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Deficiência de testosterona na mulher: causas, sintomas e por que reequilibrar

A testosterona também é um hormônio feminino. Apesar de amplamente associada à saúde masculina, a testosterona é um hormônio fundamental para a mulher. Produzida principalmente nos ovários e nas glândulas adrenais, ela exerce papel essencial em diversas funções fisiológicas, desde o metabolismo e o equilíbrio emocional até a vitalidade sexual e a manutenção da massa magra. Nos últimos anos, a compreensão sobre a importância da testosterona na fisiologia feminina tem se ampliado, permitindo que a clínica médica avance no diagnóstico e no manejo das deficiências hormonais com mais precisão e segurança. O que é a deficiência de testosterona na mulher A deficiência de testosterona ocorre quando os níveis desse hormônio estão abaixo do ideal para o funcionamento fisiológico do organismo feminino. É importante destacar que “abaixo do ideal” não se restringe aos valores de referência laboratoriais. A interpretação deve sempre considerar a individualidade biológica, os sinais clínicos e a fase de vida da paciente. Mulheres podem apresentar sintomas de deficiência mesmo com resultados laboratoriais dentro do chamado “intervalo normal”. Isso porque os parâmetros de referência muitas vezes não refletem o ponto ótimo de equilíbrio hormonal, mas sim médias populacionais amplas, que desconsideram variações fisiológicas e contextuais. Causas da deficiência de testosterona feminina A produção de testosterona na mulher pode ser afetada por diversos fatores, fisiológicos ou adquiridos. Entre as principais causas, destacam-se: Envelhecimento natural: a produção ovariana e adrenal declina progressivamente a partir dos 30 anos, acentuando-se após a menopausa. Uso prolongado de anticoncepcionais hormonais: a supressão do eixo hipotálamo-hipófise-ovariano reduz a síntese endógena de androgênios. Estresse crônico: o aumento do cortisol pode inibir a produção de DHEA e testosterona. Disfunções adrenais ou ovarianas: como insuficiência adrenal, síndrome dos ovários policísticos com exaustão androgênica ou falência ovariana precoce. Baixo consumo proteico ou dietas restritivas: prejudicam a síntese hormonal. Uso de alguns medicamentos: como corticoides, antiandrogênicos e opioides. Cada uma dessas condições interfere de forma distinta no eixo hormonal, reforçando a importância de uma avaliação clínica completa e individualizada. Sintomas da deficiência de testosterona na mulher Os efeitos da deficiência de testosterona podem se manifestar de forma ampla, afetando a saúde física, mental e sexual da mulher. Entre os principais sinais e sintomas estão: Queda de libido e diminuição da sensibilidade sexual; Fadiga constante e queda de energia; Redução da massa magra e aumento da gordura corporal; Dificuldade de ganho muscular mesmo com exercícios; Alterações de humor, como irritabilidade, apatia ou depressão leve; Dificuldade de concentração e lentidão cognitiva; Perda de densidade óssea e risco aumentado de osteopenia; Piora da qualidade do sono e sensação de cansaço ao acordar. Esses sintomas muitas vezes são atribuídos a fatores emocionais, ao envelhecimento ou a distúrbios de outras origens, o que pode retardar o diagnóstico. Por isso, a escuta clínica e a correlação entre queixas e parâmetros hormonais são indispensáveis para um diagnóstico preciso. Por que a avaliação deve ir além do exame laboratorial A dosagem isolada de testosterona TOTAL não é suficiente para avaliar a real disponibilidade do hormônio ativo no organismo feminino. O ideal é que se investiguem também parâmetros como testosterona LIVRE, SHBG (globulina ligadora de hormônios sexuais) e DHEA/DHEA-S, além de outros hormônios correlatos, como estradiol, progesterona e cortisol. Mais importante que os números, no entanto, é a interpretação clínica integrada. A fisiologia hormonal é um sistema interdependente, e a deficiência de um hormônio raramente ocorre de forma isolada. Observar o contexto metabólico, o estilo de vida, o padrão de sono, a alimentação e o nível de estresse é essencial para definir o diagnóstico e as condutas terapêuticas adequadas. A importância de reequilibrar a testosterona Reequilibrar a testosterona significa restaurar o funcionamento fisiológico integral do organismo feminino, não simplesmente corrigir um número laboratorial. Além disso, é fundamental considerar que toda correção deve visar exclusivamente o cuidado e a manutenção da saúde, nunca fins estéticos ou puramente de melhora da performance física desportiva. A otimização dos níveis hormonais impacta positivamente: O metabolismo, favorecendo melhor composição corporal e gasto energético; A saúde cardiovascular, com melhora do perfil lipídico e da sensibilidade à insulina; A saúde óssea e muscular, reduzindo o risco de osteoporose e sarcopenia; O bem-estar mental, com aumento da disposição, autoconfiança e clareza cognitiva; A função sexual e a qualidade de vida. O reequilíbrio deve ser conduzido com acompanhamento médico qualificado, baseando-se em princípios da fisiologia hormonal e da medicina preventiva, sempre com segurança, ética e individualização. Conclusão A deficiência de testosterona na mulher é um tema que exige atenção crescente na prática clínica. Reconhecer o papel desse hormônio na fisiologia feminina é fundamental para promover saúde integral, longevidade e qualidade de vida. Mais do que normalizar valores laboratoriais, trata-se de restaurar o equilíbrio do organismo como um todo, respeitando a individualidade de cada paciente e os princípios da fisiologia. Se você é médico e gostaria de aprofundar seus conhecimentos sobre a Fisiologia Hormonal e direcionar sua prática ao cuidado integral e antecipado da saúde, conheça o Curso Hormonologia e Terapias Integrativas. Estão abertas as inscrições para a próxima turma!

