição Adequada Uma dieta rica em folato, vitamina B12, colina e outros nutrientes essenciais é fundamental para apoiar a metilação. Alimentos como vegetais de folhas verdes, legumes, ovos, carne magra e peixes gordurosos são fontes importantes desses nutrientes. 2- Suplementação Em casos de deficiências nutricionais ou necessidades específicas, a suplementação com vitaminas B, folato, metilcobalamina e outros cofatores de metilação pode ser recomendada. Aos pacientes, lembrem-se: é fundamental consultar um profissional de saúde antes de iniciar qualquer regime de suplementação. 3- Redução e gestão do estresse O estresse crônico pode comprometer as vias de metilação, portanto, estratégias para gerenciar o estresse, como meditação, yoga, exercícios físicos e psicoterapia, podem ser benéficas para promover uma metilação saudável. 4- Desintoxicação ambiental Minimizar a exposição a toxinas ambientais, como pesticidas, metais pesados ​​e poluentes atmosféricos, pode ajudar a reduzir a carga tóxica no organismo e proteger as vias de metilação. 5- Estilo de vida saudável Adotar um estilo de vida saudável, que inclua sono adequado, atividade física regular e evitar o tabagismo e o consumo de álcool, pode ajudar a apoiar a função metabólica e a saúde geral, incluindo a metilação. Leve esses insights para a prática As vias de metilação desempenham um papel vital na regulação de processos fisiológicos essenciais e na manutenção da saúde geral. Um entendimento mais profundo das causas e consequências do déficit de metilação pode ajudar a orientar estratégias para promover uma metilação saudável. Ao incorporar práticas como nutrição adequada, suplementação, redução do estresse, desintoxicação ambiental e estilo de vida saudável, podemos melhorar significativamente as vias de metilação e promover uma saúde ótima para os pacientes ao longo da vida.   Lembrando que o acompanhamento médico e de outros profissionais de saúde é fundamental para a identificação de necessidades e adoção de estratégias personalizadas de cuidado da saúde.   Junte-se à nossa comunidade e explore os vastos recursos e oportunidades de aprendizado que oferecemos. Siga a SOBRAF no Instagram para se manter atualizado sobre nossas atividades e contribuições no campo da fisiologia, da saúde e da qualidade de vida.

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Carreira Médica

A Medicina é uma área extremamente desafiadora. Ao mesmo tempo em que a graduação expande o conhecimento para que o graduado seja inserido no mercado de trabalho, via de regra, assim como em outras graduações, a realidade prática profissional e o direcionamento de carreira não são verdadeiramente trabalhados. O Brasil tem formado atualmente cerca de 35 mil novos médicos por ano. Entretanto, os programas de residência médica que, geralmente, permitem o contato mais aprofundado com a prática não acompanham esse crescimento no número de vagas. Além disso, os cursos de pós-graduação em sua maioria seguem a vertente teórica de ensino, contribuindo para o afunilamento e aperfeiçoamento do conhecimento, mas nem sempre para a realidade prática, o que acaba por acarretar indecisão e até insegurança para o desenvolvimento da carreira médica. A SOBRAF preparou este artigo com o intuito de apoiar profissionais da área, mas especialmente estudantes de medicina e médicos recém-formados, a encontrarem um caminho de satisfação e sucesso na carreira médica. Para isso, você verá a seguir uma breve apresentação da realidade da área e etapas importantes a serem consideradas e trilhadas por quem está iniciando na profissão. Seja qual for o seu caminho (consultório, pesquisa científica, professor, palestrante).     Repensando o papel do médico Tradicionalmente, a formação médica concentra-se principalmente na identificação e tratamento de doenças. São anos estudando uma ampla gama de condições médicas, aprendendo a reconhecer sintomas e prescrever tratamentos, via de regra, medicamentosos. Embora importante também, esse modelo é limitante, na medida em que não fornece respostas para a maior parte dos problemas que aparecem no dia a dia, sobretudo porque é superficial quanto a ciências basilares como a Fisiologia, Hormonologia, Metabologia, Nutrição e outras que podem explicar a origem das questões de saúde. Para traçar uma carreira médica de sucesso, é fundamental relembrar que a verdadeira essência da medicina reside no cuidado holístico do paciente, abordando não apenas as doenças manifestas, mas também promovendo e mantendo a saúde em geral. Isso requer uma mudança de paradigma na formação médica para maior aproximação com esses assuntos, com um foco renovado para a prevenção, a promoção da saúde e a compreensão das causas subjacentes das doenças.   Mais atenção à saúde e nem tanto às doenças Médicos não podem se atentar apenas às doenças em si, mas também às determinantes sociais, ambientais e comportamentais da saúde. Todos precisam entender como fatores como estilo de vida, dieta, exercício, estresse e meio ambiente podem influenciar a saúde de um indivíduo. Ao compreender esses aspectos mais amplos, certamente estarão mais bem equipados para ajudar seus pacientes a viverem de maneira mais saudável, mantendo sua saúde e, principalmente, prevenindo doenças. Além disso, é preciso adotar uma abordagem que coloca o paciente no centro, considerando não apenas os aspectos físicos da saúde, mas também os aspectos emocionais, sociais e espirituais. Isso significa ouvir atentamente, se importar, entender suas preocupações e valores, e trabalhar em colaboração para desenvolver programas de tratamento personalizados que contemplem suas necessidades individuais. Com maior concentração no cuidado da saúde do que da doença, médicos podem ajudar a transformar vidas, mas também podem contribuir para a redução dos custos com saúde, o aprimoramento do sistema de saúde como um todo e, consequentemente, alcançar maior satisfação profissional a partir de melhores resultados.   Pilares do desenvolvimento de carreira Dito isso, abaixo você verá alguns pilares que nós da SOBRAF, uma Sociedade Médica ainda composta por maioria de médicos mais experientes, consideramos fundamentais ao desenvolvimento de uma carreira médica sólida: 1 – Escolha uma especialidade, mas não deixe de ser “generalista” Atualmente, existem 55 especialidades médicas reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina e essa grande variedade facilita o encontro com um universo de maior afinidade profissional. E este é o primeiro ponto fundamental: escolha sua especialidade por afinidade e nunca por expectativa de crescimento financeiro apenas. De toda forma, tornando-se especialista ou não, jamais perca de vista a necessidade de conhecer e compreender as formas de promoção de saúde geral daqueles que recorrem a você. A abordagem excessivamente pontual dificilmente permite a entrega de resultados reais em saúde e qualidade de vida. A vivência prática evidencia isso com muita clareza e em pouco tempo. Compartimentar demais o conhecimento pode “engessar” a prática e impedir que o médico enxergue e esteja apto para aplicar abordagens mais efetivas de tratamento da saúde. Além disso, especializações têm alto valor na medicina, mas não são um fator determinante para o sucesso na carreira, os resultados em saúde e qualidade de vida que um médico proporciona, sim. 2 – Invista em educação continuada Invista tempo e esforço em aprimoramento contínuo, buscando instituições de ensino respeitáveis. Esteja aberto a oportunidades de aprendizado contínuo e desenvolvimento profissional ao longo de toda a sua carreira. Mantenha-se atualizado com as últimas pesquisas, tecnologias e práticas médicas. Nunca subestime o valor da educação continuada para lhe apresentar novas e melhores oportunidades de desenvolvimento profissional. A SOBRAF possui uma parceria valiosa com a Longevidade Saudável, instituição de ensino pioneira na área da Medicina Integrativa, que possui um programa educacional completo para médicos, incluindo curso, pós-graduação, congresso e seminário internacionais e outros cursos de extensão, abordando teoria e prática que podem nortear e impulsionar a carreira médica independentemente da especialidade, a partir do aprimoramento do raciocínio clínico. Nossos associados podem usufruir de condições especiais para se manterem em uma jornada permanente de educação junto dessa instituição.   3 – Priorize a troca

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Integrativa em Foco

A resistência insulínica é uma condição metabólica crescente que afeta um número significativo de pessoas em todo o mundo, contribuindo para o desenvolvimento de doenças como o diabetes tipo 2 e a síndrome metabólica. Caracteriza-se pela diminuição da capacidade do corpo de responder à ação da insulina, o hormônio responsável por regular os níveis de glicose no sangue. Este fenômeno leva a um aumento compensatório na produção de insulina pelo pâncreas, criando um ciclo vicioso que pode ter consequências sérias para a saúde. Entender as causas da resistência insulínica é crucial para os profissionais de saúde, pois permite a identificação de estratégias eficazes para sua prevenção e tratamento. Fatores como genética, excesso de peso, sedentarismo, estresse e uma dieta rica em carboidratos simples e gorduras saturadas estão entre os principais contribuintes para o desenvolvimento dessa condição. Os sintomas da resistência insulínica podem ser sutis e se desenvolver lentamente ao longo do tempo, muitas vezes passando despercebidos até que condições mais graves se manifestem. Por isso, a abordagem nutricional, juntamente com mudanças no estilo de vida, desempenha um papel fundamental no manejo dessa condição. No artigo abaixo, explicamos os principais pontos da abordagem nutricional para a resistência insulínica, destacando a importância de uma dieta balanceada, rica em nutrientes e pobre em alimentos processados e açúcares refinados.   Entendendo a resistência insulínica A resistência insulínica ocorre quando as células do corpo começam a ignorar a sinalização da insulina, dificultando a entrada de glicose nas células para ser usada como energia. Isso resulta em níveis elevados de glicose e insulina no sangue, um estado conhecido como hiperinsulinemia. A médio/longo prazo, isso pode levar ao esgotamento das células beta do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina, culminando em diabetes tipo 2. Ou seja, a síndrome é uma forma de pré-diabetes, pois se não for tratada e corrigida, com controle da alimentação, perda de peso e realização de atividade física, pode se transformar em diabetes tipo 2. As causas da resistência insulínica são multifatoriais, incluindo predisposição genética, mas principalmente hábitos e estilo de vida. Sobrepeso e obesidade – especialmente o acúmulo de gordura visceral –, dietas ricas em calorias e baixas em fibras, além de um estilo de vida sedentário são os fatores mais comuns. E estudos demonstram que a inflamação crônica de baixo grau também está fortemente associada ao desenvolvimento da resistência insulínica. Além disso, alterações hormonais, principalmente em mulheres, também podem aumentar as chances de desenvolver a resistência, como acontece, por exemplo, nos casos de síndrome do ovário policístico (SOP). Nesta mulheres, as alterações que levam ao desequilíbrio menstrual e aumento de hormônios androgênicos, também causa desregulação do funcionamento da insulina. Em todos os casos, os sintomas da resistência insulínica podem ser inespecíficos, mas frequentemente incluem fadiga, dificuldade de concentração (neblina mental), aumento da fome e ganho de peso e acúmulo de gordura, especialmente na região abdominal. Identificar esses sinais precocemente é fundamental para implementar mudanças nutricionais e de estilo de vida que possam reverter ou minimizar a resistência insulínica.   Adequação do peso corporal A obesidade está fortemente associada ao desenvolvimento de resistência à insulina, que por sua vez desempenha um papel fundamental na patogênese das complicações cardiometabólicas associadas à obesidade, incluindo componentes da síndrome metabólica, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. Portanto, a perda de peso deve ser a abordagem principal para os indivíduos em sobrepeso ou obesidade, mesmo que ainda não apresentem resistência insulínica. A combinação entre dieta equilibrada, suplementação nutricional quando necessário e inclusão ou aumento da frequência e intensidade da atividade física deve ser o ponto de partida, especialmente porque um maior índice de massa muscular está associado à melhor sensibilidade à insulina.   Abordagem nutricional para a resistência insulínica A abordagem nutricional para a resistência insulínica enfatiza a importância de uma dieta balanceada e rica em nutrientes, que pode ajudar a melhorar a sensibilidade à insulina e a controlar os níveis de glicose no sangue. A inclusão de alimentos ricos em fibras, como vegetais, frutas, legumes e grãos integrais, é fundamental, pois as fibras ajudam a retardar a absorção de glicose, evitando picos de insulina. Alimentos com baixo índice glicêmico são preferenciais, pois provocam um aumento mais lento e gradual dos níveis de glicose no sangue. Além disso, é importante incluir na dieta fontes saudáveis de gorduras, como as encontradas em peixes de águas frias, abacate, nozes e sementes, bem como proteínas magras, que podem ajudar na sensação de saciedade e no controle do apetite. Um estudo demonstrou que dietas com redução moderada de carboidratos e ricas em alimentos com baixo índice glicêmico e fibras podem melhorar significativamente a sensibilidade à insulina. A redução do consumo de açúcares refinados e alimentos processados também é essencial, pois estes são rapidamente convertidos em glicose, exacerbando o ciclo da resistência insulínica. Além disso, a redução do consumo de produtos de origem animal também pode ser considerada em alguns casos, uma vez que a dieta rica desse tipo de alimento e pobre em alimentos vegetais está associada à resistência insulínica, mesmo quando há perda de peso.   Estratégias suplementares Além do ajuste da dieta, existem vários suplementos nutricionais que podem ajudar no controle da insulina e na regulação dos níveis de açúcar no sangue. Abaixo estão os principais: – Cromo – Zinco – Magnésio – Vitamina D – Ácido alfa-lipóico – Ômega-3 – Vitaminas do complexo B – Vitamina E É importante ressaltar que, antes de começar a tomar qualquer suplemento, é fundamental consultar um

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MEating
Estilo de Vida

Saborear uma boa comida junto de boas companhias é um dos grandes prazeres da vida. Além disso, a boa alimentação é um dos principais pilares de uma vida longa, saudável e de qualidade. Afinal, é primariamente dos alimentos que devemos extrair os principais combustíveis para a manutenção da regularidade funcional do organismo. Entretanto, há fatores que podem prejudicar os bons momentos em volta da mesa, como também afetar a quantidade do que ingerimos e influenciar nossas escolhas alimentares, podendo impactar diretamente nas mais comuns questões de saúde, como sobrepeso, obesidade, ansiedade, diabetes e muitas outras. Por conta disso, para além de nos atentarmos à dieta propriamente dita, em muitos casos é necessário recorrer às mudanças de comportamentos que podem contribuir para os erros alimentares. E aqui, nossa mente mais uma vez revela seus poderes! Isso é o que você verá a seguir neste artigo. Preparamos uma breve apresentação do conceito de mindful eating e elencamos algumas razões para adotar essa prática e, principalmente, recomendá-la aos pacientes na rotina clínica para ajudá-los com uma melhor relação com a comida e com mais saúde.   O que é Mindful Eating? Mindful eating, ou alimentação consciente, é uma abordagem que visa cultivar uma maior consciência e atenção plena em relação aos alimentos que ingerimos, nossos hábitos alimentares e nossas sensações físicas e emocionais relacionadas à comida. Em vez de comer de forma automática, distraída ou emocional, o mindful eating encoraja as pessoas a estarem presentes no momento enquanto comem, prestando atenção em cada aspecto da experiência alimentar, desde a escolha dos alimentos até a sensação de saciedade. A prática do mindful eating envolve técnicas como comer devagar, prestar atenção nas texturas, sabores e aromas dos alimentos, reconhecer os sinais de fome e saciedade do corpo, e estar consciente das emoções que podem influenciar nossos padrões alimentares. É comum também incluir exercícios de meditação e atenção plena para desenvolver uma maior consciência em relação à comida.   Mindful Eating no cuidado da saúde Em termos de cuidado da saúde, o mindful eating pode ter diversos benefícios. Alguns estudos sugerem que essa prática pode ajudar na perda de peso e na manutenção de um peso saudável, reduzir a ingestão de alimentos em excesso, melhorar a relação das pessoas com a comida, reduzir comportamentos alimentares compulsivos e promover uma maior satisfação com a alimentação. Um estudo publicado pela Cambridge University Press que acompanhou 138 mulheres obesas durante 6 meses, demonstrou uma maior redução na alimentação descontrolada e na alimentação emocional para aquelas que praticaram as técnicas de atenção plena. Para pacientes diabéticos, a alimentação consciente também pode ser uma importante aliada, especialmente na interrupção de comportamentos alimentares habituais e na regulação da escolha alimentar. Além disso, o mindful eating pode ajudar as pessoas a desenvolverem uma relação mais equilibrada e compassiva consigo mesmas, reduzindo a culpa e a ansiedade em relação à comida, o que pode ser valioso para aqueles que necessitam seguir dietas específicas e vivem o constante medo da “escapada”.   Mindful Eating na prática Considerar incorporar o mindful eating como parte das estratégias de cuidado da saúde dos seus pacientes pode ser valioso, especialmente  para aqueles que enfrentam problemas relacionados à alimentação, como transtornos alimentares, obesidade, diabetes, entre outros.   Fome ou vontade de comer? Como primeiro passo, o ideal é a prática antes de iniciar a alimentação. Para isso, é necessário aprender a diferenciar a fome da vontade de comer. A fome é um processo fisiológico complexo que envolve uma interação entre diferentes sinais e sistemas do corpo, incluindo o sistema nervoso central, o sistema gastrointestinal e hormônios reguladores do apetite, como leptina e grelina. Ela é uma sensação de necessidade de alimentos que surge quando o corpo precisa de energia e nutrientes para funcionar adequadamente. São vários os sinais físicos e hormonais da fome: Elevação dos níveis de grelina Redução dos níveis de glicose Sinais nervosos do trato gastrointestinal como os “roncos da barriga” e a sensação de vazio no estômago A vontade de comer, por outro lado, é uma sensação subjetiva que pode surgir por uma variedade de motivos não necessariamente relacionados à necessidade fisiológica de alimentos. Ela pode ser influenciada por fatores emocionais, sociais, ambientais e até mesmo por hábitos condicionados. Estresse, tédio, solidão, associações emocionais com alimentos específicos, estímulos visuais ou olfativos, horários habituais de refeição e a disponibilidade de alimentos ao redor. Esses estímulos podem ativar áreas do cérebro envolvidas no prazer e na recompensa, levando a desejos por comida mesmo quando não há uma necessidade fisiológica imediata. O mindful eating prévio à alimentação pode ajudar na diferenciação entre a fome e a vontade de comer ao desenvolver uma maior consciência e atenção plena em relação aos sinais físicos, emocionais e ambientais que influenciam nossos padrões alimentares. Ao adquirir essa consciência, é possível, por exemplo, tomar outras ações que podem ajudar a driblar a vontade de comer, como tomar um copo de água ou uma xícara de chá, fazer uma curta caminhada para nos dar o tempo de nos entender melhor antes de comer sem perceber, sem atenção e no automático. Mindful Eating durante as refeições Uma vez detectada a fome, é hora de partir para a alimentação. Aqui abaixo, você verá como pode orientar seus pacientes para a prática durante as refeições: Eliminar distrações: enquanto você come, evitar usar o telefone ou computador, ler livros ou revistas, ou assistir TV. Comer distraído pode parecer inofensivo, mas é comum que

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SOP
Carreira Médica

A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é uma condição complexa e multifatorial que afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva, sendo uma das desordens endócrinas mais comuns entre mulheres. Caracterizada por uma variedade de sintomas que vão desde irregularidades menstruais até alterações metabólicas, a SOP representa um desafio diagnóstico e terapêutico. Tradicionalmente, o tratamento tem sido focado no uso de anticoncepcionais, mas uma abordagem mais integrativa e completa é necessária para lidar eficazmente com todas as dimensões desta síndrome, agindo de maneira mais profunda na causa. O artigo que compartilhamos abaixo busca iluminar os aspectos fisiológicos e biológicos da Síndrome dos Ovários Policísticos, destacando a importância de uma visão integrativa no tratamento. Siga a leitura e tire suas dúvidas.   O que é a Síndrome dos Ovários Policísticos? A Síndrome dos Ovários Policísticos é um distúrbio endócrino metabólico inflamatório que pode levar à infertilidade, resistência à insulina, obesidade e problemas cardiovasculares, incluindo uma série de outros problemas de saúde. A doença é multifatorial, sistêmica, inflamatória e desregulada, tendo influência genética, mas manifestando-se, em grande parte, devido a erros de estilo de vida. Ela é caracterizada pelo hiperandrogenismo (níveis elevados de hormônios masculinos), disfunção ovariana e a presença de múltiplos cistos nos ovários. Estes desequilíbrios hormonais podem levar a uma série de sintomas e complicações a longo prazo. Os sintomas da SOP podem variar significativamente, mas geralmente incluem: irregularidades menstruais hirsutismo (crescimento excessivo de pelos) acne alopecia infertilidade Além disso, muitas mulheres com SOP sofrem de obesidade, resistência à insulina e alterações no metabolismo lipídico. As causas exatas da SOP ainda não são completamente compreendidas., mas já se sabe que fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida, como a obesidade e a resistência à insulina, desempenham um papel significativo no desenvolvimento desta síndrome. Limitações da abordagem com anticoncepcionais O tratamento convencional da Síndrome dos Ovários Policísticos frequentemente se concentra na prescrição de anticoncepcionais orais. Esses medicamentos costumam até ser eficazes no controle de alguns sintomas como irregularidades menstruais, redução da acne e hirsutismo, devido à sua capacidade de suprimir a produção de andrógenos pelos ovários. No entanto, esta abordagem é extremamente limitada, visto que anticoncepcionais não tratam as causas subjacentes da SOP, particularmente as questões metabólicas, como resistência à insulina e desregulação do metabolismo da glicose. Além disso, mascaram sintomas como a anovulação (ausência de ovulação), o que pode atrasar a busca por tratamentos mais abrangentes e especializados, especialmente por pacientes que desejam engravidar.   Riscos e efeitos colaterais associados O uso de anticoncepcionais na SOP pode trazer riscos e efeitos colaterais significativos. Um estudo publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism revelou que mulheres com SOP que utilizam anticoncepcionais orais têm um risco aumentado de desenvolver complicações metabólicas, incluindo resistência à insulina e alterações no perfil lipídico. Isso pode elevar o risco de doenças cardiovasculares a longo prazo. Além disso, o uso prolongado de anticoncepcionais pode estar associado a um risco aumentado de trombose, especialmente em mulheres com outros fatores de risco, como obesidade e tabagismo.   Abordagem integrativa para a SOP O manejo da SOP com anticoncepcionais não aborda integralmente a complexidade dessa condição inflamatória. Uma abordagem mais holística e personalizada é necessária para o tratamento eficaz da Síndrome reconhecida como uma endocrinopatia inflamatória sistêmica de estilo de vida. Isso inclui a avaliação e o tratamento das alterações metabólicas, como resistência à insulina e alterações no perfil lipídico, deficiências nutricionais e correção dos desequilíbrios hormonais. A terapia deve ser adaptada às necessidades individuais da paciente, levando em consideração não apenas os sintomas, mas também o perfil metabólico, estilo de vida, e objetivos reprodutivos. A regulação do balanço hormonal também é crucial, o que pode incluir a modulação hormonal, utilizando-se de hormônios bioidênticos, para correção do hiperandrogesnismo e restabelecimento de níveis fisiológicos dos hormônios que encontram-se em desequilíbrio. Mudanças no estilo de vida, incluindo dieta equilibrada e exercícios regulares, são fundamentais no manejo da SOP. Uma dieta anti-inflamatória e com baixo índice glicêmico pode ajudar a melhorar a sensibilidade à insulina, enquanto a atividade física regular pode auxiliar no manejo do peso e na melhoria dos perfis hormonais e metabólicos. A resistência insulínica e o hiperandrogenismo estabelecem a relação entre a obesidade e a SOP, havendo um forte fator inflamatório envolvido na fisiopatologia. O suporte psicológico também é vital, dado o impacto significativo da SOP na qualidade de vida e saúde mental das mulheres, que podem sofrer com ansiedade e depressão. E um outro ponto favorável, está na suplementação de vitaminas e minerais, que pode exercer efeitos benéficos sobre os sintomas relacionados à SOP, como oócitos imaturos, hiperinsulinemia, hiperandrogenismo, aumento do IMC, distúrbios cardiovasculares e problemas mentais e psicológicos. Além disso, a educação sobre a doença e suas implicações é crucial para permitir que as pacientes gerenciem melhor sua condição. Leia também::: Jamais prescreva um medicamento para seu paciente sem antes entender mais a fundo esses 8 pilares   Aplique uma abordagem multifacetada e integrativa A Síndrome dos Ovários Policísticos é uma condição complexa que requer uma abordagem de tratamento multifacetada e integrativa, abordando especialmente a adequação do estilo de vida como forma de correção das irregularidades que podem ser causa do distúrbio. A compreensão completa da síndrome, bem como o reconhecimento das limitações da terapia com anticoncepcionais, é essencial para oferecer as pacientes um cuidado efetivo e personalizado. Para profissionais de saúde que buscam aprofundar seus conhecimentos sobre a SOP e sua abordagem integrativa, sigam a SOBRAF no Instagram. Nosso

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fisiologia
Carreira Médica

A fisiologia, uma disciplina fundamental no campo da medicina, frequentemente não recebe a atenção que merece durante a graduação médica. Apesar de sua importância crucial, muitas vezes é abordada apenas superficialmente, perdendo espaço para o foco intensivo em doenças e sintomas. No entanto, é essencial reconhecer que um profundo entendimento da fisiologia é a chave para compreender não apenas as doenças, mas, mais importante, o funcionamento do organismo humano em seu estado saudável. Essa negligência em relação à fisiologia na educação médica pode ter implicações significativas na prática clínica. Um conhecimento aprofundado da fisiologia permite aos médicos uma compreensão mais holística do paciente, promovendo uma abordagem mais integral à saúde e ao bem-estar. Ao realçar a importância da fisiologia na medicina, este artigo visa ressaltar como esse conhecimento pode transformar e enriquecer a prática médica. A fisiologia é muito mais do que um conjunto de fatos a ser memorizado; é um estudo dinâmico que desvenda como os sistemas do corpo funcionam e interagem. Ao entender a fisiologia em profundidade, os médicos podem aplicar este conhecimento para melhorar significativamente a qualidade de vida de seus pacientes e promover práticas eficazes de prevenção de doenças.   O que é fisiologia? A fisiologia é o estudo das funções e mecanismos que operam dentro de um organismo vivo. Ela explora como os órgãos, sistemas e células do corpo interagem para manter a vida e a saúde. Esta disciplina é fundamental para entender o que é considerado um funcionamento “normal” do corpo humano, servindo como base para identificar quando algo não está funcionando como deveria. O estudo da fisiologia abrange diversos sistemas do corpo humano, incluindo o cardiovascular, digestivo, endócrino, imunológico, nervoso, respiratório e urinário. Cada sistema tem suas particularidades e contribui de maneira única para a manutenção da saúde. A fisiologia busca entender essas contribuições em detalhes, oferecendo insights vitais para a medicina. Além disso, a fisiologia não se limita a estudar cada sistema isoladamente. Ela também examina como esses sistemas interagem e se influenciam mutuamente. Essa abordagem holística é crucial para compreender a complexidade do corpo humano e para o desenvolvimento de abordagens e tratamentos mais eficazes.   Como ela contribui para a prática médica? A fisiologia é essencial para a prática médica porque fornece a base para entender como manter a saúde e como as doenças se desenvolvem. Com um conhecimento sólido em fisiologia, os médicos podem identificar mais rapidamente quando algo está errado com um paciente e entender melhor as razões subjacentes aos sintomas. Estudos científicos demonstram que um entendimento aprofundado da fisiologia pode melhorar significativamente a precisão diagnóstica e a eficácia do tratamento. Por exemplo, uma pesquisa publicada no Journal of Medical Physiology destacou que médicos com forte base em fisiologia tendem a ser mais hábeis na interpretação de dados clínicos e na formulação de planos de tratamento precisos. Além disso, a fisiologia desempenha um papel crucial na promoção da saúde e na prevenção de doenças. Ao entender como os diferentes sistemas do corpo funcionam em conjunto, os médicos podem oferecer conselhos mais informados sobre estilos de vida saudáveis, nutrição adequada e medidas preventivas eficazes.   O foco da abordagem voltada ao cuidado da saúde Médicos que atuam com maior foco no cuidado da saúde devem objetivar sempre o restabelecimento da homeostase do organismo. A homeostase do meio interno refere-se ao conjunto de processos fisiológicos que mantêm as condições internas do organismo humano dentro de limites adequados para o seu funcionamento adequado. Isso inclui a regulação de variáveis como a temperatura corporal, o pH sanguíneo, a concentração de íons e nutrientes, entre outros, a fim de assegurar um ambiente interno estável e propício às atividades metabólicas e celulares. A fisiologia humana está intrinsecamente relacionada à homeostase, pois a maioria das funções do organismo é executada dentro de faixas específicas de condições. Por exemplo, a temperatura corporal é mantida em torno de 37°C para otimizar a atividade enzimática e a função celular. A homeostase é regulada por sistemas como o sistema nervoso e o sistema endócrino, que respondem a estímulos internos e externos, ajustando as condições do meio interno. Os hábitos e o estilo de vida de uma pessoa desempenham um papel crucial na manutenção da homeostase. Práticas como a alimentação equilibrada, a prática regular de exercícios físicos e o sono adequado contribuem para a regulação de diversas variáveis fisiológicas. Por exemplo, a ingestão adequada de nutrientes fornece os elementos essenciais para os processos metabólicos, enquanto o exercício físico influencia positivamente a função cardiovascular, os níveis hormonais, a regulação do açúcar no sangue e a saúde musculoesquelética. Além disso, fatores como o estresse, o consumo de substâncias tóxicas (como álcool e tabaco) e a falta de sono adequado podem desafiar a homeostase, levando a disfunções e doenças. O equilíbrio adequado entre atividade física, dieta saudável e gestão do estresse é fundamental para promover a homeostase e, consequentemente, a saúde geral do paciente. Médicos precisam compreender a fundo essas interações entre a homeostase, a fisiologia e o estilo de vida para implementação de abordagens preventivas e terapêuticas mais eficazes, visando manter ou restabelecer o equilíbrio interno do organismo e, assim, promover a saúde a longo prazo. Importância de ser membro da SOBRAF Ser membro da Sociedade Brasileira para Estudos da Fisiologia (SOBRAF) oferece inúmeros benefícios para profissionais médicos de todas as especialidades. A SOBRAF promove, por meio de suas próprias ações e também de parcerias, a educação contínua, permitindo aos médicos se manterem

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medico
Carreira Médica

A publicidade médica, uma faceta essencial na carreira dos profissionais de saúde, está atravessando uma transformação significativa com a entrada em vigor da Resolução 2336/23 do Conselho Federal de Medicina (CFM).   Esta nova regulamentação redefine os parâmetros para a divulgação de serviços médicos, equilibrando a necessidade de informação pública com a ética profissional.   O campo da medicina, tradicionalmente conservador em seus métodos de publicidade, está agora se adaptando às novas realidades do marketing digital e da comunicação social. Esta mudança representa um desafio único para os médicos, que devem equilibrar a promoção de suas práticas e especialidades com a manutenção dos mais altos padrões éticos.   A nova resolução do CFM oferece um guia abrangente para navegar neste novo terreno, estabelecendo diretrizes claras sobre o que é permitido e o que é proibido na publicidade médica.   Ao detalhar os aspectos críticos da Resolução 2336/23, nosso objetivo é fornecer aos médicos uma compreensão profunda e prática das regras, ajudando-os a moldar suas estratégias de marketing de uma maneira que respeite tanto a ética profissional quanto as expectativas dos pacientes.   Este artigo destina-se a ser um recurso valioso para profissionais médicos que buscam não apenas cumprir com as regulamentações, mas também aproveitar as oportunidades de marketing para melhorar a comunicação com os pacientes e fortalecer sua presença no mercado de saúde.   Detalhamento da nova resolução A nova resolução traz uma série de mudanças significativas, que afetam diretamente a forma como os médicos podem promover seus serviços e habilidades. Vamos mergulhar em cada ponto para uma melhor compreensão:   1. Publicidade Médica vs. Propaganda Médica: Publicidade Médica: Promove serviços, qualificações e infraestrutura do médico ou estabelecimento. Por exemplo, um médico pode destacar suas especializações, tecnologias disponíveis na clínica, ou a excelência do ambiente de trabalho. Propaganda Médica: Foca em divulgar assuntos e ações de interesse geral da medicina. Pode incluir informações sobre avanços na medicina, novas pesquisas ou técnicas.   2. Uso das Redes Sociais: A resolução especifica que as redes sociais, como Instagram ou Facebook, devem ser usadas para compartilhar conteúdo informativo e educativo. Um exemplo prático seria um cardiologista compartilhando dicas de saúde cardíaca ou explicando procedimentos comuns.   3. Informações obrigatórias: Em qualquer publicidade, seja ela individual ou por uma clínica, informações como o nome completo, número do CRM e, se aplicável, o RQE, devem estar presentes. Isso garante transparência e confiabilidade nas informações divulgadas.   4. Diferenciação entre especialista e pós-graduado: A resolução esclarece a diferença na publicidade entre um médico especialista e um médico pós-graduado. Um especialista deve indicar seu RQE, enquanto um pós-graduado pode mencionar sua formação, mas sem se declarar especialista. É importante ter atenção, pois a expressão “NÃO ESPECIALISTA” deve aparecer em caixa alta à frente da informação acadêmica.   5. Uso de imagens: As imagens de “antes e depois” devem ser usadas com cuidado, focando na educação e não nas promessas de resultados. Selfies e imagens do ambiente de trabalho podem ser usadas para humanizar as estratégias e canais, mas devem evitar sensacionalismo.   6. Informações comerciais: A divulgação de preços e condições de pagamento passou a ser permitida, mas deve ser feita de forma ética, nunca incidindo a promoção de vendas casadas ou premiações.   7. Interação com a imprensa: Entrevistas devem focar em representar a medicina de forma ética, evitando a autopromoção. Boletins médicos devem ser sóbrios e preservar o sigilo médico.   8. Proibições claras: A resolução proíbe explicitamente a participação em propaganda enganosa, publicidade de medicamentos não reconhecidos pelo CFM, e a atribuição de selos de qualidade a produtos não relacionados diretamente com a medicina.   Parceria com especialistas em marketing médico Neste novo cenário delineado pela Resolução 2336/23 do CFM, a colaboração com especialistas em marketing médico torna-se não apenas uma escolha prudente, mas uma estratégia essencial para qualquer médico que busca excelência e conformidade em sua publicidade.   Os especialistas em marketing médico trazem um conjunto de habilidades e conhecimentos que podem transformar a maneira como um médico se comunica e se posiciona no mercado. Vamos explorar os principais benefícios e diferenciais de contar com um profissional de marketing especializado ao seu lado.   Conhecimento especializado e conformidade legal Especialistas em marketing médico estão intimamente familiarizados com as leis e regulamentos que regem a publicidade na área de saúde. Eles entendem a linha tênue entre o marketing eficaz e a manutenção da ética médica.   Com a sua ajuda, os médicos podem garantir que suas estratégias de marketing estejam em total conformidade com as novas regras, evitando riscos legais e possíveis sanções do CFM.   Estratégias personalizadas e eficientes Cada prática médica é única, com seus próprios conjuntos de especialidades, público-alvo e objetivos. Um especialista em marketing médico pode desenvolver estratégias personalizadas que ressoam especificamente com o público desejado do médico.   Seja através das mídias sociais, blogs, ou campanhas de email marketing, esses profissionais sabem como criar conteúdo atraente e informativo que captura a essência da prática médica e a comunica de forma eficaz.   Maximização do engajamento e da visibilidade online Os especialistas em marketing médico são adeptos das últimas tendências em SEO (Search Engine Optimization), marketing de conteúdo e mídias sociais. Eles podem ajudar os médicos a aumentar sua visibilidade online, atraindo mais pacientes e estabelecendo uma presença digital forte.   Isso inclui a criação de conteúdo valioso que não apenas informa, mas também envolve o público, estabelecendo o médico

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8 pilares
Carreira Médica

No contexto da prática médica, a mera prescrição de medicamentos ainda é, infelizmente, uma realidade dentro dos consultórios e clínicas.   No entanto, com o avanço do conhecimento sobre saúde somado à realidade preocupante de crescimento da incidência de condições e doenças, já se sabe que para a maior parte dos casos, essa maneira de tratar é insuficiente.   Portanto, antes de recorrer a essa medida, é imperativo compreender e explorar a fundo o vasto espectro dos 8 pilares fundamentais que moldam a saúde de um indivíduo e que devem ser considerados em todo e qualquer programa de cuidado que vise a verdadeira recuperação e manutenção da saúde, além da melhora real da qualidade de vida.   A seguir, abordaremos com mais detalhes cada um dos 8 pilares fundamentais da vida saudável, fornecendo insights valiosos de saúde integral. Este artigo é um convite aos médicos e profissionais da saúde para aprofundar o conhecimento e aplicá-lo na melhoria da saúde dos pacientes. 8 Pilares fundamentais de um programa completo de cuidado da saúde 1. Rotina do Sono O sono é um dos pilares mais negligenciados e, paradoxalmente, um dos mais impactantes na saúde. A qualidade e a duração do sono desempenham um papel crucial na imunidade, na regulação hormonal e do metabolismo, na saúde mental, na recuperação física e na depuração e eliminação de resíduos. Avaliar a rotina de sono de um paciente é essencial para compreender seu estado de saúde global. Estudos demonstram que tanto a duração quanto a má qualidade do sono elevam o risco de doença coronariana e, consequentemente, a mortalidade relacionada. 2. Alimentação e Comportamento Alimentar A nutrição é a base da saúde. A avaliação dos hábitos alimentares, incluindo escolhas nutricionais, padrões de alimentação e comportamento em relação à comida, é vital. Compreender a relação entre a dieta e as condições médicas pode evitar muitas doenças e contribuir para o tratamento das já existentes. A dieta inadequada, deficiente de nutrientes, é um potente desencadeador da inflamação crônica que, por sua vez, tem um impacto negativo em todas as funções fisiológicas, causando uma série de condições degenerativas, incluindo diabetes; câncer; doenças cardiovasculares, neurodegenerativas, autoimunes e envelhecimento. 3. Rotina de Exercícios Físicos O exercício não é apenas benéfico para a saúde física, mas também desempenha um papel crucial na saúde mental. Avaliar o nível e a regularidade da atividade física, bem como o tipo de exercício realizado, é fundamental para compreender o estado geral de saúde e identificar áreas de melhoria. Nesses casos, a parceria com profissionais de educação física é primordial. 4. Rotina de Hidratação A hidratação adequada é muitas vezes subestimada. No entanto, a água desempenha funções vitais em todos os processos fisiológicos. Avaliar os hábitos de ingestão de líquidos é essencial para manter a saúde celular e sistêmica. Leia também: 7 razões para usar e abusar da água de coco e seus nutrientes 5. Exposição ao Estresse O estresse crônico pode ser prejudicial à saúde, afetando negativamente o sistema imunológico, hormonal e mental. Avaliar e compreender os níveis de estresse de um paciente é crucial para um tratamento holístico. Um estudo de coorte retrospectivo publicado no JAMA Network, baseado em registro sueco que incluiu 106.464 pacientes com transtornos relacionados ao estresse, demonstrou significativa associação entre distúrbios relacionados ao estresse e doenças autoimunes subsequentes. 6. Níveis Hormonais Os hormônios desempenham um papel fundamental na regulação de inúmeras funções corporais. Avaliar e equilibrar os níveis hormonais pode ser crucial para o bem-estar geral e a prevenção de condições médicas. 7. Compreensão dos Impactos do Estilo de Vida na Saúde A educação do paciente sobre como seu estilo de vida afeta sua saúde é essencial. Capacitar os pacientes a compreenderem e modificarem seus comportamentos é um passo crucial para a medicina preventiva. Hábitos insalubres estão associados à aceleração da redução dos telômeros, contribuindo para o desenvolvimentos das mais diversas doenças associadas à idade, ao envelhecimento e até mesmo ao câncer. 8. Importância da Espiritualidade A espiritualidade, seja religiosa ou não, pode ser um componente vital para a saúde mental e emocional. Compreender sua importância para o paciente pode impactar positivamente o tratamento. Antes da prescrição, o ajuste do estilo de vida A prática médica integrativa e preventiva exige uma avaliação holística e individualizada de cada paciente. Ao explorar e compreender profundamente esses 8 pilares, os médicos podem oferecer um cuidado mais completo e eficaz, evitando a prescrição excessiva de medicamentos e promovendo uma abordagem centrada no paciente para a saúde. Fundamental ressaltar que o estudo e aperfeiçoamento médico contínuos são peças-chave desse modelo de promoção de saúde, haja vista que o raciocínio clínico demandado não apresenta fórmulas exatas. O aprendizado e atualização juntamente a instituições de ensino que educam sob farto embasamento científico deve ser uma prioridade. Convidamos os profissionais de saúde a se juntarem à SOBRAF em nosso compromisso de manter pessoas saudáveis e melhorar a qualidade de vida e o bem-estar dos pacientes.   Siga a SOBRAF no Instagram para atualizações regulares, recursos educacionais e apoio na sua jornada profissional para combater as doenças e promover uma vida saudável para todos.

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DC
Estilo de Vida

Em um mundo onde as mudanças de estilo de vida e a correria do dia a dia afetam diretamente nossa saúde, as doenças cardiometabólicas surgem como um grupo de condições inter-relacionadas que representam uma ameaça significativa ao bem-estar global.   Estas condições, que incluem elevado risco cardiometabólico, são em grande parte evitáveis, mas estão entre as principais causas de morbidade e mortalidade em todo o mundo. Compreender o que são as doenças cardiometabólicas, os fatores que contribuem para o seu desenvolvimento e as estratégias eficazes de prevenção e tratamento é vital para os profissionais de saúde na batalha contra esta crescente epidemia.   As doenças cardiometabólicas são um reflexo não apenas de genética e fatores de risco individuais, mas principalmente de escolhas de estilo de vida e influências ambientais. Esta complexidade exige uma abordagem multidisciplinar e holística para o tratamento e a prevenção.   A SOBRAF, como referência em estudos e pesquisas sobre Fisiologia, se dedica a esclarecer esses conceitos, apoiando médicos e profissionais de saúde com informações baseadas em evidências e práticas recomendadas para a prevenção e o manejo dessas condições.   A seguir, exploraremos detalhadamente as doenças cardiometabólicas, fornecendo insights sobre a fisiopatologia, identificação de sintomas, opções terapêuticas e medidas preventivas. Este artigo é um convite aos profissionais da saúde para aprofundar o conhecimento e aplicá-lo na melhoria da saúde dos pacientes.   O que são doenças cardiometabólicas? Doenças cardiometabólicas são um espectro de condições metabólicas interconectadas que incluem obesidade, diabetes tipo 2, resistência à insulina, doença arterial coronariana, hipertensão, dislipidemia e esteatose hepática não alcoólica. Elas compartilham mecanismos patogênicos comuns, como inflamação, resistência à insulina e disfunção endotelial, que elevam a probabilidade para problemas cardiovasculares mais do que quando qualquer um dos riscos está presente sozinho, e podem favorecer complicações graves, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral. A resistência à insulina é um denominador comum em muitas dessas condições, causando alterações no metabolismo da glicose e dos lipídios, inflamação sistêmica, hipertensão e diabetes tipo 2. Estes fatores, por sua vez, podem levar ao desenvolvimento de placas ateroscleróticas nas artérias, aumentando o risco de eventos cardiovasculares. Biologicamente, as doenças cardiometabólicas são caracterizadas por um estado pró-trombótico e pró-inflamatório, que afeta negativamente o equilíbrio e a função dos sistemas vascular, metabólico e imunológico. Esta inter-relação complexa ressalta a importância de uma abordagem holística para prevenção e manejo dessas doenças.   Identificação dos sintomas Os sintomas das doenças cardiometabólicas podem ser insidiosos e variados. Pacientes podem apresentar sinais como hipertensão, insulina elevada, glicemia elevada, ferritina elevada, aumento dos níveis de triglicerídeos, circunferência abdominal expandida e níveis baixos de colesterol – especialmente o de alta densidade – e deficiências hormonais. A presença desses sintomas deve levar à investigação detalhada para diagnóstico precoce e tratamento adequado. Os profissionais de saúde dispõem de diversas ferramentas diagnósticas, incluindo testes laboratoriais de sangue e hormonais, avaliação da composição corporal, medição da circunferência da cintura e testes de tolerância à glicose, por exemplo. Mas, muito além disso, as queixas do paciente devem receber a devida relevância, e costumam prevalecer relatos de aumento da fome, fadiga, sede excessiva, micção frequente, visão embaçada, lentidão para cicatrizações, dores de cabeça, tontura, dificuldade de perder peso, dores no peito, dores articulares, falta de ar, insônia, apneia do sono, sonolência diurna e muitos outros. Estudos científicos têm demonstrado que a intervenção precoce pode melhorar significativamente os resultados para pacientes com doenças cardiometabólicas. Contudo, a mudança de hábitos deve ser sempre a primeira estratégia adotada, a fim de restabelecer a ordem metabólica que pode contribuir para a manutenção da saúde e o acompanhamento profissional multidisciplinar é imperioso para fins de tratamento individualizado.   Tratamentos e intervenções O tratamento das doenças cardiometabólicas pode envolver medicamentos quando estritamente necessário, mas, em se tratando de desordem metabólica, é claro que as mudanças no estilo de vida são a pedra angular que permitirá alcançar a causa e gerenciar a síndrome. A adequação da alimentação, o exercício físico, a cessação do tabagismo e o manejo do estresse desempenham papéis vitais na redução do risco e na progressão dessas doenças. Para além dos hábitos, o ideal é se valer de terapias integrativas que tenham ação nas causas e que beneficiem a melhora da saúde como um todo, como é o caso da suplementação nutricional, das terapias hormonais, do yoga, da meditação, entre outras cabíveis ao caso de cada paciente. A pesquisa continua a evoluir, com novos tratamentos, como a terapia genética e os moduladores de inflamação, mostrando promessa no manejo dessas condições complexas.   Estratégias Preventivas A prevenção de doenças cardiometabólicas envolve a promoção de um estilo de vida saudável desde cedo. Isso inclui educação nutricional, incentivo à atividade física regular e medidas para reduzir o estresse. Programas de saúde pública focados na prevenção das doenças cardiometabólicas são essenciais. Eles devem se concentrar na conscientização sobre os fatores de risco e na promoção de escolhas de estilo de vida saudáveis. Políticas de saúde que promovam o acesso a alimentos saudáveis, espaços para atividade física e programas de cessação do tabagismo, por exemplo, são fundamentais no combate às doenças cardiometabólicas. Entretanto, o médico é figura essencial nesse trabalho, devendo exercer com empenho seu papel de professor de saúde para seus pacientes, já que o desconhecimento também é um fortíssimo fator de risco para inúmeras doenças dessa natureza. Leia também::: Nutrientes e saúde mental: o que não pode ficar de fora da alimentação   Importância de um olhar integrativo As doenças cardiometabólicas representam

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qudrado
Por dentro da SOBRAF

Neste ano, preparamos a melhor experiência aos nossos associados em diversos benefícios, confira! Estande SOBRAF Tivemos brindes exclusivos, suporte para o uso do aplicativo SOBRAF e área restrita, descontos especiais de renovação para associados e outros benefícios. Em nosso estande também ocorreu a 2ª Exposição de Trabalhos Científicos com artigos que foram selecionados criteriosamente através de uma banca avaliadora. Apresentação dos 5 melhores artigos científicos As apresentações ocorreram no Auditório Principal no primeiro dia do evento, com os temas: · O Papel da Vitamina D3 nas doenças autoimunes – Dr. Marcelo Carlos (CRM/CE 9907); · Método AMES: uma abordagem integrativa em saúde – Dr. Igor Torturella (CRM/DF 22814); · Suplementação com myo-inositol e selênio pode garantir eutireoidismo em pacientes com hashimoto – Dr. Marcelo Esteve (CRM/BA 7519); · Distúrbios gerados pelo uso contínuo de inibidores de bomba de prótons – Dr. Mário Lorensoni (CRM/PA); · Tratamento oncológico com uso da dieta hiperlipídica, suplementos nutracêuticos e reposição hormonal – Dr. Eduardo Teran (CRM/SP 131315). Todos os artigos da exposição estão disponíveis para leitura aqui: Exposição de Artigos – Seminário Internacional 2023 Archives – SOBRAF. Premiação dos vencedores da Exposição No sábado, dia 28/10, os vencedores receberam o certificado, premiação e troféu de menção honrosa entregues pelo Dr. Ítalo Rachid, presidente da SOBRAF: 1º lugar: Marcelo Carlos Moreira de Souza 2º lugar: Igor Torturella 3º lugar: Marcelo Esteve Previous Next Brindes Exclusivos Os Associados SOBRAF ativos que estiveram presentes no evento e passaram em nosso estande, receberam nossos brindes exclusivos, sendo um deles inédito. Café Gourmet Além dos brindes, os Associados SOBRAF degustaram cafés gourmet saudáveis, preparados com leite vegetal e outros ingredientes orgânicos, com cardápio saudável totalmente personalizado. Momento de Autógrafos Dr. Tom O’Bryan, esteve conosco no estande SOBRAF onde distribuiu dedicatórias em momento de autógrafos em seu livro “Como tratar doenças autoimunes” a todos que adquiriram exemplares no estande da SOBRAF. Somos gratos a todos os associados que prestigiaram conosco a este espetacular evento científico, bem como aos que participaram da Exposição de Trabalhos e os visitantes que estiveram em nosso estande durante essa maravilhosa troca de experiências. Já estamos ansiosos para tê-los conosco no próximo evento!

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Integrativa em Foco

O conceito de saúde e bem-estar tem se refinado ao longo dos anos, passando a incorporar não apenas a ausência de doenças, mas também a manutenção da qualidade de vida e longevidade.   Neste cenário, a prevenção de doenças crônicas assume um papel central, e os antioxidantes emergem como protagonistas na promoção da saúde. Evidências científicas têm fortalecido o entendimento de que um estilo de vida saudável, complementado por uma dieta rica em antioxidantes, pode ser um poderoso aliado na prevenção de uma série de enfermidades crônicas.   Compostos antioxidantes são moléculas capazes de retardar ou prevenir a oxidação celular, um processo natural que pode ser acelerado por fatores externos e que está implicado no envelhecimento e na patogênese de muitas doenças crônicas.   No artigo que preparamos abaixo, detalhamos os aspectos fisiológicos e biológicos dos antioxidantes, esclarecendo sua função, fontes alimentares e impacto na saúde humana, com especial atenção à prevenção de doenças crônicas.   Ao entender a atuação dos antioxidantes e doenças crônicas, profissionais da saúde podem melhor orientar seus pacientes, otimizando estratégias de prevenção e promoção de saúde. Acompanhe-nos nesta jornada de descobertas e integre essas informações valiosas à sua prática clínica. O que são antioxidantes? Antioxidantes são substâncias que impedem ou minimizam a oxidação de outras moléculas. Este processo, embora natural e necessário, quando exacerbado, resulta na formação de radicais livres que podem danificar células e tecidos. Ao neutralizar radicais livres, os antioxidantes evitam danos ao DNA, lipídios e proteínas, essenciais para a manutenção da saúde celular. Encontrados em abundância na natureza, os antioxidantes estão presentes em frutas, vegetais, grãos e nozes. Vitaminas como a C e E, além de minerais como o selênio, são conhecidos por suas propriedades antioxidantes. Fitonutrientes, como os flavonoides presentes no chá-verde e no cacau, também desempenham essa função vital. A ingestão adequada de antioxidantes é crucial para a saúde humana. Ela está associada à prevenção de processos inflamatórios e à proteção contra o estresse oxidativo, contribuindo para a manutenção da integridade celular e para o funcionamento ótimo do organismo.   Neutralização dos radicais livres pelos antioxidantes A compreensão do mecanismo pelo qual os antioxidantes neutralizam os radicais livres é essencial para apreciar seu papel na promoção da saúde e prevenção de doenças crônicas. Radicais livres são moléculas instáveis que possuem um elétron desemparelhado, o que os torna altamente reativos e capazes de danificar células, proteínas e DNA ao roubar elétrons de outras moléculas – um processo conhecido como oxidação.   Mecanismos de ação dos antioxidantes Doação de Elétrons: Muitos antioxidantes agem doando um elétron para estabilizar o radical livre, sem se tornarem eles próprios radicais livres reativos. Isso ocorre porque os antioxidantes possuem elétrons extra que podem ser compartilhados sem comprometer sua própria estabilidade. A vitamina C é um exemplo clássico de um antioxidante que doa elétrons. Encadeamento de Reações: Alguns antioxidantes podem interromper uma reação em cadeia antes que ela cause mais danos. Eles reagem com radicais livres intermediários e os neutralizam, impedindo a propagação da reação de oxidação. A vitamina E é conhecida por proteger as membranas celulares de reações em cadeia de radicais livres de lipídios. Enzimas Antioxidantes: O corpo humano produz várias enzimas antioxidantes, como a superóxido dismutase (SOD), a catalase e a glutationa peroxidase, que catalisam reações de desintoxicação de radicais livres, convertendo-os em moléculas menos reativas e mais estáveis, como água e oxigênio. Quelantes de Metais: Certos antioxidantes atuam como quelantes, ligando-se a metais de transição, como ferro e cobre, que podem catalisar a produção de radicais livres. Ao se ligarem a esses metais, os antioxidantes previnem a formação de radicais livres mediados por metais. Regeneração de Antioxidantes: Os antioxidantes também trabalham em um sistema de rede, onde um antioxidante que foi oxidado pode ser regenerado para sua forma ativa por outro antioxidante. Por exemplo, a vitamina C oxidada pode ser regenerada pela vitamina E.   Importância da diversidade antioxidante Diferentes antioxidantes operam em diferentes locais das células e em diferentes tipos de células. Por isso, uma variedade de antioxidantes é necessária para proteger contra a ampla gama de radicais livres que podem ser formados no corpo. Alguns são solúveis em água e atuam no fluido celular, enquanto outros são solúveis em lipídios e protegem as membranas celulares. A sinergia entre diferentes tipos de antioxidantes é crucial, tornando a diversidade de antioxidantes na dieta tão importante. Alimentos como frutas e vegetais são ricos em uma vasta gama de antioxidantes, proporcionando uma defesa abrangente contra o dano oxidativo. Ou seja, os antioxidantes e doenças crônicas estão interligados através do combate aos radicais livres. A neutralização dessas moléculas reativas pelos antioxidantes é um dos pilares fundamentais na prevenção de doenças e na promoção de uma vida longa e saudável.   Antioxidantes e prevenção de doenças crônicas A correlação entre antioxidantes e doenças crônicas se destaca no campo da medicina preventiva. Estes compostos bioativos são nossos aliados na luta contra o avanço de diversas condições crônicas. Vamos explorar mais detalhadamente como os antioxidantes atuam em algumas das principais doenças crônicas.   Doenças cardiovasculares Na esfera das doenças cardiovasculares, os antioxidantes atuam diretamente na prevenção da oxidação de lipoproteínas de baixa densidade (LDL), um fator crítico na formação de placas ateroscleróticas. Além disso, eles contribuem para a dilatação dos vasos sanguíneos, melhorando a circulação e reduzindo o risco de hipertensão, infartos e derrames.   Câncer No contexto do câncer, os antioxidantes têm uma função dupla: eles ajudam a neutralizar os

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Carreira Médica

A microbiota intestinal é um universo surpreendente e profundamente ligado ao nosso bem-estar. A presença e diversidade de bactérias em nosso sistema digestivo não desempenha apenas um papel crucial na digestão, mas também está ligada a várias dimensões da nossa saúde, desde a imunidade até a saúde mental.   Dessa forma, manter um equilíbrio na nossa flora intestinal não é apenas uma necessidade, mas um investimento direto em qualidade de vida. Uma microbiota intestinal saudável é resultado de uma série de fatores que incluem hábitos alimentares, padrões de sono e estilo de vida. Mas como podemos garantir que estamos no caminho certo para promover um ambiente intestinal saudável?   Ao longo do artigo que preparamos abaixo, vamos explorar um pouco mais sobre o que é a microbiota intestinal, sua relevância para a saúde global e práticas que podemos adotar para fortalecê-la. É importante entender que a saúde é resultado de uma combinação de fatores, sendo que a forma como nutrimos e cuidamos do corpo desempenha um papel inegável neste processo. Portanto, acolher práticas alimentares e de vida que respeitem e fortaleçam a microbiota é um passo estratégico e vital.   Em relação a isso, vale destacar que, embora possamos adotar estratégias gerais positivas, cada organismo é único e, portanto, a orientação deve ser individual e personalizada para traçar uma rota assertiva e segura para a otimização da saúde intestinal e geral de cada pacientes. Compreendendo a microbiota intestinal A microbiota intestinal, composta por trilhões de bactérias, desempenha papéis essenciais no nosso organismo. Ela está diretamente envolvida na digestão de alimentos, absorção de nutrientes e produção de algumas vitaminas.   Não apenas isso, mas a microbiota também é crucial para o funcionamento adequado do nosso sistema imunológico. A diversidade e abundância de micro-organismos em nosso intestino pode influenciar desde nossa vulnerabilidade a infecções até nossa capacidade de responder a diferentes tipos de tratamentos.   É fundamental destacar que há um equilíbrio delicado entre diferentes tipos de bactérias em nosso intestino. Algumas são benéficas e essenciais para a saúde, enquanto outras, quando em excesso, podem ser prejudiciais.   Inclusive, uma pesquisa publicada na Nature Reviews Microbiology destacou que a microbiota desempenha um papel crítico na modulação do sistema imunológico, ajudando na diferenciação de células T reguladoras e influenciando respostas imunes.   A relação entre bactérias benéficas e patogênicas necessita estar em sintonia, com cada uma desempenhando suas funções específicas, porém mantendo um ambiente propício para a saúde e funcionalidade ótima do hospedeiro.   Este equilíbrio pode ser influenciado por diversos fatores como a alimentação, uso de medicamentos, e até mesmo o estresse. Assim, compreender e atuar ativamente para manter esse equilíbrio é fundamental para assegurar uma microbiota intestinal que apoie e reforce nossa saúde global.   No contexto alimentar, por exemplo, alimentos ricos em fibras, como frutas, vegetais e grãos integrais, são particularmente benéficos para a microbiota intestinal. Eles não apenas facilitam a digestão, mas também servem como “alimento” para bactérias benéficas, promovendo seu crescimento e atividade.   Uso de medicamentos e microbiota intestinal   A relação entre o uso de medicamentos e a microbiota intestinal é uma área de pesquisa em rápido crescimento, pois os fármacos, sobretudo os antibióticos, podem afetar a composição e a função dessa comunidade microbiana de diversas maneiras.   Alterações na composição da microbiota: alguns medicamentos podem alterar a composição da microbiota intestinal, levando a mudanças na diversidade e abundância das espécies bacterianas presentes. Antibióticos, por exemplo, podem eliminar não apenas as bactérias patogênicas, mas também bactérias benéficas, resultando em um desequilíbrio na microbiota.   Seleção de microrganismos resistentes: o uso indiscriminado de antibióticos pode selecionar microorganismos resistentes, que podem persistir na microbiota intestinal mesmo após o término do tratamento. Isso pode levar ao desenvolvimento de resistência a antibióticos não apenas no trato gastrointestinal, mas também em outras partes do corpo.   Efeitos diretos sobre as bactérias: alguns medicamentos, como os antibióticos, podem ter efeitos diretos sobre as bactérias presentes no trato gastrointestinal, modificando sua atividade metabólica e capacidade de proliferação.   Modulação da atividade metabólica: medicamentos podem afetar a atividade metabólica da microbiota, alterando a produção de metabólitos bioativos, como ácidos graxos de cadeia curta, que desempenham um papel importante na saúde intestinal e em processos sistêmicos.   Influência na absorção de nutrientes: alguns medicamentos podem influenciar a absorção de nutrientes no trato gastrointestinal, o que, por sua vez, pode afetar a disponibilidade de substratos para as bactérias da microbiota e influenciar sua composição.   Interferência na inflamação e resposta imunológica: a microbiota intestinal interage com o sistema imunológico e pode afetar a resposta inflamatória. Certos medicamentos podem influenciar essa interação, modificando a resposta inflamatória e a imunomodulação mediada pela microbiota. Compreender essas interações é vital para reduzir, excluir ou, quando necessário, otimizar o uso de medicamentos, minimizando efeitos adversos associados à microbiota e desenvolvendo estratégias terapêuticas que levem em consideração seu equilíbrio.   Estratégias para uma microbiota saudável Quando se fala em manter uma microbiota intestinal saudável, algumas estratégias podem ser seguidas, tais como: Alimentação equilibrada O que consumimos tem um impacto direto em nossa microbiota intestinal. Uma dieta rica em fibras, provenientes de uma variedade de fontes vegetais, frutas, legumes e grãos integrais, é vital. Essas fibras alimentam as bactérias benéficas e auxiliam na manutenção do equilíbrio intestinal.   Da mesma forma, a inclusão de alimentos fermentados, como iogurte e kefir, pode também oferecer suporte à saúde intestinal ao fornecer probióticos, que são bactérias benéficas que

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Estilo de Vida

A interligação entre a saúde física e mental é inegavelmente potente e intrincada, criando um mosaico complexo que cientistas e profissionais de saúde têm avidamente explorado ao longo das décadas. O papel dos nutrientes e saúde mental é um ponto específico que emergiu, revelando que a nutrição desempenha um papel vital na modulação de funções cognitivas e emocionais. Este tópico, riquíssimo, desdobra-se em diversas vertentes, entrelaçando aspectos fisiológicos, biológicos e psicológicos em uma trama que tece a integralidade da saúde humana. Neste contexto, reconhecer os nutrientes como pilares da saúde mental oferece uma abordagem ímpar para estratégias de prevenção e manejo de condições de saúde mental, através de uma perspectiva nutricional. Nutrientes, em sua essência, são compostos químicos encontrados em alimentos, indispensáveis para o crescimento, manutenção e reparo das funções biológicas do organismo. Divididos em macronutrientes e micronutrientes, cada um oferece uma gama diversa de benefícios que, juntos, compõem o cenário ideal para um organismo saudável. À medida que avançamos na compreensão desses elementos, a profundidade com que os nutrientes influenciam nossa saúde mental torna-se cada vez mais evidente, e explorar esta conexão é fundamental para promover estratégias nutricionais eficazes. De modo similar, nossa saúde mental não é impactada apenas por um único nutriente, mas por uma complexa sinergia que envolve diversos componentes dietéticos e hábitos de vida. A abordagem multifacetada que considera nutrientes e saúde mental como entidades coexistentes e interdependentes oferece uma perspectiva única para desenvolvermos estratégias de prevenção e tratamento em saúde mental, pautadas na evidência científica e na integralidade do ser humano. A importância dos nutrientes na funcionalidade cerebral Quando se trata de nutrientes e saúde mental, ômega-3, vitaminas do complexo B, vitamina D e minerais como o zinco e ferro surgem como personagens centrais. A DHA, uma forma de ômega-3, é fundamental para a saúde cerebral, estando amplamente distribuída entre as membranas celulares do cérebro e sendo crucial para processos cognitivos e neurotransmissão. Estudos têm demonstrado a importância do DHA para a prevenção de transtornos mentais, como mostrado em uma pesquisa publicada no Journal of Clinical Psychiatry. Por sua vez, as vitaminas do complexo B têm uma relação robusta com a saúde mental, sendo essenciais para a síntese de neurotransmissores e funcionamento neuronal adequado. A deficiência de vitamina B12, por exemplo, tem sido associada à depressão e ao declínio cognitivo, como elucidado por estudos presentes no American Journal of Clinical Nutrition. A relação entre nutrição, sono e saúde mental Adentrando na complexidade que envolve nutrientes e saúde mental, a importância do sono e da saúde hormonal torna-se inquestionável. A qualidade do sono desempenha um papel fundamental na manutenção e melhora da saúde mental. Já foi amplamente demonstrado que a privação do sono ou a má qualidade do sono estão correlacionadas com uma série de transtornos mentais, como a ansiedade e a depressão, por exemplo. Neste contexto, é crucial entender como os nutrientes desempenham um papel significativo na promoção de um sono saudável e, consequentemente, na saúde mental. Nutrientes como magnésio, essencial para a regulação do sono, estão intrinsecamente ligados ao bem-estar mental, dada a relação bidirecional entre sono e saúde mental. Pesquisas, como as publicadas no Journal of Research in Medical Sciences, delineiam claramente a influência do magnésio na melhoria da qualidade do sono e, consequentemente, em aspectos da saúde mental. Por outro lado, uma nutrição adequada desempenha um papel vital na saúde hormonal, que por sua vez, exerce uma influência significativa na saúde mental. Os nutrientes, incluindo vitaminas, minerais, aminoácidos e ácidos graxos ômega-3, desempenham um papel essencial na regulação dos ciclos de sono e vigília. A serotonina, por exemplo, um neurotransmissor crucial para a regulação do humor, é produzida a partir do triptofano, um aminoácido obtido através da alimentação. A ingestão adequada de triptofano pode influenciar positivamente a produção de serotonina, auxiliando na melhoria do humor e no equilíbrio emocional. Da mesma forma, a melatonina, um hormônio chave para a regulação do ciclo sono-vigília, é sintetizada a partir do aminoácido essencial triptofano. A disponibilidade de triptofano no organismo é influenciada pela qualidade e composição da dieta, tornando a alimentação uma ferramenta poderosa na modulação dos padrões de sono. Além dos aminoácidos, a presença de minerais como o magnésio e o zinco é crucial para a regulação do sono e o alívio da ansiedade. O magnésio, por exemplo, desempenha um papel importante no relaxamento muscular e nervoso, promovendo um sono tranquilo. Já o zinco está envolvido na modulação dos neurotransmissores e no equilíbrio emocional. Hormônios como cortisol, intimamente ligados ao estresse, são modulados pela presença adequada de nutrientes, construindo uma ponte entre nutrição, regulação hormonal e estados mentais. Leia também::: Resistência insulínica cerebral: entendendo o caminho para o diabetes tipo 3 O papel fundamental de um acompanhamento profissional Embora a conexão entre nutrientes e saúde mental seja indiscutível, é imperativo mencionar a importância do acompanhamento profissional. Médicos, nutricionistas, psicólogos e outros profissionais de saúde são peças-chave para guiar indivíduos através da complexidade de uma nutrição voltada para a saúde mental, assegurando que as estratégias implementadas sejam não apenas seguras, mas também eficazes e individualizadas. A SOBRAF, sempre comprometida com a disseminação do conhecimento em Fisiologia, incentiva a contínua exploração científica e aplicada sobre nutrientes e saúde mental, promovendo saúde através da integralidade e embasamento científico. Para se manter atualizado sobre mais conteúdos e pesquisas relevantes na área, siga-nos no Instagram e faça parte de nossa jornada pela ciência aplicada à saúde!

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Resistência Insulínica
Carreira Médica

Em recentes avanços científicos, a relação entre Alzheimer e resistência insulínica cerebral trouxe à tona o conceito de “Diabetes Tipo 3”. Esta interseção salienta a necessidade imperativa de uma compreensão multidisciplinar na medicina moderna. Com a prevalência de ambas as condições – diabetes e Alzheimer – aumentando globalmente, entender esta correlação não é apenas relevante, mas também crucial para a prática médica. Dessa maneira, preparamos o artigo abaixo, no qual detalhamos essa relação e explicamos o que é a resistência insulínica cerebral. Siga a leitura e confira! O Diabetes Tipo 3 O termo “Diabetes Tipo 3” pode ser inicialmente confuso para muitos profissionais de saúde, já que ainda não é uma nomenclatura oficialmente aceita. No entanto, ele descreve uma condição neurológica em que o cérebro desenvolve resistência à insulina, possivelmente levando a condições neurodegenerativas. A insulina desempenha um papel fundamental em várias funções cerebrais, incluindo a modulação da neurotransmissão e a plasticidade sináptica. Portanto, a resistência à insulina pode perturbar significativamente esses processos. Dada a crescente pesquisa neste campo, é vital para médicos e profissionais de saúde estarem atualizados sobre o tema, suas implicações e tratamentos potenciais. Entendendo a Resistência Insulínica Cerebral A resistência insulínica é tradicionalmente associada ao diabetes tipo 2, onde as células do corpo se tornam resistentes aos efeitos do hormônio insulina. Similarmente, a resistência insulínica cerebral refere-se a uma condição em que os neurônios se tornam resistentes à insulina. Esta resistência tem implicações diretas na memória e outras funções cognitivas. O cérebro é extremamente dependente da glicose, e a resistência insulínica pode perturbar este equilíbrio, causando deficiências cognitivas. Estudos emergentes estão indicando que a resistência insulínica cerebral pode ser um precursor do Alzheimer, tornando-a uma área chave de investigação e intervenção. Mecanismos fisiopatológicos No núcleo da resistência insulínica cerebral estão os mecanismos bioquímicos que levam à disfunção neuronal. A insulina é vital para muitas funções cerebrais, e sua resistência pode causar neuroinflamação. O acúmulo de proteínas beta-amiloide, uma característica do Alzheimer, é frequentemente observado em pessoas com resistência insulínica cerebral. Esta sobreposição bioquímica está no centro da associação entre o diabetes tipo 3 e o Alzheimer. Perturbações no metabolismo da glicose cerebral podem levar a deficiências na produção de neurotransmissores e na plasticidade sináptica, ambas essenciais para a aprendizagem e memória. Sintomas e manifestações clínicas A resistência insulínica cerebral tem uma apresentação clínica insidiosa. Inicialmente, um paciente pode apresentar lapsos de memória leves ou uma leve dificuldade de concentração. Com o agravamento da resistência insulínica, os sintomas podem evoluir para confusão mental, desorientação e um declínio acentuado na capacidade cognitiva. Esses sintomas são semelhantes aos observados no Alzheimer, o que reforça a correlação entre as duas condições. É vital para os médicos reconhecerem estes sintomas precocemente, pois uma intervenção rápida pode ser efetiva para a prevenção e também benéfica no manejo e potencialmente na reversão de alguns dos sintomas. A relação entre Diabetes Tipo 3 e Alzheimer A conexão entre resistência insulínica cerebral e Alzheimer é reforçada por vários estudos. Pesquisas mostraram que pessoas com diabetes tipo 2 têm um risco significativamente maior de desenvolver Alzheimer. O acúmulo de proteínas beta-amiloide, que é característico do Alzheimer, tem sido observado em modelos experimentais de resistência insulínica cerebral. Acredita-se que a insulina desempenhe um papel na limpeza dessas proteínas do cérebro, e a resistência à insulina pode perturbar esse processo. A pesquisa atual indica que tratando a resistência insulínica cerebral, podemos ter um caminho potencial para retardar ou mesmo prevenir a progressão do Alzheimer. Como é o diagnóstico? O diagnóstico de resistência insulínica cerebral permanece um desafio. Os sintomas iniciais são sutis e muitas vezes atribuídos erroneamente ao processo natural de envelhecimento ou ao estresse. Biomarcadores como tau e beta-amiloide, associados ao Alzheimer, estão sob investigação como indicadores da resistência insulínica cerebral. Os avanços na neuroimagem também estão sendo explorados para identificar mudanças cerebrais específicas associadas à resistência insulínica. De toda forma, através da avaliação clínica completa e aprofundada, especialmente para investigação do estilo de vida do paciente, já será possível nortear a mudança de hábitos que podem prevenir a questão ou, pelo menos, frear seu avanço. Opções de tratamento Atualmente, não há um tratamento específico para resistência insulínica cerebral. No entanto, estratégias que melhoram a sensibilidade à insulina, como mudanças na dieta, reequilíbrio hormonal, meios de gestão do estresse e exercícios físicos, devem ser recomendadas, uma vez que exercem efeito positivo na saúde global do indivíduo. A abordagem de tratamento também precisa envolver uma combinação de suplementos, nutracêuticos, meditação, terapia cognitiva e mudanças no estilo de vida. Prevenção e controle da doença A prevenção da resistência insulínica cerebral começa com a conscientização. Estar ciente do que é, riscos e sintomas pode ajudar no diagnóstico precoce e na intervenção. Estilos de vida saudáveis, que incluem uma dieta balanceada, exercício regular e controle do estresse, são fundamentais na prevenção da resistência insulínica. Estudos indicam dietas específicas, como a mediterrânea, rica em antioxidantes e ácidos graxos ômega-3, como potencialmente benéfica na proteção contra o desenvolvimento da resistência insulínica cerebral. Dê maior atenção à avaliação clínica A resistência insulínica cerebral e sua associação com Alzheimer é um campo emergente de pesquisa que tem implicações significativas para a prática médica moderna. Como sempre, a prevenção é a melhor forma de intervenção. Atualmente, não há exames laboratoriais específicos capazes de embasar o diagnóstico da condição, portanto a escuta ativa e o aprofundamento na análise clínica do paciente ainda são os pontos-chave de ação. Reconhecendo os sinais precocemente

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DI
Carreira Médica

A disbiose intestinal tem se destacado nos debates médicos recentes. Enquanto avançamos em nossa compreensão da microbiota intestinal e seu papel vital em nossa saúde, torna-se imprescindível compreender as implicações desse desequilíbrio. Os microorganismos que habitam nosso trato gastrointestinal não apenas ajudam na digestão, mas também influenciam funções imunológicas, metabólicas e até mesmo neurológicas. Assim, abordaremos detalhadamente as causas, os sintomas e os tratamentos da disbiose intestinal, com ênfase na sua importância para os profissionais de saúde.   O microbioma intestinal O intestino é um ecossistema repleto de vida, abrigando uma vasta gama de microrganismos que incluem bactérias, vírus e fungos. Esta comunidade microbiológica mantém uma relação simbiótica com o hospedeiro, ajudando em funções vitais, desde a digestão até a modulação imunológica. No entanto, essa relação equilibrada é frágil e pode ser perturbada por diversos fatores.   Quando essa perturbação ocorre, pode levar à disbiose, um estado em que o equilíbrio microbiano saudável é interrompido.   Definindo a disbiose intestinal A disbiose ocorre quando há uma mudança no equilíbrio ou na composição da microbiota intestinal. Em geral, ela se manifesta através da superabundância de certos patógenos ou da sub-representação de bactérias benéficas. O resultado é um trato gastrointestinal que não funciona de maneira ideal, o que pode ter implicações que vão muito além da saúde digestiva. Embora a disbiose possa ser causada por uma variedade de fatores, a identificação e a correção dessa condição são cruciais para manter uma saúde ótima.   Causas da disbiose Os fatores que podem provocar a disbiose são variados, compreendendo especialmente os hábitos alimentares e estilo de vida do indivíduo. Mas o consumo excessivo e indiscriminado de antibióticos é um dos mais conhecidos fatores causadores de disbiose intestinal. Tais medicamentos, embora necessários em muitas circunstâncias, podem alterar a flora intestinal, exterminando bactérias benéficas. A dieta, particularmente uma rica em alimentos processados e pobre em fibras, pode também facilitar a disbiose. Outros fatores que contribuem são o estresse crônico, uso de medicamentos como anti-inflamatórios não-esteroidais, ingestão de substâncias tóxicas e doenças específicas que afetam o intestino.   Sintomas e manifestações clínicas A disbiose pode se manifestar de várias maneiras. Os sintomas comuns incluem desconforto gastrointestinal, como inchaço, diarreia e constipação. No entanto, a disbiose não está limitada ao sistema digestivo. Ela tem sido associada a uma variedade de outras condições, incluindo doenças autoimunes, alergias, déficit cognitivo, e até mesmo alterações de humor, ansiedade e depressão. Além disso, alguns estudos apontam para uma ligação entre disbiose e outras doenças graves, como diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.   Consequências a longo prazo Se não tratada, a disbiose pode levar a complicações mais sérias. Além dos sintomas imediatos, a disbiose pode aumentar o risco de inflamação crônica, uma raiz comum de muitas doenças crônicas. Doenças como a doença inflamatória intestinal, síndrome do intestino irritável e até mesmo obesidade têm sido associadas a desequilíbrios na microbiota. Além disso, a saúde mental, incluindo condições como depressão e ansiedade, também pode ser influenciada pela saúde do nosso intestino.   Diagnóstico da disbiose intestinal O diagnóstico da disbiose pode ser um desafio devido à sua vasta gama de sintomas. Comumente, os médicos começam com uma análise detalhada do histórico do paciente. Testes laboratoriais, incluindo exames de fezes, podem ajudar a determinar o perfil da microbiota intestinal. Além disso, técnicas avançadas, como o sequenciamento genético, estão se tornando ferramentas valiosas para obter insights mais profundos sobre a composição e a função da microbiota. O tratamento para a disbiose intestinal visa restaurar o equilíbrio da microbiota. Isso pode ser feito através da modificação da dieta, incorporando mais alimentos ricos em fibras e probióticos. Suplementos de probióticos e prebióticos também podem ser benéficos. Em alguns casos, se realmente for necessário, os médicos podem precisar prescrever antibióticos específicos ou outros medicamentos para tratar o desequilíbrio. Terapias mais novas, como o transplante fecal, estão sendo exploradas como potenciais tratamentos para casos mais graves.   Prevenção da disbiose A prevenção é sempre melhor que a cura. Para evitar a disbiose, é fundamental manter um estilo de vida saudável. Isso inclui uma dieta equilibrada, rica em fibras e baixa em alimentos processados, bem como a prática regular de exercício. Evitar o uso excessivo de antibióticos e outros medicamentos que afetam a microbiota é crucial. O gerenciamento do estresse, através da meditação ou técnicas de relaxamento, também pode ajudar a manter o equilíbrio intestinal. É fundamental que os médicos tenham esse olhar antecipado, global e multidisciplinar.   Importância do atendimento médico e nutricional A disbiose intestinal é uma condição que vai muito além de simples desconfortos digestivos. As implicações para a saúde global do indivíduo são vastas, tornando essencial sua identificação e tratamento. Os profissionais de saúde, incluindo médicos e nutricionistas, desempenham um papel vital no manejo desta condição. A colaboração entre esses profissionais é crucial para garantir uma abordagem abrangente e eficaz no tratamento da disbiose. Por fim, esperamos que a disbiose intestinal tenha sido esclarecida e, para mais temas como este, siga a SOBRAF também no Instagram!

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Por dentro da SOBRAF

Em uma era dominada por avanços tecnológicos e inovações médicas, a medicina humanizada surge como um termo cada vez mais relevante e necessário. A habilidade de tratar pacientes com equipamentos de última geração é certamente crucial, mas será que o essencial da medicina – o cuidado, a compaixão e o entendimento – está sendo esquecido? A medicina humanizada não é apenas uma filosofia, mas um princípio vital que impulsiona a confiança e a relação entre médico e paciente. Estamos em um momento propício para reflexões, e neste contexto, a medicina humanizada chama atenção como um tema que necessita de análise profunda. O que aconteceu com a arte de curar, que vai além da capacidade de diagnóstico e da mobilização dos recursos tecnológicos? Como a medicina pode reencontrar o caminho da empatia, respeito e dignidade, princípios tão fundamentais na relação com o paciente? O artigo que preparamos abaixo propõe-se a explorar os cinco pilares fundamentais da medicina humanizada, essenciais para construir e manter a confiança dos pacientes. Cada pilar é uma chamada à reflexão e à ação, direcionada especialmente aos médicos e outros profissionais de saúde. Vamos mergulhar nesses conceitos e entender como eles podem redefinir a prática da medicina moderna.   1. Retomada da relação Médico-Paciente A medicina humanizada requer uma profunda revisão na maneira como os médicos se relacionam com seus pacientes. Não basta apenas um diagnóstico rápido e um tratamento impessoal. É vital relembrar o que fazia do médico de outrora, uma figura tão respeitada: o tempo dedicado, a empatia e a compreensão do contexto pessoal e familiar. No mundo contemporâneo, em que o médico altamente tecnológico é muitas vezes não respeitado, é preciso redescobrir a importância do “tapinha nas costas” e a frase: – “vou cuidar de você”. A confiança é construída através da conexão emocional, escuta ativa e genuíno interesse no bem-estar do paciente.   2. Integração da tecnologia com humanismo Na era da medicina avançada, a tecnologia não deve obscurecer o foco humano. A medicina humanizada entende que máquinas e ferramentas são meios, não fins. Hospitais, consultórios e clínicas, mesmo com instalações modernas e bonitas, devem ir além da aparência e oferecer um atendimento caloroso e humano. O desafio é equilibrar a excelência tecnológica com o compromisso com a humanidade, garantindo que cada paciente seja tratado com dignidade e respeito, e não apenas como um caso ou número.   3. Atenção à espiritualidade e fé dos pacientes A espiritualidade e a fé são aspectos essenciais da vida de muitos pacientes. A medicina humanizada reconhece que essas crenças podem ter um impacto profundo na recuperação e na qualidade de vida. Não se trata apenas de rezas e rituais religiosos, mas de uma compreensão profunda das necessidades espirituais de cada paciente. Em alguns casos, a integração da fé pode oferecer conforto e força, tornando-se uma parte vital da prevenção e do tratamento. Os profissionais de saúde devem estar abertos e preparados para discutir e respeitar essas crenças, e integrá-las, quando apropriado, no plano de cuidados. 4. Reinvestimento na formação e educação médica continuada Formar médicos altamente competentes na técnica é crucial, mas a medicina humanizada requer uma formação que vá além. É necessário ensinar a empatia, a ética e a compaixão. A re-humanização das escolas médicas envolve a inclusão de cursos que promovam habilidades interpessoais, ensinando os futuros médicos a se conectarem com seus pacientes em um nível humano, inclusive quanto às possíveis terapias a serem adotadas. Isto não apenas melhora a qualidade do atendimento, mas também pode evitar o esgotamento profissional, ajudando os médicos a encontrar satisfação e propósito em seu trabalho. 5. Uma nova visão holística da profissão médica A medicina humanizada exige uma perspectiva ampla, enxergando o paciente como um ser humano complexo, com necessidades físicas, emocionais, sociais e espirituais. Não é suficiente apenas tratar a doença: é necessário compreender a pessoa por trás dela, bem como os mecanismos e comportamentos envolvidos em seu processo de desenvolvimento, para que seja possível prevenir e lidar com causas. Essa abordagem holística exige tempo, paciência e dedicação, mas os benefícios são profundos para todas as partes envolvidas. Os pacientes se sentem mais compreendidos e apoiados, o que pode levar a melhores resultados e uma experiência de cuidado mais enriquecedora e efetiva. Leia também::: Como lidar com um paciente sedentário?   Pratique uma medicina humanizada A medicina humanizada é um chamado à ação, um retorno aos fundamentos éticos e humanísticos que formam a base da prática médica. Requer a coragem de mudar e a vontade de ver o paciente não apenas como um conjunto de sintomas, mas como um ser humano complexo e único. Restaurar a confiança através destes cinco pilares fundamentais não é apenas uma questão ética: é uma necessidade imperativa para o bem-estar dos pacientes e a integridade da profissão médica. Os médicos, como guardiões desta arte de cuidar, devem liderar o caminho na revitalização da medicina humanizada, lembrando-se sempre da importância do respeito, empatia e compaixão na jornada de cura, longevidade e contribuição com a qualidade de vida. Para complementar a leitura::: Medicina Integrativa: o que é e quais são seus benefícios

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O colesterol e os triglicerídeos, como componentes essenciais do metabolismo lipídico humano, desempenham funções vitais no organismo. Ambos são fundamentais para a função celular, produção de hormônios e regulação da energia. Apesar da importância, são frequentemente associados a riscos à saúde, como doenças cardiovasculares. O entendimento dessas moléculas é crucial para médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde. Uma abordagem errônea pode levar ao tratamento inadequado e a desfechos negativos. A educação médica contínua, apoiada por evidências científicas atualizadas, é vital para a prática clínica bem-sucedida. Este artigo visa fornecer uma análise aprofundada do colesterol e triglicerídeos, com foco no entendimento desses lipídios no contexto clínico. Para isso, vamos apresentar um panorama dos estudos científicos mais relevantes, a fim de orientar o manejo clínico efetivo dos pacientes. Compreendendo o colesterol O colesterol não é uma gordura, mas sim um álcool hidrofóbico que precisa estar na forma metabólica reduzida e protegido dentro de lipoproteínas para circular no corpo. Ele é produzido majoritariamente no fígado, e é uma substância fundamental no organismo humano, essencial para a formação de hormônios e outros processos vitais. A alimentação influencia apenas 5 a 10% do colesterol que circula no corpo, sendo a maior parte de produção hepática. É imprescindível entender o papel do colesterol, que não é o vilão das doenças cardiovasculares, mas sim um elemento vital para a vida. Ou seja, contrariamente à crença popular, o colesterol dietético tem pouco impacto no colesterol sérico, pois a maior parte é sintetizada no fígado. O colesterol é vital para a produção de hormônios esteroides, ácidos biliares e vitamina D. É um componente essencial das membranas celulares, conferindo fluidez e integridade estrutural. Além disso, desempenha um papel crítico na sinalização celular e no funcionamento adequado do sistema nervoso. Ou seja, embora níveis altos de colesterol total ou de colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL) tenham sido considerados a principal causa de doenças cardiovasculares por meio século, estudos derrubam essa perspectiva errônea e precisam ser invocados para afastar o tratamento com estatina, especialmente quando usado como prevenção primária. Colesterol HDL e LDL: o falso dilema Embora frequentemente classificados como “bom” ou “mau”, HDL e LDL são classificações relacionadas à densidade das proteínas que transportam o colesterol. A divisão simplista entre essas lipoproteínas não representa adequadamente sua complexidade funcional. A compreensão do colesterol é vital para médicos e outros profissionais da saúde. A ideia de que o colesterol é a causa principal de doenças cardíacas é um equívoco que deve ser corrigido na prática médica através de educação baseada em evidências científicas. Estudos recentes mostram que o equilíbrio entre essas proteínas e a qualidade das partículas é mais importante do que a mera quantidade. Relação entre Triglicerídeos e Colesterol A conexão entre triglicerídeos e colesterol é complexa e fundamental para o funcionamento do corpo. As lipoproteínas transportam essas substâncias, cuja concentração define se são classificadas como HDL ou LDL. A compreensão dessa relação é vital para a saúde cardiovascular e metabólica, evitando simplificações que não refletem a verdadeira natureza dessas moléculas. Os triglicerídeos são uma fonte primária de energia e têm funções complexas em várias vias metabólicas. Armazenados no tecido adiposo, são mobilizados durante o jejum como fonte de energia. Além disso, os triglicerídeos desempenham um papel na regulação do metabolismo da glicose e são vitais para a saúde do fígado. Por isso, manter os níveis de triglicerídeos sob controle é vital para a saúde geral. Dietas ricas em ácidos graxos insaturados, exercícios regulares e certos medicamentos podem ajudar. A gestão efetiva exige um entendimento da genética do paciente, dos fatores de estilo de vida e das condições de saúde subjacentes, como o diabetes. Leia também::: Desequilíbrio de cortisol: causas e consequências para a qualidade de vida do paciente Reavaliação da compreensão clínica Com uma visão mais profunda e holística do colesterol e triglicerídeos, os profissionais de saúde podem repensar o manejo de distúrbios lipídicos. A abordagem não deve ser reducionista, focando apenas em números, mas sim em entender o paciente como um todo. A medicina baseada em evidências é crucial para o manejo eficaz dos pacientes. Ao compreender a complexidade do colesterol e dos triglicerídeos e utilizar as diretrizes mais recentes, os médicos podem oferecer tratamentos mais precisos e eficazes. Este artigo serve como um chamado à ação para os médicos que buscam otimizar o cuidado do paciente. A compreensão detalhada e baseada em evidências do colesterol e triglicerídeos pode melhorar o diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças cardiovasculares e metabólicas. E caso queira aprofundar os estudos, deixamos aqui abaixo alguns artigos relacionados: LDL-C does not cause cardiovascular disease: a comprehensive review of the current literature, Expert Review of Clinical Pharmacology, 11:10, 959-970, DOI: 10.1080/17512433.2018.1519391 Higher Serum Cholesterol and Decreased Parkinson’s Disease Risk: A Statin-Free Cohort Study, Published online 0n Month 2018 in Wiley Online Library (wileyonlinelibrary.com), DOI: 10.1002/mds.27413 Association of lipoprotein levels with mortality in subjects aged 50 + without previous diabetes or cardiovascular disease: A population based register study, Scandinavian Journal of Primary Health Care, 31:3, 172-180, DOI:10.3109/02813432.2013.824157 Statin therapy increases lipoprotein(a) levels, European Heart Journal (2019) 0, 1–10, DOI:10.1093/eurheartj/ehz310 Historical Review of the use of relative risk statistics in the portrayal of the purported hazards of high LDL cholesterol and the benefits of lipid-lowering therapy, Cureus, DOI: 10.7759/cureus.38391