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Carreira Médica

A carreira médica no Brasil tem evoluído significativamente nas últimas décadas, oferecendo aos profissionais diversas oportunidades além da tradicional rotina de plantões. Com efeito, o aumento do número de médicos e a crescente demanda por especializações, é essencial que os profissionais da saúde considerem alternativas profissionais que alinhem conhecimento científico, qualidade de vida, realização profissional e impacto social. Cenário atual da medicina no Brasil Número de Médicos: O Brasil conta com aproximadamente 575.930 médicos ativos, representando uma densidade de 2,81 profissionais por mil habitantes, a maior já registrada no país, segundo a Agência Brasil. Formação Médica: Atualmente, existem 389 escolas médicas no Brasil, a segunda maior quantidade do mundo, atrás apenas da Índia, de acordo com o Portal Médico do CFM. Residência Médica: por exemplo, em 2022, o Ministério da Educação registrou 996 instituições credenciadas, oferecendo 69.206 vagas autorizadas de programas de residência médica, segundo a Sanar. Concorrência: A concorrência para programas de residência médica é intensa, com muitas especialidades apresentando mais candidatos do que vagas disponíveis. Novas possibilidades para a carreira médica Diante desse cenário, muitos médicos têm buscado alternativas que ofereçam melhor qualidade de vida, menor carga horária de plantões e a oportunidade de atuar de forma mais integrada e preventiva. Algumas dessas possibilidades incluem: 1. Medicina Integrativa A medicina integrativa compreende uma abordagem focada no tratamento do paciente como um todo, de forma integrada, considerando aspectos físicos, emocionais e espirituais.  Profissionais dessa área utilizam terapias que vão além das medicações e do manejo dos sintomas, propondo especialmente ajustes de estilo de vida para promover e manter a saúde e ajudar com a prevenção das mais diversas doenças. Essa abordagem permite ao médico ter um impacto mais profundo e duradouro na vida do paciente, contribuindo para relações de maior confiança e duração através do acompanhamento clínico contínuo, além de oferecer maior flexibilidade na rotina profissional. 2. Ciências da Longevidade Humana A bem da verdade, essa abordagem possui extrema importância em todas as áreas e especialidades médicas, bem como na prática do médico não especialista, pois considera a aplicação de ciências como fisiologia, hormonologia, bioquímica, nutrição, imunologia e muitas outras para o acompanhamento clínico e o planejamento de programas completos de cuidado da saúde. Com o aumento da expectativa de vida, as ciências da longevidade humana têm ganhado destaque. Médicos com expertise nessa abordagem focam na manutenção da saúde pelo maior tempo possível para a promoção de um envelhecimento mais saudável, independente e autônomo, ajudando a melhorar a qualidade de vida dos pacientes no presente e a prevenir doenças comumente relacionadas à idade. Esse modelo é aplicável a todas as especialidades médicas e também oferece oportunidades em clínicas, hospitais e programas de saúde pública. 3. Ensino e pesquisa Para aqueles com interesse em educação, a carreira acadêmica oferece a oportunidade de formar as próximas gerações de médicos e contribuir para o avanço da medicina em direção a um maior foco na saúde do que apenas nas doenças. Médicos podem atuar como professores em faculdades e cursos, coordenar programas de residência ou liderar pesquisas científicas. 4. Consultoria e gestão em saúde Médicos com habilidades administrativas podem atuar como consultores em hospitais, clínicas ou organizações de saúde, ajudando a otimizar processos, melhorar a qualidade do atendimento e implementar políticas de saúde mais eficazes. Essa área permite ao médico influenciar positivamente o sistema de saúde como um todo. 5. Empreendedorismo médico O empreendedorismo oferece aos médicos a possibilidade de criar soluções inovadoras para manutenção e cuidado da saúde. Isso pode incluir o desenvolvimento de novos tratamentos, tecnologias, aplicativos de saúde ou até mesmo a abertura de clínicas especializadas e multidisciplinares. Essa área oferece liberdade profissional e a oportunidade de fazer a diferença no setor de saúde. Parceria que agrega à carreira médica Reconhecendo a importância da formação contínua, a SOBRAF é parceira do Grupo Longevidade Saudável, que reúne a Faculdade Longevidade Saudável, a Editora Longevidade e a Loja do Tempo. Juntos, oferecem cursos, eventos, pós-graduação e livros voltados ao aprofundamento em ciências da longevidade humana e à capacitação para a abordagem integrativa segura e ética da saúde e da longevidade. Trata-se de um Programa Educacional completo, exclusivo para médicos, com cerca de 700h de conteúdo científico, que proporciona o contato e o aprofundamento em conceitos aplicáveis na prática clínica diária, permitindo ao profissional ampliar sua atuação e impactar positivamente a saúde de seus pacientes e, consequentemente, da sociedade. Conheça:  Curso Hormonologia e Terapias Integrativas  Seminário Internacional que acontecerá neste ano de 2025  Pós-graduação Master em Ciências da Longevidade Humana  Loja do Tempo e os livros da Editora Longevidade Médicos associados à SOBRAF possuem condições especiais para inscrições e compras dos produtos do Grupo Longevidade Saudável. Toque aqui e associe-se! Amplie sua visão e abra novas portas na carreira médica A medicina oferece uma vasta gama de possibilidades além dos plantões. Ao explorar áreas como medicina integrativa, ciências da longevidade humana, ensino, consultoria e empreendedorismo, médicos podem encontrar caminhos que alinhem suas paixões com as necessidades da sociedade. Esses outros caminhos não apenas enriquecem a prática profissional e ajudam com resultados mais expressivos para os pacientes, como também contribuem para a descoberta de formas mais satisfatórias de “ser médico”. Se você é médico e busca expandir seus horizontes profissionais, considere essas áreas como oportunidades para crescimento e realização na carreira. A SOBRAF e seus parceiros estão comprometidos com a ciência, a ética e a saúde e podem estar com você fornecendo o suporte

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Carreira Médica

A medicina moderna tem avançado não apenas em tratamentos e tecnologias, mas também na compreensão de que a relação médico-paciente é um fator determinante para o sucesso terapêutico. Dentro da abordagem integrativa e preventiva da saúde, a adesão ao tratamento vai muito além da prescrição. Ela exige participação ativa do paciente, especialmente no que tange às mudanças no estilo de vida, nutrição, terapias hormonais e suplementação. Nesse contexto, a forma como médicos se comunicam com seus pacientes é um pilar crucial, visto que a adequada compreensão das próprias condições e necessidades tem grande potencial de ampliar a adesão e a correta continuidade nos tratamentos propostos. A comunicação como ferramenta terapêutica Muitos médicos enfrentam desafios na adesão dos pacientes aos tratamentos porque a mensagem transmitida nem sempre é compreendida ou internalizada. O paciente precisa entender por que e como determinada terapia contribuirá para sua saúde, e essa clareza depende diretamente da forma como a informação é apresentada. 1. Clareza e objetividade na explicação O uso excessivo de termos técnicos ou explicações longas e complexas pode dificultar o entendimento do paciente. Uma comunicação eficaz é clara, objetiva e adaptada ao nível de conhecimento de quem ouve. Ao explicar um diagnóstico ou tratamento, o ideal é utilizar analogias e exemplos práticos que facilitem a assimilação da informação. 2. Escuta ativa e empatia A comunicação não se resume ao que é dito, mas também ao que é ouvido. Médicos que demonstram interesse genuíno pelas dúvidas, preocupações e crenças dos pacientes conseguem estabelecer um vínculo de confiança, o que impacta diretamente na adesão. Perguntas abertas, contato visual e validação das dificuldades do paciente são estratégias que fortalecem essa conexão. 3. Educação para o autocuidado Na medicina que foca na saúde e longevidade, o paciente precisa entender o impacto de suas escolhas diárias na evolução clínica. Em vez de apenas prescrever um protocolo, o médico deve atuar como educador, explicando, por exemplo: Por que a suplementação prescrita é essencial? Como a alimentação interfere nos níveis hormonais e metabólicos? Quais são os benefícios reais da prática de atividade física no controle da inflamação? Quando o paciente compreende o motivo das recomendações, a chance de adesão aumenta significativamente. 4. Motivação e reforço positivo A mudança de hábitos nem sempre é fácil, e muitos pacientes podem se sentir desmotivados no processo. O reforço positivo é uma ferramenta essencial na comunicação médica. Celebrar pequenas conquistas, demonstrar progresso com exames laboratoriais e reforçar os benefícios percebidos pelo paciente ajudam a manter o engajamento. 5. Comunicação contínua A adesão ao tratamento não depende apenas da consulta médica presencial. O acompanhamento através de retornos periódicos, materiais educativos e até canais digitais pode ser um diferencial. Oferecer suporte contínuo aumenta a confiança do paciente no tratamento e reduz as chances de abandono. E-books e guias práticos são excelentes materiais educativos que podem contribuir com a qualidade e a continuidade da relação com pacientes. Explore, por exemplo, passo a passo para mudanças de hábitos, assim como explicações mais detalhadas sobre procedimentos e terapias. Atualmente, redes sociais são boas ferramentas para atração de novos pacientes, mas também podem servir como meio de manutenção da relação com quem já é paciente. Aproveite para gravar conteúdos em vídeo, que favorecem melhor compreensão do que textos, tire as dúvidas que você escuta no consultório, eduque sobre suas formas de cuidado e sobre o papel dos próprios pacientes. Além disso, disponibilizar atendimento por aplicativos de mensagem direta, como o próprio Whatsapp, para questões específicas dos pacientes também é uma forma de se manter próximo e fortalecer a relação. Conecte-se pela comunicação! A adesão ao tratamento é um processo que vai além da prescrição médica e do próprio contato em consulta presencial. Ela pode começar nesse momento, mas deve ser mantida no dia a dia e isso depende diretamente da qualidade e continuidade da comunicação entre médico e paciente. Uma abordagem clara, empática e educativa transforma o paciente em protagonista da própria saúde, promovendo melhores resultados terapêuticos e impactando positivamente a longevidade e a qualidade de vida. Médicos que dominam a comunicação conseguem não apenas otimizar a adesão aos tratamentos, mas também fortalecer a relação médico-paciente, criando um ambiente de confiança e colaboração mútua. Afinal, um paciente bem informado é um paciente mais comprometido com sua própria saúde. Comece hoje a transformar sua comunicação e veja a adesão dos seus pacientes aumentar significativamente!