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Carreira Médica

A endometriose é uma doença inflamatória pélvica, que afeta milhões de mulheres no mundo. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, estima-se que uma em cada 10 mulheres sofre com os sintomas da endometriose e não sabe de sua existência. Caracterizada pelo crescimento anormal do tecido endometrial fora do útero, essa condição pode causar uma série de sintomas debilitantes e afetar significativamente a qualidade de vida das mulheres. Por ser uma doença inflamatória, sabe-se que o tratamento deve englobar especialmente a mudança do estilo de vida, primariamente com a adoção de hábitos mais saudáveis em detrimento dos hábitos inflamatórios. Embora a causa da inflamação seja multifatorial, evidências crescentes sugerem que a exposição a disruptores endócrinos pode desempenhar um papel importante no desenvolvimento e progressão dessa doença. Vamos entender melhor o assunto e por que é tão importante reduzir a exposição para prevenir e tratar a endometriose. O que são disruptores endócrinos? Disruptores endócrinos são substâncias químicas presentes em diversos produtos de uso diário, como plásticos, pesticidas, cosméticos e alimentos. Essas substâncias têm a capacidade de interferir no organismo humano, afetando a produção, liberação, transporte, metabolismo e eliminação dos hormônios naturais do corpo. Disruptores tentam imitar a ação dos hormônios, bloquear ou modificar os seus efeitos, levando a desequilíbrios hormonais e disfunções não apenas no sistema endócrino como em diversos sistemas do organismo. Endometriose e disruptores endócrinos Uma das principais causas da endometriose é o excesso de estradiol, um hormônio importantíssimo, responsável por cerca de 400 funções no organismo da mulher, inclusive pelo crescimento dos órgãos reprodutivos e pela preparação uterina e endometrial, que contribui para a ovulação e tem, também, ação anabolizante nas mulheres. Quando há níveis elevados desse hormônio, tem-se a predominância estrogênica em detrimento da progesterona. E em mulheres predispostas, esse desequilíbrio hormonal pode provocar o crescimento do tecido endometrial fora do útero, levando à formação de lesões endometriais e aos diversos sintomas que afetam em muito a vida das mulheres. Disruptores endócrinos, como já dito, exercem ação hormônio símile quando em contato com o organismo, e um dos hormônios que imita é justamente o estradiol. Essas substâncias, especialmente nos casos de exposição constante, podem interferir drasticamente no equilíbrio hormonal, elevando os níveis do estrógeno e desencadeando ou agravando o processo inflamatório. Para saber mais sobre endometriose, assista a este vídeo Vozes Que Informam – Compreendendo a endometriose | Dr Italo Rachid A importância da redução da exposição a disruptores endócrinos Diante da relação entre disruptores endócrinos e a endometriose, a redução dessa exposição a essas substâncias torna-se crucial na prevenção e tratamento da doença. Níveis altos de estrogênio são fator de risco não apenas para a endometriose, como também para o câncer de mama e de ovário, elevando também os riscos para o câncer endometrial. Embora seja difícil evitar completamente essas substâncias, que estão constantemente presentes em um mundo moderno, algumas medidas podem ser adotadas para minimizar a exposição a elas: Preferir alimentos naturais e orgânicos: Alimentos orgânicos, livres de pesticidas e fertilizantes químicos, podem ajudar a reduzir a contaminação por disruptores endócrinos presentes em pesticidas agrícolas. Uso consciente de produtos de higiene pessoal: a prescrição de produtos de higiene pessoal, como sabonetes, xampus e cosméticos, que sejam livres de substâncias químicas prejudiciais, como parabenos e ftalatos. Oriente pacientes sobre a importância de ler os rótulos e escolher produtos mais naturais. Evitar o uso de plástico: o plástico contém compostos químicos que podem funcionar como disruptores endócrinos, especialmente quando são aquecidos ou armazenam alimentos e bebidas. A utilização de recipientes de vidro e aço inoxidável, por exemplo, pode contribuir. Filtros de água: a instalação de filtro ou purificador de água ajuda a reduzir a exposição a possíveis contaminantes presentes na água consumida diariamente, como pesticidas e produtos químicos industriais. Optar por produtos de limpeza naturais: a maior parte dos produtos de limpeza convencionais contêm substâncias químicas extremamente prejudiciais que podem ser absorvidas pela pele e também inaladas, portanto a opção por produtos como vinagre, bicarbonato de sódio e limão, que são eficazes na limpeza doméstica, são bons aliados. Cosméticos: oriente sobre os perigos do uso frequente de cosméticos, maquiagem, cremes hidratantes e similares, principalmente os de uso diário, alertando sobre a preferência pelos de composição natural. Lembrando que os produtos de longa duração costumam conter ainda mais substâncias desreguladoras. Prevenção e tratamento Os sintomas da endometriose podem variar de leves a graves e incluem dor pélvica intensa, dor durante a menstruação (dismenorreia), dor durante as relações sexuais (dispareunia), excesso de fluxo menstrual e irregularidades no ciclo, fadiga, ansiedade, depressão, infertilidade. Esses sintomas podem ter um impacto significativo na qualidade de vida das mulheres, interferindo em suas atividades diárias, relacionamentos e saúde emocional. Portanto, a orientação adequada e a adoção de estratégias que proponham a mudança do estilo de vida com escolhas mais conscientes em relação ao que a paciente utiliza precisa ser parte dos cuidados preventivos, assim como pode contribuir para a redução da inflamação, reduzindo também os sintomas da doença.

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A qualidade do sono desempenha um papel vital na manutenção do equilíbrio hormonal do corpo. O sono adequado é essencial para a regulação de diversas funções vitais, influenciando diretamente a saúde física e mental. É importante compreender que insônia e privação do sono são distintas: enquanto a primeira é caracterizada pela dificuldade em adormecer ou de se manter dormindo, a segunda refere-se a um menor tempo de sono. Ou seja, nesta, o indivíduo não tem dificuldade para dormir, o problema é a quantidade insuficiente de sono. Infelizmente, a insônia é um distúrbio cada vez mais comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, interferindo na fisiologia hormonal e comprometendo a saúde geral. Neste artigo, discutiremos a relação entre o sono e o equilíbrio hormonal, destacando os impactos negativos da insônia e trazendo uma listinha do que fazer para melhorar a qualidade do sono. A importância do sono na regulação hormonal O sono desempenha um papel crucial na regulação dos hormônios e de diversas funções do corpo e da mente. Durante o sono, ocorrem principalmente os processos de reparação e restauração celular, que são essenciais para a manutenção da saúde, assim como a fixação de memórias e a regulação do humor e da fome, por exemplo. Estudos mostram que a insônia e a privação do sono têm sido associadas a níveis elevados de grelina, que estimula o apetite, e a níveis reduzidos de leptina, que suprime o apetite. E essa desregulação hormonal pode levar a desequilíbrios alimentares e uma maior probabilidade de ganho de peso e obesidade. Pessoas que desfrutam de um sono de qualidade, costumam ter seus hormônios liberados em níveis adequados e em sincronia com o ritmo circadiano. Por exemplo, a melatonina, que é conhecida como o hormônio do sono, mas é uma verdadeira “molécula-mãe” que age muito além do sono, é produzida em maior quantidade durante a noite e ajuda a regular o ciclo sono-vigília. O sono adequado também ajuda na regulação do hormônio do crescimento (GH), que é vital para o desenvolvimento e reparo celular, até mesmo na vida adulta, além de promover a síntese proteica, contribuindo com a composição muscular. Além disso, o sono influencia os níveis de cortisol, que desempenha um papel fundamental na resposta imunológica e na regulação do metabolismo, fornecendo energia para a realização das atividades cotidianas. Outros fatores afetados pela insônia Estudos têm demonstrado que a privação crônica do sono está associada ao aumento dos níveis de cortisol, o hormônio do estresse. O aumento do cortisol pode resultar em hipertensão, inflamação crônica, comprometimento do sistema imunológico e maior risco de doenças cardiovasculares. Outro hormônio afetado pela insônia é a insulina, responsável pela regulação dos níveis de açúcar no sangue. A falta de sono adequado pode levar à resistência à insulina, dificultando a eficiência com que o corpo processa a glicose. Isso aumenta o risco de desenvolver diabetes tipo 2 e complicações associadas, como doenças cardíacas e renais. Hormônios sexuais, como a testosterona em homens e os estrogênios em mulheres, também podem ter sua produção reduzida significativamente, afetando a libido, a função sexual e até mesmo a fertilidade. Além dos desequilíbrios hormonais, a insônia também pode levar a distúrbios psicológicos, como depressão e ansiedade. Essas condições podem afetar ainda mais a regulação hormonal, criando um ciclo vicioso em que a insônia agrava os problemas emocionais e vice-versa. Como melhorar a qualidade do sono e equilibrar melhor os hormônios? Aqui abaixo, trouxemos 6 hábitos que devem ser inseridos na rotina de pacientes, pois contribuem com a melhora da qualidade do sono e otimizam os cuidados da saúde: Rotina regular de sono: eduque sobre a importância de estabelecer horários fixos para dormir e acordar, preferencialmente até as 22h, mesmo nos finais de semana. Isso ajuda a regular o ciclo circadiano e favorece o sono profundo. Ambiente propício ao sono: oriente sobre os benefícios de manter o quarto escuro, silencioso e confortável, adequar a temperatura para promover maior conforto à noite e desligar todas as luzes, até mesmo as vermelhinhas muito comuns em TVs e relógios, pois elas afetam diretamente a glândula pineal. Evitar estimulantes: compreenda os hábitos do paciente e recomende excluir o consumo de cafeína, álcool e alimentos calóricos e industrializados nas horas que antecedem o sono. Durante o sono não é o momento de colocar o metabolismo para trabalhar intensamente. Higiene do sono: ensine sobre como definir uma rotina relaxante antes de dormir, como tomar banho quente, ler um livro e praticar técnicas de relaxamento, como meditação ou respiração profunda. Essa higiene contribui para elevação dos níveis de melatonina e induzem o sono. Prática regular de exercícios: a atividade física regular contribui para a melhora da qualidade do sono e ajuda a promover a regulação hormonal naturalmente. No entanto, exercícios intensos à noite podem ser evitados. Gerenciamento do estresse: o estresse crônico pode contribuir para a insônia e desequilíbrios hormonais. O ideal é orientar maneiras saudáveis de lidar com o estresse, inclusive com a indicação de outros profissionais de saúde que possam complementar o seu acompanhamento. Reequilíbrio dos níveis hormonais: insônia e desequilíbrio/declínio hormonal são uma via de mão-dupla, portanto, em muitos casos, a suplementação hormonal pode ser uma importante estratégia, especialmente quando as condições do paciente não contribuem para o reequilíbrio apenas através da mudança de hábitos. O sono desempenha um papel fundamental na regulação hormonal, e o equilíbrio hormonal é essencial para o correto desempenho de funções fisiológicas e

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28.06
Carreira Médica

O exercício físico é uma das atividades mais importantes que uma pessoa pode fazer para manter uma vida longa e saudável.  A prática pode auxiliar na prevenção de doenças, no fortalecimento do sistema cardiovascular e na melhora da saúde mental, por exemplo. Além disso, uma pessoa que faz exercícios regularmente pode ter mais chances de evitar doenças crônicas que podem afetar a qualidade de vida. #5 motivos para considerar o exercício físico um aliado da longevidade saudável Motivo #1 – Auxilia na prevenção do câncer  Evidências acumuladas demonstram que o exercício pode prevenir o câncer, controlar a progressão da doença, interagir com terapias anticâncer e melhorar o funcionamento físico e os resultados psicossociais. Estudos que compreendem cerca de 700 ensaios de intervenção de exercícios exclusivos com mais de 50.000 pacientes com câncer, evidenciam o importante papel que o treinamento físico desempenha para o tratamento do câncer. De acordo com os pesquisadores, a segurança e a viabilidade do treinamento físico estão firmemente estabelecidas no tratamento do câncer, bem como está evidente a ampla gama de efeitos benéficos nos resultados psicossociais e fisiológicos da prática. Motivo #2 – Fortalece o sistema cardiovascular Um estudo da Universidade de São Paulo (USP), descobriu que o exercício aeróbico ajuda a remover partes danificadas das células do coração. A partir disso, ocorre o aumento da energia disponível para as células e a redução da produção de substâncias tóxicas que podem danificar o coração. Segundo os pesquisadores, o objetivo da pesquisa é o de identificar alvos intracelulares que podem ser modulados por meio de fármacos para promover pelo menos parte dos benefícios cardíacos obtidos com a atividade física. Dessa forma, além de incentivar a prática, também serão desenvolvidas outras metodologias para obter tais resultados positivos. Motivo #3 – Fortalece a memória A prática de exercícios aeróbicos ao longo de oito semanas pode resultar em uma taxa de geração de novos neurônios no hipocampo duas vezes maior em comparação àqueles que não se exercitam. É o que apontam os resultados do artigo publicado em The Conversation.  De acordo com a pesquisadora, estudos pioneiros de neuroplasticidade, demonstram múltiplas evidências científicas que apontam como fatores benéficos para o fortalecimento da memória, a dieta, o ambiente social, a novidade e o exercício físico. Motivo #4 – Melhora a saúde mental Atividades físicas são essenciais para controle de ansiedade e estresse. É o que demonstra um estudo da USP Ribeirão, realizado em parceria com professores e universidades de países da América Latina e Europa. Os resultados obtidos mostram que pessoas com estilo de vida mais saudável, que já realizavam atividades físicas antes da pandemia da Covid-19 ou que aderiram à prática neste período, conseguem suportar melhor a ansiedade e o estresse provocados neste momento.  Os pesquisadores descobriram que houve uma tendência crescente de transtornos mentais conforme os níveis de atividade física diminuíram no período de isolamento. Motivo #5 – Ajuda no combate a doenças crônicas O estudo “Sedentarismo, exercício físico e doenças crônicas” afirma que a inatividade física está fortemente relacionada à incidência e severidade de um vasto número de doenças crônicas.  Considerando este cenário, o exercício físico é uma das ferramentas terapêuticas mais importantes para a promoção da saúde, sendo essencial a propagação desse conhecimento por parte de profissionais da área da saúde bem como da educação física. Afinal, o exercício físico é um aliado da longevidade saudável? A importância dos exercícios físicos na longevidade saudável é incontestável. Como profissionais de saúde, devemos estar sempre atualizados com novos estudos e abordagens que podem complementar os tratamentos. Recomendar a prática de exercícios físicos é fundamental para uma rotina equilibrada e saudável, principalmente porque não há longevidade saudável sem exercícios físicos.

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21.06
Integrativa em Foco

A saúde mental desempenha um papel crucial na saúde geral do corpo. A mente e o corpo estão interconectados e têm uma influência mútua significativa.  Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 300 milhões de pessoas no mundo sofrem com depressão. Deste número, cerca de 12 milhões de brasileiros sofrem com a condição e têm sua qualidade de vida prejudicada por esse transtorno. De acordo com a ciência, passar por eventos estressantes na infância, adolescência e vida adulta, como privação de sono, perdas, mudanças radicais na rotina, falta de apoio social ou suporte familiar, pode favorecer o desenvolvimento de depressão.  Nesse sentido, considerando tal cenário, é preciso cada vez mais atentar-se ao estilo de vida do paciente. Afinal, atitudes cotidianas influenciam diretamente na saúde do corpo, equilíbrio hormonal e, consequentemente, saúde mental e condições que são consequência do seu declínio.⠀ Afinal, por que o equilíbrio entre a saúde mental e a saúde do corpo é tão importante? O equilíbrio entre a saúde mental e a saúde do corpo é fundamental para uma vida saudável e plena. Em primeiro lugar, a saúde mental e a saúde física estão interconectadas. Problemas de saúde mental, como estresse crônico, ansiedade e depressão, podem ter um impacto negativo no corpo, aumentando o risco de doenças cardiovasculares, comprometendo o sistema imunológico e interferindo no sono e na alimentação adequada. Por outro lado, condições físicas, como doenças crônicas ou lesões, também podem afetar negativamente a saúde mental, levando ao isolamento social, baixa autoestima e problemas emocionais. Além disso, nossas emoções possuem um impacto direto e relevante com a imunidade do nosso corpo. Segundo um estudo, pesquisadores relacionam a emoção como uma contribuição para o desenvolvimento de patologias.⠀ O equilíbrio entre a saúde mental e a saúde do corpo também é importante para promover a prevenção e o cuidado integral da saúde. Ao reconhecer a importância da saúde mental e física em conjunto, podemos adotar medidas proativas para prevenir problemas de saúde, buscando um estilo de vida saudável que inclua exercícios regulares, alimentação balanceada, sono adequado e cuidados com a saúde mental, como a prática de técnicas de relaxamento, meditação ou terapia. Ao cuidar de ambos os aspectos, estamos investindo em nosso bem-estar a longo prazo, reduzindo o risco de doenças e promovendo uma vida saudável e equilibrada em todas as suas dimensões. Em resumo, o equilíbrio entre a saúde mental e a saúde do corpo é crucial para uma vida saudável, pois está interconectado, contribui para a qualidade de vida e promove a prevenção e o cuidado integral da saúde. Por isso, priorizar e cuidar desses aspectos de forma integrada nos permite viver com bem-estar físico, emocional e mental, alcançando uma vida plena e equilibrada. Importância do equilíbrio entre a saúde mental e saúde do corpo: confira #5 motivos Resposta ao estresse: a saúde mental adequada permite que você lide melhor com o estresse. O estresse crônico pode levar a problemas físicos, como pressão alta, doenças cardíacas, distúrbios do sono e enfraquecimento do sistema imunológico. Ao cuidar da sua saúde mental, você desenvolve habilidades de enfrentamento saudáveis, o que pode reduzir o impacto negativo do estresse no corpo. Estilo de vida saudável: uma boa saúde mental está associada a comportamentos saudáveis. Pessoas mentalmente bem têm maior probabilidade de adotar hábitos benéficos, como uma alimentação equilibrada, exercícios regulares, sono adequado e evitar o uso excessivo de substâncias prejudiciais, como álcool e drogas. Essas escolhas de estilo de vida têm um impacto direto na saúde física. Sistema imunológico: a saúde mental afeta o sistema imunológico, que é responsável pela defesa do corpo contra doenças. Estudos têm mostrado que o estresse crônico e a depressão podem comprometer a função imunológica, tornando uma pessoa mais suscetível a infecções e doenças. Uma boa saúde mental fortalece o sistema imunológico, melhorando a capacidade do corpo de combater doenças. Sono de qualidade: a saúde mental adequada está relacionada a um sono melhor. Problemas de saúde mental, como ansiedade e depressão, podem levar a distúrbios do sono, como insônia. Por outro lado, a privação do sono pode ter um impacto negativo na saúde mental, aumentando os sintomas de transtornos mentais. O sono adequado é essencial para a recuperação e reparo do corpo, bem como para o funcionamento cognitivo e emocional saudável. Conexões sociais: a saúde mental positiva facilita a construção e a manutenção de relacionamentos saudáveis. O apoio social e as conexões interpessoais desempenham um papel vital na saúde física e emocional. Ter relacionamentos significativos e apoio social adequado está associado a um menor risco de várias condições médicas, incluindo doenças cardíacas, pressão alta e até mesmo demência. Em suma, a saúde mental é importante para a saúde do corpo, pois influencia diretamente a capacidade do organismo de lidar com o estresse, adotar hábitos de vida saudáveis, fortalecer o sistema imunológico, promover um sono adequado e cultivar relacionamentos positivos.  Cuidar da saúde mental é essencial para uma vida saudável e equilibrada em todos os aspectos.

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A importância da saúde hormonal materna
Integrativa em Foco

A gravidez é um momento único na vida de uma mulher. Durante esse período, o corpo passa por inúmeras transformações para fornecer o ambiente ideal para o desenvolvimento do feto. É importante destacar que a saúde hormonal da mãe desempenha um papel crucial nesse processo. Afinal, qual é a importância da saúde hormonal na maternidade? A saúde hormonal materna é essencial para o desenvolvimento adequado do feto. Os hormônios femininos, como o estradiol e a progesterona, são fundamentais para a implantação do embrião no útero, para o crescimento do feto e para a preparação do corpo para o parto. Além disso, outros hormônios, como o hormônio da tireoide, o cortisol e a insulina, também desempenham um papel importante durante a gravidez. A deficiência ou excesso desses hormônios pode levar a complicações na gravidez, como aborto espontâneo, parto prematuro, diabetes gestacional e hipotireoidismo congênito. Um estudo discutiu a eficácia da combinação de tratamento com progesterona e suporte psicológico para prevenção da perda gestacional em mulheres com histórico de abortos espontâneos recorrentes. Os resultados sugerem que o tratamento com progesterona pode ser eficaz na redução da taxa de abortos espontâneos em mulheres com deficiência de progesterona, e que a adição de suporte psicológico pode ajudar a reduzir o estresse e a ansiedade associados à gravidez, melhorando o resultado da gestação. A saúde hormonal materna é fundamental para a saúde da mulher durante a gestação e a saúde a longo prazo da criança. A compreensão das mudanças hormonais que ocorrem durante a gestação pode ajudar a identificar possíveis complicações e a garantir uma gestação saudável.  A manutenção de níveis adequados de hormônios como estradiol e progesterona é essencial para prevenir complicações durante a gestação e o parto, bem como garantir um bom desenvolvimento fetal e a saúde a longo prazo da criança. Um breve panorama sobre a saúde hormonal feminina A saúde hormonal feminina é uma questão importante que afeta não apenas a saúde da mulher, mas também a saúde do feto. Existem diversos hormônios que desempenham um papel importante no organismo feminino, como o estradiol, a progesterona, a testosterona, o hormônio da tireoide e muitos outros. O estradiol, por exemplo, é um hormônio feminino que desempenha um papel importante na regulação do ciclo menstrual e na saúde óssea. A progesterona, por sua vez, é responsável pela preparação do útero para a gravidez. Além disso, o hormônio da tireoide é fundamental para a regulação do metabolismo e da temperatura corporal, e a deficiência desse hormônio pode levar a problemas como hipotireoidismo e tireoidite de Hashimoto. Outro hormônio importante é a testosterona, que é geralmente associada à masculinidade, mas também é produzida pelas mulheres em quantidades menores. A testosterona tem um papel importante na regulação do desejo sexual e da libido. Manter a saúde hormonal feminina é fundamental para prevenir problemas de saúde, como irregularidades menstruais, infertilidade, menopausa precoce e osteoporose.  Ademais, a saúde hormonal materna pode ter um impacto duradouro na saúde da criança. Por exemplo, um estudo destacou que a exposição materna ao estresse pode aumentar a exposição fetal aos hormônios do estresse, como o cortisol, que pode ter efeitos negativos no desenvolvimento fetal. Os pesquisadores descobriram que a exposição fetal a altos níveis de cortisol pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, obesidade e distúrbios psiquiátricos na idade adulta. Eles também discutem os mecanismos pelos quais a exposição fetal ao cortisol pode afetar a programação de doenças em adultos, incluindo alterações epigenéticas e mudanças no desenvolvimento e função de tecidos específicos, como o fígado e o tecido adiposo. O estudo conclui que a exposição materna ao estresse durante a gestação pode ter efeitos significativos na saúde hormonal e metabólica da criança a longo prazo e destaca a importância de intervenções preventivas para minimizar os efeitos negativos da exposição fetal ao cortisol. Além disso, as mulheres passam por uma série de mudanças hormonais ao longo da vida, como a menopausa, que é a cessação da menstruação e a diminuição da produção de hormônios sexuais femininos.  Durante a menopausa, as mulheres podem experimentar sintomas como ondas de calor e suores noturnos, alterações no sono, como insônia ou sonolência diurna, secura vaginal e diminuição da libido, mudanças no humor, incluindo irritabilidade, ansiedade e depressão, perda de densidade óssea, o que pode levar a um aumento do risco de osteoporose e fraturas ósseas. Um estudo discutiu a osteoporose na pós-menopausa. A osteoporose é uma doença óssea que se caracteriza pela diminuição da densidade mineral óssea, tornando os ossos mais frágeis e suscetíveis a fraturas. Na osteoporose primária pós-menopausa, a perda óssea é causada pela diminuição dos níveis de estradiol, que ocorre após a menopausa. O estudo discute a epidemiologia, fisiopatologia, diagnóstico e tratamento da osteoporose primária pós-menopausa. Os autores destacam que a osteoporose primária pós-menopausa é uma doença comum e que é importante a identificação precoce da doença através da avaliação da densidade mineral óssea e do risco de fraturas.  Além disso, o estudo aborda as opções de tratamento disponíveis, incluindo o uso de medicamentos para aumentar a densidade mineral óssea e medidas não farmacológicas, como dieta adequada e atividade física. A saúde hormonal feminina é essencial para a fertilidade, a gravidez, o parto e a saúde materno-infantil. A falta de equilíbrio hormonal pode levar a uma série de distúrbios e doenças, incluindo distúrbios da tireoide, síndrome dos ovários policísticos, diabetes gestacional e pré-eclâmpsia.  É importante que nós, profissionais da saúde, estejamos

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Dia 22_05 - Desequilíbrio de cortisol
Integrativa em Foco

O cortisol é um hormônio produzido pelas glândulas adrenais, que estão localizadas acima dos rins. Ele é importante para a regulação do metabolismo, do sistema imunológico e da resposta ao estresse.  No entanto, quando os níveis de cortisol estão desequilibrados, podem ocorrer consequências negativas para a saúde física e mental do paciente. Afinal, quais são as consequências do desequilíbrio de cortisol? O cortisol é um hormônio importante para a saúde, mas em excesso pode causar diversos problemas. Quando os níveis de cortisol estão elevados por longos períodos de tempo, ele pode afetar negativamente a saúde mental, enfraquecer o sistema imunológico e afetar o metabolismo. Vamos explorar cada um desses aspectos. Saúde mental O cortisol em níveis elevados por longos períodos pode afetar negativamente a saúde mental, levando a sintomas de ansiedade e depressão.  Um estudo publicado na revista Psychoneuroendocrinology realizou uma análise de 106 estudos e descobriu que os pacientes com transtornos depressivos apresentaram uma resposta de cortisol mais elevada ao estresse psicológico em comparação com os controles saudáveis.  O estudo sugere que o transtorno depressivo pode estar associado a uma maior sensibilidade do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal ao estresse psicológico, o que pode ter implicações para a saúde física e mental dos pacientes. Sistema imunológico O excesso de cortisol pode enfraquecer o sistema imunológico, aumentando o risco de infecções e doenças autoimunes.  Um estudo publicado na revista Stress and the immune system evidencia que o estresse crônico pode suprimir a atividade do sistema imunológico, aumentando a suscetibilidade a infecções e doenças crônicas. Além disso, o excesso de cortisol pode levar a um aumento da inflamação no corpo, o que também pode levar a doenças crônicas. Metabolismo O cortisol pode afetar o metabolismo, aumentando o armazenamento de gordura abdominal e reduzindo a massa muscular, o que pode levar a problemas de saúde como obesidade e diabetes.  Um estudo encontrou evidências de que a resposta do cortisol ao estresse é um fator importante na identificação de indivíduos com predisposição à obesidade. Eles sugerem que pessoas com uma resposta exagerada do cortisol ao estresse podem estar mais suscetíveis ao acúmulo de gordura abdominal e ao desenvolvimento de obesidade. O que causa o desequilíbrio hormonal de cortisol? O desequilíbrio hormonal de cortisol pode ter diversas causas, incluindo: Estresse crônico: O estresse crônico é uma das principais causas do desequilíbrio hormonal de cortisol. Quando uma pessoa está sob estresse constante, o corpo produz cortisol em níveis elevados por longos períodos de tempo. Isso pode levar a uma diminuição da sensibilidade do corpo ao cortisol, o que pode levar a uma redução na produção de cortisol em momentos em que ele é necessário. Distúrbios do sono: A privação de sono pode afetar a regulação hormonal, incluindo a produção de cortisol. Quando uma pessoa não dorme o suficiente, a produção de cortisol pode ser afetada, o que pode levar a desequilíbrios hormonais. Segundo estudo, o cortisol é um hormônio chave na regulação do sono e que o distúrbio do sono pode levar a um desequilíbrio hormonal de cortisol. O estudo discute a relação entre o eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA) e o sono.  O estudo destaca que o cortisol é um hormônio chave na regulação do sono e que o distúrbio do sono pode levar a um desequilíbrio hormonal de cortisol. Além disso, o estudo destaca que a resposta do cortisol ao estresse pode ser influenciada pela qualidade do sono. A pesquisa sugere que a privação do sono pode levar a uma resposta de cortisol exagerada em momentos de estresse, o que pode ter implicações para a saúde física e mental dos indivíduos. Medicamentos: Alguns medicamentos podem afetar a produção de cortisol, incluindo esteróides e antidepressivos. O uso prolongado desses medicamentos pode levar a desequilíbrios hormonais. Problemas de saúde: Algumas condições médicas podem afetar a produção de cortisol, incluindo distúrbios da tireoide e síndrome de Cushing. Dieta: A dieta pode afetar a produção de cortisol. Por exemplo, a falta de nutrientes essenciais pode levar a desequilíbrios hormonais. Gerenciando o estresse no mundo contemporâneo Diante de tudo o que foi discutido até aqui, fica evidente que o gerenciamento do estresse é fundamental para manter o equilíbrio do cortisol e, consequentemente, para a manutenção da saúde física e mental. Entretanto, com o estilo de vida acelerado e cada vez mais exigente do mundo contemporâneo, muitas pessoas têm dificuldades em lidar com o estresse e em adotar medidas para mantê-lo sob controle. Uma das principais estratégias para gerenciar o estresse é identificar suas causas e tentar evitá-las. Em muitos casos, isso pode significar mudanças significativas no estilo de vida, como a redução da carga de trabalho, o estabelecimento de limites claros entre vida pessoal e profissional, a prática regular de atividades físicas e a adoção de técnicas de relaxamento, como a meditação e a yoga. Pesquisadores investigaram os efeitos da relaxação guiada sobre a regulação do cortisol e do afeto em adultos saudáveis. Os resultados mostraram que a relaxação guiada reduziu significativamente os níveis de cortisol e melhorou o afeto positivo em comparação com o grupo controle.  No entanto, a resposta individual ao estresse moderou esses efeitos. Os participantes que apresentaram uma resposta de cortisol mais elevada ao estresse tiveram uma maior redução nos níveis de cortisol e uma melhoria mais pronunciada no afeto positivo após a relaxação guiada, em comparação com os participantes que tiveram uma resposta de cortisol menos elevada. Os resultados sugerem que a relaxação guiada pode ser uma estratégia

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Registros SOBRAF
Por dentro da SOBRAF

Neste final de semana, a SOBRAF esteve presente na fase III do curso Hormonologia e Terapias Integrativas. Nossa Sociedade é o braço científico do Grupo Longevidade Saudável, formada por médicos que priorizam nas suas práticas a valorização do ser humano, congregando centenas de médicos de múltiplas especialidades com a missão de promover e fomentar o conhecimento relativo à Fisiologia Humana. Além disso, durante o evento, os alunos do curso tiveram a oportunidade de ampliar o networking no coquetel de confraternização com os coordenadores, discutir casos clínicos, palestras com temas pertinentes, como “Eficiência Mitocondrial nas Disfunções Metabólicas” na sexta, “Os Fatores de Risco Cardiovascular: a visão da cardiologia metabólica” e “Os Caminhos da Comunicação Digital” no sábado. No domingo, além das palestras, o evento finalizou com a Mesa Redonda com Dr. Italo Rachid e Moderadores. Acompanhe mais registros em nosso perfil do Instagram @sobraf_org.   Clique aqui e faça parte da SOBRAF!  

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Estilo de Vida

O sedentarismo faz parte da vida da maior parte das pessoas, contudo, como profissionais da saúde, como podemos lidar com um paciente sedentário?  A vida ativa tem inúmeros benefícios para a saúde de um indivíduo, sendo um dos pilares da qualidade de vida e da longevidade saudável.  Ainda assim, muitas pessoas não conseguem aderir este estilo de vida e ao pedir ajuda a um médico se encontra nesse impasse.  Como profissionais da saúde temos o dever de não só recomendar, mas também incentivar e explicar os efeitos da vida ativa para o paciente.  Portanto, continue a leitura e entenda como lidar com um paciente sedentário.  Afinal, como lidar com um paciente sedentário?  Segundo publicação do Harvard Gazette, estamos programados para evitar esforços desnecessários. Dessa forma, por mais que nosso organismo precise se exercitar, é inato do ser humano a busca pelo conforto. No entanto, os “níveis de conforto” atuais são bastante preocupantes, principalmente quando falamos da população brasileira: dados do IBGE mostram que cerca de 47% dos brasileiros são sedentários. Entre os jovens o número é maior e ainda mais alarmante: 84%.  Em um contexto onde o sedentarismo é enraizado em nossa sociedade, como nós, profissionais da saúde, podemos incentivar nossos pacientes a aderir a uma vida ativa?  A OMS define atividade física como qualquer movimento corporal produzido pelos músculos esqueléticos que requer gasto de energia, podendo ser todos os movimentos, incluindo durante o tempo de lazer, para transporte, para ir e voltar de lugares ou como parte do trabalho de uma pessoa.  Tanto a atividade física de intensidade moderada quanto a vigorosa melhoram a saúde. Algumas maneiras comuns de ser ativo incluem caminhar, andar de bicicleta, recreação ativa e brincadeiras, e podem ser feitas por todos os indivíduos, garantindo o bem-estar e a diversão de todos.  Exercícios físicos não se resumem apenas a academias de musculação e, dessa forma, é importante que, em parceria com um educador físico, sejam demonstradas opções que agradem o praticante. O importante é não deixar de se mexer!  Crianças e adolescentes de 5 a 17 anos Crianças devem fazer pelo menos uma média de 60 minutos por dia de intensidade moderada a vigorosa, principalmente aeróbica, atividade física, durante a semana. Recomenda-se incorporar atividades aeróbicas de intensidade vigorosa, bem como aquelas que fortalecem músculos e ossos, pelo menos 3 dias por semana. Deve-se limitar a quantidade de tempo gasto sendo sedentário, particularmente a quantidade de tempo de tela recreativo. O estímulo a brincadeiras e atividades em grupo nesta faixa etária é interessante não apenas para o desenvolvimento físico, mas também cognitivo.  Adultos de 18 a 64 anos Adultos devem fazer pelo menos 150-300 minutos de atividade física aeróbica de intensidade moderada ou pelo menos 75-150 minutos de atividade física aeróbica de intensidade vigorosa; ou uma combinação equivalente de atividade de intensidade moderada e vigorosa durante a semana Também deve fazer atividades de fortalecimento muscular em intensidade moderada ou maior que envolvam todos os principais grupos musculares em 2 ou mais dias por semana, pois fornecem benefícios adicionais à saúde. Pode aumentar a atividade física aeróbica de intensidade moderada para mais de 300 minutos; ou fazer mais de 150 minutos de atividade física aeróbica de intensidade vigorosa; ou uma combinação equivalente de atividade de intensidade moderada e vigorosa ao longo da semana para benefícios adicionais à saúde. Deve ser limitado a quantidade de tempo gasto sendo sedentário. Substituir o tempo sedentário por atividade física de qualquer intensidade traz benefícios à saúde. Para ajudar a reduzir os efeitos prejudiciais de altos níveis de comportamento sedentário na saúde, todos os adultos e idosos devem procurar fazer mais do que os níveis recomendados de atividade física de intensidade moderada a vigorosa. Também é possível evitar o comportamento sedentário e ser fisicamente ativo sentado ou deitado. Por exemplo, atividades conduzidas pela parte superior do corpo, esportes e atividades inclusivos e/ou específicos para cadeiras de rodas. Contudo, a recomendação do médico Michael Fredericson, professor da Universidade Stanford, no Painel Virtual The New Frontiers of Fitness, oferece uma solução para os adeptos ao sedentarismo:  “Divida a carga de exercício em diversos pequenos blocos de dez ou 12 minutos ao longo do dia é o suficiente para estimular o metabolismo. Há várias opções, como subir alguns lances de escada, ir a pé ao supermercado, fazer uma pequena série de polichinelos ou de agachamento”. O profissional também ressaltou que não devemos nos limitar a um tipo de exercício, e sim adotar um conjunto de exercícios aeróbicos e exercícios de resistência, força, equilíbrio e flexibilidade, afinal, cada pequeno detalhe impacta na nossa mobilidade.  Apesar da hesitação em aderir uma vida ativa, todos os indivíduos devem fazer exercícios. A movimentação corporal tem inúmeros benefícios e cada pessoa tem que fazer a sua parte para garantir seu bem-estar e aumentar a sua qualidade de vida.  A importância da vida ativa  Não é segredo que a prática de exercícios é sinônimo de viver bem.  Quando praticamos atividade física, o aumento da frequência cardíaca promove a oxigenação do cérebro, estimulando o fluxo sanguíneo no local.  Isso estimula o cerebelo, responsável pela coordenação motora, e também aumenta a atividade no hipocampo, associado à memória e ao aprendizado. Além disso, estudos indicam que esse hábito contribui também para a neurogênese, ou seja, a formação de novos neurônios.  Isso proporciona ao corpo uma otimização cerebral que pode ajudar na prevenção de patologias como Depressão, Parkinson, Alzheimer e Acidente Vascular Cerebral (AVC). No

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Integrativa em Foco

Ao chegar aos 40 anos, homens e mulheres começam a passar pelo declínio hormonal, trazendo inúmeras consequências para o bem-estar do indivíduo.  Durante esse período são sentidos diversos sintomas que aos poucos vão minando a qualidade de vida.  Popularmente conhecidos como andropausa e menopausa, tais declínios podem causar receio e até medo em boa parte da população, devido aos seus sintomas danosos à qualidade de vida. No entanto, é importante saber que este não é o fim da jornada, nem um peso que tem de ser carregado para sempre.  Determinadas condutas médicas podem não apenas amenizar os sintomas desses processos, como também restaurar a qualidade de vida do indivíduo.  Continue a leitura e saiba mais.  Afinal, quais são as consequências do declínio hormonal?  O declínio hormonal é um processo natural do organismo humano. Muitas vezes ele é associado ao envelhecimento, contudo, é importante sempre lembrar que a relação dá-se ao contrário.  Os hormônios não sofrem declínio por causa do envelhecimento, mas sim, o envelhecimento ocorre devido ao declínio hormonal. Isso não significa que uma pessoa que consegue manter o equilíbrio hormonal não irá envelhecer, mas sim, que é possível envelhecer em um ritmo mais suave, controlado e sem experimentar danos graves à saúde.  No Brasil, entre os 48 e 52 anos, as mulheres presenciam o fim dos seus ciclos menstruais – evento que já definimos como menopausa. Mesmo sendo um acontecimento fisiológico natural e inevitável, que ocorre devido ao esgotamento dos óvulos, além de ocasionar o fim dos ciclos ovulatórios e a capacidade reprodutiva da mulher, o declínio percorre a vida de uma mulher desde os seus 35 anos. Isso porque, antes da menopausa ocorrer, surge o climatério, uma fase que inicia por volta dos 35 anos e vai até o entorno de seus 65 anos de vida. O envelhecimento nos homens, ao contrário do feminino, é acompanhado por um declínio progressivo, mas individualmente variável, da produção de testosterona sérica, em mais de 20% dos homens saudáveis ​​com mais de 60 anos apresentando níveis séricos abaixo da faixa dos homens jovens.  Nesse contexto, a diminuição da produção de testosterona parece desempenhar um papel em parte de algumas mudanças clínicas em pelo menos alguns homens idosos. O Declínio Androgênico Masculino, popularmente conhecido como andropausa, é uma síndrome associada à idade avançada e caracteriza-se por sintomas e por níveis de testosterona abaixo dos níveis de referência para um homem adulto saudável. Conhecendo as consequências da menopausa Como foi possível compreender até aqui, o declínio gonadal feminino possui vasta sintomatologia e produz diversas mudanças no corpo da mulher. Dentre os sintomas, o mais conhecido é a interrupção do ciclo menstrual em mulheres com mais de 35 anos, conhecido cientificamente como amenorreia secundária. Outros sintomas amplamente conhecidos e relacionados ao período são os fogachos e ondas de calor, que duram cerca de três a cinco anos e costumam piorar no ano seguinte à última menstruação. Além disso, o sintoma acomete mais de 80% das mulheres que enfrentam o climatério, demonstrando indícios do desequilíbrio hormonal causado pelo período. De acordo com as diretrizes da Sociedade Brasileira para Estudos da Fisiologia Humana (SOBRAF), outros sintomas também estão relacionados ao declínio gonadal feminino e podem ser considerados um biomarcador para o desenvolvimento de doenças crônicas. São eles: Sudorese noturna; Insônia; Fragilidade imunológica; Labilidade emocional; Ressequidão vaginal;  Dispareunia; Declínio cognitivo;  Ressecamento da pele;  Queda de cabelos;  Aumento do peso total;  Aumento do percentual de gordura;  Perda de massa magra;  Perda de massa óssea;  Redução da libido;  Comprometimento da qualidade de vida.    Com a menopausa, o microbioma intestinal sofre alterações, que foram analisadas através de um estudo, publicado pelo The Journal of The North American Menopause Society. Para os pesquisadores, as alterações geradas pelo declínio hormonal apresentam aumento da adiposidade, diminuição da taxa metabólica e resistência à insulina. Outro estudo, da Universidade da Califórnia, procurou investigar os possíveis influenciadores para o desenvolvimento de depressão em homens e mulheres. Segundo os pesquisadores, as evidências apontam que as mulheres possuem um risco quase duas vezes maior de desenvolver depressão do que os homens. Isso porque, a inflamação pode ter grande relação com essa condição, devido ao declínio hormonal vivenciado em sua vida durante a menopausa. Conhecendo as consequências da andropausa  Segundo a literatura científica, o sintoma associado de maneira mais frequente é a baixa libido, podendo ser acompanhada de disfunção erétil, diminuição da massa e da força muscular, aumento da gordura corporal, densidade mineral óssea diminuída e osteoporose, vitalidade diminuída, humor deprimido, fragilidade imunológica, ressecamento da pele, déficit de memória, aversão ao convívio social, queda de cabelos, alterações do sono e, logo, do comprometimento da qualidade de vida. Essa ação silenciosa e de vasta sintomatologia pode, inclusive, ocasionar o desenvolvimento de outras patologias, como, por exemplo, a obesidade, de acordo com estudos. Além disso, diversos sintomas estão associados à andropausa e à precarização da qualidade de vida do homem. Confira os sintomas da andropausa, conforme as Diretrizes da Sociedade Brasileira para Estudos da Fisiologia (SOBRAF): Cansaço, redução da libido e do desempenho sexual, perda da qualidade erétil; Redução da força muscular; Adinamia; Fragilidade imunológica; Ginecomastia; Redução da capacidade física; Ressecamento da pele; Déficit de memória; Aversão ao convívio social; Aumento da circunferência abdominal; Queda de cabelos; Aumento do percentual de gordura corporal; Alterações do sono; Alterações do humor; Perda de massa óssea; Comprometimento da qualidade de vida.   Contudo, mesmo que seja uma condição extremamente nociva à saúde, a andropausa

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Os hábitos do seu paciente não afetam somente ele
Estilo de Vida

A recomendação sobre adotar um estilo de vida saudável é uma conduta médica amplamente consolidada. Contudo, você sabia que os hábitos do seu paciente não afetam somente ele? Com isso, queremos dizer que a adoção de hábitos saudáveis têm um impacto para além da vida pessoal de um indivíduo, sendo importante para construir uma sociedade mais saudável.  Continue a leitura e entenda por que os hábitos do seu paciente não afetam somente ele.  Por que os hábitos do seu paciente não afetam somente ele? A adoção de hábitos saudáveis é recomendada mundialmente, não só pelos profissionais da saúde, como também por instituições como a ONU.  No entanto, ainda enfrentamos uma longa batalha na promoção da vida saudável. Afinal, não são todos os indivíduos e profissionais da área que disseminam a informação sobre os efeitos benéficos da alimentação saudável, prática de exercícios físicos, qualidade do sono, gerenciamento de estresse e também da terapia de reposição hormonal como um método preventivo para uma vida longeva e saudável. Segundo um grupo de pesquisadores da American Heart Association, comportamentos de estilo de vida saudáveis, como o controle de níveis de açúcar, evitar o tabagismo e a inclusão da prática de exercícios são essenciais para manter a boa saúde do cérebro.⠀ Se a qualidade de vida de todos os indivíduos depende muito da nossa rotina diária, não é surpreendente dizer que um ambiente que propicie isso aumenta proporcionalmente a qualidade de vida.  No entanto, quando esses hábitos não são adotados, as consequências afetam muito além da vida pessoal do indivíduo.  Por exemplo, ao consumir alimentos ultraprocessados, contribuímos para o aumento da poluição, o que, por sua vez, prejudica a saúde humana. Segundo um estudo, um crescente corpo de evidências epidemiológicas ligando a poluição do ar a vários distúrbios cerebrais sugere que esses efeitos adversos são produzidos por mecanismos compartilhados por esses distúrbios.  Isso evidencia o ciclo em que nos encontramos como sociedade: uma simples ação desencadeia mudanças não somente na vida do seu paciente, como também daqueles que vivem ao seu redor. Qual é o papel do profissional da saúde na promoção do bem-estar do paciente? Como profissionais da saúde, é nosso dever garantir a saúde integral dos pacientes, compreendendo todas as variáveis que podem afetar o seu bem-estar e a sua qualidade de vida.  Para isto, cabe ao profissional adotar certas práticas e cuidados em prol do bem-estar do indivíduo que confia a ele a sua saúde.  Uma das práticas mais difundidas é o atendimento personalizado e com olhar integral ao paciente. Esta é uma prática que se baseia no respeito e na atenção ao paciente para que este se sinta valorizado, trazendo maior relevância à consulta e ao tratamento.  Segundo pesquisas, pessoas com maior peso corporal e gordura corporal tendem a experimentar viés de peso em ambientes de saúde, o que significa que os profissionais de saúde podem se concentrar apenas no seu peso, independentemente do motivo da procura por atendimento médico. Isso pode fazer com que as pessoas percam a confiança nos profissionais de saúde e atrasem o diagnóstico, o tratamento e o atendimento. Considerando este contexto, o atendimento personalizado promove a diferença na saúde do paciente. Além disso, o conhecimento em hormonologia também é de grande auxílio no processo de entender o caso do paciente e pensar em um tratamento especializado para ele.  A adoção deste tipo de conduta profissional aproxima o médico de seu paciente, promovendo a preservação da sua saúde, bem como garantindo o aumento da qualidade de vida da população.