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Carreira Médica

A rotina de muitos médicos no Brasil pode ser descrita como uma verdadeira maratona. Plantões exaustivos, atendimentos por planos de saúde com agendas lotadas e remuneração aquém do que seria justo pelo estudo, trabalho e dedicação. Para termos uma ideia, uma pesquisa realizada pela Associação Médica Paulista agora em 2024 mostrou que muitos médicos tinham uma carga horária média semanal de 60h. E, além da remuneração abaixo do esperado, os médicos participantes registraram condições de saúde ruins, cercadas por sedentarismo, excesso de peso, dores musculares e articulares e distúrbios do sono. Uma realidade desgastante que muitas vezes leva os profissionais a questionarem: “Como posso sair desse ciclo e construir uma carreira mais equilibrada, valorizada e alinhada ao que realmente quero e acredito?” Se identificou com essa reflexão? Aqui, vamos aproveitar o início de um novo ano – época em que costumamos desejar ajustar as coisas – para explorar como organizar não só a sua rotina, mas também suas ideias e seus propósitos, para que você possa transformar sua prática médica e conquistar mais tempo, qualidade de vida e autonomia profissional. 1. Comece com uma boa anamnese: Como estão as coisas e o que você quer mudar? Assim como no consultório, todo programa de cuidado da saúde de um paciente requer relacionar dados e analisar a realidade atual e o histórico para entender onde devem começar as mudanças. Agora, o paciente é você. Pergunte-se: O que na minha rotina mais está me sobrecarregando? Olhando para os trabalhos que venho realizando até aqui, o que não me satisfaz? Como quero que meu trabalho impacte a vida dos meus pacientes? Da minha vida pessoal (família, amigos, atividade física, alimentação, lazer…) o que está tendo menos espaço na minha agenda mas eu gostaria de dedicar mais tempo? Esse é o momento de reconhecer o que está desalinhado e definir os pilares da sua transformação profissional. 2. Organize as ideias: Trace um propósito profissional claro Trabalhar sem propósito é como correr sem saber onde fica a linha de chegada. E isso não é papo de positividade tóxica. Quem não tem um propósito definido, pode acabar se contentando com “o que vem”, mesmo que não seja aquilo que queria. Para sair da rotina exaustiva e alcançar um modelo mais sustentável, você precisa de um plano: Qual é o seu público-alvo ideal? Se você deseja atender pacientes particulares, quem são essas pessoas? O que elas precisam? Quais são os diferenciais do seu atendimento? Pense no que faz de você um médico único: sua abordagem humanizada, conhecimento aprofundado em fisiologia clínica, ou seu foco em saúde integrativa, por exemplo. Como você pode se posicionar como referência? A construção de autoridade no mercado é essencial para atrair pacientes que valorizem seu trabalho. Escrever essas respostas e revisá-las periodicamente pode ajudar a manter o foco durante o ano, além de permitir que você avalie se está indo na direção que gostaria. 3. Reestruture sua agenda com propósito Enquanto trabalha para mudar seu modelo de atendimento, você precisará reorganizar sua agenda para abrir espaço para a transição: Estabeleça horários exclusivos para o planejamento da sua carreira: use esses momentos para pensar em estratégias de marketing, especializações ou estudos que fortaleçam sua prática. Gradualmente, reduza sua dependência dos planos de saúde: considere diminuir o número de convênios atendidos e aumentar o número de horários destinados a consultas particulares. Estude a precificação dos seus serviços: pesquise o mercado, avalie o tempo que você dedica a cada consulta, o modelo de cuidado que oferece e defina um valor justo que reflita a qualidade do seu trabalho. 4. Invista em conhecimento e no seu posicionamento Médicos que buscam sair do modelo tradicional e construir uma carreira mais valorizada precisam estar dispostos a investir em duas frentes principais: Atualização científica e técnica: cursos e eventos médicos que agreguem diferenciais à sua prática clínica, como abordagens integrativas, terapias avançadas ou estratégias focadas em prevenção e longevidade. Marketing e comunicação profissional: aprenda a se posicionar de forma estratégica no digital. Mostrar seu trabalho e seu conhecimento nas redes sociais pode atrair pacientes que valorizem seu diferencial e estejam dispostos a investir em um atendimento particular. O ideal é buscar profissionais ou agências especializadas em marketing e posicionamento de imagem para construção de um projeto personalizado para você. Este tipo de tarefa requer conhecimento específico, estratégia e dedicação de tempo. Fazer sozinho pode acabar atrapalhando seu trabalho como médico. E em relação ao aprimoramento profissional, fazemos questão de destacar o Programa Educacional exclusivo para médicos, da Longevidade Saudável, instituição parceira da SOBRAF. Toque aqui se quiser conhecer o Curso Hormonologia e Terapias Integrativas – HTI, que dá início à jornada. 5. Cuide de você para inspirar seus pacientes Nenhuma transição será sustentável se você negligenciar sua própria saúde e qualidade de vida. Nenhum esforço ou crescimento profissional terá valido a pena se você não puder aproveitar a caminhada e se mais adiante você não estiver bem para usufruir do que conquistou. Então, em todo esse processo de reorganização é preciso considerar e priorizar: Sono reparador: sua produtividade e clareza mental dependem disso. Faça ajustes que lhe permitam construir uma rotina de sono, preferencialmente à noite, praticando os mesmos horários de dormir e acordar. Exercícios físicos: exercícios são inegociáveis, pois lhe darão melhor equilíbrio físico, mental e emocional. Quando ajustar sua agenda de atendimentos, já deixe reservado o horário da prática de atividade física – ainda que comece com cerca de 30min por

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Carreira Médica

Atualmente, as redes sociais desempenham um papel crucial na construção e na promoção da carreira médica. Com ajuda dessa ferramenta, médicos podem se posicionar no mercado, dar visibilidade à sua autoridade, ser encontrados por novos pacientes, se aproximar de seu público, educá-lo e estabelecer relações de confiança. Em um mundo cada vez mais conectado digitalmente, compartilhar conteúdo inteligente e relevante, valendo-se de artigos, vídeos educativos, experiências pessoais, orientações de cuidado da saúde e muitos outros materiais, é um dos melhores meios para elevar a consciência de toda uma audiência sobre um assunto, um modelo de trabalho, uma forma de atuação e tudo mais que pode contribuir para o crescimento de um profissional ou, ainda, de uma clínica médica. Para contribuir com essa jornada, preparamos o artigo abaixo, no qual abordamos de forma objetiva e útil os principais pontos a serem levados em consideração para que você possa aperfeiçoar seu projeto digital, ou iniciá-lo hoje mesmo, tornando-o sustentável para colher bons resultados com estratégia e ética. O que é marketing de conteúdo e por que se valer dele? Marketing de conteúdo é um conjunto de ações estratégicas de criação e publicação de conteúdo personalizado para atrair, educar, se conectar e construir relação de confiança com um público ideal. Como conteúdo personalizado, é preciso entender que o teor daquilo que você divulga deve ter a ver com o que você faz, sim, mas precisa se adequar aos interesses e à realidade de quem deve ser atraído pela mensagem. Dessa forma, você, emissor do conteúdo, será percebido como detentor de conhecimentos e soluções únicas. Portanto, não é falar sobre o que você faz, é falar sobre o que você sabe e como isso se adequa à vida do seu público. Na medicina, a confiança rege toda a relação médico-paciente e com o marketing de conteúdo nas redes sociais é possível que esse sentimento seja desenvolvido antes mesmo da primeira consulta. Para entender a importância disso, basta refletir sobre o seu próprio comportamento quando precisa comprar um produto, contratar um serviço ou encontrar um profissional capacitado para resolver um problema. Você busca mais informações? Onde costuma fazer isso? E quando encontra o que precisava, o que você sente sobre quem lhe instruiu? Antes, tínhamos apenas os amigos ou familiares para pedir uma indicação. Hoje, a internet oferece todo tipo de informação sobre tudo e, acredite, profissionais como você também são “investigados” e, quando fornecem as explicações que as pessoas precisam, tornam-se referências para elas. É a relação começando antes mesmo do primeiro contato direto. Portanto, interprete seu projeto no mundo digital como uma extensão de seu consultório ou clínica.   Você precisa ser estratégico! Da mesma maneira que esse mar de possibilidades chamado internet está aberto para você, outros inúmeros médicos, ou profissionais e empresas das mais diversas áreas, também estão dispostos a nadar. Por essa razão, a diferenciação é a palavra de ordem para quem deseja encontrar terra firme. Há quem pense que, para isso, é necessário inventar uma nova roda (ou, na nossa analogia, um novo motor para o barco). Porém, é totalmente possível partir com um bom veleiro, desde que você saiba posicionar suas velas. E isso se faz com estratégia. A estratégia é uma reunião de dados que lhe permitirá entender onde você se encontra hoje e traçar uma rota que lhe leve onde quer chegar, com mais rapidez e assertividade. Enxergue como uma boa anamnese, somada a completa e detalhada investigação clínica e laboratorial, que vai lhe permitir traçar um programa assertivo de cuidado da saúde do seu paciente e, inclusive, prever os resultados que poderão ser atingidos, caso o plano seja realmente seguido. Não basta abrir sua câmera e gravar. Não basta escrever um belo texto. É preciso falar o certo, no momento certo, para as pessoas certas.   Elaborando um plano de marketing médico para redes sociais A rotina de um médico não é nada fácil, então é natural que, à primeira vista, você pense que é impossível incluir o trabalho de criação de conteúdo entre suas consultas e plantões. Não dá para dizer que você não precisará dedicar tempo algum a isso, afinal a figura central do projeto é você. Mas o passo a passo a seguir vai ajudar para que você não perca tempo e consiga incluir em seus dias, de maneira funcional, seu trabalho de marketing. Anote tudo!   Passo 1 – Objetivos e metas (Por que criar conteúdo?) Defina onde seu projeto deve lhe levar. Pense em seus objetivos profissionais e coloque no papel um cenário concreto que sinalize que você chegou. Veja exemplos: atrair 50 novos pacientes em 6 meses; realizar 30 atendimentos particulares por mês e me desvincular dos planos de saúde; vender 150 vagas do meu curso online em 15 dias; Passo 2 – Posicionamento (Para que criar conteúdo?) Defina em uma frase como você deseja ser reconhecido pelo público. Para isso, o ideal é reunir aquilo que você gosta e tem experiência com o que lhe proporciona retorno. Veja exemplos: referência em emagrecimento saudável para mulheres 50+; referência no tratamento integrativo da Síndrome dos Ovários Policísticos; referência em otimização metabólica para atletas; Passo 3 – Público-alvo (Para quem criar conteúdo?) Descreva o perfil de pessoa a quem você destina seu trabalho. Pense no seu modelo de atendimento, nas terapias e procedimentos que oferece e considere o posicionamento que definiu no passo anterior para traçar uma personalidade que se encaixa