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Posicionamento
Comunicados (APP)

A SOCIEDADE BRASILEIRA PARA ESTUDOS DA FISIOLOGIA (SOBRAF) e a Longevidade Saudável, vem a público manifestar seu posicionamento consensual após leitura e análise de carta conjunta publicada em 24 de março de 2023 pela Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, Sociedade Brasileira de Cardiologia, Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Sociedade Brasileira de Urologia e Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia. Manifestamos nosso integral APOIO E CONCORDÂNCIA com os termos e teor do documento, uma vez que, além de nítida a marginalidade e oportunismo mercantilista das citadas práticas em relação aos preceitos éticos médicos, tratam-se dos mesmos pontos basilares que temos criticado e combatido de modo veemente e recorrente. Em NENHUM dos cursos ou eventos que compõem o nosso projeto pedagógico estimulamos ou ensinamos médicos a prescrever medicamentos ou substâncias anabolizantes, porquanto essas substâncias NÃO SÃO HORMÔNIOS. SÃO moléculas sintéticas farmacológicas com características de REMÉDIOS, inexistem dentro do corpo humano e são utilizadas com o fim de alcançar RESULTADOS de apelos ESTÉTICOS, só se justificando o seu uso em casos bem específicos e pontuais, como, por exemplo, a síndrome da fragilidade do idoso, acompanhada de severa caquexia e sarcopenia, e, ainda assim, por tempo limitado, visto que tal conduta encontra amparo na literatura científica. Seguindo na mesma linha de raciocínio, não ensinamos, estimulamos ou recomendamos CHIPAGEM, inserção de implantes de hormônios, drogas ou quaisquer moléculas por essa via, uma vez que a opção terapêutica mais adequada para a correção de deficiências ou insuficiências hormonais requer análise extremamente minuciosa e individual de cada caso, bem como criteriosa avaliação e discussão da relação risco X benefício, sempre respeitando as necessidades e características peculiares de cada paciente, bem como indicações e contra indicações advindas do seu uso. Médicos têm o DEVER ÉTICO de corrigir deficiências ou insuficiências de qualquer etiologia, identificadas através de manifestações clínicas e/ou laboratoriais, que, sabidamente, comprometam o bem estar e qualidade de vida das pessoas, bem como representem aumento de riscos para doenças ou comorbidades. A SOCIEDADE BRASILEIRA PARA ESTUDOS DA FISIOLOGIA (SOBRAF) e a Longevidade Saudável JAMAIS irão compactuar, estimular ou validar leviandades mercantilistas de qualquer espécie, quer sejam direcionadas ao público em geral, à comunidade médica ou a profissionais da saúde, no esforço de atraí-los para práticas antiéticas que visem o fácil e apelativo retorno financeiro, em detrimento da saúde e da vida, patrimônios inalienáveis de qualquer cidadão. São Paulo, 28 de Março de 2023 Conselho Científico da Sociedade Brasileira Para Estudos da Fisiologia Professor Doutor João Jackson Duarte, PhD Professor Doutor Marcelo Alexandre de Mattos, PhD Professor Doutor Marcelo Ribas Alves, PhD Professora Doutora Paula Christianne Gomes Gouveia Souto Maia, PhD Professora Doutora Virna Costa e Silva, PHD Professor Humberto Jose Portella Garcia, Mestre Professora Janaina Koenen Fonseca, Mestre

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sessao-brasilia-mar-23
Por dentro da SOBRAF

Em março retomamos as Sessões Clínicas presenciais e foi um sucesso! A SOBRAF, Farmacotécnica, IVC e Longevidade agradecem a todos que puderam comparecer ao evento, realizado no dia 22 de março de 2023. Agradecemos também ao cardiologista Dr. Gustavo Michelstaedter (CRM 15898/DF) e à Doutora em Bioquímica e Coordenadora da IVC, Miriam Chaves, que conduziram muito bem a reunião clínica com o tema “Biomarcadores Celulares da Inflamação e Estresse Oxidativo: importância na prática clínica. Foi um encontro bastante proveitoso para troca de experiências e alinhar protocolos. Além disso, é gratificante ver médicos de diferentes áreas reunidos com um propósito em comum: promover a saúde. Em breve divulgaremos novas datas das reuniões clínicas presenciais. Não perca a oportunidade de participar desse evento que tem muito a agregar para a sua prática médica! Veja mais detalhes em nosso perfil no instagram.

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Um panorama da saúde da mulher
Integrativa em Foco

A saúde feminina é um assunto muito importante e deve ser tratado com seriedade e cuidado. As mulheres passam por diversas fases da vida e em cada uma delas é necessário tomar medidas específicas para manter a saúde em dia.  É fundamental que a mulher e os profissionais da saúde tenham conhecimento sobre o corpo da mulher e sobre as mudanças que ocorrem em cada uma dessas fases para que possam cuidar da saúde de maneira adequada. A população feminina é maioria no Brasil, representando 51%, segundo os dados do IBGE. Ainda assim, apesar de serem a maioria, ainda é relativamente novo o cuidado com a saúde da mulher, tendo pouco mais de 3 décadas, em relação às políticas e aos protocolos. Afinal, as mulheres sempre foram relacionadas com cuidadoras, não somente de crianças ou outros membros da família, mas também de pessoas da vizinhança e da comunidade. Considerando este cenário, é importante implementar na atividade médica, o olhar para a saúde feminina sob a perspectiva dos diversos aspectos que a envolvem, incluindo cenários como o ambiente em que vivem, o seu momento de lazer, sua alimentação, condições de trabalho e renda, por exemplo. Um olhar sobre a saúde feminina As mulheres têm particularidades que as diferenciam dos homens, especialmente no que diz respeito aos aspectos biológicos, sociais e culturais.  É importante ressaltar que a saúde da mulher deve ser vista de forma integrada, ou seja, envolvendo aspectos físicos, mentais e sociais. Diversas doenças são mais comuns em mulheres do que em homens. Por exemplo, a osteoporose, a endometriose, a síndrome do ovário policístico e o câncer de mama são doenças que afetam principalmente as mulheres. Além disso, os hormônios sexuais femininos, como o estrogênio e a progesterona, podem influenciar a saúde de diversas formas. Por exemplo, o estrogênio pode ajudar a proteger o coração e os ossos, mas também aumentar o risco de câncer de mama e de trombose.  Já a progesterona pode causar sintomas como irritabilidade, ansiedade e depressão. Por isso, é importante que as mulheres fiquem atentas aos sinais do corpo e busquem ajuda médica sempre que necessário. Além disso, é importante que as mulheres se informem sobre sua própria saúde e conheçam bem seu corpo, para que possam identificar eventuais alterações e buscar ajuda o quanto antes. A importância da saúde ovariana para a medicina Os ovários são as glândulas reprodutoras femininas responsáveis pela produção de hormônios sexuais e pela ovulação.  A saúde ovariana é fundamental para a fertilidade e para a saúde geral da mulher. Alguns problemas comuns que podem afetar os ovários são a síndrome do ovário policístico, a endometriose e o câncer de ovário. A síndrome do ovário policístico (SOP) é uma condição que afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva. Ela pode causar infertilidade, acne, queda de cabelo, irregularidade menstrual e aumento de peso.  Já a endometriose é uma doença em que o tecido que reveste o útero cresce fora dele, podendo causar dor e infertilidade. O câncer de ovário é um tipo de tumor que pode crescer silenciosamente e ser descoberto apenas em estágios avançados. Por isso, é importante que a comunidade médica oriente e estimule a mulher a realizar consultas ginecológicas regulares e exames de rotina para identificar qualquer problema ovariano precocemente. Além disso, é fundamental que os profissionais de saúde tenham conhecimento sobre a saúde ovariana para orientar as mulheres sobre prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças relacionadas a esse órgão, garantindo a saúde e o bem-estar das mulheres em todas as fases da vida. O uso de anticoncepcionais hormonais e a depressão Os anticoncepcionais hormonais são muito utilizados pelas mulheres para prevenir a gravidez e tratar problemas como a síndrome do ovário policístico e a endometriose.  Contudo, alguns estudos têm apontado uma possível relação entre o uso desses medicamentos e a depressão. Um estudo realizado na Dinamarca com mais de um milhão de mulheres entre 15 e 34 anos de idade concluiu que o uso de anticoncepcionais hormonais está associado a um aumento no risco de diagnóstico de depressão e uso de antidepressivos.  No entanto, é importante ressaltar que esse risco é pequeno e que o uso de anticoncepcionais hormonais é seguro para a maioria das mulheres. Reposição Hormonal na Menopausa e a recuperação da qualidade de vida A menopausa é um período importante na vida da mulher, marcado pela interrupção da menstruação e pela diminuição da produção hormonal pelos ovários.  Esse período pode trazer diversos sintomas desagradáveis, como ondas de calor, suores noturnos, irritabilidade e insônia. A Terapia de Reposição Hormonal tem sido reconhecida como uma importante forma de assegurar o bem-estar das mulheres, prevenindo os efeitos nocivos da menopausa em suas vidas. Ao repor os hormônios que o corpo deixa de produzir, a TRH ajuda a aliviar os sintomas da menopausa e a prevenir doenças associadas à falta de estrogênio. No entanto, é importante ressaltar que a TRH não é indicada para todas as mulheres e deve ser prescrita por um médico, após avaliação individualizada dos benefícios e riscos. A saúde feminina é um tema complexo e importante, que envolve diversos aspectos da vida da mulher. É importante que as mulheres sejam informadas sobre sua própria saúde e busquem ajuda médica sempre que necessário.  Além disso, é importante que os profissionais de saúde estejam atentos às particularidades da saúde feminina e saibam como diagnosticar e tratar as condições que afetam principalmente as mulheres.

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A relação entre a longevidade e os relacionamentos
Estilo de Vida

O segredo da longevidade sempre foi desejado por muitos ao longo da história. No entanto, não se esperava que ele estivesse escondido na relação entre longevidade e os relacionamentos interpessoais de um indivíduo.  Como seres sociáveis que nós somos, imaginava-se se nossas  relações com outras pessoas poderiam influenciar na tão sonhada longevidade saudável.  Não há dúvida de que as escolhas de estilo de vida e a genética desempenham papéis importantes tanto em nossa saúde quanto em nossa expectativa de vida. Nossa dieta, nível de atividade, hábitos e nossa genética previnem doenças e afetam a longevidade. Continue a leitura e entenda a relação entre longevidade e relacionamentos.  Afinal, qual a relação da longevidade e relacionamentos?  A integração social está altamente ligada a um grau maior de qualidade de vida, melhor saúde e maior expectativa de vida.  Diante disso, não surpreende os resultados do estudo “The good life and how to live it: lessons from the world´s longest study on happiness” sediado na Universidade de Harvard.  Em 1938, pesquisadores de Harvard resolveram iniciar um estudo com 268 veteranos da universidade a fim de investigar quais fatores contribuem para uma vida mais saudável e feliz. Contudo, após cerca de 80 anos de pesquisa, eles conseguiram mais informações do que esperavam. Atualmente, de todos os 268 participantes originais — todos homens, pois na época a universidade ainda não aceitava mulheres —, apenas 19 estão vivos. Contudo, conforme o tempo passou, o estudo passou a abranger também as esposas e filhos dos participantes originais, totalizando mais 1300 participantes e, na década de 70, foram incluídos também 456 cidadãos residentes em Boston. O estudo revela que são os relacionamentos interpessoais que mantêm as pessoas felizes ao longo da vida. Essas conexões ajudam as pessoas a lidar com dificuldades, retardam o declínio físico e mental e são um preditor melhor de uma vida longa e feliz quando comparadas a fatores como classe social, QI e até mesmo a genética.  Esses resultados foram consistentes em toda a amostra, desde os universitários originais até os cidadãos inseridos no estudo posteriormente. Tais resultados foram obtidos utilizando históricos médicos, centenas de questionários e entrevistas feitas com os participantes.  Analisando as informações coletadas, foi perceptível que existe uma relação entre a prosperidade na vida das pessoas e a qualidade dos seus relacionamentos com as pessoas ao seu redor. A satisfação com os relacionamentos aos 50 anos de idade se mostrou um fator mais importante para prever a saúde física. O estudo mostrou que as pessoas mais contentes com seus relacionamentos aos 50 anos de idade eram também os idosos mais saudáveis aos 80 anos. Enquanto isso, os participantes mais solitários faleceram mais cedo.  A importância das conexões Hoje em dia, muita atenção vai para o autocuidado. Mas a ciência aponta para cuidar dos outros como um fator-chave para cuidar de si mesmo. Estudos comprovam que pessoas com amplas redes sociais são mais propensas a serem felizes, ter menos problemas de saúde, ter melhor saúde mental e uma longevidade saudável.  A segurança e o apoio experimentados em nossas conexões ajudam a acalmar nosso sistema de resposta ao estresse, mantendo afastadas as doenças viciosas relacionadas ao estresse.  Por outro lado, assim como foi comprovado por estudos durante a pandemia, a falta de conexão social pode contribuir para ansiedade, depressão e doenças relacionadas ao estresse, como inflamação, diabetes tipo 2 e câncer.  No geral, o isolamento social pode aumentar nossa taxa de mortalidade em 91% e contribuir para a morte prematura.  Inclusive, foi comprovado cientificamente que até a presença de animais de estimação é benéfica.  Simplesmente ser grato pode dar um grande impulso ao seu humor, entre outros benefícios. Por exemplo, um estudo de duas partes descobriu que praticar a gratidão pode ter um impacto significativo nos sentimentos de esperança e felicidade. Você pode tentar começar cada dia reconhecendo uma coisa pela qual é grato. Não só isso, como também fazer um elogio pode ajudar no seu bem-estar. Um elogio sincero é uma maneira rápida e fácil de alegrar o dia de alguém e, ao mesmo tempo, dar um impulso à sua própria felicidade. Uma pesquisa recente mostra que realizar atos de gentileza também pode ajudar a promover seu bem-estar geral. Não restam dúvidas de que muito do nosso bem-estar vem da maneira como interagimos com outras pessoas. Essa interação pode trazer benefícios tanto para você quanto para o outro indivíduo, e seus limites são desconhecidos.

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O risco crescente da obesidade 
Estilo de Vida

A obesidade é um problema mundial que vem crescendo a cada ano.  Em publicação do Atlas Mundial da Obesidade, estima-se que, até 2030, teremos 1 bilhão de pessoas com obesidade no mundo, sendo isso 1 em cada 5 mulheres e 1 em 7 homens.  Tal dado, alarma os profissionais da saúde, pois tal quadro pode trazer sérias complicações de saúde, comprometendo a qualidade de vida de um indivíduo.  Continue a leitura para entender a magnitude do risco da obesidade.  Entendendo o risco da obesidade  O quadro começou a ganhar escala epidêmica no final do século 20. O fenômeno tornou-se global rapidamente, atingindo todos os níveis econômicos e sociais.  Atualmente, dados apontam que mais da metade da nossa população tem excesso de peso e um quarto dos adultos convive com a obesidade.  É uma condição de controle difícil, com altas e baixas e com a possibilidade de trazer danos tanto físicos quanto emocionais, de maneira grave. Evidências indicam que a obesidade pode ocasionar problemas como à resistência à insulina, hipertensão e dislipidemia, complicações como diabetes tipo 2, doença cardiovascular e doença hepática gordurosa não alcoólica – consequentemente, reduzindo a expectativa de vida dos indivíduos. Mais recentemente, a obesidade foi associada ao aumento do número de hospitalizações, necessidade de ventilação mecânica e morte em pessoas com doença de coronavírus. Alguns estudos indicam que a obesidade tem origens genéticas e ambientais e envolve consumo energético excessivo, diminuição da atividade física, aspectos sociais, culturais, econômicos e psicológicos, além de anormalidades metabólicas e hormonais.  Acredita-se, porém, que a grande prevalência da obesidade hoje esteja relacionada a condições nutricionais desequilibradas, com maior aporte calórico e ingestão inadequada de alguns tipos de alimentos.  Há ambientes chamados obesogênicos que são locais que não oportunizam ou deixam de favorecer comportamentos fisicamente ativos e escolhas alimentares saudáveis. Esses espaços abrangem a sociedade como um todo e estão presentes em todas as fases da vida dos indivíduos. A consequência é a promoção do ganho de peso excessivo. Ainda, na infância a situação também é temerosa. Dados da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) apontam que 12,9% das crianças brasileiras entre 5 e 9 anos de idade têm obesidade, assim como 7% dos adolescentes na faixa etária de 12 a 17 anos.  Tendo um olhar mais detalhado sobre as crianças, é preciso pensar nas influências que as famílias recebem para comprar alimentos. Dentro disso, pesa a condição de acesso a alimentos saudáveis, tanto do ponto de vista físico quanto econômico, por exemplo. Afinal, segundo a publicação da CNN Brasil, estes ambientes favoráveis à obesidade são introduzidos desde o aleitamento, sendo o uso constante de fórmulas um deles.  Como combater a obesidade?  Esse quadro crônico pode ser resolvido pelo próprio indivíduo, com esforço físico e reeducação alimentar.  Ainda, como sugerido na publicação da CNN Brasil citada acima, é possível fazer a fiscalização e diminuição de espaços obesogênicos para melhor comprometimento e influência sobre os indivíduos que ali se encontram.  Do ponto de vista físico, podem ser citadas mudanças nos espaços urbanos, nas creches e escolas, além do ambiente familiar. Nesse contexto, contam critérios como a disponibilidade de espaços que contribuem para o aleitamento materno, equipamentos de lazer, hortas e cozinhas comunitárias e feiras, por exemplo. O melhor caminho para o combate à obesidade se dá a partir da criação de hábitos saudáveis e, principalmente, da regulação hormonal.  Estudos demonstram que desequilíbrios no estrogênio, testosterona, progesterona e cortisol, causados ​​por fatores atrelados à dieta ocidental e estresse da vida moderna, contribuem para a epidemia de obesidade.  Manter nossos hormônios em equilíbrio, consolidar uma dieta saudável, seguir um programa de exercícios e buscar um estilo de vida com menos estresse é a chave para o bem-estar e a longevidade ideais. Consulte seu médico de confiança para obter informações assertivas a respeito da regularização hormonal e do combate à obesidade. 

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A relação da exposição à UVB e o eixo pele-cérebro-gônada
Integrativa em Foco

Os raios solares têm grande influência no nosso organismo, contudo, você sabe qual a relação da exposição à UVB e o eixo pele-cérebro-gônada?  Por muito tempo o sol foi associado em poemas e literatura ao amor. Sendo reverenciado como a representação da felicidade e carinho, é possível que as obras culturais introduziram, desde muito cedo, os inúmeros efeitos dos raios solares na vida dos seres humanos.  Ainda assim, qual a verdadeira influência dos raios UVB com o eixo-cérebro-gônada?  Continue a leitura e entenda.  Afinal, qual a relação da exposição à UVB e o eixo pele-cérebro-gônada?  Há anos a ciência vem descobrindo os efeitos da exposição solar no nosso organismo. Assim, obtivemos o conhecimento de que a luz ultravioleta afeta os aspectos endocrinológicos e comportamentais da sexualidade, porém como?  Estudo publicado por 33 pesquisadores na revista Cell Reports, indica que a luz ultravioleta (UV) afeta aspectos endocrinológicos e comportamentais da sexualidade por meio de um mecanismo desconhecido. A exposição à luz solar afeta a regulação do sistema endócrino responsável pela liberação de hormônios sexuais. A exposição aos raios ultravioleta B aumenta os níveis de hormônios esteróides sexuais e o comportamento sexual, que são mediados pela pele.  Os autores do estudo acima abordam que na literatura é possível encontrar trabalhos que indiquem que a exposição ao componente ultravioleta (UV) da radiação solar aumenta os níveis de testosterona em homens, os níveis de estradiol e testosterona em peixes e a atratividade das galinhas para os galos.  Sugerindo assim que a exposição à UV desempenha um papel importante na regulação da sexualidade tanto em nível comportamental quanto endocrinológico.  Para investigar os efeitos sistêmicos da radiação UVB , os autores expuseram camundongos raspados dorsalmente a uma única dose de UVB de 800 mJ/cm 2 ou a 50 mJ/cm 2 diariamente por 8 semanas.  As amostras de sangue foram coletadas 24 h após o tratamento com UVB para o modelo agudo e após 8 semanas de tratamento com UVB para os modelos crônicos. Para realizar o estudo controlado do efeito do tratamento com UVB em humanos, reuniu-se uma coorte de pacientes submetidos à fototerapia, que fornece uma dose documentada de exposição a UVB. Os pacientes foram solicitados a preencher um questionário antes do primeiro tratamento com UVB e 1 mês depois. Durante esse período, os pacientes receberam uma dose de UVB (0,1–2,5 J/cm) duas ou três vezes por semana para 10–12 tratamentos de UVB. O PLS, desenvolvido para medir o amor apaixonado nas relações íntimas, teve como foco o desejo intenso de união com o outro. Os pesquisadores descobriram que a exposição ao ultravioleta B (UVB) aumenta os níveis de hormônios esteróides sexuais e o comportamento sexual, que são mediados pela pele. Em camundongos fêmeas, a exposição UVB aumenta os níveis hormonais do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal, resultando em ovários maiores; prolonga os dias de estro; e aumenta a expressão do hormônio anti-mulleriano (AMH). A exposição UVB também aumenta a capacidade de resposta sexual e atratividade das mulheres e as interações homem-mulher.  Assim, a UVB desencadeia um eixo pele-cérebro-gonadal através da ativação da p53 da pele. Em humanos, a exposição solar aumenta a paixão romântica em ambos os sexos e a agressividade nos homens, como visto na análise de questionários individuais, e se correlaciona positivamente com o nível de testosterona. Os achados dos cientistas sugerem oportunidades para o tratamento de disfunções relacionadas a esteróides sexuais. Conhecendo os efeitos da vitamina D  A vitamina D é na realidade um hormônio, que, consequentemente, possui funções amplamente relacionadas às atividades hormonais. Suas duas principais formas são a vitamina D2 (ergocalciferol) e a vitamina D3 (colecalciferol).  No fígado, a vitamina D3 é transformada em 25 hidroxi-vitamina D, sendo que essa é a vitamina D medida nos exames de sangue. No entanto, a forma ativa da vitamina D é o calcitriol, obtido a partir da transformação da 25 hidroxi-vitamina D nos rins. Entretanto, as funções do pró-hormônio são muito mais amplas, abrangendo cerca de 80 funções de restauro e reparo no organismo humano. É a partir da Vitamina D que se produz as catelicidinas, proteínas de alto poder antibiótico, capazes de neutralizar vírus, bactérias, fungos e parasitas. Além disso, o hormônio D também é responsável pela ativação de mais de 3500 genes. Nesse sentido, manter o seu equilíbrio e a sua ingestão equilibrados é de extrema importância para proporcionar suas funções benéficas ao organismo humano que, além de tudo, ocorrem juntamente com outros importantes hormônios que possibilitam saúde e qualidade de vida, como o estradiol, testosterona, progesterona e cortisol. Durante a pandemia da Covid-19, a Vitamina D tornou-se muito popular, principalmente considerando os estudos que comprovam a sua eficácia no aumento da imunidade. Segundo um estudo, realizado pela Universidade Médica de Chicago, pacientes com deficiência de Vitamina D (<20 ng/ml) obtiveram quase o dobro de probabilidade de teste positivo para Covid-19, comparados a pacientes com níveis equilibrados do hormônio. Os pesquisadores analisaram 489 pacientes, medindo o seu nível de Vitamina D durante um ano anterior aos testes para o vírus. Foi evidenciado ao longo do artigo que os efeitos da absorção da vitamina D por meio da exposição dos raios UVB são inúmeros e muitas vezes benéficos quando em quantidade certa no organismo.  Sendo assim, recomenda-se tomar os cuidados necessários para manter os níveis do pró-hormônio estáveis e na medida correta para poder alcançar a qualidade de vida e a longevidade saudável. 

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#10 hábitos para adicionar na sua rotina em 2023 
Estilo de Vida

O novo ano está próximo e com ele surgem as metas para 2023.  Como não podemos esquecer da saúde, separamos #10 hábitos para adicionar na sua rotina em 2023.  Muitos subestimam o poder dos hábitos, porém evidências científicas comprovam que quando adotamos uma rotina saudável, eliminando os hábitos ruins, podemos obter diversos benefícios para a nossa qualidade de vida e longevidade.  Ao longo deste artigo você encontra sugestões de hábitos diários, mensais e anuais para ajudar a iniciar o seu movimento em prol da saúde. Lembre-se de que para cada pessoa o conceito de qualidade de vida é um pouco diferente, assim como o caminho para alcançá-la.  Ainda assim, alguns hábitos universais não podem ser isolados das suas metas para o ano que vem.  Continue a leitura e confira #10 hábitos para adicionar na sua rotina em 2023.  Hábito #1 – Sorria Você tende a sorrir quando está feliz. No entanto, é uma via de mão dupla. Sorrimos porque estamos felizes, e ao sorrir fazemos com que o cérebro libere dopamina, o que nos deixa mais felizes ainda. Embora não seja totalmente infalível, pesquisadores descobriram que a ligação entre sorrir e felicidade pode ser atribuída à “hipótese do feedback facial”, em que as expressões faciais podem ter uma influência modesta nas emoções. Isso não quer dizer que seja necessário sorrir de maneira forçada o tempo todo.  Contudo, da próxima vez que você se sentir triste ou chateado, abra um sorriso e experimente o poder científico que ele possui.  Você também pode tentar começar todas as manhãs sorrindo para si mesmo no espelho. Hábito #2 – Exercício O exercício não é benéfico apenas para o seu corpo.  Segundo estudos, o exercício regular pode ajudar a reduzir o estresse, os sentimentos de ansiedade e os sintomas de depressão, ao mesmo tempo em que aumenta a auto-estima e a felicidade. Mesmo uma pequena quantidade de atividade física pode fazer a diferença. Você não precisa treinar para um triatlo ou escalar um penhasco – a menos que isso o deixe feliz, é claro. O truque é não se esforçar demais. Se de repente você se jogar em uma rotina extenuante, pode acabar frustrado (e dolorido). Considere estes iniciadores de exercícios: Dê uma volta no quarteirão todas as noites depois do jantar. Inscreva-se em uma aula para iniciantes em ioga ou tai chi. Comece o seu dia com 5 minutos de alongamento. Lembre-se de todas as atividades divertidas que você gostava, mas que caíram no esquecimento. Ou você pode considerar iniciar atividades que sempre quis experimentar, como golfe, boliche ou dança. Hábito #3 – Durma bastante Segundo o CDC, a maioria dos adultos precisa de pelo menos 7 horas de sono todas as noites.  Se você está lutando contra o desejo de tirar uma soneca durante o dia ou simplesmente sente que está em um nevoeiro, seu corpo pode estar lhe dizendo que precisa de mais descanso. Não importa o quanto nossa sociedade moderna nos direcione para menos sono, a literatura científica indica que o sono adequado é vital para uma boa saúde, função cerebral e bem-estar emocional. Dormir o suficiente também reduz o risco de desenvolver certas doenças crônicas, como doenças cardíacas, depressão e diabetes. Se você sempre tiver problemas para dormir, considere conversar com um médico. Você pode estar sofrendo com um distúrbio do sono que requer tratamento. Hábito #4 – Coma pensando no humor Você já deve saber que suas escolhas alimentares têm impacto em sua saúde física geral.  Contudo, a ciência comprovou que alguns alimentos também podem afetar seu estado de espírito. Por exemplo: Os carboidratos liberam serotonina, um hormônio do “sentir-se bem”. Apenas mantenha os carboidratos simples – alimentos ricos em açúcar e amido – no mínimo, porque esse aumento de energia é curto e você vai falhar. A escolha de carboidratos complexos, como vegetais, feijões e grãos integrais, pode ajudá-lo a evitar um acidente enquanto ainda fornece serotonina. Carne magra, aves, legumes e laticínios são ricos em proteínas. Alimentos ricos em proteínas liberam dopamina e norepinefrina, que aumentam a energia e a concentração. Descobriu-se que os ácidos graxos ômega-3, como os encontrados em peixes gordurosos, têm efeitos antiinflamatórios que se estendem à saúde geral do cérebro. Se você não come peixe, considere conversar com um médico sobre uma possível suplementação. Alimentos altamente processados ​​ou fritos tendem a deixá-lo deprimido e pular refeições também. Se você quiser comer pensando no seu humor, considere começar fazendo uma escolha de alimentos para promover o seu bom humor todos os dias. Por exemplo, troque um grande e doce bolo de café da manhã por um pouco de iogurte grego com frutas. Você ainda satisfará seu desejo por doces e a proteína o ajudará a evitar uma queda de energia no meio da manhã. Considere adicionar uma nova troca de comida a cada semana para exercitar a alimentação saudável. Hábito #5 – Seja grato Simplesmente ser grato pode dar um grande impulso ao seu humor, entre outros benefícios. Por exemplo, um estudo de duas partes descobriu que praticar a gratidão pode ter um impacto significativo nos sentimentos de esperança e felicidade. Você pode tentar começar cada dia reconhecendo uma coisa pela qual é grato. Você pode fazer isso enquanto escova os dentes ou apenas esperando o alarme soar. Ao longo do dia, considere ficar de olho nas coisas agradáveis ​​da sua vida. Podem ser grandes coisas, como saber que alguém o ama ou conseguir

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Melatonina e o combate ao câncer: qual a relação?
Integrativa em Foco

O combate ao câncer é uma pauta que preocupa a comunidade científica e médica desde sempre.  Câncer ou cancro, também conhecido como neoplasia maligna, é um grupo de doenças que envolvem o crescimento celular anormal, com potencial para invadir e espalhar-se para outras partes do corpo, além do local original. Por tal motivo o seu combate é tão urgente e suas consequências tão nocivas.  Continue a leitura e compreenda qual a relação entre a melatonina, conhecida como o hormônio do sono, e o combate ao câncer.  Afinal, qual a relação da melatonina e do combate ao câncer? Em todo o mundo, o câncer é uma das principais causas de morbidade e mortalidade.  Segundo a OPAS, a Organização Pan-Americana de Saúde, o câncer é a segunda principal causa de morte no mundo e é responsável por 9,6 milhões de mortes em 2018.  A nível global, uma em cada seis mortes estão relacionadas à doença.  Embora o termo câncer pareça se referir a uma única doença, na verdade, ele engloba mais de 100 entidades patológicas diferentes, com tecidos de origem e modos de desenvolvimento diferentes. A abordagem terapêutica deve, portanto, ser diferenciada e isso a torna muito complexa. Contudo, uma molécula bioativa de origem natural conhecida principalmente por seu papel reguslador no ciclo sono/vigília e por sua atividade antioxidante, também se destaca por suas importantes propriedades anticancerígenas: a melatonina. Numerosos dados de experimentos mostram que ela pode retardar a progressão do câncer em diferentes estágios do ciclo tumoral, desde a transformação celular inicial até a metástase. Especificamente, a melatonina previne a divisão celular (antimutagênica) e a formação de novos vasos sanguíneos que nutrem o câncer (antiangiogênico).  Acrescenta-se que, dependendo do tipo de tumor e da dose, sozinha ou em conjunto com outras drogas utilizadas na quimioterapia, a melatonina tem potencial para prevenir o aparecimento de tumores e capacidade terapêutica para retardar a progressão maligna e a disseminação metastática. Outra possibilidade interessante é incluir a melatonina em tratamentos planejados de acordo com os parâmetros do sistema circadiano (onco cromoterapias), que conseguem aumentar a eficácia e a tolerabilidade dos medicamentos. Mesmo em processos cancerígenos que não respondem à melatonina, foi demonstrado que esta molécula pode sensibilizar células cancerígenas e aumentar a eficácia dos tratamentos de radio/quimioterapia, tornando tumores previamente quimio resistentes sensíveis à radio/quimioterapia. Um descobrimento muito relevante dos estudos é que a melatonina mostrou benefícios tanto em estudos em animais quanto em humanos, sem efeitos adversos significativos e em uma ampla gama de concentrações. Levando isso em consideração, combinar quimioterápicos com melatonina poderia limitar os efeitos secundários do tratamento em células normais, permitindo aumentar as doses ativas dos fármacos sem exacerbar sua toxicidade. Essa segurança é crucial para o manejo clínico de pacientes com câncer. Afinal, um dos desafios atuais no desenvolvimento de formulações combinadas com melatonina em altas doses é que elas são benéficas para os pacientes, mitigando os efeitos colaterais quando se aumenta a prescrição de quimioterápicos. A melatonina pode agir na prevenção do câncer? Dados científicos apontam que, com a diminuição da produção de melatonina no nosso organismo, os órgãos tendem a ficar mais vulneráveis ​​aos danos oxidativos e ao desenvolvimento de patologias, incluindo o câncer.  Outros estudos indicam que a redução da melatonina associada à idade é um dos principais fatores causadores da imunossenescência e do desenvolvimento de neoplasias. Sendo assim, foi demonstrado que a administração exógena de comprimidos administrados aumenta os estoques subcelulares de melatonina, ou seja, a reposição hormonal de melatonina pode apresentar benefícios para o processo de prevenção ao câncer.  Consequentemente, a inclusão dessa molécula na terapia anticâncer convencional pode ser uma estratégia para reduzir o dano molecular produzido pela rádio/quimioterapia em células saudáveis ​​e, assim, aumentar a eficácia dos tratamentos antitumorais, principalmente em pacientes com imunocompetência comprometida. Compreendendo a suplementação de melatonina  Assim como diversos outros suplementos vitamínicos, a suplementação do hormônio do sono também precisa ser orientada por um profissional médico, principalmente devido aos efeitos colaterais e características individuais de cada pessoa. Para que a suplementação seja indicada, é necessário o agendamento de consultas e exames para avaliar a situação individual, a fim de propor o melhor curso de tratamento. Um estudo sugere que a melatonina reduz a inflamação por suas propriedades radicais de limpeza. Os benefícios da melatonina são inúmeros, como vistos neste artigo, e não param de crescer. A comunidade científica tem se esforçado para trazer evidências de seus efeitos no organismo humano em todas as áreas da vida.  Portanto, é fundamental que os órgãos de saúde e as instituições médicas considerem o uso da melatonina e decidam explorar suas opções, tanto no tratamento quanto na prevenção proativa do câncer.

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Os benefícios do exercício físico para o funcionamento do intestino
Estilo de Vida

Não é segredo para ninguém que o exercício físico é benéfico para a saúde geral. Contudo, somente agora estamos descobrindo os benefícios do exercício físico para o funcionamento do intestino.  O nosso intestino está repleto de vida.  Cerca de 100 trilhões de bactérias, vírus, fungos e outros organismos unicelulares, como arqueobactérias e protozoários, disputam espaço e alimento no nosso trato gastrointestinal. Contudo, como uma corrida, por exemplo, pode ajudar esse organismo tão complexo? Continue a leitura e compreenda os benefícios do exercício físico para o funcionamento do intestino.  Afinal, quais são os benefícios do exercício físico para o funcionamento do intestino? Lutando por espaço e comida dentro de nosso trato gastrointestinal estão cerca de 100 trilhões de bactérias, vírus, fungos e outros organismos unicelulares, como archaea e protozoários.  Segundo a literatura científica, suas funções variam desde ajudar a fermentar a fibra dietética de nossas refeições, até sintetizar vitaminas e regular nosso metabolismo de gordura.  Eles também ajudam a proteger o corpo de invasores indesejados, interagindo com o sistema imunológico e influenciando a extensão da inflamação no intestino e em outras partes do corpo. Por meio de estudos, foi possível descobrir que uma menor diversidade desses residentes intestinais foi observada em pacientes que sofrem de obesidade, doenças cardiometabólicas e doenças autoimunes.  No entanto, inúmeros fatores – incluindo genes, os tipos de medicamentos ingeridos, o estresse, o tabagismo e a alimentação – podem interagir para alterar o equilíbrio de microorganismos no intestino. A composição dessa comunidade interna é, de fato, altamente dinâmica. Em contrapartida, assim como escolhas simples de estilo de vida podem alterar nossos micróbios intestinais, também podemos fazer escolhas que os ajudarão a florescer de maneira mais saudável.  Tal como o exercício, por exemplo.  O exercício parece estar afetando nossos micróbios intestinais, aumentando as comunidades bacterianas que produzem ácidos graxos de cadeia curta.  Nos últimos 10 anos, pesquisas que analisaram animais e humanos ajudaram a revelar o quão poderoso é esse vínculo entre o exercício e as mudanças na comunidade microbiana intestinal. Mais importante, esclareceu como isso pode realmente nos beneficiar. Certamente não há escassez de estudos em humanos que mostram que fazer exercícios moderados a vigorosos, como corrida, ciclismo e treinamento de resistência, pode aumentar potencialmente a diversidade de bactérias no intestino. Isso tem sido associado a uma melhor saúde física e mental.  Estudos comprovam que atletas também tendem a ter maior diversidade microbiana intestinal em comparação com pessoas sedentárias, embora parte disso possa ser devido às dietas especializadas que os competidores também costumam ter.  Contudo, estudos mostraram que a combinação de exercício e dieta pode aumentar os números de Faecalibacterium prausnitzii e a produção de butirato em mulheres ativas, muitas vezes com função intestinal melhorada. Como manter o intestino saudável?  Falamos acima que hábitos saudáveis podem influenciar positivamente a saúde intestinal.  Um exemplo disso é a alimentação.  Uma dieta balanceada é essencial para um intestino saudável. De maneira geral, é essencial prezar por uma alimentação mais natural possível, priorizando frutas e verduras e eliminando alimentos processados. No entanto, é preciso ter equilíbrio na dieta.  Um estudo constatou que comer uma dieta diversificada composta por mais de 30 alimentos vegetais diferentes por semana pode ajudar na manutenção da saúde. Uma boa noite de sono e níveis mais baixos de estresse também podem ser benéficos.  De acordo com estudo, da Clinical Gastroenterology and Hepatology, quem não dorme o mínimo recomendado – de sete a oito horas por noite -, pode ter um maior risco de desenvolver colite ulcerativa. Surpreendentemente, passar tempo na natureza também pode ter um efeito positivo. Um estudo recente investigou os atributos funcionais básicos do microbioma intestinal de indígenas saudáveis e constatou que a comunidade rural que reside nas áreas de Ballabhgarh ao nível do mar possui um microbioma único caracterizado não apenas por uma maior diversidade, mas também por um maior grau de homogeneidade interindividual. Por fim, mas não menos importante, precisamos destacar os benefícios do exercício.  Estudos destacaram que correr de 30 a 60 minutos na esteira da academia pode ter um impacto na abundância de bactérias produtoras de butirato, como Faecalibacterium no intestino.  Em um estudo envolvendo 20 mulheres e 12 homens com vários índices de massa corporal (IMC), os pesquisadores determinaram se fazer exercícios aeróbicos por seis semanas pode alterar os micróbios intestinais em adultos humanos previamente sedentários.  Eles pediram aos participantes que fizessem três sessões de exercícios aeróbicos de intensidade moderada a vigorosa por semana, correndo em uma esteira ou andando de bicicleta por 30 a 60 minutos.  Amostras de fezes e sangue foram coletadas ao longo do estudo, com controles dietéticos de três dias para garantir que sua dieta permanecesse consistente antes de cada coleta, para limitar as mudanças causadas pela dieta nos micróbios intestinais. Suas descobertas mostraram que os “produtores de butirato” aumentaram em abundância com o treinamento físico, independentemente do índice de massa corporal.  Acompanhando a mudança na comunidade microbiana, os participantes magros mostraram um aumento nos ácidos graxos de cadeia curta, como o butirato, em suas amostras de fezes.  Curiosamente, quando os participantes do estudo retornaram ao seu estilo de vida sedentário nas seis semanas seguintes, os pesquisadores descobriram que os micróbios intestinais dos participantes retornaram ao seu estado inicial.  Isso sugere que, embora o exercício possa melhorar a saúde da comunidade microbiana em nossos intestinos, essas mudanças são transitórias e reversíveis. Não são poucas as atitudes que podemos adotar em prol da nossa saúde e bem-estar.  Simples

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Por dentro da SOBRAF

Confira as exclusividades aos associados SOBRAF no 9º Congresso Internacional em Ciências da Longevidade Humana   Em 2022, celebramos 10 anos de SOBRAF! Nos preocupamos em trazer aos nossos associados os melhores benefícios e conteúdos científicos atualizados através de uma curadoria minuciosa. Dessa forma, lançamos o App SOBRAF para que os associados consigam ter mais comodidade ao acessar e-books, artigos científicos, sessões clínicas e as demais vantagens que a Sociedade oferece. Também estivemos presentes em diversos eventos neste ano, como em pós-graduação e cursos do Grupo Longevidade Saudável com o objetivo de dar assistência ao associado em momentos presenciais. Então, sem dúvidas, foi no 9º Congresso Internacional em Ciências da Longevidade Humana que tivemos maior destaque! O Evento teve a presença de mais de 1000 participantes e mais de 500 associados SOBRAF. Durante os três dias de evento tivemos um estande de exposição de artigos científicos com as apresentações diárias dos melhores artigos. Aproveitamos o momento de união de associados para promover exclusividades e realizar o coquetel de celebração aos 10 anos de fundação da Sociedade. Além disso, o evento foi introduzido pela menção honrosa às doutoras ganhadoras que participaram da exposição e receberam a premiação do presidente da Sociedade Dr. Italo Rachid. A SOBRAF,  premiou o primeiro lugar com  a quantia de R$ 5.000,00, 2º lugar com R$ 3.000,00 e 3º lugar com R$ 2.000,00.   FORAM AGRACIADAS COM A PREMIAÇÃO: Dra. Mara Coeli – 1º Lugar “Melatonina e sua aplicação em obstetrícia clínica: revisão integrativa da literatura.”   Dra. Eliza Mesquita Cangussu – 2º Lugar “Benefícios da n-acetilcisteína no tratamento da síndrome dos ovários policísticos: uma revisão dos fatores hormonais, metabólicos e suplementares”   Dra. Kellen Freitas Corrêa, 3º Lugar “Benefícios da vitamina d na gestação: uma revisão integrativa da literatura”.   No Congresso também realizamos nossa reunião anual, Assembléia Geral Ordinária, para prestação de contas aos associados, aprovação da previsão orçamentária e assuntos de interesse dos associados.   Encerramos nossos eventos com a palestra Painel Pós-Covid no congresso, restrita aos associados com um tema muito esperado, além disso, aos associados que não estavam presentes foi possível assistir à palestra ao vivo. Palestrantes Dra. Maryna Landim Dr. Guili Pech Dra. Andreia Antoniolli Dr. Italo Rachid Dra. Cybelle Augusta Dr. Wilson Ribas Com temas sobre: Imunidade Pós-Covid; Covid Crônica e exames complementares; Tratamento das Síndromes Pós-Covid Para saber mais sobre o congresso e toda a programação acesse: https://congresso.longevidadesaudavel.com.br/

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Diabetes e exercícios físicos: qual a relação? 
Estilo de Vida

Sabemos que a diabetes é uma doença em que os níveis de glicose no sangue são muito altos, contudo qual a relação entre diabetes e exercício físico?  A glicose vem dos alimentos que você come. A insulina é um hormônio que ajuda a glicose a entrar em suas células para dar-lhes energia.  Com diabetes tipo 1 , seu corpo não produz insulina. Com diabetes tipo 2 , o tipo mais comum, seu corpo não produz ou usa bem a insulina. Sem insulina suficiente, a glicose permanece no sangue. Não é incomum recomendar aos indivíduos acometidos por essa patologia uma boa dose de exercícios físicos, acompanhados, claro, de um estilo de vida saudável.  Continue a leitura e entenda a relação entre diabetes e exercícios físicos. Afinal, qual a relação entre diabetes e exercícios físicos?  Há aproximadamente 143 milhões de pessoas que sofrem de diabetes mellitus tipo II no mundo.  Há uma década, em 2010, a projeção global do IDF – International Diabetes Federation – para diabetes, em 2025, era de 438 milhões.  Com mais três anos pela frente, essa previsão já foi ajustada para 463 milhões, isso em grande parte de países em desenvolvimento e devido ao crescimento e envelhecimento da população, obesidade, distúrbios nutricionais e sedentarismo. Segundo o Atlas da Diabetes, o Brasil é o 5º país em incidência de diabetes no mundo, com 16,8 milhões de doentes adultos (20 a 79 anos), perdendo apenas para China, Índia, Estados Unidos e Paquistão. A estimativa da incidência da doença em 2030 chega a 21,5 milhões. A prática de exercício físico é uma importante ferramenta tanto na prevenção como no tratamento de pacientes com diabetes mellitus tipo II.  Seu papel está relacionado à melhora do metabolismo da glicose no músculo esquelético bem como a redução dos fatores de risco para o desenvolvimento da diabetes como a obesidade e o sedentarismo. Além disso, a prática regular de exercícios físicos melhora a sensibilidade à insulina, a glicemia de jejum e é capaz de diminuir os níveis de hemoglobina glicada (HbA1c).  Um artigo de revisão do International Journal of Endocrinology publicado em 2013 mostra que a contração muscular desempenhada no exercício é capaz de translocar os receptores GLUT-4 sem a necessidade da ação da insulina.  De fato, uma das ações fundamentais da insulina é a manutenção da euglicemia no nosso sangue, ou seja, efetuar o transporte da glicose sanguínea para o interior das células do nosso corpo quando necessário. Para isso, a insulina possui um receptor específico de membrana celular que “ativa” os transportadores de glicose (GLUT-4), fazendo o transporte das moléculas de glicose da corrente sanguínea para o meio intracelular.  Indivíduos diabéticos ou com síndrome metabólica (sobrepeso, resistência à insulina, e hipertensão arterial) podem ter um enorme benefício quando praticam exercícios físicos. Esses indivíduos passam a secretar menos insulina até 72h após uma sessão de treinamento, devido à translocação de GLUT-4 causada pela contração muscular.  Segundo a literatura científica, outro detalhe importante é que quanto maior for a intensidade do exercício maiores são os benefícios.  É o que também afirma a diretriz de 2014 da Sociedade Brasileira de Diabetes, que já coloca o treino de alta intensidade intervalado como recomendação para melhora de pacientes diabéticos. Além disso, o HIIT parece ainda facilitar uma maior biogênese mitocondrial, o que favorece o maior consumo de glicose pelas células e a maior capacidade oxidativa celular. Uma outra novidade além do HIIT é a recente recomendação do treinamento de força e resistência para o tratamento do diabetes 2. Um estudo controlado e randomizado, mostrou que a musculação foi mais efetiva do que o exercício aeróbico na melhora da resistência à insulina e na diminuição da gordura visceral. Outra novidade é a relação entre o aumento de até 18% na densidade capilar muscular, levando à melhora da resistência à insulina, como demonstra o estudo.  Esse estudo levanta a hipótese de que, além da translocação independente de insulina do GLUT-4, exista um segundo mecanismo relacionando uma melhor resposta à sensibilidade à insulina com a melhora da densidade dos capilares musculares. Não existem dúvidas de que a prática regular de exercícios físicos é uma das chaves principais para a prevenção e para o tratamento da resistência à insulina e para o diabetes tipo 2.  É muito importante enfatizar que pacientes com diabetes 2 devem realizar treinamento supervisionado com profissional de educação física, monitorar eventuais hipoglicemias esforço induzidas e devem evitar iniciar um exercício físico com glicemia >250mg/dl. Por isso, consulte sempre seu médico endocrinologista. Conhecendo o risco da diabetes  Mundialmente, o diabetes se tornou um sério problema de saúde pública, cujas previsões vêm sendo superadas a cada nova triagem.  Por exemplo, em 2000, a estimativa global de adultos vivendo com diabetes era de 151 milhões. Em 2009, havia crescido 88%, para 285 milhões. Em 2020, calcula-se que 9,3% dos adultos, entre 20 e 79 anos, vivem com diabetes.  Além disso, 1,1 milhão de crianças e adolescentes com menos de 20 anos apresentam diabetes tipo 1. A crescente prevalência de diabetes em todo o mundo é impulsionada por uma complexa interação de fatores socioeconômicos, demográficos, ambientais e genéticos.  O aumento contínuo se deve, em grande parte, ao aumento do diabetes tipo 2 e dos fatores de risco relacionados, que incluem níveis crescentes de obesidade, dietas não saudáveis ​​e falta de atividade física. No entanto, os níveis de diabetes tipo 1, com início na infância, também estão aumentando. Segundo o Atlas, a crescente

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A forma do corpo pode influenciar a saúde? 
Estilo de Vida

Todos os corpos têm suas próprias particularidades, será que a forma do corpo pode influenciar a saúde? Não é incomum compararmos os formatos corporais a estarmos saudáveis ou não.  Muitas pessoas têm a visão de que corpos “em forma de pêra” são considerados mais saudáveis ​​do que corpos “em forma de maçã”. Contudo, o que a ciência pode nos dizer sobre o assunto?  Continue a leitura e entenda.  Afinal, a forma do corpo pode influenciar a saúde?  Por muito tempo temos comparado os formatos dos nossos corpos com coisas do nosso cotidiano, sendo os mais comuns os formatos de pêra e maçã.  Com a forma de pêra, seus ombros e busto são mais estreitos que seus quadris. Tem braços finos e uma cintura bastante definida. Sua cintura provavelmente se inclina para os quadris. Já se o seu busto é maior do que o resto do seu corpo, seus quadris são estreitos e sua barriga é mais cheia, você tem o corpo em formato de maçã. Contudo, estes formatos têm nomes próprios.  São estes andróide, para o formato de maçã, e ginóide para o formato de pêra.  Embora existam termos mais formais para descrever as formas do corpo, a pessoa comum pode imaginar melhor uma maçã ou uma pêra do que um tipo de corpo andróide e ginóide. Também é comum os corpos andróides sofrerem com a crença de que eles são menos saudáveis do que os ginóides.  Contudo, de acordo com vários estudos, certas formas de corpos podem, sim, estar em maior risco de resultados negativos para a saúde. Uma revisão de 72 estudos de coorte prospectivos com 2.528.297 participantes, descobriu que pessoas com maior distribuição de gordura na área do estômago (formato de maçã) foram associados positiva e significativamente com maior risco de mortalidade por todas as causas, enquanto maior circunferência do quadril e circunferência da coxa foram associadas a um menor risco.  Os resultados sugerem que medidas de adiposidade central podem ser utilizadas com índice de massa corporal como uma abordagem complementar para determinar o risco de morte prematura. Em um estudo de 2019, entre 2.683 mulheres na pós-menopausa com IMC normal, tanto a gordura do tronco elevada quanto a gordura da perna reduzida estavam associadas ao aumento do risco de doenças cardiovasculares, chegando a ter três vezes mais chances de ter doenças cardíacas.  Curiosamente, ter um tipo de corpo de ginóide teve um efeito protetor contra doenças cardíacas, reduzindo o risco em até 40%. Ainda, outra pesquisa descobriu que corpos em formato andróide estavam significativamente associados a um risco aumentado de doenças cardíacas e diabetes tipo 2, independentemente do índice de massa corporal.  Também, um pequeno estudo incluindo 49 homens descobriram que, apesar de terem o mesmo IMC, peso corporal e porcentagem de gordura corporal, homens com mais gordura andróide tinham função endotelial mais baixa, o que leva a um fluxo sanguíneo mais fraco no corpo. Eles também apresentaram maior resistência à insulina, níveis de lipídios no sangue e frequência cardíaca, sugerindo piora da saúde cardíaca e metabólica. Em última análise, a maioria das pesquisas sugere que a distribuição de gordura – não necessariamente o peso corporal ou o IMC – pode afetar os resultados de saúde. Nem tudo é o que parece  Apesar de a ciência corroborar que a localização da gordura no corpo pode influenciar sua saúde e longevidade, não podemos nos basearmos completamente no formato do corpo de uma pessoa para julgar a sua saúde.  Há diversos fatores que podem afetar a concentração de gordura corporal numa pessoa, podendo variar ao longo do tempo e com os hábitos pessoais do indivíduo. Por exemplo, uma pesquisa descobriu que variantes genéticas afetam a “relação cintura-quadril” que determina onde sua gordura corporal é distribuída. Loos e sua equipe analisaram as variações genéticas de mais de 476.000 indivíduos em mais de 70 localizações geográficas diferentes. Destes, eles encontraram 24 variantes que predispõem as pessoas a uma maior relação cintura-quadril, 9 das quais são relativamente raras e 15 das quais são comuns. Os pesquisadores também descobriram que essas variantes funcionam para influenciar o armazenamento de gordura, afetando o metabolismo, o tecido adiposo, o crescimento ósseo e um hormônio que decompõe a gordura. Os hormônios também podem desempenhar um papel. A literatura científica indica que diferenças hormonais entre homens e mulheres podem levar a diferenças no armazenamento de gordura.  Os homens geralmente armazenam mais gordura na região do estômago, enquanto as mulheres tendem a armazenar mais gordura nos quadris, pernas e nádegas. À medida que os níveis de estrogênio das mulheres diminuem com a idade, seus corpos tendem a armazenar mais gordura na região do estômago e menos na parte inferior do corpo. Embora existam muitas análises e pesquisas que vinculam os formatos corporais dos indivíduos com um risco aumentado de evolução de inúmeras patologias, nem sempre é esse o caso.  Devemos nos livrar de crenças e suposições para poder seguir um caminho de bem-estar e qualidade de vida, buscando sempre o melhor para nossa saúde mental e física. 

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Hábitos que podem estar prejudicando seu paciente 
Integrativa em Foco

Alguns hábitos simples podem estar prejudicando a saúde do seu paciente mais do que se pode imaginar. Você sabe quais são?  Muitos pacientes não acreditam quando recomendamos uma mudança no estilo de vida para uma melhor qualidade de vida. Contudo, cada vez mais evidências surgem para apoiar tal mudança comportamental.  Continue a leitura e veja quais hábitos podem estar prejudicando seu paciente.  Afinal, quais hábitos podem estar prejudicando seu paciente?  No nosso dia a dia, as ações que fazemos e escolhemos podem trazer consequências positivas ou negativas.  Mesmo que a maioria da população tenha noção de quais hábitos trazem benefícios para a saúde, existem pequenos hábitos que podem estar minando a qualidade de vida do seu paciente aos poucos.  Inclusive, mesmo aqueles que são popularmente conhecidos por serem prejudiciais, podem ter efeitos mais graves do que os comumente conhecidos.  Isso inclui hábitos como fumar, ingerir álcool, não dormir bem, não consumir a quantidade certa de vitaminas e nutrientes, entre outros hábitos cotidianos. Estes pequenos costumes destroem aos poucos todo o trabalho que nós, profissionais da saúde, tentamos construir.  Uma revisão de dados científicos aponta que os principais fatores de risco que contribuíram para a carga global de câncer em 2019 foram comportamentais.  A carga de câncer atribuível ao risco variou por região do mundo e Índice Sociodemográfico (SDI), com tabagismo, sexo inseguro, e o uso de álcool sendo os três principais fatores de risco.  O artigo ainda previu que reduzir a exposição a esses fatores de risco modificáveis ​​diminuiria a mortalidade por câncer e as taxas de disability-adjusted life years em todo o mundo, e as políticas devem ser adaptadas adequadamente à carga local de fatores de risco de câncer. Tal dado abre os nossos olhos para a perspectiva de que as pequenas decisões do dia a dia podem acarretar em graves patologias.  Outro exemplo disso é o estresse.  De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o estresse é uma epidemia que atinge cerca de 90% da população mundial e pode causar outras doenças. Contudo, apesar da sua popularidade, o estresse, nos níveis experimentados, traz mais malefícios do que benefícios. Um exemplo disso é um estudo recente, no qual foi descoberta a influência da impressão hormonal defeituosa na reprogramação do sistema imunológico.  No estudo, é explicado que qualquer forma de estresse no início da vida, isoladamente ou em associação com o imprinting hormonal, pode estar associada à origem do desenvolvimento da saúde e da doença (DOHaD). Diante dessa perspectiva, é de suma importância conscientizarmos a população dos perigos que os espreitam.  Conhecendo a Medicina do Estilo de Vida Dentro do contexto apresentado acima, é notável a enorme necessidade da adoção de novos hábitos para prevenir patologias e alcançar a qualidade de vida.  Neste sentido, fazemos uso dos conhecimentos da Medicina do Estilo de Vida.  A Medicina do Estilo de Vida é uma abordagem científica que tem como objetivo a busca por um estilo de vida com hábitos saudáveis.  Em outras palavras, um método para diminuir complicações recorrentes na saúde, evitar novas doenças e a má qualidade de vida. Essa abordagem é fundamentada em seis pilares, sendo eles: alimentação saudável, atividade física, saúde do sono, controle de tóxicos, saúde mental e relacionamentos.  Assemelhando-se com a Medicina Preventiva, esta busca introduzir os pacientes em um estilo de vida saudável e completo no qual possam viver com qualidade.  Em suma, estes nichos da medicina buscam conscientizar a população de que os cuidados para com a saúde deles parte, primariamente, deles próprios.  Sendo assim, é o nosso dever incitar o estilo de vida saudável para poder assim evitar uma alta de patologias e uma maior qualidade de vida para a população.  Conheça os pilares da longevidade saudável Gradualmente, o conceito de unir saúde e longevidade vem ganhando espaço.  No entanto, a verdade é que ele sempre esteve presente.  A conquista da longevidade é algo que vem sendo estudado há tempos por profissionais. Contudo, pode ser que a solução seja mais simples do que se esperava.  Ela se encontra nos pilares que constituem a Medicina do Estilo de Vida, os quais preveem pontos essenciais na vida cotidiana de qualquer indivíduo que, quando melhorados, podem trazer bem-estar e longevidade.  Assim sendo, entenda os seis pilares da longevidade saudável. 1° Pilar – Alimentação saudável Já foi comprovado inúmeras vezes que uma alimentação saudável pode trazer inúmeros benefícios.  Com o número crescente de problemas de saúde nos Estados Unidos, cogitava-se a possibilidade de que o número de lojas de fast-food tivessem influência direta na saúde da população. Um estudo realizado pelo Hunter Medical Research Institute (HMRI) determinou que o aumento no número de lojas de fast-food em determinado espaço geográfico pode ser considerado um fator de risco ambiental para infarto do miocárdio. A equipe descobriu que esse fator está diretamente relacionado com um aumento de doenças cardiovasculares, mesmo após contabilizar outros fatores como idade, obesidade, hiperlipidemia (colesterol alto), hipertensão (pressão alta), tabagismo, diabetes e nível socioeconômico. 2° Pilar – Atividade física  Segundo um estudo, quanto menor o preparo físico dos adultos de meia idade, maior é a associação com a diminuição do volume cerebral anos depois. Ou seja, a baixa prática de exercícios físicos tem impacto negativo direto com a saúde do seu cérebro. Além disso, os pesquisadores descobriram a interferência do exercício físico na saúde do cérebro, através da análise neurológica de mulheres, inicialmente com 40 anos e, novamente, 20 anos mais tarde. 3° Pilar

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Cuidar do fígado também significa bem-estar
Integrativa em Foco

O fígado é um órgão vital para a saúde de um indivíduo, por isso cuidar do fígado também significa bem-estar.  O fígado é um centro crítico para vários processos fisiológicos.  Ele é responsável por controlar a absorção de substâncias, o que inclui a eliminação de substâncias tóxicas e a produção da bile, um produto essencial para a digestão de gorduras. Contudo, suas funções não param por aí.  Continue a leitura e compreenda porque cuidar do fígado está ligado ao bem-estar.  Afinal, por que cuidar do fígado é tão importante?  Segundo a literatura científica, o fígado é um órgão essencial para vários processos fisiológicos.  Processos tais como metabolismo de macronutrientes, regulação do volume sanguíneo, suporte do sistema imunológico, controle endócrino das vias de sinalização do crescimento, homeostase de lipídios e colesterol e a quebra de compostos xenobióticos, incluindo muitos medicamentos atuais Além disso, a capacidade do fígado de armazenar glicose na forma de glicogênio, com alimentação, e montar glicose pela via gliconeogênica, em resposta ao jejum, é também essencial. Finalmente, fígado é um dos principais manipuladores do metabolismo de proteínas e aminoácidos, pois é responsável pela maioria das proteínas secretadas no sangue, pelo processamento de aminoácidos para energia e pela eliminação de resíduos nitrogenados da degradação de proteínas na forma de metabolismo da ureia. Em termos de desenvolvimento, este órgão surge como resultado de um complexo programa de diferenciação que é iniciado por gradientes de sinais exógenos, pistas de localização celular e uma intrincada hierarquia de fatores de transcrição.  Esses processos que são totalmente desenvolvidos no fígado maduro são imperativos para a vida. Diante desta perspectiva, a importância deste órgão é evidenciada pela sua funcionalidade essencial para o cumprimento da vida.  Sendo assim, é imperativo o cuidado com o fígado a fim de evitar sua insuficiência ou complicações mais graves.  Segundo dados do Ministério da Saúde, a estimativa é que 30% da população brasileira apresenta esteatoses hepáticas e que aproximadamente metade dos portadores possa evoluir para formas mais graves da doença. Um estudo recente constatou que o alto grau de fígado gorduroso não alcoólico, bem como doença hepática gordurosa não alcoólica, está associado ao aumento do risco de Síndrome do Intestino Irritável incidente.  Afinal, como cuidar do fígado?  Um fígado saudável pode proporcionar qualidade de vida e saúde.  Revimos a sua importância e funcionalidade no organismo, contudo, é sempre bom relembrarmos os cuidados recomendados.  Segundo o Ministério da Saúde, os primeiros sinais e sintomas de problemas no fígado são a dor abdominal do lado direito e a barriga inchada.  Além desses sintomas, também pode ocorrer cor amarelada na pele e nos olhos, urina amarela com cheiro forte ou escura, enjoos e tonturas com muita frequência, cansaço sem razão aparente, surgimento de hematomas após pancadas leves, falta de apetite, fezes de cor amarelada, esbranquiçada ou cinzenta. Para manter o fígado saudável e manter o funcionamento correto, evitando danos irreversíveis para a sua função, é imprescindível: Ter uma dieta saudável; Evitar bebidas alcoólicas; Praticar atividades físicas – que ajudará a manter o peso ideal e evitar complicações como diabetes, colesterol alto e obesidade; Não tomar medicamentos em excesso e sem orientação médica, além de anabolizantes. Ainda recomenda-se um check-up completo para detectar possíveis enfermidades no fígado, bem como de outras doenças. Há um grande número de exames laboratoriais disponíveis comercialmente que têm utilidade na avaliação do paciente com suspeita de doença hepática ou na investigação da sua causa. Os exames podem ser classificados, de modo didático, em: Hemograma; Exame de função hepática; Exame de coagulação do sangue; Exame de hepatite viral; Exame de ureia e creatinina. É importante ficar atento com a saúde do fígado para que seja possível preservar a qualidade de vida de todos os indivíduos.  Dessa forma, é importante sempre relembrarmos da relação médico-paciente para poder manter uma boa rotina médica que possibilite maior cuidado personalizado com a saúde de cada paciente. 

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A importância da hormonologia para a saúde do seu paciente
Integrativa em Foco

A hormonologia é a ciência que estuda o papel dos hormônios no corpo humano.  Apesar da sua importância, é uma área ainda pouco explorada e, muitas vezes, pouco considerada pela área da medicina.  Esse campo de pesquisa busca compreender os processos que regulam nosso bem-estar, nossas rotinas, nosso sono, nossa capacidade produtiva, sexual e digestiva.  Afinal, os hormônios constituem parte importante do nosso organismo, possibilitando o bom funcionamento do nosso corpo.  Eles constituem uma substância tão universal e vital, que a sua observação pode ser usada tanto para tratar patologias, quanto para promover a saúde, bem-estar e qualidade de vida dos indivíduos. Continue a leitura e entenda a importância da hormonologia para a saúde do seu paciente.  Afinal, qual a importância da hormonologia para a saúde do seu paciente? Os hormônios são fundamentais para a vida – eles regem ela! Eles trabalham em sinfonia e são os responsáveis por controlar os processos físicos e psicológicos nas diferentes fases da nossa vida.  Suas funções são importantes para o metabolismo, crescimento, disposição, fertilidade, desejo sexual, bem-estar e diversos outros setores do organismo. As alterações hormonais podem tanto ser a causa, como a consequência de inúmeras patologias — que, muitas vezes, passam anos despercebidas.  É o caso, por exemplo, do hipotireoidismo, endometriose, síndrome dos ovários policísticos (SOP), entre tantas outras que provocam desequilíbrios hormonais. Neste sentido, a compreensão da hormonologia permite ao profissional uma melhor compreensão a respeito do funcionamento do corpo humano, o que facilita a busca de causas baseando-se  na sintomatologia do paciente.  Além disso, esse conhecimento possibilita que o profissional tenha a capacidade de prevenir, tratar e fortalecer a saúde dos pacientes por meio do Tratamento de Reposição Hormonal (TRH), promovendo uma expansão da longevidade mais saudável para o indivíduo em questão.  Por exemplo, um estudo realizado por cientistas da Universidade de Bristol, analisou os benefícios da reposição hormonal de cortisol e mostrou melhoras significativas na função cognitiva dos pacientes participantes do estudo.  As descobertas se tornam importantes para auxiliar pacientes com insuficiência adrenal, uma consequência do declínio do cortisol no organismo humano. Hormonologia: o estudo sobre o corpo humano e seus hormônios A Hormonologia é a ciência que se interessa pelos hormônios, que busca entender seu papel no corpo, seu funcionamento e também os distúrbios causados quando sua produção se esgota ou sofre redução. Os hormônios são substâncias químicas sintetizadas pelas glândulas endócrinas, como a tireóide, pituitária, dos ovários e testículos, entre outras.  O hipotálamo e a hipófise são as duas glândulas cerebrais que, sozinhas, controlam todas as secreções hormonais no corpo.  Portanto, é responsabilidade deste processo o controle, reparação e ativação de quase todas as funções essenciais, tais como:  Metabolismo; Crescimento; Regulação da temperatura corporal; Fome; Sede; Sono; Puberdade; Ciclo menstrual feminino; Gravidez; Amamentação; Comportamento sexual; Emoções. Com os estímulos enviados, o hipotálamo responde liberando hormônios.  Em resposta a um determinado sinal tais como desidratação ou estresse, por exemplo, essas glândulas liberam suas secreções no sangue. Isso as transporta para órgãos-alvo para estimular ou inibir uma resposta específica – reabsorção de água pelos rins, liberação de açúcar e aumento na pressão arterial. Os hormônios são vitais para a saúde do ser humano Como foi possível compreender, os hormônios controlam a maioria das funções essenciais do corpo humano, incluindo todos os processos metabólicos, reprodução, crescimento, regulação da sede ou do sono. E também a resposta do corpo ao estresse.  Diante disto, a hormonologia é uma área essencial à prática médica, afinal, compreender o papel dos hormônios e como eles agem no corpo humano, é fundamental para tratarmos as mais variadas patologias. Dessa forma, não só o médico, mas todo profissional da área da saúde deve buscar conhecimento sobre a área da hormonologia, com o intuito de  mudar sua percepção em relação à saúde integrada de um paciente.

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Exercício físico e sua influência na prevenção de patologias
Estilo de Vida

A prática de exercícios é sempre um bom caminho a seguir para obter uma vida de qualidade.  Durante a prática de exercícios não são somente os músculos que são afetados. Atividades físicas podem resultar em alterações no cérebro e no organismo como um todo. Essas alterações trazem inúmeros benefícios para a saúde metabólica, cardiovascular e imunológica de um indivíduo. Além disso, os efeitos que a atividade física proporciona ao corpo são fascinantes, o que direciona para diversas pesquisas e novas descobertas na área.  Continue a leitura e compreenda mais sobre o exercício físico e a sua influência na prevenção de patologias. Afinal, qual o papel do exercício físico na saúde do ser humano? Não é segredo que a prática de exercícios é sinônimo de viver bem.  Quando praticamos atividade física, o aumento da frequência cardíaca promove a oxigenação do cérebro, estimulando o fluxo sanguíneo no local.  Isso estimula o cerebelo, responsável pela coordenação motora, e também aumenta a atividade no hipocampo, associado à memória e ao aprendizado. Além disso, estudos indicam que esse hábito contribui também para a neurogênese, ou seja, a formação de novos neurônios.  Isso proporciona ao corpo uma otimização cerebral que pode ajudar na prevenção de patologias como Depressão, Parkinson, Alzheimer e Acidente Vascular Cerebral (AVC). No entanto, a prática de exercícios físicos também traz mudanças em nível molecular.  Um estudo de 2020, constatou que quase dez mil moléculas são alteradas durante e após a atividade física, que envolvem processos relacionados ao metabolismo energético, estresse oxidativo, inflamação, reparação de tecido, resposta do fator de crescimento e caminhos regulatórios. E as descobertas não param por aí! Um outro estudo, liderado pela Universidade de Melbourne, mostrou que diferentes tipos de exercício alteram as moléculas em nossos músculos de maneiras diferentes. Isso resultou na descoberta de um novo gene que promove a força muscular: o gene C18ORF25. Quando ativado pela atividade física, ele apresenta potencial para o desenvolvimento de tratamentos terapêuticos para imitar alguns dos benefícios do exercício. A identificação do novo gene leva os pesquisadores a crer que tal descoberta pode afetar a forma como lidamos com o envelhecimento saudável, doenças de atrofia muscular, ciência do esporte e até mesmo a pecuária e a produção de carne.  Isso porque promover a função muscular ideal é um dos indicadores para a promoção da saúde na população em geral. Existe uma quantidade limite de exercício físico? O exercício induz redes de sinalização para melhorar a função muscular e conferir benefícios à saúde. Ele por si só é uma das primeiras indicações na prevenção de patologias.  No entanto, tudo tem um limite.  Existe um ponto em que o exercício, que geralmente beneficia a saúde, pode trazer sérias consequências para aquele que pratica.  O excesso ou desempenho inadequado podem ter efeito reverso e causar complicações na saúde.  Um artigo, publicado no jornal The New York Times,  explica como essa relação acontece.  Ao se exercitar, seu corpo responde ficando em forma, mais forte e mais rápido. Essas melhorias não acontecem durante o treino em si, mas ocorrem durante o período de recuperação.  É quando seu corpo repara os danos causados ​​por exercícios intensos, como micro rasgos em suas fibras musculares e faz adaptações, como aumentar as mitocôndrias produtoras de energia em suas células. Enquanto que o seu corpo for capaz de acompanhar esse trabalho de reparo, seus treinos continuarão ajudando seu desempenho.  Contudo, quando o estresse dos treinos se acumula, além de sua capacidade de recuperação, você entra na zona do excesso, conhecida na comunidade esportiva como overtraining.  Não há uma medida específica de até onde o treino é benéfico, porque essa variação depende das particularidades físicas, objetivos com o exercício e estado mental de cada pessoa.  Por isso, recomenda-se buscar acompanhamento de um profissional de confiança da área para garantir que as práticas permaneçam benéficas à saúde e proporcionem resultados positivos. O corpo humano não foi feito para ficar parado Desde os primórdios da humanidade, o ser humano utiliza a atividade física para sobreviver.  Com as mudanças no mundo, porém, o nomadismo ficou para trás e o sedentarismo entrou em cena.  Contudo, o nosso físico não foi feito para permanecer parado por longos períodos, e isso se evidencia cada vez mais.  Segundo um estudo brasileiro, publicado na revista American Journal of Preventive Medicine, permanecer sentado mais de três horas por dia está diretamente associado a 3,8% dos óbitos por todas as causas no mundo.  O mais grave nessa pesquisa é que a estatística inclui mesmo quem se exercita com regularidade. Ou seja, mesmo que você pratique exercícios físicos de maneira regular, permanecer sentado em demasia ainda pode representar danos à sua saúde.  Além das comuns dores nas costas – na lombar, no pescoço, nos ombros -, ficar tempo demais sentado aumenta os riscos de diabetes, obesidade, trombose venosa profunda, doenças cardiovasculares e síndrome metabólica. Segundo um artigo, publicado pela Harvard Medical School, os pesquisadores não sabem ao certo por que ficar sentado por muito tempo apresenta consequências tão prejudiciais à saúde.  Contudo, uma explicação possível é a constatação de que, permanecer em uma posição de descanso, pode relaxar seus maiores músculos.  Quando os músculos relaxam, eles absorvem pouca glicose do sangue, aumentando o risco de diabetes tipo 2, por exemplo E, como pudemos perceber, nem aqueles que se exercitam conseguem fugir da realidade.  Embora o exercício regular seja sempre recomendado, ele não compensa completamente todos os riscos para a saúde que ficar muito

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Conheça mais sobre a importancia da reposição
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Muito se fala a respeito da necessidade de manutenção de vitaminas em nosso corpo, porém você sabe qual a real importância da reposição vitamínica?  Muitas substâncias necessárias para o bom funcionamento do corpo não são produzidas pelo organismo, e por isso, devem ser consumidas na alimentação ou suplementadas. No Brasil, dados da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais (Abiad) mostram que, em 2020, 59% das casas brasileiras tinham pelo menos uma pessoa consumindo vitaminas suplementares. Considerando tal cenário, elucida-se a importância de, perante a tantos ataques à nossa saúde, cada vez mais cuidados são necessários para mantermos o nosso bem-estar.  Continue a leitura para compreender melhor a importância da reposição vitamínica para a saúde.  Afinal, qual a importância da reposição vitamínica? São diversos os fatores do dia a dia que podem fazer com que a alimentação fique carente de nutrientes essenciais para manter o organismo em bom funcionamento.  Sejam macro ou micronutrientes, uma alimentação balanceada é essencial para a manutenção de diversos nutrientes, tais como as vitaminas.  No entanto, levando em consideração o estilo de vida moderno e também as quantidades presentes nos alimentos, não é acaso que para suprir os valores nutricionais que o corpo necessita, muitas pessoas recorrem à suplementação vitamínica, visando melhorar a qualidade da saúde e prevenir doenças. As vitaminas são compostos bioquímicos que impactam o funcionamento do metabolismo, a produção de hormônios e atividades celulares, como o transporte e ligação com outras substâncias.  A reposição de vitaminas é um aspecto importante dos cuidados com a nutrição humana: um processo que envolve a aplicação de exames periódicos para medir as proporções de vitaminas, a consequente adaptação da dieta e implementação de tratamento.  A suplementação pode trazer inúmeros benefícios à saúde, como a melhora no condicionamento físico e mental, bom humor e sensação de bem-estar, ganho de massa muscular, perda de gordura e aumento da expectativa de vida.  Contudo, ela deve ser pautada de acordo com as necessidades nutricionais de cada indivíduo, considerando sua faixa etária, histórico alimentar e preexistência de doenças. Para que isso aconteça, é essencial contar com um profissional com conhecimentos em hormonologia e suplementação vitamínica, a fim de que sejam avaliadas as necessidades e proposto o tratamento mais eficaz para o indivíduo em questão. Compreenda o papel das vitaminas no organismo humano As vitaminas são indispensáveis para o bom funcionamento do organismo.  Sabendo disso, não são poucos os estudos feitos com o direcionamento de entender o verdadeiro papel das vitaminas no organismo.  Além dos benefícios mais conhecidos como: vitamina A para a saúde da pele, vitamina C para fortalecer o sistema imunológico e vitamina D para prevenir depressão, foram encontradas outras funcionalidades das vitaminas que são importantes para o corpo.  Por exemplo, segundo estudos realizados pelo Institute for Functional Medicine, na Flórida, mais de 40% dos casos de depressão são causados pela falta de vitamina B9 no organismo.  Tal vitamina age como cofator na produção de serotonina, um neurotransmissor importante, não somente para garantir  o bom humor, mas que também desempenha uma tarefa essencial na conexão cérebro-intestino. Uma pesquisa brasileira recente encontrou evidências de que a suplementação de vitamina E tem um efeito protetor contra danos musculares – induzidos pelo exercício (EIMD), através da possível inibição da formação radical livre e estabilização da membrana celular. Outra vitamina que também é objeto de muitas pesquisas é a vitamina D, conhecida popularmente como a vitamina do sol. Uma pesquisa publicada no British Journal of Dermatology revelou que bebês tinham um risco menor de desenvolver eczema atópico no primeiro ano se suas mães tomassem 1.000 unidades internacionais (UI) de vitamina D por dia, desde a 14ª semana de gravidez até o nascimento.  O efeito foi particularmente observado em bebês que foram posteriormente amamentados por mais de um mês. A cada ano,é cada vez mais compreendido o papel dessas substâncias no nosso organismo e como elas podem nos ajudar a caminhar rumo a qualidade de vida.  Como funciona a reposição vitamínica? Sabemos que vitaminas são substâncias que o organismo extrai de alimentos e de alguns hábitos do nosso dia a dia, como tomar sol.  No entanto, somente esses hábitos rotineiros não conseguem suprir a necessidade nutricional que o nosso organismo precisa para nos manter saudáveis, além de tais fontes não fornecerem quantidades suficientes das vitaminas em questão. Portanto, uma boa solução para poder manter o corpo saudável, é combinar uma alimentação equilibrada e completa com a suplementação de vitaminas.  A reposição vitamínica, quando necessária, pode ser feita de forma oral (gotas ou comprimidos) diária ou semanalmente. Em alguns casos também pode ser feita mensalmente de forma injetável. Contudo, esse método exige avaliação e acompanhamento médico.  Afinal, é um tratamento individualizado que pode variar conforme hábitos pessoais e histórico médico. Assim, pode-se manter o nível adequado de vitaminas ingeridas garantindo a absorção correta das substâncias no organismo. 