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Carreira Médica

A Medicina é uma área extremamente desafiadora. Ao mesmo tempo em que a graduação expande o conhecimento para que o graduado seja inserido no mercado de trabalho, via de regra, assim como em outras graduações, a realidade prática profissional e o direcionamento de carreira não são verdadeiramente trabalhados. O Brasil tem formado atualmente cerca de 35 mil novos médicos por ano. Entretanto, os programas de residência médica que, geralmente, permitem o contato mais aprofundado com a prática não acompanham esse crescimento no número de vagas. Além disso, os cursos de pós-graduação em sua maioria seguem a vertente teórica de ensino, contribuindo para o afunilamento e aperfeiçoamento do conhecimento, mas nem sempre para a realidade prática, o que acaba por acarretar indecisão e até insegurança para o desenvolvimento da carreira médica. A SOBRAF preparou este artigo com o intuito de apoiar profissionais da área, mas especialmente estudantes de medicina e médicos recém-formados, a encontrarem um caminho de satisfação e sucesso na carreira médica. Para isso, você verá a seguir uma breve apresentação da realidade da área e etapas importantes a serem consideradas e trilhadas por quem está iniciando na profissão. Seja qual for o seu caminho (consultório, pesquisa científica, professor, palestrante).     Repensando o papel do médico Tradicionalmente, a formação médica concentra-se principalmente na identificação e tratamento de doenças. São anos estudando uma ampla gama de condições médicas, aprendendo a reconhecer sintomas e prescrever tratamentos, via de regra, medicamentosos. Embora importante também, esse modelo é limitante, na medida em que não fornece respostas para a maior parte dos problemas que aparecem no dia a dia, sobretudo porque é superficial quanto a ciências basilares como a Fisiologia, Hormonologia, Metabologia, Nutrição e outras que podem explicar a origem das questões de saúde. Para traçar uma carreira médica de sucesso, é fundamental relembrar que a verdadeira essência da medicina reside no cuidado holístico do paciente, abordando não apenas as doenças manifestas, mas também promovendo e mantendo a saúde em geral. Isso requer uma mudança de paradigma na formação médica para maior aproximação com esses assuntos, com um foco renovado para a prevenção, a promoção da saúde e a compreensão das causas subjacentes das doenças.   Mais atenção à saúde e nem tanto às doenças Médicos não podem se atentar apenas às doenças em si, mas também às determinantes sociais, ambientais e comportamentais da saúde. Todos precisam entender como fatores como estilo de vida, dieta, exercício, estresse e meio ambiente podem influenciar a saúde de um indivíduo. Ao compreender esses aspectos mais amplos, certamente estarão mais bem equipados para ajudar seus pacientes a viverem de maneira mais saudável, mantendo sua saúde e, principalmente, prevenindo doenças. Além disso, é preciso adotar uma abordagem que coloca o paciente no centro, considerando não apenas os aspectos físicos da saúde, mas também os aspectos emocionais, sociais e espirituais. Isso significa ouvir atentamente, se importar, entender suas preocupações e valores, e trabalhar em colaboração para desenvolver programas de tratamento personalizados que contemplem suas necessidades individuais. Com maior concentração no cuidado da saúde do que da doença, médicos podem ajudar a transformar vidas, mas também podem contribuir para a redução dos custos com saúde, o aprimoramento do sistema de saúde como um todo e, consequentemente, alcançar maior satisfação profissional a partir de melhores resultados.   Pilares do desenvolvimento de carreira Dito isso, abaixo você verá alguns pilares que nós da SOBRAF, uma Sociedade Médica ainda composta por maioria de médicos mais experientes, consideramos fundamentais ao desenvolvimento de uma carreira médica sólida: 1 – Escolha uma especialidade, mas não deixe de ser “generalista” Atualmente, existem 55 especialidades médicas reconhecidas pelo Conselho Federal de Medicina e essa grande variedade facilita o encontro com um universo de maior afinidade profissional. E este é o primeiro ponto fundamental: escolha sua especialidade por afinidade e nunca por expectativa de crescimento financeiro apenas. De toda forma, tornando-se especialista ou não, jamais perca de vista a necessidade de conhecer e compreender as formas de promoção de saúde geral daqueles que recorrem a você. A abordagem excessivamente pontual dificilmente permite a entrega de resultados reais em saúde e qualidade de vida. A vivência prática evidencia isso com muita clareza e em pouco tempo. Compartimentar demais o conhecimento pode “engessar” a prática e impedir que o médico enxergue e esteja apto para aplicar abordagens mais efetivas de tratamento da saúde. Além disso, especializações têm alto valor na medicina, mas não são um fator determinante para o sucesso na carreira, os resultados em saúde e qualidade de vida que um médico proporciona, sim. 2 – Invista em educação continuada Invista tempo e esforço em aprimoramento contínuo, buscando instituições de ensino respeitáveis. Esteja aberto a oportunidades de aprendizado contínuo e desenvolvimento profissional ao longo de toda a sua carreira. Mantenha-se atualizado com as últimas pesquisas, tecnologias e práticas médicas. Nunca subestime o valor da educação continuada para lhe apresentar novas e melhores oportunidades de desenvolvimento profissional. A SOBRAF possui uma parceria valiosa com a Longevidade Saudável, instituição de ensino pioneira na área da Medicina Integrativa, que possui um programa educacional completo para médicos, incluindo curso, pós-graduação, congresso e seminário internacionais e outros cursos de extensão, abordando teoria e prática que podem nortear e impulsionar a carreira médica independentemente da especialidade, a partir do aprimoramento do raciocínio clínico. Nossos associados podem usufruir de condições especiais para se manterem em uma jornada permanente de educação junto dessa instituição.   3 – Priorize a troca

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SOP
Carreira Médica

A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é uma condição complexa e multifatorial que afeta cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva, sendo uma das desordens endócrinas mais comuns entre mulheres. Caracterizada por uma variedade de sintomas que vão desde irregularidades menstruais até alterações metabólicas, a SOP representa um desafio diagnóstico e terapêutico. Tradicionalmente, o tratamento tem sido focado no uso de anticoncepcionais, mas uma abordagem mais integrativa e completa é necessária para lidar eficazmente com todas as dimensões desta síndrome, agindo de maneira mais profunda na causa. O artigo que compartilhamos abaixo busca iluminar os aspectos fisiológicos e biológicos da Síndrome dos Ovários Policísticos, destacando a importância de uma visão integrativa no tratamento. Siga a leitura e tire suas dúvidas.   O que é a Síndrome dos Ovários Policísticos? A Síndrome dos Ovários Policísticos é um distúrbio endócrino metabólico inflamatório que pode levar à infertilidade, resistência à insulina, obesidade e problemas cardiovasculares, incluindo uma série de outros problemas de saúde. A doença é multifatorial, sistêmica, inflamatória e desregulada, tendo influência genética, mas manifestando-se, em grande parte, devido a erros de estilo de vida. Ela é caracterizada pelo hiperandrogenismo (níveis elevados de hormônios masculinos), disfunção ovariana e a presença de múltiplos cistos nos ovários. Estes desequilíbrios hormonais podem levar a uma série de sintomas e complicações a longo prazo. Os sintomas da SOP podem variar significativamente, mas geralmente incluem: irregularidades menstruais hirsutismo (crescimento excessivo de pelos) acne alopecia infertilidade Além disso, muitas mulheres com SOP sofrem de obesidade, resistência à insulina e alterações no metabolismo lipídico. As causas exatas da SOP ainda não são completamente compreendidas., mas já se sabe que fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida, como a obesidade e a resistência à insulina, desempenham um papel significativo no desenvolvimento desta síndrome. Limitações da abordagem com anticoncepcionais O tratamento convencional da Síndrome dos Ovários Policísticos frequentemente se concentra na prescrição de anticoncepcionais orais. Esses medicamentos costumam até ser eficazes no controle de alguns sintomas como irregularidades menstruais, redução da acne e hirsutismo, devido à sua capacidade de suprimir a produção de andrógenos pelos ovários. No entanto, esta abordagem é extremamente limitada, visto que anticoncepcionais não tratam as causas subjacentes da SOP, particularmente as questões metabólicas, como resistência à insulina e desregulação do metabolismo da glicose. Além disso, mascaram sintomas como a anovulação (ausência de ovulação), o que pode atrasar a busca por tratamentos mais abrangentes e especializados, especialmente por pacientes que desejam engravidar.   Riscos e efeitos colaterais associados O uso de anticoncepcionais na SOP pode trazer riscos e efeitos colaterais significativos. Um estudo publicado no Journal of Clinical Endocrinology & Metabolism revelou que mulheres com SOP que utilizam anticoncepcionais orais têm um risco aumentado de desenvolver complicações metabólicas, incluindo resistência à insulina e alterações no perfil lipídico. Isso pode elevar o risco de doenças cardiovasculares a longo prazo. Além disso, o uso prolongado de anticoncepcionais pode estar associado a um risco aumentado de trombose, especialmente em mulheres com outros fatores de risco, como obesidade e tabagismo.   Abordagem integrativa para a SOP O manejo da SOP com anticoncepcionais não aborda integralmente a complexidade dessa condição inflamatória. Uma abordagem mais holística e personalizada é necessária para o tratamento eficaz da Síndrome reconhecida como uma endocrinopatia inflamatória sistêmica de estilo de vida. Isso inclui a avaliação e o tratamento das alterações metabólicas, como resistência à insulina e alterações no perfil lipídico, deficiências nutricionais e correção dos desequilíbrios hormonais. A terapia deve ser adaptada às necessidades individuais da paciente, levando em consideração não apenas os sintomas, mas também o perfil metabólico, estilo de vida, e objetivos reprodutivos. A regulação do balanço hormonal também é crucial, o que pode incluir a modulação hormonal, utilizando-se de hormônios bioidênticos, para correção do hiperandrogesnismo e restabelecimento de níveis fisiológicos dos hormônios que encontram-se em desequilíbrio. Mudanças no estilo de vida, incluindo dieta equilibrada e exercícios regulares, são fundamentais no manejo da SOP. Uma dieta anti-inflamatória e com baixo índice glicêmico pode ajudar a melhorar a sensibilidade à insulina, enquanto a atividade física regular pode auxiliar no manejo do peso e na melhoria dos perfis hormonais e metabólicos. A resistência insulínica e o hiperandrogenismo estabelecem a relação entre a obesidade e a SOP, havendo um forte fator inflamatório envolvido na fisiopatologia. O suporte psicológico também é vital, dado o impacto significativo da SOP na qualidade de vida e saúde mental das mulheres, que podem sofrer com ansiedade e depressão. E um outro ponto favorável, está na suplementação de vitaminas e minerais, que pode exercer efeitos benéficos sobre os sintomas relacionados à SOP, como oócitos imaturos, hiperinsulinemia, hiperandrogenismo, aumento do IMC, distúrbios cardiovasculares e problemas mentais e psicológicos. Além disso, a educação sobre a doença e suas implicações é crucial para permitir que as pacientes gerenciem melhor sua condição. Leia também::: Jamais prescreva um medicamento para seu paciente sem antes entender mais a fundo esses 8 pilares   Aplique uma abordagem multifacetada e integrativa A Síndrome dos Ovários Policísticos é uma condição complexa que requer uma abordagem de tratamento multifacetada e integrativa, abordando especialmente a adequação do estilo de vida como forma de correção das irregularidades que podem ser causa do distúrbio. A compreensão completa da síndrome, bem como o reconhecimento das limitações da terapia com anticoncepcionais, é essencial para oferecer as pacientes um cuidado efetivo e personalizado. Para profissionais de saúde que buscam aprofundar seus conhecimentos sobre a SOP e sua abordagem integrativa, sigam a SOBRAF no Instagram. Nosso