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O sono de má qualidade pode influenciar na incidencia de doenças
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Não é incomum ouvirmos sobre as dores no corpo ou fadiga por causa de uma noite mal dormida, no entanto, quais os efeitos do sono de má qualidade na saúde de um indivíduo?  O sono de qualidade é considerado um dos três pilares para alcançar uma vida de qualidade.  Contudo, cada vez mais pesquisas comprovam que uma noite mal dormida pode trazer malefícios bem mais graves do que somente fadiga mental no dia seguinte.  Quanto mais a privação de sono torna-se algo recorrente no cotidiano do paciente, maior se torna o risco que ele corre de desenvolver patologias graves.  Para entender os efeitos do sono de má qualidade na saúde, continue a leitura.  Afinal, quais são os efeitos do sono de má qualidade? Segundo a Associação Mundial de Medicina do Sono, os problemas de sono constituem uma epidemia global que ameaça a saúde e a qualidade de vida de mais de 45% da população mundial.  Infelizmente, cada vez mais é normalizado o sono de má qualidade. Às vezes até romantizado e levado como recorde e motivo de orgulho, principalmente entre os jovens.  Os adolescentes (desde o início da puberdade até os 21 anos de idade) são a subpopulação mais cronicamente restrita ao sono em todo o desenvolvimento humano.  Dados de todo o mundo sugerem que os adolescentes dormem muito tarde e muito pouco, o que sustenta o fato acima citado. Em artigo publicado na Nature Reviews Psychology é analisado que, embora os problemas do sono tenham sido considerados um sintoma da depressão na adolescência, evidências emergentes sugerem que as dificuldades do sono surgem antes da depressão.  Dois terços dos adolescentes deprimidos têm pelo menos um transtorno comórbido.  Depois dos distúrbios do sono, a ansiedade é o problema de saúde mental comórbido mais comum em adolescentes com depressão Um artigo feito pela Royal Society for Public Health, em conjunto com a University of Oxford, consta que quem tem maior privação de sono corre um risco muito mais alto de desenvolver doenças cardiovasculares, câncer, diabetes e, como dito antes, depressão. Evidências reunidas durante a pesquisa concordam: o sono desempenha um papel fundamental na proteção de doenças graves. Dentre os problemas com a nossa saúde e bem-estar, os acidentes relacionados com o sono são uma das principais causas de lesões e morte. Além do fato de que dormir mal aumenta o risco de doenças crônicas, incluindo pressão alta, diabetes, depressão, câncer, ataque cardíaco e acidente vascular cerebral.  A má qualidade do sono também está relacionado à obesidade em crianças e adultos e à redução da qualidade de vida e morte precoce. Em idosos, também pode estar relacionado ao declínio cognitivo. Apesar de todas essas evidências, o número de pessoas que não dormem o suficiente é cerca de 4 em cada 10. Enquanto 1 em cada 5 pessoas dorme mal na maioria das noites. Hoje, o sono de má qualidade representa o segundo problema de saúde mais comum de queixa após a dor. Compreenda a importância do sono para a saúde Assim como existem consequências nocivas para a saúde, devido ao sono de má qualidade, quando respeitamos o ciclo do sono e conseguimos uma boa noite de sono, podemos obter inúmeros benefícios para a nossa vida. Afinal, dormir bem é essencial para a manutenção da nossa saúde. Entretanto, muito se discute a respeito do correto número de horas ou até mesmo sobre a hora certa para dormir e acordar, a fim de garantir um sono de qualidade. Uma base importante para um sono de qualidade é o respeito ao ciclo circadiano, também chamado de ritmo circadiano – o mecanismo responsável por regular as ações do organismo humano de acordo com o dia e a noite. Respeitar o ritmo circadiano é fundamental para a qualidade de vida. Além de proporcionar o descanso necessário, obter um sono de qualidade pode trazer benefícios à longo prazo, como por exemplo a manutenção do sistema imunológico, auxiliando na proteção do corpo contra possíveis ataques, ou até mesmo o gerenciamento de estresse, afinal, estar descansado para enfrentar a rotina de trabalho com energia e disposição facilita a realização de tarefas cotidianas. Dicas para ter um sono de qualidade Como foi possível compreender, os efeitos do sono de má qualidade na saúde de um indivíduo são muitos, assim como os efeitos de uma noite bem dormida são também. Afinal, o nosso corpo precisa do sono não somente para descansar, mas para funcionar plenamente ao longo do dia. Então, confira algumas dicas para ter um sono de qualidade.  Dica #1 – Ambiente propício  Segundo os pesquisadores, a luz ambiente possui efeito significativo sobre os níveis de melatonina no organismo, afetando diretamente a qualidade e quantidade de sono do indivíduo, além de afetar a pressão arterial e a regulação dos níveis de glicose. A exposição à luz durante a noite prejudica a produção de melatonina, encurtando a sua duração em cerca de 90 minutos, de acordo com estudo. Isso significa que, até no máximo às 23h, um indivíduo deve deitar em um ambiente tranquilo e totalmente escuro. Afinal, qualquer influência relacionada à luz, como abajures, celular e outras luzes no quarto podem acarretar problemas relacionados ao sono. Dica #2 – Mantenha uma alimentação saudável A nossa alimentação pode afetar a qualidade do sono, seja negativa ou positivamente. De acordo com um estudo, consumir alimentos muito próximo ao horário de dormir afeta a qualidade do sono de indivíduos considerados saudáveis. Alimentos processados, com muito

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Você sabe qual o papel da alimentação para a qualidade de vida do ser humano?  Se alimentar bem não serve somente para estar em boa forma, há razões científicas para ser tão pedido esse hábito. Afinal, uma boa alimentação leva a um bom funcionamento do intestino.  Além de ser um órgão fascinante, o intestino possui uma função vital para a manutenção da qualidade de vida. Ele possui neurônios e aloja trilhões de bactérias, boa parte delas envolvida em processos cruciais ao organismo.  Não é à toa que é chamado de segundo cérebro, não é mesmo?  Entretanto, qual o papel do segundo cérebro para o pleno funcionamento do organismo humano? Acompanhe a leitura e entenda ao longo do artigo. Afinal, o que é a conexão cérebro-intestino? No livro,  “A Incrível Conexão Intestino Cérebro”, de Camila Rowlands, a autora explica que nunca antes havia sido visto tão claramente que o medo, a ira, o amor, a felicidade, a paz de espírito, o equilíbrio emocional são assuntos “das vísceras”. Ou seja, nossas emoções estão atreladas ao nosso intestino.  Rowlands explica que, há poucos anos atrás acreditava-se que o comando absoluto sobre o resto dos órgãos era exercido pelo cérebro, que desde o alto dirigia, por exemplo, a atividade intestinal.  Contudo, hoje se sabe que o intestino tem o mesmo grau de importância que o cérebro cranial, possuindo plena independência dos processos intestinais que são vitais para o bom funcionamento de todo o corpo.  “O intestino é, literalmente, nosso segundo cérebro”. A partir da descoberta científica dessa importante relação, facilitou-se o processo da compreensão da medicina a respeito das ligações entre o sistema digestivo e as reações emocionais e oscilações de humor de um indivíduo, além do contexto geral da saúde de um indivíduo. Na verdade, o intestino por si só não é considerado o segundo cérebro, mas sim, todo o Sistema Nervoso Entérico.  Afinal, ele possui mais de 500 milhões de neurônios que revestem o trato gastrointestinal do esôfago até o reto, suficiente para formar um sistema nervoso próprio, responsável por coordenar tarefas como a liberação de substâncias digestivas e os movimentos que estimulam o bolo fecal a ser expelido, além da produção e liberação de diversos mensageiros químicos.  Os mais de 30 neurotransmissores produzidos no órgão, entre eles a serotonina – um dos hormônios do famoso “quarteto da felicidade” -, são encarregados por transmitir informações dentro do próprio sistema e com o resto do corpo, estabelecendo uma comunicação eficiente entre o intestino e o cérebro.  Essa conexão é possibilitada a partir da ligação direta entre o intestino e o encéfalo através do nervo vago, estrutura que passa pelo tórax e liga o sistema gastrointestinal à cabeça.  Em resumo, ela funciona como uma via de mão dupla, o que explica o porquê podemos sentir frio na barriga ou vontade de urinar, em frente a uma situação de estresse ou nervosismo.  Além disso, no intestino também se encontra a chamada Microbiota, objeto de muitos estudos recentes.  A microbiota intestinal, também chamada de flora intestinal, é um conjunto de micro-organismos – não só bactérias – que vivem no trato gastrointestinal humano.  Considerado o maior reservatório de microrganismos, o intestino mantém um estado de simbiose com as bactérias presentes no nosso organismo.  É por isso que, ao contrário do que se esperava, esses organismos não nos adoecem, pois nessa relação tanto eles quanto nós saímos ganhando.  A função da microbiota é auxiliar em vários processos, como por exemplo no processo de digestão de alimentos.  Além de monitorar o desenvolvimento dos micro-organismos que causam doenças. Ela tem influência direta na imunidade, cognição e saúde em geral.  Hábitos ruins no geral, podem afetar o intestino e seu funcionamento, mas a alimentação incorreta o atinge diretamente, desregulando seus processos e trazendo consequências para os outros processos do corpo humano.  Alimentação saudável é o suficiente para viver com qualidade? Segundo um estudo, que buscou entender a função das bactérias presentes no intestino na saúde, possuir grande variedade de tipos de bactérias intestinais pode melhorar o desempenho de funções essenciais para o corpo humano nas quais a microbiota tem influência.  Além disso, de acordo com os pesquisadores, a presença de tais bactérias também favorece melhorias nos sintomas de depressão, ansiedade e até mesmo outros distúrbios relacionados ao humor. Dessa maneira, é possível compreender que um intestino saudável, consequentemente, contribui para uma maior qualidade de vida. Da mesma forma, ao manter hábitos não saudáveis, contribui-se negativamente para a saúde da microbiota intestinal e interfere-se de maneira prejudicial no funcionamento de todos os sistemas do corpo. Nesse sentido, impera a necessidade de focar em condutas benéficas para a saúde do intestino e, consequentemente, de todo o corpo. Melhorar hábitos alimentares como evitar dietas restritivas, mastigar bem os alimentos, consumir regularmente alimentos probióticos e prebióticos e evitar o consumo de glúten, são algumas mudanças que são boas práticas para começar a melhorar a saúde intestinal.  Entretanto, é importante lembrar que existem outras condutas que podem influenciar a saúde desse órgão, como: sono desregulado, exercício em excesso, estresse descontrolado e consumo exagerado de álcool são apenas alguns exemplos de hábitos não diretamente relacionados com o intestino, mas que podem prejudicá-lo.  Além disso, manter um cronograma de consultas com um profissional médico é essencial, para reposição hormonal e avaliação do paciente de maneira integrada.

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Integrativa em Foco

Segundo dados colhidos entre 2018 e 2019 pela Associação Brasileira do Sono (ABS), a população brasileira estava dormindo menos de 6,6 horas por dia, em 2018. Número este que passou para 6,4 horas por dia em 2019. Com o intuito de demonstrar errônea a ideia de que o período de quarentena tenha possibilitado que as pessoas alcançassem mais qualidade para o seu sono, um estudo entrevistou mais de 1600 pessoas para saber como seu sono havia sido afetado pela pandemia. No levantamento, 55,1% dos entrevistados relataram piora do sono durante a quarentena, por motivos que incluem a preocupação com os efeitos da pandemia, maior exposição às telas de TV, computador e celular, dificuldade em iniciar o sono e a indisposição ou falta de entusiasmo. Quer entender mais sobre os hábitos de sono dos brasileiros? Continue a leitura.  Afinal, é comum acordar cansado? Uma pesquisa do Mapa do Sono dos Brasileiros, feita pelo Ibope, mostra que 65% dos brasileiros têm baixa qualidade de sono.  Entretanto, somente 7% das pessoas nessa condição procuram profissionais médicos quando têm dificuldades para dormir.  A pesquisa revelou ainda, que 34% dos entrevistados afirmam ter insônia, porém apenas 21% declararam possuir o diagnóstico da doença. Com a crescente normalização de um sono de má qualidade, é preciso relembrar a importância que o sono de qualidade representa para a saúde do ser humano. Afinal, quando não dormimos bem, nos sentimos indispostos, cansados e irritados, além de estar predispostos ao agravamento ou geração de diversos distúrbios e patologias nocivos. Antes de procurar ajuda de um profissional, as 2.635 pessoas entrevistadas afirmaram que, para tentar resolver as dificuldades que enfrentavam com o sono, procuraram tentar criar uma rotina noturna. Tal rotina incluía: tentar dormir e acordar no mesmo horário, e ter uma alimentação saudável.  Ainda entre as respostas populares para a tentativa de melhorar o sono, muitos tentaram parar de beber ou fumar e reduziram os medicamentos que ingeriam.  Apesar da baixa procura por médicos, 83% dos entrevistados do Mapa do Sono dos Brasileiros reconhecem que a insônia é uma doença. Entretanto, 77% dessas pessoas afirmam que o distúrbio é consequência de outras enfermidades, ou seja, desconhecem insônia como doença específica que precisa de tratamento. Conheça as consequências que os distúrbios do sono podem acarretar para a qualidade de vida Em um artigo publicado em 2007, o sono é descrito da seguinte forma:  “O sono é uma função biológica fundamental na consolidação da memória, na visão binocular, na termorregulação, na conservação e restauração da podem acarretar alterações significativas no funcionamento físico, ocupacional, cognitivo e social do indivíduo, além de comprometer substancialmente a qualidade de vida.” Portanto, o sono prova-se ser uma ferramenta essencial para o funcionamento humano, acarretando consequências sérias quando não possui qualidade. Os distúrbios do sono provocam consequências adversas na vida das pessoas por diminuir seu funcionamento diário, aumentar a propensão a distúrbios psiquiátricos, déficits cognitivos, surgimento e agravamento de problemas de saúde, aumentar os riscos de acidentes de tráfego e absenteísmo e improdutividade no trabalho.  No geral, a falta de uma boa noite de sono de qualidade pode causar problemas de saúde, diminuir a expectativa de vida e influenciar no bem-estar diário. Estudos apontam que dormir somente 5 horas ou menos durante um dia pode aumentar cerca de 15% os riscos de mortalidade de uma pessoa. Considerando que o sono é tão essencial para o nosso  dia a dia, é preciso ter consciência sobre como manter um sono saudável e reparador, apesar dos desafios que a vida moderna nos impõe.  Como dormir bem? Na ânsia por conseguir uma noite de sono de qualidade, muitas pessoas acabam recorrendo a medicamentos.  O número de pessoas que tomavam remédios para dormir já supera os 15 milhões no Brasil, segundo uma pesquisa do IBGE de 2013.  Já uma pesquisa mais recente, feita pela startup SleepUp, indicou que 35% das pessoas que usam medicamentos para insônia o fazem sem prescrição médica. Percebe-se que a busca pelo sono de qualidade é uma preocupação constante entre os brasileiros, mas existem outras práticas que podem substituir as soluções farmacológicas, além de trazer benefícios para diversas áreas da vida. Confira alguns exemplos: Crie um ambiente propício ao sono, mantenha o quarto escuro e silencioso para potencializar o sono. Ter um colchão confortável e de qualidade também ajuda.  Procure relaxar durante 3 ou 2 horas antes de se deitar. Evite alimentos estimulantes antes de se deitar, como o café, canela, pimentas e aqueles com excesso de açúcar. Evite atividades estimulantes perto do horário de dormir.  Não permaneça conectado à televisão ou ao celular Tenha uma rotina: ajuste um horário regular para ir dormir e para se levantar. Evite vícios, como o cigarro e o álcool. As substâncias podem prejudicar seu sono. Evite cochilos muito longos durante o dia, eles podem interferir no sono da noite. Se ao tentar mudar seus hábitos para ter uma melhor noite de sono, esse problema não foi resolvido, ainda tem-se uma opção: recorrer ao hormônio do sono. Apesar de ser comumente conhecido como hormônio do sono, essa substância na verdade se chama: melatonina. Este hormônio é uma parte central do ciclo de sono-vigília do corpo e orientação do ciclo circadiano – responsável por ativar ou não as funções do organismo de acordo com o horário do dia.  Algumas práticas, anteriormente citadas, ajudam a potencializar a produção de melatonina, como por exemplo: ela aumenta com a escuridão noturna promovendo um sono saudável e

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Porque os nossos sentimentis afetam nossa qualidade de vida
Estilo de Vida

O humor pode dizer muito sobre a saúde do corpo. Isso ocorre através do trabalho desempenhado pelos neurotransmissores, os mensageiros químicos conhecidos como “hormônios da felicidade”. Dentre os mais conhecidos estão a serotonina, dopamina, ocitocina e endorfina, que desempenham um papel importante na fisiologia humana e na patologia. Evidências científicas indicam que os neurotransmissores possuem um papel fisiológico importante em várias doenças digestivas, atuando como ligantes em combinação com receptores para transmitir os sinais responsáveis pela regulação dos processos fisiológicos e patológicos dos órgãos do trato digestivo.  Por isso, é possível afirmar a influência direta que os neurotransmissores possuem sobre a qualidade de vida de um ser humano. Continue a leitura e compreenda mais sobre a temática. Afinal, o que são os neurotransmissores e qual o seu papel? Os neurotransmissores são os mensageiros químicos do corpo. Seu principal trabalho é transmitir sinais de células nervosas para células-alvo, que podem ser encontradas em músculos, glândulas e outros nervos. Eles estão presentes no sistema nervoso e possuem papel fundamental para o desenvolvimento humano, funções corporais e qualidade de vida, de acordo com a ciência. Afinal, qual o seu papel para a promoção da qualidade de vida? Sabemos que o sistema nervoso é responsável por controlar os órgãos do corpo humano, desempenhando funções cruciais para ele. Essa transmissão de mensagens, enviada pelos neurotransmissores, se anexa a receptores específicos em células-alvo, onde são desencadeadas suas determinadas funções. A partir dessa entrega de mensagem, é como receber uma entrega pelo correio: você a desembala e usa! Assim funciona o trabalho dos neurotransmissores no corpo humano. De acordo com a ciência, existem mais de 100 neurotransmissores até o momento, considerando que novas descobertas ocorrem diariamente. Além disso, dentre os diferentes tipos existentes, eles também possuem diferentes tipos de ações e funções.  Confira algumas: Neurotransmissores excitatórios encorajam uma célula alvo a agir. Neurotransmissores inibidores diminuem as chances da célula alvo agir, podendo promover um efeito relaxante. Neurotransmissores moduladores podem enviar mensagens para muitos neurônios ao mesmo tempo, comunicando-se com outros neurotransmissores. Ainda, alguns neurotransmissores podem realizar várias funções dependendo do tipo de receptor a que se conectam. Dessa maneira, é possível compreender um pouco mais sobre a sua relação com a qualidade de vida do ser humano, afinal, os neurotransmissores são responsáveis por agitar ou relaxar um indivíduo, por exemplo. Compreenda como os neurotransmissores influenciam a saúde do ser humano Como foi possível compreender, existem diversos tipos de neurotransmissores descobertos pela ciência. O número ultrapassa 100! Neste sentido, promover o conhecimento do indivíduo a respeito da importância de tais hormônios é essencial não somente para a manutenção do seu humor, mas também para promover a saúde intestinal e, consequentemente, de todas as funções que dela dependem. Afinal, nossas emoções estão interligadas com a maneira com a qual dormimos, nos movimentamos, nos alimentamos e diversas outras ações cotidianas essenciais para o ser humano. Conheça alguns hormônios importantes e essenciais para se sentir bem e, mais importante, saudável. DOPAMINA A Dopamina é um importante neurotransmissor durante ações como: manutenção da memória, processos de aprendizagem, controle de movimentos e até mesmo a regulação do fluxo sanguíneo. Tal neurotransmissor é conhecido comumente como uma sensação de prazer, auxiliando no relaxamento do corpo e promovendo a sensação de bem-estar. Estudos inclusive, indicam que existem ligações entre a deficiência de dopamina e patologias crônicas, como a doença de Parkinson. Além disso, a sua ativação no corpo pode ser utilizada como uma forma de tratamento para aliviar os sintomas da doença e também, para distúrbios como a depressão, ansiedade, transtorno bipolar e outras condições. Exercitar-se regularmente pode aumentar normalmente os níveis de dopamina no organismo. SEROTONINA Serotonina é um neurotransmissor considerado inibidor. Ou seja, a sua ativação ajuda a regular o humor, o comportamento, o sono e a memória. Evidências científicas sugerem que a exposição à luz solar pode ajudar a aumentar os níveis de serotonina, essenciais para a promoção de bem-estar, mas também de outras funções importantes como: depressão, ansiedade, enxaquecas, transtorno de estresse pós-traumático (TEPT) e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Ela também pode ser ativada quando o indivíduo se encontra em uma situação prazerosa, que promove sensações positivas para o seu corpo. ENDORFINA Que o exercício físico é um dos principais desencadeadores para a liberação dos hormônios do bem-estar ou endorfina, nós sabemos. Contudo, a intensidade e a frequência da atividade são pontos fundamentais para a liberação suficiente do hormônio. Pesquisas sugerem que, adultos que se envolvem em atividade física intensa e constante podem experimentar um aumento significativo na liberação de endorfina, quando comparados aos que praticam, durante o mesmo tempo, um exercício menos exigente. Segundo os cientistas, adultos devem se envolver em pelo menos 150 minutos de atividade aeróbica de intensidade moderada ou 75 minutos de atividade aeróbica de intensidade vigorosa toda semana, com o objetivo obter uma saúde física de qualidade. Além disso, os benefícios obtidos com o exercício não são apenas físicos, podendo contribuir para o humor, alívio da ansiedade e outros distúrbios relacionados a esse âmbito. O que significa ter saúde e qualidade de vida? Do que você precisa para se sentir bem e saudável? Muitas vezes nos focamos em sintomas ou fatores relacionados apenas à saúde física – o que não está errado e nem tampouco é irrelevante. Contudo, é preciso compreendermos a força e influência que outros fatores, relacionados aos nossos sentimentos e relações, possuem sobre a nossa saúde. Nesse sentido, cabe esclarecer o papel que hormônios

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5 beneficios de exercer a medicina da longevidade17.42.18
Carreira Médica

        É cada vez mais visível a busca da população por formas de tratamento mais eficazes e humanizadas, através de uma relação mais próxima com o médico, desconstruindo o conceito de que a consulta é um momento a ser “temido”. Através desse modelo de Medicina, o olhar ao paciente está direcionado à descoberta das causas relacionadas aos problemas que enfrenta.  A Medicina da Longevidade refere-se a forma de tratamento humanizado e integrado, reforçando a importância que a relação transparente entre o médico e o paciente representa. Confira alguns benefícios de praticar a Medicina da Longevidade em seu cotidiano, promovendo assim, qualidade de vida e uma vida mais saudável e longínqua ao paciente. 1. Desenvolvimento de um plano de tratamento individualizado, baseado nas demandas e necessidades do paciente. A medicina da longevidade é uma medicina preventiva personalizada, focada em biomarcadores relacionados ao envelhecimento e à longevidade saudável.  O tratamento individualizado tem como objetivo otimizar os resultados com base nas características particulares de cada paciente. Dessa forma, são avaliados hábitos, rotina, comportamentos, histórico de saúde, sintomas, queixas e também são requisitados exames específicos para cada paciente. Tendo assim, um tratamento mais eficaz e direcionado especialmente para o que o paciente precisa, otimizando o atendimento e agradando o paciente.  2. Construção de uma relação de parceria entre médico e paciente. A duração das consultas diminuiu e a antiga conversa, baseada numa escuta atenta do profissional de saúde, foi substituída por pedidos de exames seguidos da prescrição de medicamentos.  No entanto, informações importantes podem ter sido deixadas de lado e o engajamento ao tratamento fica comprometido se a pessoa não enxergar em seu médico a figura de um aliado que a conheça e entenda. Através de um modelo de Medicina centrado no paciente, o profissional trabalha para conhecer e tratar o paciente de maneira integral, desenvolvendo planos de atendimento individualizados e abrangentes nos quais a saúde mental e as necessidades sociais também são consideradas na prescrição do atendimento.  Além disso, com um atendimento constante e empático o paciente se sente mais confortável e próximo do médico. 3. ​O paciente torna-se agente no tratamento, tornando-se parte do processo. É comum que nos esqueçamos de que o paciente também é um agente responsável pelo sucesso do seu tratamento.  Com uma Medicina inclusiva, o paciente estará consciente de como o tratamento tem que ser feito e que boa parte dos resultados obtidos estão alinhados com as suas ações cotidianas.  É imperativa a necessidade de compreensão de que o paciente também precisa fazer a sua parte. Somente assim bons resultados poderão ser colhidos em busca de uma longevidade mais saudável.  4. ​Todas as abordagens terapêuticas, profissionais de saúde e disciplinas são consideradas, podendo integrar as medidas para a cura e prevenção das patologias. Acreditamos em um modelo de Medicina onde a cura surge antes das patologias. Sempre foi importante cuidarmos da saúde, mas cada vez mais percebemos que não é somente em momentos de doença que devemos buscar profissionais da saúde. O ideal é cuidar constantemente do corpo e da mente, para que a doença não venha a se manifestar. É com esse propósito que um novo modelo de Medicina vem surgindo. Quanto mais cuidar o modo como se vive, o que se come, quanto se dorme ou se são feitos exercícios físicos, menos dificuldades se enfrentarão no futuro, vivendo uma longevidade saudável, já que o que mais acomete idosos é a perda de algumas funções cognitivas que, através de cuidados preventivos, podem ser poderiam ser amenizados ou até mesmo evitados.  5. A saúde é vista de todos os ângulos: bem-estar físico, mental, emocional, social e espiritual. A saúde como bem-estar e qualidade de vida pressupõe o equilíbrio e a harmonia entre os pilares mente-corpo-espírito. Dessa forma, por mais que determinados preceitos devam fazer parte da atuação do médico, é necessário que outros caminhos e práticas também sejam adotados para contribuir com melhorias à qualidade de vida de maneira geral, não apenas na saúde física, mas também na estabilidade emocional. Embora o objetivo principal da Medicina da Longevidade seja melhorar a qualidade de vida dos pacientes, os profissionais de saúde também se beneficiam, visto que cuidar da saúde do paciente de forma ampla e integral permite um acompanhamento integral e profundo do caso ajudando a entender as circunstâncias da doença na vida do indivíduo e dando a oportunidade ao profissional de exercer seu trabalho de maneira completa e eficaz.  Para saber mais sobre a Medicina da Longevidade, siga acompanhando os nossos conteúdos. 

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QUAL-O-FUTURO-QUE-VOCE-ALMEJA-PARA-SI-
Estilo de Vida

Telômeros são estruturas constituídas por fileiras repetitivas de DNA que formam as extremidades dos cromossomos (componentes do núcleo celular responsáveis por transmitir as características hereditárias).  No vocabulário popular, podemos comparar tais extremidades como as “pontas dos cadarços” de um sapato. Do grego, telômero significa “parte final” e sua principal função é manter a integridade estrutural do cromossomo. Neste artigo, você compreenderá 5 condutas que beneficiam a integridade dos telômeros e, como veremos adiante, contribuem para uma vida mais longa e saudável.  Siga a leitura e saiba mais. Telômeros e o envelhecimento: condutas que beneficiam uma longevidade mais saudável Quando falamos sobre envelhecimento, é praticamente inevitável que façamos a conexão com os telômeros. O assunto entrou em voga nos últimos anos, quando três pesquisadores americanos obtiveram o Prêmio Nobel de Medicina em 2009, por seu trabalho sobre o envelhecimento das células e sua relação com o câncer.  Elizabeth Blackburn, Carol Greider e Jack Szostak pesquisaram os telômeros e descobriram que a enzima telomerase e como ela age para proteger os cromossomos do envelhecimento.  Desde então, muitas pesquisas foram realizadas ao longo dos anos, objetivando aumentar a compreensão acerca deste elemento tão vital para a fisiologia humana.   De acordo com a médica Carmen Martin-Ruiz, pesquisadora sobre envelhecimento do Instituto de Neurociência da Universidade de Newcastle, na Inglaterra, é importante ressaltar que o envelhecimento das células não necessariamente tem como consequência um efeito anti-idade no organismo. No entanto, é o tamanho dos telômeros que pode determinar a força biológica de uma pessoa, contribuindo para uma vida mais saudável e com menos doenças. Com o passar dos anos, os telômeros vão se encurtando devido às muitas divisões sofridas pela célula. Como resultado ocorre o envelhecimento, já que as células com telômeros curtos se tornam mais vulneráveis às instabilidades genéticas.   Felizmente, condutas simples e cotidianas podem favorecer com a preservação dos telômeros e, consequentemente, uma longevidade mais saudável. Para saber mais, siga a leitura. Alimentação balanceada: o simples que funciona Um estudo recente publicado na revista britânica The Lancet descobriu que uma dieta pobre gera como consequência 1 a cada 5 mortes, além de ocasionar doenças como a pressão alta e a diabetes. Dessa forma, os pesquisadores indicam a manutenção de uma boa dieta, com alimentos e grãos integrais, minimamente processados, vegetais, frutas, nozes e qualquer fonte natural de proteína, como peixes e carnes magras. Em um estudo recente, pesquisadores descobriram que um tipo popular de alimento parece acelerar esse processo prejudicial: os alimentos ultraprocessados. Tais produtos são completos com uma longa lista de aditivos, incluindo óleos, gorduras, açúcares, amido, isolados de proteína, aromatizantes, corantes, emulsificantes e outros aditivos cosméticos. Exercícios físicos: não há longevidade saudável sem a prática regular de de atividades Um estudo do National Cancer Institute (NCI) descobriu que apenas pequenas quantidades de exercícios diários podem prolongar a expectativa de vida em até 4,5 anos.   A atividade física ajuda a manter um peso corporal saudável, manter ossos, músculos e articulações em bom estado, promover o bem-estar psicológico e reduzir o risco de certas doenças, incluindo alguns tipos de câncer. Em estudos observacionais, níveis mais altos de atividade física ou exercício estão relacionados ao maior comprimento de telômeros em várias populações. Além disso, atletas tendem a ter comprimentos de telômeros mais longos do que os não atletas.  Essa relação é particularmente evidente em indivíduos mais velhos, sugerindo um papel da atividade física no combate aos decréscimos típicos induzidos pela idade no comprimento dos telômeros. Por isso, movimente-se! Pratique exercícios físicos regularmente – o corpo humano não foi feito para o sedentarismo. Mantenha a sua imunidade sempre alta As células do nosso sistema imunológico requerem uma grande quantidade de alimentos ricos em antioxidantes – principalmente frutas e vegetais frescos, especialmente aqueles ricos em vitamina C e beta-caroteno. Os minerais zinco e selênio também são poderosos nutrientes de suporte imunológico e são encontrados em nozes, sementes, mariscos e algumas carnes. No entanto, as mudanças relacionadas aos recursos naturais fazem com que tais minerais sejam cada vez mais escassos e, dessa forma, boa parte da população apresenta carência, necessitando de suplementação a partir da recomendação médica.   Alguns dados indicam que a baixa vitamina D é um fator de risco para um estado imunológico ruim, incluindo doenças autoimunes e Covid. Portanto, se você tem imunidade fraca, é uma boa ideia verificar seus níveis e complementar seu tempo ao sol com suplementação de vitamina D, indicada por um médico de confiança. Sono em dia: um trabalho a longo prazo que faz toda a diferença na saúde Muitas pessoas subjugam a importância do sono para uma vida de qualidade. Como exemplo, podemos citar a frase “trabalhe enquanto eles dormem”, amplamente utilizada para minimizar a importância do sono de qualidade na vida de um indivíduo. A grande verdade é que o descanso é fundamental para a qualidade de vida e também para a construção de uma longevidade saudável. Não é possível envelhecer com saúde sem ter, diariamente, horas de sono de qualidade. Quando falamos de sono, estamos falando de toda uma gama de elementos que compõem nosso sono, incluindo quanto dormimos, quão bem dormimos, quando dormimos, quão consistentes são nossos horários de sono, quão alinhados nossos padrões de sono-vigília estão com o nosso cronotipo. Todos esses fatores – e a presença de distúrbios clínicos do sono – parecem afetar o comprimento dos telômeros de acordo com pesquisas. Um estudo de 2019 examinou dados da iniciativa Women’s Health em mais de

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Maternidade-e-saude-
Estilo de Vida

O Dia das Mães se aproxima e, juntamente com a data, surge a oportunidade de debater sobre um tema extremamente importante: como se dá a influência entre a saúde da progenitora e a qualidade de vida de seu descendente ao longo dos anos. Como veremos a seguir, a saúde da mãe pode impactar nos mais diferentes sentidos o bem-estar do filho ao longo da vida.  Por isso, é muito importante a compreensão de que os hábitos que adotamos no presente não impactam somente a nossa vida futura, mas também a vitalidade de nossos descendentes. Para saber mais sobre o tema, siga a leitura. Precisamos falar sobre as bactérias Engana-se quem pensa que bactérias são elementos pejorativos em nossa sociedade. Na verdade, estima-se que tenham aproximadamente 40 trilhões de bactérias habitando o nosso corpo, similar à quantidade de células do organismo. As bactérias e vírus que um bebê herda de sua mãe desempenham um papel crucial na determinação da saúde da criança mais tarde na vida, de acordo com pesquisas que podem levar a novas intervenções para combater condições como obesidade e alergias. É amplamente aceito que a comunidade de micróbios que vivem em nosso trato digestivo, conhecida como microbioma, desempenha um papel vital. Quando a composição dessa comunidade fica desequilibrada, doenças crônicas podem se desenvolver, afetando nosso metabolismo e a saúde geral.   De acordo com a Dra. Collado, pesquisadora do projeto The Power of Maternal Microbes on Infant Health,  “um desequilíbrio nos micróbios durante os primeiros dias de vida tem um impacto no desenvolvimento do sistema imunológico, que tem um efeito potencial na saúde mais tarde na vida”.  Ela afirma que, até então, a pesquisa descobriu que uma dieta rica em frutas, vegetais, azeite, nozes e leguminosas é a mais adequada para a colonização do intestino infantil, reproduzindo efeitos positivos nos mais diversos sentidos ao longo da vida.  Alimentação durante a gestação pode ter impacto a longo prazo na saúde da criança, sugere estudo Outra pesquisa reforça a importância da alimentação saudável durante a gravidez. As mães que apresentam uma dieta pouco saudável durante a gestação podem colocar seus filhos em risco de desenvolver problemas de saúde irreversíveis a longo prazo, incluindo obesidade, níveis elevados de açúcar no sangue, de acordo com uma nova pesquisa publicada no Science Daily.  No estudo, os pesquisadores mostraram que a dieta da mãe tem um efeito que dura além da adolescência nos ratos, afetando a forma como seus corpos metabolizam os alimentos e sugerindo um impacto na saúde a longo prazo. Os filhos das mães alimentadas com dietas de junk food tinham níveis elevados de triglicerídeos – conhecidos por aumentar o risco de desenvolver doenças cardíacas. Da mesma forma, a prole tinha níveis mais altos de glicose e insulina, o que aumenta a probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2. De acordo com Dr. Bayol, responsável pelo estudo, “os seres humanos compartilham vários sistemas biológicos fundamentais com os ratos, então há boas razões para supor que os efeitos que vemos em ratos podem se repetir em humanos. Nossa pesquisa certamente está de acordo com estudos epidemiológicos que ligam o peso das crianças ao de seus pais”. A ciência mostra que a atividade física durante a gestação traz benefícios a longo prazo Exercícios físicos durante a gestação não são importantes apenas para a saúde das gestantes, mas também para o bem-estar das crianças ao longo da vida. Um estudo recente realizado em roedores verificou que a atividade física e a alimentação das mulheres pode moldar a saúde dos filhos mesmo antes da gestação. Os dados obtidos são extremamente relevantes: quando as mulheres se exercitam durante a gravidez, ela pode auxiliar o feto contra os efeitos prejudiciais herdados pelos maus hábitos alimentares da mãe e também do pai.  O exercício materno durante a gravidez evitou uma série de mudanças “epigenéticas” que afetam o funcionamento dos genes da prole, descobriram os pesquisadores, bloqueando até mesmo os efeitos negativos da obesidade da mãe ou do pai sobre a prole. Os resultados, de acordo com os pesquisadores, fornecem a primeira evidência de que o exercício materno pode prevenir a transmissão de doenças metabólicas de pais para filhos. Yan, um dos pesquisadores, explica que “a mensagem para levar para casa é que nunca é tarde demais para começar a se exercitar durante a gravidez. O exercício regular não só beneficiará a gestação e o parto, mas também a saúde do bebê a longo prazo”. Saúde mental em pauta: como o bem-estar materno afeta a saúde de seus filhos Muitos falamos sobre questões relacionadas à saúde intestinal, obesidade e outras doenças relacionadas ao sobrepeso. No entanto, não podemos deixar de citar a relevância da saúde mental das gestantes e da sua consequência para a qualidade de vida de seus filhos. A depressão e a ansiedade de uma mãe desde a concepção até o primeiro ano de vida do bebê estão associadas a resultados negativos no desenvolvimento até a adolescência, de acordo com um estudo publicado na revista JAMA Pediatrics. Uma mãe que experimenta depressão e ansiedade antes e depois do nascimento está moderadamente ligada aos déficits de linguagem, desenvolvimento cognitivo e motor de seu filho na infância. Os participantes incluíram 195.751 pares de mãe-filho (a) saudáveis ​​de 191 estudos baseados no Reino Unido, Estados Unidos, Holanda, Austrália, Canadá e Noruega.  Depressão e ansiedade no período perinatal tiveram associações pequenas a moderadas com déficits no desenvolvimento do comportamento socioemocional durante a adolescência, como

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O que evitar para conquistar Longevidade mais saudavel
Integrativa em Foco

O que significa ter uma longevidade saudável? Acreditamos que o envelhecimento é um processo inevitável e fisiológico do ser humano, contudo, as suas nocivas consequências à saúde não devem ser normalizadas e banalizadas. Assim, ter uma longevidade saudável é sobre respeitar o seu corpo e suas necessidades, cuidando dele através da adoção de hábitos de estilo de vida saudáveis, bem como o acompanhamento médico para que a sua saúde passe por um olhar clínico e orientando a respeito de condutas a serem tomadas em prol da sua saúde. Por conta disso, hoje vamos esclarecer algumas condutas a evitar para conquistar uma longevidade mais saudável. Continue a leitura e confira. Afinal, o que pode interferir negativamente em uma longevidade saudável? Como foi possível compreender na introdução deste artigo, ter uma longevidade saudável abrange uma série de condutas, em sua maioria, relacionadas ao estilo de vida de cad indivíduo. Nesse sentido, ter uma longevidade saudável é realizar consultas regulares com seu médico de confiança, alimentar-se de maneira adequada e equilibrada, além de buscar viver com qualidade. Em simultâneo, o que pode interferir negativamente em uma longevidade saudável são exatamente atitudes que contradizem um estilo de vida saudável. Afinal, a longevidade saudável é composta por um grupo de ações e atitudes que nós devemos escolher diariamente para viver uma vida tranquila, saudável e feliz. Com o intuito de esclarecer as condutas inapropriadas em prol do envelhecimento saudável, separamos algumas atitudes cotidianas que devem ser evitadas para tal objetivo. O que evitar para ter uma longevidade saudável #1 – Má alimentação O intestino é o nosso segundo cérebro. Ou seja, através dele que controlamos o funcionamento e o desempenho de todo o nosso corpo. Além disso, ele também é responsável por cerca de 95% da produção de serotonina do corpo, o que interfere diretamente na maneira com a qual lidamos com o nosso cotidiano. Assim, o sistema nervoso entérico funciona como um estabilizador do humor, que trabalha de maneira independente do sistema nervoso central do corpo, guiando os desejos e comportamentos de cada pessoa. Com o intuito de ampliar a visão sobre a importância da alimentação para uma longevidade saudável, um estudo, realizado por pesquisadores da Filadélfia, delineou a associação entre as mudanças climáticas e a obesidade.⠀ As descobertas revelaram que, à medida que as temperaturas globais aumentam, as pessoas tornam-se menos ativas fisicamente e menos capazes de queimar o excesso de gordura. Dessa maneira, quadros de sobrepeso ou obesidade tornam-se mais comuns e facilitados.⠀ Além disso, o estudo também englobou as questões climáticas, avaliando a influência que pessoas com sobrepeso possuem sobre o aumento das emissões de gases de efeito estufa, ao considerar a sua opção por utilizar mais meios de transporte com combustível do que optar por caminhadas ou até mesmo andar de bicicleta. Os pesquisadores ainda ressaltaram os perigos e riscos para o desenvolvimento de outras patologias a partir de um quadro de obesidade, como por exemplo o câncer (de mama e endometrial, câncer de esôfago, cárdia gástrica, cólon, reto, fígado, vesícula biliar, pâncreas, rim, glândula tireóide e mieloma múltiplo). O que evitar #2 – Excesso de estresse Quando liberado na corrente sanguínea, o cortisol pode auxiliar em diversas funções do corpo humano, principalmente como uma resposta para eventos de estresse ou de perigo. A liberação do hormônio aumenta o metabolismo da glicose no corpo, controla a pressão arterial e até mesmo reduz a inflamação. Ao longo do dia, os níveis de cortisol no sangue variam de acordo com a atividade diária realizada pelo indivíduo e também devido aos níveis de serotonina – hormônio produzido pelo intestino. Quando acordamos, os níveis de cortisol são maiores e vão diminuindo ao longo do dia, contudo, como citado anteriormente, eventos estressantes ou que representem algum tipo de perigo podem ativar a produção mais acelerada do hormônio. Segundo um estudo, níveis elevados de cortisol acarretam dor e inflamação generalizada ao indivíduo que sofre com o estresse crônico. Além disso, um estudo relaciona a privação de sono com a elevação do cortisol, o que pode comprometer a regulação da glândula pituitária e todas as suas funções. Outra consequência é o enfraquecimento do sistema imunológico que, com a elevação crônica da produção de cortisol, resiste às suas ações e acumula o hormônio no organismo, aumentando a produção de citocinas inflamatórias, de acordo com estudo. Nesse sentido, exercitar o gerenciamento de estresse é uma poderosa ferramenta para a construção de um estilo de vida mais saudável. O que evitar #3 – Sedentarismo Quanto tempo você costuma ficar sentado durante o dia? Segundo um estudo publicado pelo American Journal of Preventive Medicine, as pessoas ficam sentadas, em média, 4,7 horas por dia. Ao acordar, nos sentamos para tomar café da manhã. Posteriormente, sentamos no carro a caminho do trabalho. No ambiente corporativo, permanecemos sentados. Almoçamos e jantamos sentados para, em seguida, sentar no sofá para assistir televisão. Em resumo, passamos muito tempo sentados e a ciência percebe cada vez mais os riscos do sedentarismo. De acordo com um estudo, indivíduos que passam muito tempo sentados e com baixos níveis de energia correm um risco maior de desenvolver um quadro de ansiedade. Para os pesquisadores, a ansiedade e o comportamento sedentário estão conectados por conta da insuficiência de sono, saúde metabólica precária e isolamento social. Além disso, o sedentarismo pode representar outros perigos na vida dos indivíduos como por exemplo, o desenvolvimento de má postura e dores nas costas, o

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por que a menopausa
Integrativa em Foco

A partir dos 48 anos de idade, as mulheres presenciam o fim dos seus ciclos menstruais, evento chamado de menopausa. Contudo, tal fenômeno pode ocorrer antes do período citado, o que é caracterizado como a menopausa precoce. Afinal, por que a menopausa precoce ocorre? Conforme o Portal PEBMED, até 10% das mulheres podem sofrer com a incidência de menopausa antes dos 45 anos. Dessa forma, tal quadro merece um olhar atento, especialmente quando consideramos as consequências que a menopausa e outros processos catabólicos do envelhecimento podem causar na vida de uma mulher. Continue a leitura e compreenda mais sobre o Declínio Gonadal Feminino e a sua incidência precoce.  Menopausa: um panorama Os hormônios regem toda a nossa vida. Através deles que o nosso corpo recebe sinais e incentivos para que cada órgão desempenhe suas determinadas funções. No corpo da mulher, os hormônios ovarianos possuem funções que ultrapassam o sistema reprodutor, desempenhando papel fundamental na manutenção do sistema imunológico, saúde óssea e outros departamentos que colaboram para o bem-estar e qualidade de vida feminina. Contudo, ao longo dos anos, ocorre o declínio de tais hormônios, conhecido como a menopausa ou declínio gonadal feminino, condição essa, que pode se apresentar de maneira precoce em cerca de 10% das mulheres, conforme citado na introdução deste artigo. Por conta disso, compreender a trajetória da menopausa auxilia na elucidação do por que a menopausa precoce ocorre. Durante a adolescência, o início do ciclo menstrual possibilita a liberação de importantes hormônios para a mulher. Tais hormônios são liberados pela hipófise e são conhecidos como: hormônio folículo-estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH). Através deles ocorre a produção de estrogênio e progesterona, hormônios essenciais para a saúde da mulher, muito além do sistema reprodutor. Em torno dos 30 anos de idade, os primeiros sinais de desaceleramento aparecem no metabolismo feminino, em sua maioria, representados através dos fogachos, ondas de calor e também aumento de peso. Contudo, é a partir desse momento que a atenção profissional pode promover métodos preventivos e o tratamento adequado para que a condição seja controlada e a mulher experiencie o mínimo possível das inúmeras consequências que cercam o declínio hormonal.  Menos de uma década depois, por volta dos 35 anos, a mulher adentra a fase conhecida como climatério, que perdura até os seus 65 anos. É nessa fase que a produção dos hormônios ovarianos sofre com escassez e declínios drásticos, acarretando consequências nocivas para a sua saúde. Dentre os sintomas é possível perceber também as flutuações no ciclo menstrual. Com a chegada dos 40 anos, a fertilidade da mulher também sofre declínio, bem como o nível de estrogênio presente no sangue, o que acarreta na diminuição da quantidade de colágeno e elastina na pele, fazendo com que os sinais do envelhecimento se tornem cada vez mais visíveis ao olho nu. Entre 48-52 anos, apresentam-se as falhas na menstruação e a interrupção total do ciclo menstrual, chamado de amenorréia secundária. Neste período, os ovários entram em esgotamento. Contudo, é possível que uma parcela das mulheres experiencie tais consequências muito antes dos 45 anos de idade, o que caracteriza a condição de menopausa precoce. Afinal, o que é a menopausa precoce e por que ela ocorre? Como esclarecido ao longo deste artigo, a partir dos 48 anos de idade, as mulheres presenciam o fim dos seus ciclos menstruais, chamado de menopausa. Contudo, o declínio hormonal e a interrupção do ciclo menstrual também podem apresentar-se de maneira precoce, até mesmo antes dos 45 anos de idade. Segundo estudos, a menopausa precoce está associada a um maior risco de doenças cardiovasculares, osteoporose e declínio cognitivo. Mas, afinal, o que pode levar uma mulher a ter um esgotamento hormonal precoce? Descobertas recentes, encontraram associações entre métodos contraceptivos e a menopausa precoce. Segundo os pesquisadores, o uso de contraceptivos a longo prazo foi associado a níveis mais baixos de um biomarcador de envelhecimento ovariano, sugerindo um risco aumentado de menopausa precoce. Outros fatores que ocasionam o declínio precoce estão relacionados a deficiência de hormônios importantes para a preservação das gônadas ovarianas, como por exemplo o hormônio T3. Além disso, a exposição a infecções e poluentes ambientais também representa perigos para a saúde da mulher, capazes de alterar os processos naturais relacionados ao ciclo ovariano feminino. Por fim, mas não menos importante, um fator que pode impactar o início da menopausa de maneira prematura está relacionado ao estilo de vida, que envolve alimentação, prática de exercícios físicos, qualidade do sono e da rotina, por exemplo. Nesse sentido, a má alimentação e a falta de prática de exercícios, o não gerenciamento de estresse, a má qualidade de sono e tabagismo são alguns exemplos que podem impactar negativamente a saúde da mulher. Segundo uma análise, fumantes regulares ou de longo prazo provavelmente sofrerão com a menopausa precoce. Segundo os pesquisadores, mulheres que fumam podem começar a menopausa um a dois anos mais cedo do que mulheres que não fumam. Conheça as consequências da menopausa precoce para a vida da mulher Sabemos que as consequências da menopausa são catastróficas para a saúde e qualidade de vida das mulheres. Nesse sentido, sofrer com tais consequências de maneira precoce, pode acarretar danos ainda mais nocivos ao bem-estar e longevidade da mulher. Como você pode compreender, o quadro clínico da menopausa possui vasta sintomatologia, sendo o mais conhecido de todos a interrupção do ciclo menstrual em mulheres com mais de 35 anos, chamado de amenorreia secundária. Outros

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O organismo humano necessita de equilíbrio hormonal para que sua imunidade e vitalidade sejam fortalecidas. Entre esses elementos, a Vitamina D é essencial para o desempenho dessas funções tão importantes para a saúde de cada um de nós. A partir dessa afirmação, você deve estar se questionando: qual a relação da Vitamina D com o equilíbrio hormonal? É simples, a vitamina D é, na realidade, o hormônio D – um importante elemento para o desempenho de funções hormonais essenciais para a saúde do ser humano. Contudo, para que a Vitamina D converta-se para um hormônio, são necessárias doses mais elevadas do que as conquistadas através da exposição solar. Nesse sentido, cabe esclarecer mais a respeito da fisiologia da Vitamina D, a fim de ressaltar a importância ela possui para o oferecimento de bem-estar e qualidade de vida. Continue a leitura. Para que serve a vitamina D? Como foi possível compreender na introdução deste artigo, as vitaminas são nutrientes essenciais para o desenvolvimento celular e os hormônios são responsáveis por navegar pela circulação sanguínea para que desempenhem suas funções em cada órgão receptor. As vitaminas, como por exemplo a vitamina D, não são produzidas pelo organismo e, por conta disso, precisam de origens externas, como alimentação, sol e também suplementação vitamínica para que o corpo receba quantidades ideais para o desempenho de suas funções. O hormônio D conta com mais de 80 funções de restauro e reparo no organismo humano, sendo responsável pela ativação de mais de 3500 genes. A ausência, má absorção ou declínio do hormônio no organismo humano pode representar uma vasta e nociva sintomatologia, afetando o sistema imunológico, neuronal, metabólico, psicológico, entre outros. Sistema Imunológico Uma das principais funções da vitamina D no organismo humano está relacionada a esse sistema. Segundo pesquisas, o hormônio D é um elemento crucial para a ativação das defesas imunológicas do corpo, o que torna a sua ingestão insuficiente um grande perigo para a entrada de graves infecções ao organismo. Sem a ativação das células T – responsabilidade do hormônio D – elas tornam-se inativas para a destruição e combate de patógenos estranhos e danosos ao organismo. Por conta disso, evidencia-se ainda mais a importância da presença do pró-hormônio para que o organismo esteja preparado para ativar suas funções e lutar contra possíveis patologias. Fortalecimento dos músculos Além de seu importante papel para o fortalecimento do sistema imunológico, o hormônio D também está relacionado ao desempenho de funções musculares. Segundo um estudo, dois órgãos importantes do corpo, o músculo e osso, são significativamente afetados pela presença ou ausência de vitamina D.  Assim, a força, a potência e a velocidade de um indivíduo, além de sua composição corporal podem estar relacionadas à presença de níveis equilibrados de vitamina D no organismo. Nesse sentido, é possível acrescentar o processo de formação muscular à extensa gama de funções desempenhadas pela presença do pró-hormônio no corpo humano. Saúde emocional Evidências encontradas ao longo dos anos demonstram cada vez mais a relação entre a deficiência de Vitamina D e o desenvolvimento de um quadro de depressão, bem como a utilização de sua suplementação com a finalidade de tratar tais sintomas. De acordo com as descobertas, a dose equilibrada e apropriada para cada indivíduo pode ser uma grande aliada no tratamento dessa doença crônica debilitante e difícil de tratar que é a depressão. Além disso, a insuficiência de vitamina D pode desencadear outros distúrbios relacionados ao humor, como o aumento da irritabilidade e ansiedade, consequentemente representando efeitos nocivos à saúde mental de um indivíduo. Nesse sentido, a vitamina D em seus níveis normais pode auxiliar o sistema imunológico na seleção correta de células que precisam ser atacadas, para que se desenvolva a proteção necessária contra patologias nocivas à saúde do ser humano. Afinal, é possível obter vitamina D através do sol? Essa importante vitamina transforma-se em hormônio a partir da conversão do ergocalciferol através do fígado. O que é desencadeado através de alimentos ricos em ômega-3 como por exemplo peixes de águas profundas e linhaça. Entretanto, a conversão não é considerada o suficiente para a produção de níveis de hormônio D eficazes para a ação protetora referente ao sistema imunológico, um dos grandes papéis do pró-hormônio no organismo humano. Nesse sentido, a exposição solar diária pode ser considerada a principal maneira de estimular essa produção. Contudo, a maior parte da população não se expõe suficientemente ao sol, tanto que, dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam que a maior parte da população adulta brasileira sofre com insuficiência de vitamina D. Ao considerarmos que o Brasil é um país de clima tropical, evidencia-se ainda mais fortemente a necessidade de um trabalho de suplementação personalizada, a fim de regular os níveis da vitamina no organismo, bem como garantir a sua conversão hormonal, possibilitando que todas as suas funções de reparo e restauro sejam desempenhadas com eficácia. Quando os níveis de vitamina D no organismo estão insuficientes, o corpo apresenta sinais como cansaço, fadiga, sonolência, irritabilidade, além de possibilitar o desenvolvimento de doenças cardíacas e hipertensão, diabetes, infecções e distúrbios do sistema imunológico, fraqueza óssea, e também o desenvolvimento de alguns tipos de câncer, como câncer de cólon, próstata e mama. Compreenda a importância do pró-hormônio para uma longevidade mais saudável A partir de uma maior compreensão sobre o grande papel da vitamina D para o organismo humano, é possível evidenciar a sua importância para uma longevidade mais saudável.

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Estilo de Vida

Acreditamos que um dos grandes desejos do profissional médico é o de descobrir os caminhos para uma longevidade mais saudável. Contudo, para que tal façanha seja possível, é necessário observarmos de maneira mais ampla o contexto que classifica uma pessoa com saúde e qualidade de vida. Para isso, vamos aprofundar um pouco mais o assunto a respeito das cidades centenárias, ou Blue Zones, conhecidas por possuírem as taxas mais baixas do mundo de mortalidade na meia-idade e uma alta incidência de pessoas que ultrapassam os 90 anos com baixíssimas taxas de demência. Afinal, o que essas cidades e sua população têm em comum? Qual o segredo para uma longevidade saudável? Continue a leitura. Afinal, qual o segredo para uma longevidade saudável Como foi possível compreender na introdução deste artigo, a longevidade saudável é considerada a linha de chegada da vida, afinal, é com ela que temos a garantia de saúde, bem-estar e qualidade de vida. Contudo, o segredo da longevidade encontra-se nos suplementos, tratamentos e instruções médicas? Ou ele se encontra em atitudes simples e cotidianas que podem ser implementadas na vida de cada um? De acordo com uma reportagem publicada na revista National Geographic, existem cinco cidades no mundo inteiro que chamam a atenção por possuírem uma ampla população idosa e sem sinais de demência ou outras doenças. Em suma, são cinco cidades onde o segredo da longevidade pode ter sido descoberto. As cidades centenárias ou “Blue Zones” foram mapeadas e analisadas por uma equipe de pesquisadores, médicos, antropólogos, demógrafos e epidemiologistas, a fim de encontrar o grande segredo por trás da longevidade nesses locais. São elas: Região de Barbagia da Sardenha (Itália); Ilhas de Okinawa (Japão); Loma Linda, na Califórnia (EUA); Península de Nicoya (Costa Rica); Icária (Grécia). São diversos fatores comuns que apontam essas zonas como as mais propícias à uma longevidade mais saudável. Entre as características mais presentes, estão os fatores relacionados ao estilo de vida, que envolvem o gerenciamento de estresse, a implementação de uma alimentação saudável, a prática de exercícios físicos e, consequentemente, a desaceleração de uma rotina prejudicial à saúde de indivíduos em qualquer idade. Continue a leitura e conheça algumas das atitudes dos moradores das cidades centenárias para uma longevidade mais saudável. Segredo #1 – Mova-se naturalmente Não é segredo que a prática de exercícios físicos demonstra inúmeros benefícios à saúde, podendo inclusive aliviar sintomas relacionados aos declínios hormonais vivenciados por homens e mulheres ao longo de sua vida, segundo a ciência. Contudo, não são somente as atividades físicas relacionadas à academia, corridas ou outros tipos de ginástica que são parte do segredo das pessoas mais longevas. Em vez disso, a população das zonas centenárias procura deslocar-se naturalmente, ou seja, com os seus próprios pés, utilizando suas habilidades motoras como ferramenta para o desempenho de inúmeras atividades cotidianas, como ir ao supermercado, cultivar alimentos e outras ações. Segredo #2 – Tenha um plano de vida A motivação é o que move o mundo, afinal, sem um objetivo, não chegamos a lugar algum. Esse ditado é levado à sério pelos okinawanos, no Japão, e pelos nicoyanos, na Costa Rica, que definem o plano de vida através da frase: “por que eu acordo de manhã”. Através dessa definição, é possível que sejam traçadas metas, objetivos e caminhos a serem adotados para a conquista dos planos de vida Segundo a ciência, através do empoderamento, que promove autonomia, liberdade, conhecimento, autoestima, autoconfiança e controle sobre a saúde ou sobre a vida, é possível visualizar o alcance da meta complexa que inclui os conceitos de bem-estar, saúde e qualidade de vida. Segredo #3 – Desacelere a rotina O cortisol é um importante hormônio para o funcionamento do corpo humano. Quando liberado na corrente sanguínea, ele pode auxiliar em diversas funções do corpo humano, principalmente a lidar com fatores de estresse, como dirigir na chuva, reagir a um episódio perigoso ou até mesmo enfrentar alguma dificuldade no cotidiano. Através dele, ocorre o aumento do metabolismo de glicose no corpo, controlando a pressão arterial e até mesmo reduzindo a inflamação. Contudo, viver em uma situação de estresse contínuo pode acarretar no desenvolvimento de um quadro de inflamação crônica, que promove consequências extremamente nocivas para a saúde do ser humano. Nesse sentido, buscar o gerenciamento de situações estressantes torna-se a melhor conduta para prevenir tal condição, seja através da prática de meditação, atividades físicas ou algum outro hobby. Até mesmo pessoas que vivem nas Zonas Azuis experienciam situações de estresse, porém, o seu diferencial é a adoção de ações rotineiras com o objetivo de eliminar esses incômodos.  Segredo #4 – Não exagere na alimentação Manter a saúde do intestino é um dos pilares para uma longevidade mais saudável e a população das cidades centenárias sabe disso. De acordo com estudos, a saúde do intestino afeta não somente as respostas pró e anti-inflamatórias do microbioma, mas também a saúde do sistema imunológico e até mesmo do cérebro, principalmente quando consideramos a importante conexão do eixo intestino-cérebro para o organismo humano. Nesse sentido, é essencial que se procure minimizar o consumo de alimentos processados e industrializados, ao mesmo tempo em que se eleva o consumo de leguminosas, frutas, verduras e outros alimentos probióticos e essenciais para a promoção da saúde. Segredo #5 – Valorize a sua vida e a dos que estão à sua volta. Por último e não menos importante, os centenários bem-sucedidos compreendem a importância de colocar as suas famílias

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Carreira Médica

O equilíbrio hormonal rege a qualidade de vida e bem-estar do ser humano. Nesse sentido, a atenção do campo das Ciências da Longevidade Humana tem se voltado cada vez mais para a compreensão do organismo humano em um plano mais amplo. Dessa maneira, é possível considerar suas capacidades e necessidades, além de outros aspectos isolados e relacionados ao desenvolvimento de possíveis patologias, por exemplo. Contudo, mesmo que ocorra o acompanhamento integrado de um paciente, ele inevitavelmente sofrerá com o declínio hormonal ao longo dos anos, o que afeta seu equilíbrio e causa consequências nocivas para a sua saúde. Importante ressaltar que esse desequilíbrio hormonal pode ocorrer através de fontes endógenas, bem como através de fatores externos, como por exemplo o ambiente. Assim, ressalta-se ainda mais a necessidade de mudanças de hábitos, além da utilização de uma importante ferramenta para auxiliar nesse processo, a Terapia de Reposição Hormonal (TRH). Siga a leitura e compreenda mais sobre a importância do equilíbrio hormonal para uma longevidade mais saudável. Afinal, por que o equilíbrio hormonal é importante? Como pudemos compreender na introdução deste artigo, o equilíbrio hormonal pode desencadear ações positivas relacionadas ao bem-estar e qualidade de vida do ser humano. Isso ocorre porque os hormônios são considerados a base da vida. O seu papel no corpo humano funciona como uma espécie de mensageiro químico, que envia através da corrente sanguínea, instruções para que os tecidos e órgãos humanos desempenhem suas tarefas plenamente. É através dos hormônios que o corpo controla funções como a digestão, o humor, a libido, a capacidade cognitiva, o sistema imunológico, entre outras. Quando compreendemos a importância dos hormônios para o pleno funcionamento do organismo humano, é possível entender melhor o por que de muitos problemas nocivos à saúde, causados pelo declínio ou desequilíbrio hormonal. Um exemplo prático e importante disso pode ser dado através da Vitamina D – um pró-hormônio essencial para que o ser humano desempenhe tarefas simples como andar, falar e respirar. Quando absorvido pelo organismo, ele se transforma no hormônio D, um componente responsável por mais de 80 funções de restauro e reparo no corpo humano. Além disso, ele também é responsável pela produção de catelicidinas, que são proteínas de alto poder antibiótico, capazes de neutralizar vírus, bactérias, fungos e parasitas. Ou seja, suas funções também estão altamente atreladas ao funcionamento do sistema imunológico. Mesmo que a compreensão geral a respeito de sua recepção esteja em volta do sol, segundo a Organização Mundial da Saúde, metade da população mundial sofre com quantidades insuficientes dessa importante vitamina. Nesse sentido, para que sejam solucionados problemas relacionados ao desequilíbrio hormonal, é necessária a avaliação focada em hormonologia, para que seja orientada a terapia de reposição hormonal (TRH) ou modulação hormonal, através dos Hormônios Isomoleculares (Hormônios Homólogos Humanos). Importante ressaltar que a produção de hormônio D ocorre em simultâneo com outros hormônios essenciais para o organismo humano, como o estradiol, a testosterona, a progesterona e o cortisol, o que evidencia ainda mais a importância de recuperar o equilíbrio hormonal. Qual o papel dos hormônios para a saúde do ser humano? Como foi possível observar até aqui, os hormônios são a base da vida. É através deles que o corpo desempenha suas importantes funções e garante qualidade de vida para o indivíduo. Vamos a exemplos práticos:  Ao longo de sua vida, uma mulher sofre com diversas flutuações hormonais, que iniciam seu declínio gradual a partir dos 35 anos. É neste momento que se inicia a menopausa. A partir desse declínio de importantes hormônios para a sua saúde, a mulher sofre com consequências nocivas, que atacam todo o funcionamento de seu organismo. De acordo com evidências de um estudo recente, realizado no Reino Unido, a terapia de reposição hormonal (TRH) pode reduzir o risco de morte prematura das mulheres. Os pesquisadores acompanharam 105.199 mulheres saudáveis, ​​com idades entre 46 e 65 anos, com prescrição de TRH, durante cerca de 13 anos. Os resultados foram comparados com outras 224.643 mulheres sem o uso de TRH. As descobertas demonstraram que houve uma redução média de 9% para o risco geral de morte por todas as causas em mulheres saudáveis, em terapia de reposição hormonal. Para os pesquisadores, a TRH é responsável por reposicionar os hormônios perdidos durante o período menopáusico, garantindo o equilíbrio hormonal e aliviando os sintomas e consequências gerados pelo declínio. Quais os benefícios da terapia de reposição hormonal? Através das revelações compartilhadas ao longo deste artigo, foi possível compreender ainda mais profundamente a essencialidade do equilíbrio hormonal para uma longevidade mais saudável. Considerando que os hormônios produzidos pelo corpo humano sofrem degradação e declínio ao longo dos anos, impera a necessidade de reposição de tais componentes. Essa reposição ocorre através do que chamamos de TRH – Terapia de Reposição Hormonal, um método cientificamente comprovado como eficaz para a resolução de problemas relacionados ao desequilíbrio hormonal. Contudo, para que a terapia de reposição hormonal ocorra com sucesso, são necessários profissionais médicos com conhecimento em hormonologia, a fim de que o olhar integrado ao paciente seja exercitado e colocado em prática através de terapias preventivas com o objetivo de garantir saúde e qualidade de vida. Saiba mais sobre o programa para associados Sobraf clicando aqui. 

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Estilo de Vida

A nossa imunidade é a barreira de defesa contra organismos patógenos e também endógenos que podem afetar o corpo humano. O seu funcionamento pode ser comparado a um exército particular, composto por soldados que auxiliam no combate aos invasores que adentram o organismo. Para que o sistema imune funcione, seus diferentes mecanismos, compostos pela barreira da pele, células na corrente sanguínea e anticorpos precisam ser ativados e fortalecidos. Nesse sentido, viver rodeado de estresse, má alimentação, falta de sono e outros hábitos negativos para a saúde pode comprometer esse importante sistema. Neste artigo, listamos 5 fatores diretamente relacionados com a imunidade comprovados cientificamente.  Siga a leitura e saiba mais.  Qual o papel do sistema imunológico? Em primeiro lugar, é muito importante que tenhamos a compreensão sobre o papel do sistema imune. De acordo com a ciência, o sistema imunológico é a proteção do corpo contra invasores patógenos e endógenos que podem prejudicar a saúde e qualidade de vida de um indivíduo. Sem a imunidade, não seria possível combater todos os vírus, bactérias e componentes tóxicos que atacam o corpo humano diariamente. Entre as principais tarefas do sistema imunológico do corpo estão: Combate a germes patógenos, como bactérias, vírus, parasitas ou fungos; Reconhecimento  e neutralização de substâncias nocivas; Combate a alterações que possam ocasionar o desenvolvimento de patologias nocivas à saúde do indivíduo. Para que a imunidade seja ativada, os antígenos se ligam a receptores especiais das células imunológicas, o que ocasiona uma série de processos do organismo para que sejam coletadas informações a respeito dessa ameaça, bem como as maneiras de combatê-lo e eliminá-lo do corpo. Além disso, o sistema imunológico possui a capacidade de armazenar as informações para que, caso o mesmo vírus ou bactéria atacá-lo novamente, o corpo já esteja preparado para lidar com a ameaça de maneira mais ágil e eficaz. Contudo, para que a imunidade seja ativada com sucesso, são necessários cuidados relacionados à saúde e hábitos relacionados ao estilo de vida do indivíduo. Continue a leitura e compreenda os fatores relacionados com a imunidade. Fator #1 – A saúde do intestino e a imunidade Cerca de 70% do sistema imunológico concentra-se no intestino. É o que revela uma publicação realizada no Journal of Translational Immunology. Conforme indicado pelos pesquisadores, entre os fatores que destacam a importância do sistema gastrointestinal encontra-se a elevada quantidade de células imunológicas que residem dentro dele. Além disso, a microbiota intestinal e a sua composição podem variar de acordo com os hábitos adotados por cada pessoa de maneira individual, ou seja, a saúde do intestino, bem como a imunidade de um indivíduo, estão intimamente ligadas a seus hábitos alimentares e outros fatores relacionados ao estilo de vida. De acordo com a literatura científica, inúmeros fatores são capazes de influenciar a composição da flora intestinal, Alguns deles são a dieta, a idade, o consumo de medicamentos, a exposição à doenças, o nível de gerenciamento de estresse e, consequentemente, o estilo de vida. Por fim, é possível definir que a disbiose intestinal como um fator nocivo e agravante para a saúde do indivíduo em geral. Fator #2 – O funcionamento do sistema pituitário A hipófise representa um papel essencial na regulação do crescimento, diferenciação e também função celular de todo o corpo humano. Além disso, esse sistema é responsável pelo controle sobre os imunócitos ou linfócitos, responsáveis pela geração de reações imunológicas contra ataques antígenos e endógenos. De acordo com a literatura, os hormônios secretados ou regulados pelo sistema pituitário são responsáveis pela regulação dos níveis de atividade imunológica através da ativação dos linfócitos para garantir as respostas a estímulos inflamatórios e imunológicos, bem como a transdução de sinal, ativação de genes, produção e atividade de citocinas e outras funções relacionadas a imunidade. Fator #3 – O cortisol e o seu papel no sistema imunológico Ao ser liberado na corrente sanguínea, o cortisol trabalha para responder ao estresse e aos perigos pelos quais determinado indivíduo está passando. Além disso, ele também é responsável por aumentar o metabolismo de glicose no corpo, controlar a pressão arterial, reduzir a inflamação, regular o humor, além de fortalecer a musculatura do coração e auxiliar na manutenção do sistema imunológico. Mesmo que o cortisol seja considerado um anti-inflamatório que possui resposta imunológica, níveis elevados desse elemento no organismo podem acarretar na resistência da imunidade. Esse evento ocorre a partir de sua condição crônica, que é conhecida com a Inflamação Crônica Subclínica. Portanto, segundo estudo, o acúmulo de cortisol no organismo  acarreta no aumento da produção de citocinas inflamatórias, o que impossibilita o pleno funcionamento do sistema imunológico. Fator #4 – Negligenciar o poder do Hormônio D pode afetar a imunidade Inúmeros estudos relacionam o enfraquecimento da imunidade à insuficiência de exposição ao sol e, consequentemente, a menor absorção de Hormônio D. De acordo com um ensaio clínico realizado em crianças japonesas, a presença de Hormônio D no organismo é considerada uma ferramenta para o combate a resfriados e gripes, por exemplo. Contudo, evidências obtidas através de um estudo alemão, comprovam que somente a exposição ao sol não é o bastante para que o corpo absorva níveis de Vitamina D suficientes para que se obtenha o pró-hormônio. A partir dos resultados obtidos através da coleta de testes sanguíneos de 1.343 indivíduos, entre 20 e 99 anos, com taxas preocupantes de insuficiência de Vitamina D, os pesquisadores optaram por definir a ingestão diária ideal de vitamina D de até 10

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Estilo de Vida

A pele é indiscutivelmente o maior órgão do corpo humano. Ela é a responsável por proporcionar proteção contra germes, regular a temperatura corporal e também possibilitar sensações táteis, tão importantes para o desenvolvimento de um ser humano. Suas principais camadas incluem a epiderme, a derme a hipoderme que, por estarem diretamente expostas à fatores endógenos necessitam de atenção e cuidados especiais. Nossa pele é única em muitos aspectos e exige preocupação e atenção para que ela continue desempenhando o seu papel de barreira para os outros órgãos, além da necessidade de cuidar de sua aparência, considerando que a sua saúde pode beneficiar a autoestima e saúde mental de grande parte da população. Para compreender mais sobre o papel e importância da pele, continue a leitura. Afinal, por que a pele é importante? Cada centímetro de pele é composto por 19 milhões de células, 650 glândulas sudoríparas, 20 vasos sanguíneos e mais de 1.000 terminações nervosas, segundo a American Academy of Dermatology (AAD). Além disso, a pele é o maior órgão do corpo e funciona como uma primeira linha de defesa contra ataques externos. A nossa pele possui diferentes funções relacionadas à cada camada que a compõem. Sua camada superior, a epiderme, atua como uma barreira protetora, impedindo a entrada de bactérias e germes que possam ocasionar infecções e doenças no corpo humano. Além disso, é a camada responsável por proteger os outros órgãos do corpo de fatores externos, mantendo a temperatura corporal adequada. Ela se regenera a cada 30 dias, através da substituição de células velhas por novas. A camada intermediária da pele, a derme, representa 90% de sua espessura e carrega dois importantes elementos para a aparência e saúde da pele: o colágeno e a elastina. É nessa área que está presente o contato da pele externa com os nervos, que auxiliam na sensação e toque de maneira segura e adequada. Além disso, a derme carrega as glândulas sudoríparas responsáveis pelo suor e controle da temperatura do corpo e é responsável por fornecer sangue para a epiderme, mantendo-a saudável. A sua camada inferior, chamada de hipoderme é considerada a camada de gordura, reponsável pela proteção dos músculos e ossos contra lesões ou acidentes de contato. Além disso, sua responsabilidade engloba a conexão das camadas de pele aos músculos, ossos e demais sistemas do corpo. Qual a função da pele no organismo humano? A pele é um órgão vasto e ao mesmo tempo, um dos mais vulneráveis aos declínios hormonais. É na pele que pode ser detectada grande parte dos declínios hormonais, através de uma análise detalhada sobre as mudanças que nela ocorrem. A partir dos 25-30 anos de idade, os indivíduos começam a sofrer com os impactos causados pelo declínio hormonal, que podem facilmente ser percebidos através da qualidade da pele. Por exemplo, o nível de colágeno e elastina, proteínas naturais da pele que permitem a sua elasticidade, plasticidade e jovialidade, são elementos fortemente afetados pelos declínios hormonais. Fatores que, a partir dos 30 anos possuem redução aproximada de 1% ao ano. Nesse sentido, orientar e promover a compreensão a respeito dos efeitos do declínio hormonal na pele é necessário para que o indivíduo observe a situação de sua própria pele no espelho e faça essa relação. Afinal, os sinais percebidos através de rugas, marcas de expressão e outras anomalias não são somente sinais de uma idade cronológica avançada e da passagem do tempo, mas também podem significar um distúrbio, declínio ou insuficiência hormonal, que ocorrem paralelamente a esse processo. Através da correção desses distúrbios é possível promover a atenuação nos processos de envelhecimento cutâneo e deterioração da pele. Entre os efeitos negativos do declínio hormonal estão: afinamento dos lábios, inversão da comissura labial, intensificação do sulco nasogeniano, afrouxamento do pandicular de pouso de bichat, intensificação das rugas da região periocular, intensificação das rugas da região T e maior ressecamento da pele do rosto e das mãos. Todos elementos podem representar o sinal de que há problemas relacionados aos declínios hormonais. Considerando esse cenário, torna-se importante refletir sobre a possibilidade de atenuar, resolver ou até mesmo impedir a evolução acelerada desse processo tão visível. Conduta que vai além da necessidade de procedimentos cirúrgicos e estéticos para o conserto de problemas relacionados a pele e ocasionados por distúrbios hormonais, afinal, mesmo que o problema visível seja corrigido, a pele permanecerá deficiente de hormônios, nutrientes e componentes importantes para o seu restauro e reparo de funções essenciais para o pleno funcionamento do organismo humano. Nesse sentido, para que seja possível reverter danos externos causados por problemas internos, o ideal é realizar o tratamento de fora para dentro, focando no bem-estar do indivíduo relacionado à saúde e equilíbrio de seus hormônios. Por conta disso, é papel do profissional médico olhar para dentro do indivíduo a fim de consertar ou prevenir os danos externos causados pela falta de equilíbrio dos hormônios. É necessário observar os hormônios como ferramentas essenciais tanto para a saúde do ser humano, mas também para a manutenção de sua aparência física.

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Integrativa em Foco

A vitamina D é, na realidade, um pró-hormônio produzido a partir da ação do raio ultravioleta B na pele. Entretanto, de acordo com a ciência, somente a exposição aos raios solares não oferece níveis adequados de Vitamina D para o organismo. Nesse sentido, ao considerar a importância vital da Vitamina D para o pleno funcionamento da fisiologia humana, é necessário possibilitar e encorajar os indivíduos a respeito da importância do equilíbrio nos níveis desse pró-hormônio. Para saber mais, basta seguir a leitura.  Afinal, para que serve a Vitamina D? A vitamina D, como esclarecido inicialmente, é na realidade um hormônio, que, consequentemente, possui funções amplamente relacionadas às atividades hormonais. Suas duas principais formas são a vitamina D2 (ergocalciferol) e a vitamina D3 (colecalciferol).  No fígado, a vitamina D3 é transformada em 25 hidroxi-vitamina D, sendo que essa é a vitamina D medida nos exames de sangue. No entanto, a forma ativa da vitamina D é o calcitriol, obtido a partir da transformação da 25 hidroxi-vitamina D nos rins. Entretanto, as funções do pró-hormônio são muito mais amplas, abrangendo cerca de 80 funções de restauro e reparo no organismo humano. É a partir da Vitamina D que se produz as catelicidinas, proteínas de alto poder antibiótico, capazes de neutralizar vírus, bactérias, fungos e parasitas. Além disso, o hormônio D também é responsável pela ativação de mais de 3500 genes. Nesse sentido, manter o seu equilíbrio e a sua ingestão equilibrados é de extrema importância para proporcionar suas funções benéficas ao organismo humano que, além de tudo, ocorrem juntamente com outros importantes hormônios que possibilitam saúde e qualidade de vida, como o estradiol, testosterona, progesterona e cortisol. Durante a pandemia da Covid-19, a Vitamina D tornou-se muito popular, principalmente considerando os estudos que comprovam a sua eficácia no aumento da imunidade. Segundo um estudo, realizado pela Universidade Médica de Chicago, pacientes com deficiência de Vitamina D (<20 ng/ml) obtiveram quase o dobro de probabilidade de teste positivo para Covid-19, comparados a pacientes com níveis equilibrados do hormônio. Os pesquisadores analisaram 489 pacientes, medindo o seu nível de Vitamina D durante um ano anterior aos testes para o vírus. Como é possível obter Vitamina D em níveis adequados? Mesmo com a chegada do verão, época em que a população costuma expor-se por períodos maiores de tempo ao sol, é necessária a conscientização a respeito da ineficácia dos raios solares para oferecer níveis adequados de Vitamina D, bem como do próprio corpo em absorvê-la para seus fins de restauro e reparo. Nesse sentido, além da exposição saudável aos raios solares, a obtenção de Vitamina D também necessita de outras origens, através da suplementação orientada por um profissional médico, de acordo com a necessidade individual. A falta de Vitamina D é um problema de saúde que acomete indivíduos em todos os hemisférios. De acordo com o American Journal of Clinical Nutrition, mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo são deficientes ou insuficientes em vitamina D.  Segundo o  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a maioria da população brasileira sofre com insuficiência de Vitamina D, considerando que o Brasil é um país de clima tropical e com incidência de raios solares muito mais alta do que em países europeus. Outro dado, da Organização Mundial da Saúde, sinaliza que mais da metade da população mundial apresenta quantidades insuficientes do pró-hormônio. Mesmo com esse conhecimento em pauta, as diretrizes internacionais estabelecidas são insuficientes e pecam na consideração da individualização de tal cálculo. De acordo com um estudo realizado na Alemanha, a ingestão diária mais elevada do que propõem as diretrizes torna-se essencial para a manutenção dos níveis de Vitamina D no sangue, proporcionando que o pró-hormônio desempenhe suas funções e proporcione maior qualidade de vida. Tais considerações foram obtidas através da revelação de taxas preocupantes de insuficiência da vitamina, direcionando os pesquisadores a elencar a ingestão diária de até 10 vezes mais elevada do que as diretrizes apontam. Os pesquisadores obtiveram as informações através da coleta de amostras de sangue de 1.343 indivíduos alemães, com idade entre 20 e 99 ano Nesse sentido, a obtenção de Vitamina D em níveis adequados pode sofrer alterações, que devem ser consideradas durante o diagnóstico de um profissional capacitado e com conhecimentos em hormonologia. A falta ou insuficiência nos níveis do pró-hormônio podem acarretar consequências para funções essenciais do organismo, relacionadas a seu crescimento e desenvolvimento. São associadas à sua deficiência a fraqueza óssea, problemas cardíacos, diabetes, câncer, doenças cognitivas e autoimunes. O que a ausência desse hormônio pode causar? Por ser um hormônio essencial para o pleno funcionamento do organismo humano, a sua deficiência está relacionada a uma vasta sintomatologia, podendo afetar crianças e adultos de todos os hemisférios do mundo. A deficiência de vitamina D na infância, por exemplo, envolve consequências relacionadas a baixa estatura, baixa densidade mineral óssea, raquitismo, alterações cognitivas, Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH), Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Diabetes tipo 1. Em adultos, a sintomatologia é ainda mais ampla, afetando diferentes aspectos relacionados ao bem-estar e qualidade de vida: Alterações do sono; Cansaço, adinamia, apatia;  Fragilidade imunológica;  Mialgia; Artralgia;  Distúrbios da fertilidade;  Fragilidade das unhas e queda de cabelos;  Distúrbios do metabolismo ósseo e do cálcio;  Hiperparatireoidismo;  Dislipidemia;  Alterações cutâneas; Síndrome metabólica;  Neoplasias;  Doenças cardiovasculares;  Depressão;  Diabetes tipo 2;  Hipertensão;  Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP);  Enxaqueca;  Depressão;  Asma;  Esquizofrenia;  Infecções respiratórias. Nesse sentido, evidencia-se a importância da manutenção

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Integrativa em Foco

O diabetes mellitus, conhecido amplamente como diabetes, é uma doença metabólica representada por níveis elevados de açúcar no sangue. A sua maior consequência é a insuficiência da produção hormonal de insulina ou a impossibilidade de utilização da insulina produzida, o que acarreta no acúmulo de açúcar no sangue, porque ele não pode ser movido para as células para ser armazenado ou utilizado como energia. Por conta disso, o corpo sofre com níveis elevados de açúcar no sangue, promovendo danos aos nervos, olhos, rins e outros órgãos, além de facilitar o desenvolvimento de condições como a obesidade. O 14 de novembro é marcado pelo Dia Mundial do Diabetes e, por conta disso, ao longo deste artigo, trazemos um panorama sobre o diabetes, além de sua relação com maus hábitos alimentares e obesidade. Continue a leitura.   Diabetes: conheça os tipos Como citamos anteriormente, o diabetes é uma doença caracterizada principalmente pela presença de níveis elevados de açúcar no sangue. Entretanto, existem diferentes tipos de diabetes, com sintomas, causas e tratamentos únicos. São eles: Diabetes tipo 1: uma doença auto-imune, cujo próprio sistema imunológico ataca e destrói as células do pâncreas, onde a insulina é produzida. Diabetes tipo 2: ocorre quando seu corpo se torna resistente à insulina e o açúcar se acumula no sangue. Pré-diabetes: condição que apresenta níveis acima do normal de açúcar no sangue, porém não o suficiente para um diagnóstico de diabetes tipo 2. Diabetes gestacional: caracterizado por um alto nível de açúcar no sangue durante a gravidez, causado pelos hormônios bloqueadores da insulina produzidos pela placenta. Diabetes e obesidade: existe uma relação? Dados do Ministério da Saúde apontam que dois em cada 10 brasileiros estão obesos. Os números são da Pesquisa Vigitel 2019 (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico) que, em um período de 13 anos – desde o início do monitoramento – registrou o maior aumento em relação a obesidade, que passou de 11,8% em 2006 para 20,3% em 2019, uma ampliação de 72%. Além disso, foi traçado também o perfil do brasileiro em relação às doenças crônicas mais incidentes no país: 24,5% dos brasileiros têm hipertensão, 20,3% estão obesos e 7,4% sofrem com diabetes mellitus. Segundo a ciência, a obesidade é o principal fator de risco para o desenvolvimento de diabetes mellitus tipo 2 e, por conta disso, a chave para a sua prevenção encontra-se na adoção de hábitos saudáveis, relacionados à manutenção de um peso adequado para cada indivíduo, além de uma rotina de exercícios físicos que encaminhe para a mudança dessa realidade. Entretanto, um estudo recente revelou o grande estigma em torno de pessoas com diabetes tipo 2 e seu peso, situação que exacerba ainda mais a dificuldade que esses indivíduos encontram para lidar com a condição. Segundo os pesquisadores, a experiência negativa em relação à sua situação, desencadeia comportamentos alimentares pouco saudáveis, como a compulsão alimentar, além da diminuição de atividade física, acarretando em problemas nocivos à saúde, além do diabetes. A fim de realizar a ligação entre o diabetes e o estigma relacionado ao peso, foi realizada uma pesquisa online focada na saúde de 1.227 adultos com diabetes tipo 2. Através das respostas ficou evidente que grande parte dos participantes recorreu à alimentação compulsiva para lidar com a frustração do julgamento externo. Além disso, 53% dos entrevistados relataram que sofreram com estigmatização por conta de seu peso e 44% sofreram estigma de peso de um provedor de saúde – situação que também teve como resposta a compulsão alimentar para lidar com o estresse e emoções negativas. As descobertas são de extrema valia para profissionais da saúde, responsáveis por desempenhar um papel fundamental não somente no controle do diabetes mellitus, mas também na promoção da qualidade de vida. Diabetes mellitus: é possível prevenir? Considerando que existem diferentes tipos, é possível dizer que sim, quando excluímos o Diabetes Tipo 1, impossível de prevenir devido à sua particularidade. Embora fatores de risco como história familiar e raça não possam ser alterados, é possível ter controle sobre outros fatores, principalmente associados ao estilo de vida. Através da adoção de hábitos de vida saudáveis ​, é possível diminuir as chances de desenvolver diabetes. Como sabemos, altos níveis de açúcar no sangue estimulam o pâncreas a produzir insulina para que o açúcar saia da corrente sanguínea e seja distribuído pelas células do corpo. Entretanto, em pessoas com pré-diabetes, há resistência das células em relação à insulina, fazendo com que os níveis de açúcar permaneçam elevados no sangue. Com o tempo, a condição eventualmente se transforma em diabetes mellitus tipo 2. Diversos estudos demonstram a ligação entre o consumo de açúcar e carboidratos refinados como o risco de desenvolvimento de diabetes. Substituir esses ingredientes por alimentos mais saudáveis e com menor impacto relacionado ao açúcar e carboidratos no sangue, pode auxiliar na redução do risco de desenvolvimento de diabetes. Outro estudo encontrou evidências de melhoria na resposta e função da insulina através da prática de exercícios físicos. Dados da pesquisa apontaram para os benefícios que a queima semanal de 2 mil calorias propicia para reverter o quadro pré-diabético. Além disso, de acordo com a literatura, pessoas com níveis insuficientes de Vitamina D – um importante hormônio para o bem-estar do ser humano – apresentam maior risco para o desenvolvimento de todos os tipos de diabetes. Considerando as descobertas reveladas neste artigo, salienta-se a importância do incentivo às práticas e hábitos cotidianos

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Dormir é um ato essencial, uma necessidade biológica do ser humano. Entretanto, muito se discute a respeito do correto número de horas ou até mesmo sobre a hora certa para dormir e acordar, a fim de garantir um sono de qualidade. Uma base importante para um sono de qualidade é o respeito ao ciclo circadiano, também chamado de ritmo circadiano, o mecanismo responsável por regular as ações do organismo humano de acordo com o dia e a noite. Respeitar o ritmo circadiano é fundamental para a qualidade de vida. Segundo um estudo, a exposição à luz durante a noite prejudica a produção de melatonina, encurtando sua duração em cerca de 90 minutos. Além disso, a luz ambiente apresenta efeitos significativos sobre os níveis de melatonina no organismo, afetando não somente a quantidade, mas também a qualidade do sono desse indivíduo. Isso significa que, até no máximo 23 horas, devemos nos preparar para deitar em um ambiente tranquilo e completamente escuro para obter um sono de qualidade. Ao longo deste artigo, você compreende um pouco mais a respeito da importância da qualidade do sono e a prevenção para o desenvolvimento de possíveis patologias. Confira. Afinal, o que é um sono de qualidade? Além de ser uma necessidade biológica, ter um sono de qualidade pode ser a chave para uma longevidade mais saudável. É o que afirma a American Academy of Sleep Medicine. Para que isso aconteça, é necessária a adoção de hábitos saudáveis relacionados à alimentação, gerenciamento de estresse, prática de exercícios e respeito ao ritmo circadiano, conforme citado anteriormente. Durante o dia, o ciclo circadiano trabalha para enviar sinais ao cérebro com o objetivo de manter o corpo alerta e em funcionamento. Da mesma forma, à noite, o seu trabalho é preparar o corpo para o repouso. Por conta disso, manter ambientes internos iluminados ou até mesmo aproveitar a luz do sol contribui para esse processo. Segundo um estudo, realizado em adultos mais velhos, 2 horas de exposição solar aumentam a eficácia do sono em 80% e a sua quantidade em 2 horas. Outro hábito importante, que contribui para um sono de qualidade é a alimentação que, através de uma dieta balanceada e apropriada para cada organismo, garante o bem-estar e supre todas as necessidades diárias do indivíduo. De acordo com um estudo, o consumo de alimentos muito próximo ao horário de dormir, afeta a qualidade do sono de indivíduos considerados saudáveis. Além disso, é necessário evitar, principalmente nesse horário, alimentos processados, com muito açúcar ou gordura. Outra pesquisa, realizada em homens, complementa a informação acima citada. Os resultados apontam que um sono de má qualidade influencia para o aumento da fome e da ingestão de alimentos no dia seguinte. O que a má qualidade do sono pode causar? Você questiona seus pacientes a respeito da qualidade do sono? Cada vez mais essa pergunta tem se tornado essencial para avaliar o estado de saúde de pessoas em todo o mundo. É claro que as necessidades de sono de cada pessoa são únicas, bem como a sua rotina, sua alimentação e seus hábitos relacionados à saúde. Por conta disso, não existe uma fórmula exata a respeito do número de horas adequado para que se tenha uma boa noite de sono, mas sim, hábitos que possibilitem que esse momento seja de qualidade, e não somente focado em quantidade. Segundo um recente estudo, publicado na Revista Brain, a má qualidade de sono representa um papel no desencadeamento de distúrbios cognitivos e neurodegenerativos, como por exemplo o Alzheimer – que é considerado a principal causa do declínio cognitivo em adultos mais velhos, além de contribuir para cerca de 70% dos casos de demência.  Segundo os pesquisadores, o sono insatisfatório, além de ser um sintoma comum da doença, também possui a capacidade de acelerar a sua progressão. Além disso, dados do estudo sugerem a identificação de um “ponto ideal” para definir o tempo total de sono, considerando que tempos de sono curtos demais ou longos demais foram associados a um pior desempenho cognitivo. Essa relação ocorre devido à má qualidade do sono e não somente à sua quantidade, como anteriormente citado. Outra consequência da falta de sono é o aumento da inflamação do corpo, que está associada a doenças inflamatórias do intestino, que causam o aumento do risco de desenvolvimento dessas condições. De acordo com uma análise, realizada em pacientes com doença inflamatória intestinal (DII), foram encontradas evidências da correlação entre fragmentação ou distúrbios do sono com o aumento do risco de surto para a DII. Nesse sentido, é possível perceber que a falta de sono impacta direta e negativamente a qualidade de vida do indivíduo, podendo agravar as condições já sofridas por ele. Quando o corpo sofre com a falta de sono, ele coloca as funções corporais em alerta máximo, causando a produção de hormônios do estresse que, de acordo com um estudo, podem ser exacerbados, já que o sono de qualidade é responsável por regular a resposta do corpo ao estresse. A falta de descanso necessário para a promoção da qualidade de vida também é responsável pelo agravamento de distúrbios mentais, como a depressão. De acordo com um estudo, a condição mais associada à insônia, dentre os transtornos psiquiátricos, é a depressão. Conforme os pesquisadores, 90% dos pacientes, com quadro de depressão clinicamente comprovado, apresentam a falta de sono como uma queixa presente. A importância do sono de qualidade para uma longevidade saudável

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Escondido nas paredes do sistema digestivo encontra-se o nosso segundo cérebro. A descoberta sobre essa conexão revolucionou a compreensão da medicina a respeito de ligações entre digestão, humor, emocional e todo o âmbito da saúde de uma pessoa. Conhecido clinicamente como o Sistema Nervoso Entérico, o segundo cérebro é formado por duas camadas finas de mais de 100 milhões de células nervosas que revestem o trato gastrointestinal do esôfago até o reto. Entretanto, qual o papel do segundo cérebro para o pleno funcionamento do organismo humano? Entenda ao longo deste artigo.     Por que o intestino é o segundo cérebro?  Ao contrário do nosso cérebro, o SNE não é capaz de pensar e compreender porque tais coisas acontecem, por exemplo. O seu papel encontra-se no controle da digestão, desde a deglutição até a liberação das enzimas responsáveis pela quebra dos alimentos, a sua passagem pelo fluxo sanguíneo, sua absorção e eliminação de acordo com a necessidade de cada organismo. Nesse sentido, o funcionamento do sistema digestivo, bem como o que entra nele afetam diretamente todo o funcionamento do corpo. Isso porque, nossas emoções, sentimentos e sensações estão diretamente atreladas a esse sistema. Dessa maneira, ao contrário do que pensávamos, condições como ansiedade, depressão e outros distúrbios são, na verdade, ocasionados por conta de problemas intestinais funcionais. A importância das fibras para o intestino – e para toda a nossa saúde Os avanços da ciência apontam cada vez mais o importante papel desempenhado pelos organismos presentes no microbioma intestinal para a saúde mental e física dos indivíduos. São quase 100 trilhões de bactérias, fungos, vírus e outros microorganismos presentes no intestino. Além disso, é importante relembrar que o intestino humano é responsável por produzir 95% da serotonina do corpo, ou seja, é a partir dele que o nosso bem-estar emocional se equilibra. Outro importante trabalho desempenhado pelo intestino é o fortalecimento do sistema imunológico, que é educado com base nas informações que recebe a partir das bactérias intestinais, alertando-se para possíveis ataques nocivos à saúde. Dessa maneira, manter seu sistema digestivo saudável torna-se uma conduta importante para uma vida saudável e, por conta disso, é papel do médico orientar e esclarecer para o paciente a respeito de simples atitudes que podem manter o segundo cérebro funcionando em equilíbrio. Além de uma dieta com probióticos, enzimas e ervas terapêuticas, a fibra representa um importante papel no restauro do equilíbrio do sistema digestivo, porque a sua presença no intestino alimenta as bactérias intestinais, mantém o cólon limpo e saudável, além de reduzir a incidência de doenças cardíacas, redução do colesterol, pressão arterial, níveis de glicose e inflamação. Estudos apontam que a presença das fibras na alimentação do indivíduo e, consequentemente no seu sistema digestivo, promove o crescimento de bactérias intestinais boas, que estimulam efeitos positivos para a saúde. Tais bactérias são responsáveis pela produção de nutrientes para o corpo, oferecendo o potencial de modificação do equilíbrio microbiano intestinal. É claro que não é necessário eliminar outros alimentos para ter uma dieta rica em fibras, mas sim, incorporá-los em sua rotina de alimentação de acordo com um planejamento orientado por um profissional da área. A relevância de um trabalho integrado entre médicos e nutricionistas Até aqui pudemos observar a importância da saúde do intestino para a promoção de bem-estar ao indivíduo como um todo. Nesse sentido, vale destacar a relevância de um trabalho integrado entre médico e nutricionista para a promoção de qualidade de vida a seus pacientes. Isso porque, quando consideramos que o intestino funciona como um segundo cérebro para o corpo, elencamos a importância desse sistema para o pleno funcionamento do organismo humano. Entretanto, sem equilíbrio entre ações relacionadas à alimentação e prática de exercícios, com orientações médicas, os trabalhos desconversam e podem tornar-se até mesmo nocivos para a saúde do paciente. Dessa forma, levando em consideração o papel desempenhado pelo metabolismo em quase todas as doenças e condições crônicas, é necessária uma compreensão da bioquímica e do metabolismo humano para o sucesso no tratamento de doenças.

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Dados do Instituto Nacional de Câncer apontam o câncer de mama e próstata como os mais frequentes na população brasileira. As estimativas de 2020 representam quase 66 mil casos novos de câncer de mama e próstata. Após esse alto número, aparece o câncer de cólon e reto (41 mil), pulmão (30 mil) e estômago (21 mil). Com este cenário, não cessa a grande pergunta: é possível prevenir o câncer? Mesmo com todas as tecnologias e estudos disponíveis, a cura para o câncer ainda não possui uma pílula ou vacina definida, porém, diversas descobertas apontam para a importância e o poder de hábitos saudáveis para fortalecer essa prevenção. Dessa forma, o estilo de vida e comportamentos individuais podem influenciar positiva ou negativamente a ocorrência de inúmeras doenças, inclusive o câncer. Veja mais ao longo deste artigo. Afinal, é possível prevenir o câncer? Por mais que não existam metodologias específicas para a prevenção do câncer, hábitos saudáveis podem sim prevenir a doença. De acordo com dados coletados através de um estudo realizado pela Harvard University em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), fatores de risco no estilo de vida são responsáveis por 27% dos casos de câncer e um terço das mortes por câncer no Brasil. Segundo os pesquisadores, a adoção de hábitos saudáveis pode reduzir os casos e a incidência de morte por câncer de laringe, pulmão, orofaringe, esôfago e colo-reto pela metade. Além disso, o tabagismo foi elencado como a principal causa de câncer na população, seguido por alto IMC e consumo de álcool. Dessa maneira, impera a afirmação de que o equilíbrio entre alimentação saudável, prática de exercícios físicos, gerenciamento de estresse, sono de qualidade e evitar o abuso de substâncias como narcóticos e álcool, trabalha positivamente para a redução do risco de desenvolvimento de câncer. Entretanto, outras práticas relacionadas à prevenção são necessárias para o melhor gerenciamento dessa condição. São elas: o incentivo ao acompanhamento médico e a realização de exames, para que seja diagnosticada a situação e indicada a melhor abordagem para cada caso. Viver uma vida saudável pode prevenir o câncer? Segundo o estudo citado acima, os fatores de risco de estilo de vida, como tabagismo, consumo de álcool, sobrepeso/obesidade, dieta pouco saudável e falta de atividade física, foram associados ao aumento do risco de cerca de 20 tipos de câncer. As descobertas não param por aí, de acordo com as pesquisas 26,5% (114.497 casos) de todos os casos de câncer e 33,6% (63.371 mortes) de todas as mortes por câncer poderiam ser potencialmente evitadas pela eliminação dos fatores de risco do estilo de vida no Brasil. Além disso, uma nova ferramenta em desenvolvimento pode auxiliar ainda mais os profissionais da área a personalizarem o tratamento de pacientes oncológicos com base no seu perfil molecular individual. Para os pesquisadores, a ferramenta integra uma variedade de dados moleculares de pacientes e tumores, objetivando a orientação para uma medicina mais precisa e focada em um contexto geral em torno do paciente. Nesse sentido, fica cada vez mais evidente a importância de ultrapassar a medicina que trata as doenças de maneira isolada, buscando analisar o cenário completo e as circunstâncias que o indivíduo enfrentou para se encontrar nessa situação. O que mais pode prevenir o câncer? De acordo com as descobertas citadas neste artigo, viver uma vida saudável traz sim inúmeros benefícios para a saúde dos indivíduo, portanto, torna-se papel do profissional orientar seus pacientes para a adoção desse tipo de hábito. Isso porque é comum que, em um momento onde as ferramentas de comunicação e informação sejam muitas, as pessoas recebam informações conflitantes a respeito da melhor conduta para prevenir todo o tipo de doença. O que se sabe a respeito da prevenção do câncer ainda é um processo em evolução, ou seja, descobertas novas surgem frequentemente. Entretanto, a ideia de que o estilo de vida de um indivíduo afeta suas chances de desenvolver algum tipo de câncer é bem aceita e informada na comunidade médica. Por conta disso, o primeiro passo, não somente para construir uma barreira contra o câncer, mas também para evitar o surgimento de outras patologias nocivas à saúde, é ter ciência de que simples mudanças no estilo de vida podem fazer toda a diferença.

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Dados do Instituto Nacional de Câncer apontam que, entre os casos em mulheres brasileiras, 29,7% se manifestam através do câncer de mama.  Segundo a Organização Mundial de Saúde, 30% a 50% dos casos de câncer podem ser prevenidos, através da implementação de estratégias focadas na detecção precoce, além da possibilidade de um maior controle do avanço da doença ao abordar essa metodologia. Alguns tipos de câncer possuem altas chances de cura quando detectados em estágios iniciais e tratados de maneira adequada. Nesse sentido, procurar modificar e prevenir fatores de risco para o desenvolvimento da doença, através do estilo de vida do indivíduo, acarreta significativamente na redução do fardo do câncer. Hábitos saudáveis como a prática de exercícios, alimentação balanceada, gerenciamento de peso e a restrição de práticas nocivas à saúde, como o consumo de álcool e tabagismo, agem em prol da prevenção do desenvolvimento de câncer. Entenda mais ao longo deste artigo. Câncer de mama e estilo de vida Um estudo realizado pela Harvard University em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), em 2019, concluiu que: Fatores de risco no estilo de vida são responsáveis por 27% dos casos de câncer e um terço das mortes por câncer no Brasil. A adoção de hábitos saudáveis pode reduzir a incidência de morte por alguns tipos de câncer pela metade. O tabagismo é a principal causa de câncer no Brasil, seguido pelo sobrepeso e consumo de álcool. A pesquisa foi realizada com base na informação de que fatores de risco de estilo de vida, como tabagismo, consumo de álcool, sobrepeso/obesidade, má qualidade da alimentação e falta de atividade física estão associados ao aumento do risco de cerca de 20 tipos de câncer. Nesse sentido, óbitos e casos de câncer podem ser evitados através de hábitos saudáveis, estimulando a redução de marcadores inflamatórios no organismo.  Dados como este comprovam a necessidade de orientação a respeito de práticas saudáveis e a sua importância no combate à inúmeras patologias. De acordo com uma revisão científica de artigos relacionados ao câncer de mama, mesmo que 90% das pacientes com a condição recebam o diagnóstico em um estágio inicial, cerca de 25% dos casos direciona para a morte de metástase à distância*. Os pesquisadores encontraram evidências de que mudanças específicas no estilo de vida, conforme veremos a seguir, devem ser realizadas como um complemento efetivo para o tratamento padrão do câncer de mama. Os resultados apontaram a inclusão de atividade física na rotina da paciente como a prática com efeito mais promissor na redução do risco de recorrência e morte por câncer de mama. Também foi apontada a importância de manter um IMC adequado para a sua faixa etária, considerando que o equilíbrio entre a prática de exercícios e a alimentação saudável pode evitar o ganho de peso. Fatores de risco para o câncer de mama Como citado ao longo deste artigo, a união entre hábitos saudáveis e exames de rotina  funciona como um trabalho preventivo para o desenvolvimento de doenças como o câncer. Entretanto, analisar e ressaltar os fatores de risco para o câncer de mama torna-se uma conduta indispensável para a redução do número de casos e mortes por câncer. Nos Estados Unidos, o câncer de mama é a categoria mais comumente diagnosticada de câncer, além de ser a segunda causa mais comum de morte em mulheres do país. De acordo com as diretrizes recomendadas pelo American Institute for Cancer Research, além do histórico familiar, os profissionais de saúde precisam considerar o poder dos fatores de risco sobre o aumento da incidência de câncer de mama. São eles: Tabagismo; Consumo excessivo de álcool; Excesso de peso ou obesidade; Estilo de vida sedentário; Dieta pobre em frutas e vegetais; Infecção por hepatites ou outras infecções carcinogênicas; Radiações ionizantes e não ionizantes; Poluição do ambiente; Fumaça proveniente do uso doméstico de combustíveis sólidos. É possível prevenir o câncer de mama? Segundo as expectativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), até 2025, os casos de câncer devem aumentar em até 50% no Brasil. Isso porque a população possui indicadores de crescimento e maior envelhecimento para os próximos anos.  Por ser uma doença multifatorial e uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo, a prevenção é a principal conduta a ser adotada para a redução da incidência do câncer. Como citado ao longo deste artigo, é necessária a reeducação da população para a adoção de um estilo de vida mais saudável, que permita a prevenção de vários tipos de câncer, assim como o câncer de mama, diz estudo. Porém, condutas relacionadas à exames de rotina e outros complementos realizados através do atendimento médico continuam necessários e de extrema importância para a detecção precoce. Para prevenir o câncer de mama, os indivíduos precisam evitar os inúmeros fatores de risco acima citados, reduzir a exposição à radiação não-ionizante (UV) e às radiações ionizantes, controlar os riscos ocupacionais e realizar o tão importante exame de pré-câncer, mamografias e autoexame de mama. Incentivar tais condutas faz parte da colaboração para a garantia de qualidade de vida para toda a população. *A metástase pode ser regional, quando está próxima do local original, ou à distância, quando apresenta-se em outros órgãos.

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Estilo de Vida

Se você acompanha nossos conteúdos, já sabe que o gerenciamento do estresse é um dos importantes pilares para a construção de uma longevidade saudável. No entanto, tendo em vista o estilo de vida que levamos diariamente, surge a questão: como desestressar quando estamos vivendo em um momento extremamente estressante? Vivenciar um período repleto de indecisões, desinformação e ainda por cima consequências graves para a saúde da população, com certeza ocasiona estresse aos indivíduos. Uma breve pesquisa no Google sobre o momento que enfrentamos traz um recado importante: cuide de sua saúde mental. Um estudo realizado pelo Instituto de Psicologia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), publicado pela Revista The Lancet, encontrou evidências de que a mudança brusca de rotina que a pandemia causou na vida e no trabalho das pessoas estimulou impactos significativos para a saúde mental dos envolvidos. Os dados encontrados apontam que os casos de depressão aumentaram 90% e o número de pessoas que relataram sintomas como crise de ansiedade e estresse agudo mais que dobrou entre os meses de março e abril de 2021. Segundo a própria Organização Mundial da Saúde, a ausência de sociabilidade evidenciou o aumento dos índices de suicídio, depressão, preocupação, medo, ansiedade, violência doméstica, abuso de substâncias e também a fragilidade das redes de proteção. Além disso, dados da OMS, embasados na Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) relatam essas características como as principais causas de afastamento do trabalho no Brasil em 2020: – Depressão (59% das pessoas se encontram em estado máximo de depressão); – Transtorno de Ansiedade (63% das pessoas possuem algum problema de ansiedade); – Estresse (37% das pessoas estão estressadas com nível extremamente severo); – Burnout (44% dizem ter sofrido com o esgotamento mental). Nesse sentido, posicionar os distúrbios mentais como um problema de saúde pública é essencial para gerenciar a chamada epidemia do estresse. Afinal, como desestressar em um mundo estressante?! É possível? Considerando a realidade atual, desestressar em um mundo estressante parece uma utopia. Entretanto, mesmo em meio ao que parece um caos, é possível encontrar alternativas para descansar a mente, o corpo e, consequentemente, estabilizar as nossas emoções para reduzir os níveis de estresse. Nesse sentido, buscar alternativas que contribuem para a saúde através da espiritualidade podem ser ferramentas efetivas no combate ao estresse. Segundo o sábio Hipócrates “é mais importante conhecer a pessoa que tem a doença do que a doença que a pessoa tem”.  Essa frase pode funcionar como guia para a compreensão de que trabalhos relacionados à análise e compreensão do estilo de vida individual colaboram positivamente para o diagnóstico e tratamento apropriados para cada paciente. Além disso, o equilíbrio entre a saúde do corpo e da mente se torna cada vez mais evidente e importante para a garantia de qualidade de vida. Por exemplo, técnicas de mindfulness podem aliviar o estresse diário, segundo estudo. Segundo as análises realizadas pela Carnegie Mellon University na Pensilvânia, a prática de apenas 25 minutos, durante três (3) dias consecutivos, é capaz de aliviar o estresse psicológico. Com este cenário, é possível utilizar métodos práticos e acessíveis à população para reequilibrar o corpo como um todo, afinal, o mindfulness é uma prática meditativa que objetiva o foco no momento presente. Através de exercícios de meditação, ela auxilia no gerenciamento de pensamentos, sentimentos e emoções, causando impactos positivos para o equilíbrio necessário para a longevidade saudável do ser humano. Importante ressaltar que o mindfulness não substitui o acompanhamento e diagnóstico profissional. Porém, apresenta-se como uma prática promissora para o gerenciamento de estresse em um mundo estressante. Como fazer: busque um lugar calmo, sente-se de maneira confortável e monitore um tempo máximo para permanecer no exercício (cerca de 25 minutos). Feche os olhos e deixe a sua mente se conectar com o momento presente e com os pensamentos que a seguem naquele momento. Por que as pessoas estão mais estressadas? Estamos estressados e vivendo em um mundo estressante. Mas por que isso acontece? Como citado acima, os casos de depressão aumentaram 90% e o número de pessoas que relataram sintomas como crise de ansiedade e estresse agudo mais que dobrou entre os meses de março e abril de 2021, no Brasil. Nos Estados Unidos, uma pesquisa concluiu que cerca de 4 em cada 10 adultos relataram sintomas de ansiedade ou transtorno depressivo entre 2020 e 2021. Os dados comparados com o ano de 2019 demonstram o crescimento dessa proporção, que anteriormente era de um em cada 10 adultos. Outra coleta de dados, realizada pelo Office of National Statistics da Europa, indicou que mais de 25 milhões de pessoas no Reino Unido experimentaram altos níveis de ansiedade no final de março de 2020, quando o bloqueio inicial foi anunciado. De acordo com a pesquisa, o aumento nos níveis de ansiedade resultou em preocupações com o bem-estar pessoal, a segurança no emprego e o impacto da Covid-19 no âmbito financeiro. Além das consequências enfrentadas pela pandemia da Covid-19, a realidade atual da maioria dos indivíduos encontra-se em estado de alerta. Afinal, o desempenho está acima da qualidade de trabalho, a vida virtual encontrada através das plataformas digitais tornou-se um modelo a ser seguido e a saúde e o bem-estar dos indivíduos está cada vez mais sendo tratado com menor prioridade. Nesse sentido, a compreensão de que a nossa saúde depende também da maneira com a qual nos comportamos e

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A famosa frase “prevenir é melhor do que remediar”, dita pelo filósofo holandês Desiderius Erasmus em 1500 é um dos princípios fundamentais relacionados aos cuidados de saúde a longo prazo. Um estudo recente, realizado nos Estados Unidos, procurou avaliar os custos com a saúde, considerando o elevado número da população idosa atualmente. Segundo os pesquisadores, o envelhecimento precoce precisa ser tratado como uma “doença” e não como uma condição normal. Já é possível pré-definir as consequências da senescência, como a desregulação dos processos e produção hormonal, enfraquecimento dos ossos, tecidos e cognição, além de outras inúmeras patologias que indivíduos idosos estão suscetíveis a desenvolver. Continue a leitura para compreender mais sobre o estudo. Custos com a saúde: envelhecer é inevitável, mas a longevidade saudável é uma opção As mudanças biológicas e os hábitos negativos adotados ao longo da vida levam à deterioração de seu organismo, sistemas e diversas funções necessárias para a vida. Entre as consequências estão o aumento do risco de doenças como diabetes, doenças cardiovasculares, câncer e Alzheimer. Considerando que envelhecer é inevitável, abordagens e metodologias preventivas são necessárias para a garantia de uma longevidade saudável. Dentro desse contexto, o mesmo estudo citado anteriormente sugere impactos positivos não somente na qualidade de atendimentos médicos à população, mas também impactos positivos para a economia, através da adoção de práticas preventivas relacionadas principalmente às doenças causadas pelo declínio hormonal e outras consequências ocasionadas pela velhice. Segundo o relatório gerado pelos pesquisadores, o aumento da expectativa de vida saudável em 2,6 anos pode gerar um valor de 83 trilhões de dólares para a economia. Além disso, práticas em prol de uma longevidade saudável possibilitam a redução de incidentes patológicos como câncer, demência, doenças cardiovasculares e a própria fragilidade causada pela senescência. De acordo com os dados, os gastos chegam a 17% do valor direcionado para a saúde e, a maior parte desse valor é gasta com tratamentos no último ano de vida do indivíduo. Com este panorama, o modelo de intervenção médica focado em prevenção se torna uma ferramenta essencial para a garantia de qualidade de vida e longevidade saudável, com foco na prevenção de doenças a curto e, principalmente, longo prazo. Medicina da saúde: a importância de um olhar que vai além do convencional Inúmeras patologias, infecções e doenças crônicas atacam o ser humano ao longo de sua vida. Muitas delas podem ser evitadas ou até mesmo ter índices reduzidos através da adoção de hábitos saudáveis e trabalho de prevenção realizado com foco em objetivos a curto, médio e longo prazo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cardiopatia isquêmica é a doença que mais causa mortalidade no mundo inteiro. Estudos apontam que os trabalhos de prevenção, através do investimento em saúde, podem auxiliar na prevenção e minimização dos casos em todo o mundo. Nesse trabalho inclui-se a correta análise de casos com antecedentes familiares, programas que promovam a atividade física e dieta saudável como “medicamentos preventivos”, além da instrução a respeito do gerenciamento de estresse, práticas de higiene do sono e demais terapias responsáveis pela manutenção do bem-estar ao longo da vida. Além disso, trabalhos de reposição hormonal podem contribuir positivamente para a prevenção de patologias e também para a longevidade saudável, garantindo bem-estar físico e mental. Dentro deste contexto, é necessário destacar o trabalho de observar o paciente/ser humano de maneira integrada, analisando não somente a sua condição, mas todos os fatores que contribuem para esse acontecimento.

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A Vitamina B12 não é produzida no organismo humano, porém, desempenha um papel fundamental na manutenção da saúde e incentivo à longevidade saudável. Sua função no organismo está atrelada principalmente ao sistema nervoso central, na manutenção da cognição e prevenção da degeneração das células. Ela também é necessária para a formação de glóbulos vermelhos e síntese de DNA. Além disso, a deficiência de Vitamina B12 pode causar efeitos nocivos a longo prazo, principalmente relacionados à insônia ou estresse. A ingestão de Vitamina B12, mesmo que presente na alimentação de produtos de origem animal, nem sempre é absorvida e introduzida de maneira correta no organismo. Dentro deste contexto, é necessário avaliar a possibilidade de suplementação vitamínica para garantir a melhora de características como energia, memória e até mesmo trabalho de prevenção contra doenças cardíacas. Vitamina B12: por que suplementar? Mesmo que a Vitamina B12 tenha como fonte principal os alimentos de origem animal, como ovos, peixes, carnes e aves, o nutriente nem sempre é obtido em quantidade suficiente para o desempenho de suas funções. Um exemplo da importância de níveis equilibrados de Vitamina B12 no organismo é no caso de gravidez. De acordo com um estudo, a melhora no status de Vitamina B12 antes e durante a gravidez possui efeitos positivos contra defeitos congênitos, como defeitos do tubo neural. Outro ponto importante é a necessidade de maiores níveis de B12 no organismo de gestantes. O mesmo estudo aponta que níveis abaixo de 300 mcg apresentam três vezes mais probabilidade do nascimento de uma criança com defeitos de nascença, quando comparados a mulheres grávidas com níveis adequados. Outro benefício importante da suplementação vitamínica de B12 é a prevenção contra o enfraquecimento ósseo e prevenção da osteoporose. Um estudo comprovou que a deficiência de Vitamina B12, principalmente no organismo de mulheres, está associada à fragilidade óssea. Além disso, outro estudo realizado em adultos de ambos os sexos, comprovou a baixa densidade óssea em pessoas com B12 insuficiente, o que pode ser um importante fator de risco modificável para o desenvolvimento de osteoporose. Outro efeito positivo da presença equilibrada de Vitamina B12 no organismo é a manutenção não somente fisiológica, mas também relacionada ao cognitivo e sintomático do ser humano. Segundo um estudo, a Vitamina B12 deficiente foi associada a duas vezes mais chance de desenvolvimento de depressão. Isso ocorre pois a Vitamina B12 é necessária para a produção de serotonina – responsável pela regulação do humor. Vitamina B12: quando suplementar? Uma das principais características sintomáticas associadas à deficiência de Vitamina B12 é a fadiga ou cansaço extremo. Além disso, a sua deficiência pode ser identificada facilmente através de exames sanguíneos. Indivíduos com dietas mais restritivas, como veganos, vegetarianos e suas outras classificações, possuem maior tendência para a insuficiência de B12. De acordo com a própria Sociedade Brasileira Vegetariana (SVB), 50% dos indivíduos com dieta alimentar onívora no Brasil possuem deficiência de Vitamina B12. Por conta disso, a suplementação adequada desse nutriente se faz necessária para a garantia de absorção indicada diariamente para o organismo. Outro estudo aponta um dado importante: a deficiência subclínica de B12 afeta de 2,5% a 26% da população geral. Suas causas variam entre ingestão inadequada, biodisponibilidade inadequada ou má absorção, interrupção do transporte de Vitamina B12 no sangue ou absorção e metabolismo prejudicados por uma deficiência intracelular. Os principais sintomas de Vitamina B12 deficiente são: Fraqueza e cansaço crônico; Dificuldade de concentração; Formigamento; Diarreia e prisão do ventre; Problemas cognitivos e de memória; Anemia. A observação analítica destes e outros sintomas se faz necessária para um diagnóstico e tratamento benéfico para cada paciente.

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O selênio é um mineral essencial para a nossa saúde, obtido através da alimentação de determinados ingredientes, podendo também ser encontrado em pequenas doses na água. Por mais que o nosso organismo necessite do selênio em pequenas quantidades,  não podemos subestimar a sua importância, principalmente quando consideramos os processos metabólicos relacionados à função da tireoide. Este elemento possui propriedades antioxidantes, responsáveis por proteger as células de danos. Como veremos a seguir, evidências científicas demonstram que níveis baixos de selênio estão associados a problemas de saúde como HIV, doença de Crohn e outras patologias. Ao longo deste artigo você compreenderá alguns benefícios cientificamente comprovados desse mineral essencial. Siga a leitura!  Selênio: a importância do mineral para a saúde Durante os processos fisiológicos do organismo, o corpo é capaz de armazenar certas quantidades de selênio nos tecidos, principalmente nos músculos esqueléticos, através do consumo de alimentos com pequenas quantidades do mineral. Os alimentos que possuem quantidades destacadas de selênio são frutos do mar, alguns tipos de carne e castanhas-do-pará. Porém, essa presença do mineral nos alimentos depende muito da concentração do solo e da água onde ele foi produzido.  Por conta disso, a suplementação do mineral pode se tornar necessária, com o objetivo de estimular a ingestão das quantidades necessárias para o bom funcionamento do organismo. De acordo com um estudo recente, publicado na revista internacional eLife, a suplementação de selênio pode contribuir para a prevenção da obesidade e colaborar para uma longevidade saudável.  De acordo com Jay Johnson, um dos pesquisadores, “o estudo traz evidências de que a administração a curto prazo de fontes orgânicas ou inorgânicas de selênio proporciona múltiplos benefícios à saúde dos camundongos, sendo o mais notável a prevenção da obesidade induzida pela dieta”. Outro benefício que pode ser ocasionado com a presença de níveis equilibrados de selênio no organismo é a redução de hospitalizações e morbidade diarreica causada, por exemplo, pela AIDS. Estudos demonstram a associação entre a deficiência de selênio e a progressão para AIDS e mortalidade. O papel antioxidante do selênio Os antioxidantes são compostos presentes nos alimentos que evitam os danos celulares causados pelos radicais livres. Atitudes como o tabagismo, uso de álcool e estresse podem causar um excesso de radicais livres no organismo. Isso leva ao estresse oxidativo, que danifica células saudáveis e prejudica a construção de uma longevidade saudável.  O estresse oxidativo tem sido associado a condições crônicas como doenças cardíacas, Alzheimer e câncer, bem como envelhecimento prematuro e risco de acidente vascular cerebral Dessa forma, estudos têm verificado que antioxidantes como o selênio ajudam a reduzir o estresse oxidativo, mantendo o número de radicais livres sob controle.  Bons níveis de ingestão de selênio na gestação colaboram para a saúde da criança Outro estudo, realizado em Boston com cerca de 1.200 mulheres, encontrou evidências de que a exposição a níveis mais elevados de selênio durante a gravidez reduz o risco de hipertensão infantil.  Para obter os resultados, foram coletadas amostras de sangue de mulheres que deram à luz entre 2002 e 2013. Para os pesquisadores, os resultados obtidos comprovam a importância da nutrição e exposições ambientais do útero para a saúde cardiovascular da criança de 3 à 15 anos após o seu nascimento. Inclusive, a pesquisa ressalta que níveis saudáveis de selênio e manganês nas dietas durante a maternidade podem proteger as crianças de desenvolverem pressão alta ao longo de sua infância e vida adulta. A adoção de hábitos saudáveis pela população e o olhar médico investigativo mostram-se cada vez mais importantes para a construção de uma sociedade mais saudável.  Se você possui dúvidas relacionadas ao selênio, deixe o seu comentário abaixo. 

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O ômega 3, ômega 6 e o ômega 9 são gorduras dietéticas que possuem propriedades importantes para a saúde do organismo humano, conforme veremos ao longo deste artigo. Assim como outras substâncias, o desequilíbrio nos níveis de ômega pode contribuir para o desenvolvimento de patologias crônicas e nocivas à saúde e bem-estar. Ao longo deste artigo você compreenderá o papel do Ômega 3, 6 e 9 no organismo. Siga a leitura e saiba mais.  Ômega 3, ômega 6 e ômega 9: uma breve introdução Ômega 3 O ômega 3 é a gordura mais conhecida e famosa por suas qualidades anti-inflamatórias, como veremos ao longo do texto. As principais fontes de ômega 3 são encontradas em alimentos como a linhaça, peixes de águas profundas e chia. Mesmo assim, encontrar o ômega 3 de  maneira natural é bastante difícil, visto que: As quantidades de ômega 3 em alimentos vegetais são pequenas quando comparadas a nossa real necessidade; Os peixes que apresentam maiores quantidades de ômega 3 localizam-se em países nórdicos e são de difícil acesso. A presença do ômega 3 no organismo é muito importante, com benefícios reconhecidos para a saúde do seu corpo e cérebro. Existem muitos tipos de gorduras ômega 3, que diferem de acordo com sua forma química. Aqui estão os três mais comuns: Ácido eicosapentaenóico (EPA): a principal função deste ácido graxo de 20 carbonos é produzir produtos químicos chamados eicosanóides, que ajudam a reduzir a inflamação. A EPA também pode ajudar a reduzir os sintomas de depressão, conforme apontam estudos. Ácido docosahexaenóico (DHA): Um ácido graxo de 22 carbonos, o DHA representa cerca de 8% do peso cerebral e contribui para o desenvolvimento e a função cerebral, conforme aponta a literatura. Ácido alfa-linolênico (ALA): esse ácido graxo de 18 carbonos pode ser convertido em EPA e DHA. De acordo com alguns estudos, o ALA tem benefícios relacionados à saúde do coração, melhora do sistema imunológico e do sistema nervoso. Ômega 6 Níveis equilibrados de ômega 3 e ômega 6 são necessários para garantir proteção do organismo a processos inflamatórios. Isso ocorre pois o ômega 6 é um ácido graxo responsável pelo desencadeamento de uma série de processos inflamatórios no organismo, podendo ser encontrado em óleos vegetais como o de soja e milho. Dessa forma, essas fontes devem ser reduzidas ao máximo e o ômega 3 consumido em maior quantidade, ou até suplementado, a fim de garantir a neutralidade no organismo. De acordo com a literatura científica, as dietas ocidentais são deficientes em ácidos graxos ômega 3 e têm quantidades excessivas de ácidos graxos ômega 6 em comparação com a dieta na qual os seres humanos evoluíram e seus padrões genéticos foram estabelecidos.  Quantidades excessivas de ácidos graxos poliinsaturados ômega 6 (PUFA) e uma proporção ômega 6/ômega 3 muito alta, como é encontrada nas dietas ocidentais atuais, promovem a patogênese de muitas doenças, incluindo doenças cardiovasculares, câncer e doenças inflamatórias e autoimunes. Ômega 9 O principal representante do grupo de alimentos que possui ômega 9 em sua composição é o ácido oleico. Ele pode ser encontrado em gorduras monoinsaturadas, como azeite de oliva, azeitonas, macadâmia, nozes, avocado, castanha-do-pará e abacate. Esse tipo de gordura é importante porque estabiliza os níveis de colesterol no sangue, auxiliando na redução da agregação de plaquetas. Ômega 3, ômega 6 e ômega 9: a importância de manter níveis equilibrados Como citado anteriormente, o equilíbrio em cada processo do organismo é necessário para garantir qualidade de vida e saúde para os indivíduos. Dentro deste contexto, é preciso esclarecer a importância de possuir níveis equilibrados de ômega 3, ômega 6 e ômega 9 em nosso corpo. O seu acesso principal ao corpo humano é através da alimentação ou da suplementação, ou seja, esse equilíbrio depende, principalmente, de uma dieta saudável, repleta de nutrientes, fibras e vitaminas para coibir o surgimento de problemas de saúde. Quando a alimentação balanceada não é suficiente para a obtenção dos minerais, se faz necessária a suplementação.  É importante esclarecer que, mesmo que encontrados em alimentos, nem todos os tipos de ômega tem propriedades completas em um ingrediente específico. Por exemplo: uma das principais fontes de ômega 3 pode ser encontrada em peixes de águas profundas, porém, esse formato de pesca há tempos tem sido substituído por cativeiros construídos para a criação e produção de peixe para o mercado alimentício. Dentro deste contexto, o ômega 3, que deveria estar presente nesse alimento, acaba se perdendo, assim como as suas propriedades anti-inflamatórias responsáveis por regular os níveis de inflamação do organismo. Níveis estes que, inclusive, são modificados com a ingestão de ômega 6, um ácido graxo que é responsável por desencadear uma série de processos inflamatórios no organismo. Mesmo não sendo uma reação negativa desse tipo de gordura, a inflamação necessita de manejo para não se transformar em um quadro de inflamação crônica subclínica. Além disso, de acordo com estudos, a presença de ômega 3, 6 e 9 no organismo pode auxiliar no combate e prevenção de outras patologias. De acordo com um estudo recente, utilizar o ômega 3 como ferramenta para o tratamento de depressão é extremamente promissor. Para os pesquisadores, os efeitos anti-inflamatórios do ômega 3 trabalham para reduzir os altos níveis de inflamação no organismo de um indivíduo com quadro de depressão. Informações presentes no Guia Alimentar para a População Brasileira classificam os ômegas 3 e 6 como benéficos à saúde quando consumidos em equilíbrio. Estudos indicam, inclusive, que

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O estresse oxidativo acontece quando há desequilíbrio entre a atividade dos radicais livres e a função antioxidante. Tal quadro gera danos ao tecido adiposo, ao DNA e às proteínas do corpo e, como consequência, um grande número de doenças podem ser desencadeadas. Entre elas merecem destaque a diabetes, aterosclerose, inflamação, hipertensão, doenças cardíacas e doenças neurodegenerativas, como Parkinson e Alzheimer.  A partir disso, compreende-se que o estresse oxidativo é um dos principais contribuintes para as chamadas “doenças características da velhice”. Neste artigo, buscamos explicar o processo fisiológico do estresse oxidativo e medidas de prevenção para o quadro através da literatura científica. Para saber mais, siga a leitura.  Estresse oxidativo e inflamação: qual a relação?  O estresse oxidativo é um desequilíbrio de radicais livres e antioxidantes, que pode causar danos às células e aos tecidos do organismo e, consequentemente, colaborar para o envelhecimento precoce. As células do corpo produzem radicais livres durante os processos metabólicos normais. No entanto, elas também produzem antioxidantes que neutralizam tais radicais livres.  Em geral, o corpo é capaz de manter um equilíbrio entre antioxidantes e radicais livres. No entanto, o desequilíbrio dessa relação faz com que ocorra uma produção excessiva de radicais livres e, consequentemente, contribua para o estresse oxidativo. Mas, afinal, qual a relação entre o estresse oxidativo e inflamação? Em resumo, infecções e lesões desencadeiam a resposta imunológica do corpo. As células imunológicas chamadas macrófagos produzem radicais livres enquanto lutam contra os germes invasores. Esses radicais livres podem danificar células saudáveis, levando à inflamação. Em circunstâncias normais, a inflamação desaparece depois que o sistema imunológico elimina a infecção ou repara o tecido danificado. No entanto, o estresse oxidativo também pode desencadear a resposta inflamatória que, por sua vez, produz mais radicais livres que podem elevar o estresse oxidativo, criando um ciclo vicioso. O estresse oxidativo é visto como um desequilíbrio entre a produção de espécies reativas de oxigênio (ERO) e sua eliminação por mecanismos de proteção, que podem levar à inflamação crônica. De acordo com a literatura científica, a inflamação faz com que as células do sistema imunológico secretem várias citocinas e quimiocinas para recrutar outras células do sistema imunológico para o local do estresse oxidativo/inflamação. Consequentemente, o aumento de EROs pelas células do sistema imunológico no local da inflamação ocasiona o estresse oxidativo e a lesão tecidual. Como apontam estudos, a inflamação é um mecanismo de defesa natural contra patógenos e está associada a muitas doenças patogênicas, como por exemplo infecções microbianas e virais, exposição a alérgenos, radiação e produtos químicos tóxicos, doenças autoimunes e crônicas e obesidade.  A superprodução de estresse oxidativo induz dano celular grave do cérebro no diabetes, conforme aponta a literatura. Estudos documentaram que a peroxidação lipídica mais elevada, os níveis de nitrito, o malondialdeído e o status de oxidantes totais foram menores nas enzimas marcadores antioxidantes totais no cérebro de ratos diabéticos. Estresse oxidativo: sintomas O estresse oxidativo pode ser percebido por diversas formas. Dessa maneira, é essencial que o indivíduo realize acompanhamento rotineiro com um médico que tenha amplo conhecimento em fisiologia. Somente assim será possível diagnosticar o quadro de estresse oxidativo. Entre alguns dos sinais que podem estar relacionados ao estresse oxidativo, estão:  Estresse; Cansaço sem causa aparente; Desequilíbrio emocional sem causa aparente; Ansiedade; Agitação; Suscetibilidade à infecções; Dores de cabeça. Como prevenir o estresse oxidativo? Os principais fatores que contribuem para o estresse oxidativo estão relacionados ao estilo de vida, como por exemplo a má alimentação, estresse, consumo de álcool, tabaco e fatores ambientais como poluição e radiação. Dessa forma, uma das principais formas de prevenir o estresse oxidativo, bem como outras diversas doenças, está na manutenção de hábitos saudáveis.  Manter um peso corporal saudável pode ajudar a reduzir o estresse oxidativo. De acordo com uma revisão sistemática de 2015, o excesso de células de gordura produz substâncias inflamatórias que desencadeiam o aumento da inflamação e a produção de radicais livres nas células imunológicas. Dessa maneira, a prática de exercícios físicos e a alimentação equilibrada são fatores fundamentais.  De acordo com a literatura científica, exercícios físicos estão associados a uma menor taxa metabólica de repouso, maior atividade antioxidante, menor oxidação de LDLs e maior proteção contra a oxidação de proteínas e DNA. Além disso, os mecanismos do exercício moderado incluem melhora da sensibilidade à insulina e redução do estresse oxidativo e da inflamação. Como apontam estudos, a chave para o sucesso da redução do dano induzido pelo estresse oxidativo deve ser a supressão do dano oxidativo sem interrupção da rede de defesa antioxidante.  A abordagem para neutralizar os radicais livres com antioxidantes deve ser alterada para a prevenção da formação de radicais livres, em primeiro lugar. Reduzir a formação de radicais livres deve ser mais eficiente do que tentar neutralizar os radicais livres após sua produção. Ou seja, a prevenção sempre será a melhor opção. 

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