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fisiologia
Carreira Médica

A fisiologia, uma disciplina fundamental no campo da medicina, frequentemente não recebe a atenção que merece durante a graduação médica. Apesar de sua importância crucial, muitas vezes é abordada apenas superficialmente, perdendo espaço para o foco intensivo em doenças e sintomas. No entanto, é essencial reconhecer que um profundo entendimento da fisiologia é a chave para compreender não apenas as doenças, mas, mais importante, o funcionamento do organismo humano em seu estado saudável. Essa negligência em relação à fisiologia na educação médica pode ter implicações significativas na prática clínica. Um conhecimento aprofundado da fisiologia permite aos médicos uma compreensão mais holística do paciente, promovendo uma abordagem mais integral à saúde e ao bem-estar. Ao realçar a importância da fisiologia na medicina, este artigo visa ressaltar como esse conhecimento pode transformar e enriquecer a prática médica. A fisiologia é muito mais do que um conjunto de fatos a ser memorizado; é um estudo dinâmico que desvenda como os sistemas do corpo funcionam e interagem. Ao entender a fisiologia em profundidade, os médicos podem aplicar este conhecimento para melhorar significativamente a qualidade de vida de seus pacientes e promover práticas eficazes de prevenção de doenças.   O que é fisiologia? A fisiologia é o estudo das funções e mecanismos que operam dentro de um organismo vivo. Ela explora como os órgãos, sistemas e células do corpo interagem para manter a vida e a saúde. Esta disciplina é fundamental para entender o que é considerado um funcionamento “normal” do corpo humano, servindo como base para identificar quando algo não está funcionando como deveria. O estudo da fisiologia abrange diversos sistemas do corpo humano, incluindo o cardiovascular, digestivo, endócrino, imunológico, nervoso, respiratório e urinário. Cada sistema tem suas particularidades e contribui de maneira única para a manutenção da saúde. A fisiologia busca entender essas contribuições em detalhes, oferecendo insights vitais para a medicina. Além disso, a fisiologia não se limita a estudar cada sistema isoladamente. Ela também examina como esses sistemas interagem e se influenciam mutuamente. Essa abordagem holística é crucial para compreender a complexidade do corpo humano e para o desenvolvimento de abordagens e tratamentos mais eficazes.   Como ela contribui para a prática médica? A fisiologia é essencial para a prática médica porque fornece a base para entender como manter a saúde e como as doenças se desenvolvem. Com um conhecimento sólido em fisiologia, os médicos podem identificar mais rapidamente quando algo está errado com um paciente e entender melhor as razões subjacentes aos sintomas. Estudos científicos demonstram que um entendimento aprofundado da fisiologia pode melhorar significativamente a precisão diagnóstica e a eficácia do tratamento. Por exemplo, uma pesquisa publicada no Journal of Medical Physiology destacou que médicos com forte base em fisiologia tendem a ser mais hábeis na interpretação de dados clínicos e na formulação de planos de tratamento precisos. Além disso, a fisiologia desempenha um papel crucial na promoção da saúde e na prevenção de doenças. Ao entender como os diferentes sistemas do corpo funcionam em conjunto, os médicos podem oferecer conselhos mais informados sobre estilos de vida saudáveis, nutrição adequada e medidas preventivas eficazes.   O foco da abordagem voltada ao cuidado da saúde Médicos que atuam com maior foco no cuidado da saúde devem objetivar sempre o restabelecimento da homeostase do organismo. A homeostase do meio interno refere-se ao conjunto de processos fisiológicos que mantêm as condições internas do organismo humano dentro de limites adequados para o seu funcionamento adequado. Isso inclui a regulação de variáveis como a temperatura corporal, o pH sanguíneo, a concentração de íons e nutrientes, entre outros, a fim de assegurar um ambiente interno estável e propício às atividades metabólicas e celulares. A fisiologia humana está intrinsecamente relacionada à homeostase, pois a maioria das funções do organismo é executada dentro de faixas específicas de condições. Por exemplo, a temperatura corporal é mantida em torno de 37°C para otimizar a atividade enzimática e a função celular. A homeostase é regulada por sistemas como o sistema nervoso e o sistema endócrino, que respondem a estímulos internos e externos, ajustando as condições do meio interno. Os hábitos e o estilo de vida de uma pessoa desempenham um papel crucial na manutenção da homeostase. Práticas como a alimentação equilibrada, a prática regular de exercícios físicos e o sono adequado contribuem para a regulação de diversas variáveis fisiológicas. Por exemplo, a ingestão adequada de nutrientes fornece os elementos essenciais para os processos metabólicos, enquanto o exercício físico influencia positivamente a função cardiovascular, os níveis hormonais, a regulação do açúcar no sangue e a saúde musculoesquelética. Além disso, fatores como o estresse, o consumo de substâncias tóxicas (como álcool e tabaco) e a falta de sono adequado podem desafiar a homeostase, levando a disfunções e doenças. O equilíbrio adequado entre atividade física, dieta saudável e gestão do estresse é fundamental para promover a homeostase e, consequentemente, a saúde geral do paciente. Médicos precisam compreender a fundo essas interações entre a homeostase, a fisiologia e o estilo de vida para implementação de abordagens preventivas e terapêuticas mais eficazes, visando manter ou restabelecer o equilíbrio interno do organismo e, assim, promover a saúde a longo prazo. Importância de ser membro da SOBRAF Ser membro da Sociedade Brasileira para Estudos da Fisiologia (SOBRAF) oferece inúmeros benefícios para profissionais médicos de todas as especialidades. A SOBRAF promove, por meio de suas próprias ações e também de parcerias, a educação contínua, permitindo aos médicos se manterem

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medico
Carreira Médica

A publicidade médica, uma faceta essencial na carreira dos profissionais de saúde, está atravessando uma transformação significativa com a entrada em vigor da Resolução 2336/23 do Conselho Federal de Medicina (CFM).   Esta nova regulamentação redefine os parâmetros para a divulgação de serviços médicos, equilibrando a necessidade de informação pública com a ética profissional.   O campo da medicina, tradicionalmente conservador em seus métodos de publicidade, está agora se adaptando às novas realidades do marketing digital e da comunicação social. Esta mudança representa um desafio único para os médicos, que devem equilibrar a promoção de suas práticas e especialidades com a manutenção dos mais altos padrões éticos.   A nova resolução do CFM oferece um guia abrangente para navegar neste novo terreno, estabelecendo diretrizes claras sobre o que é permitido e o que é proibido na publicidade médica.   Ao detalhar os aspectos críticos da Resolução 2336/23, nosso objetivo é fornecer aos médicos uma compreensão profunda e prática das regras, ajudando-os a moldar suas estratégias de marketing de uma maneira que respeite tanto a ética profissional quanto as expectativas dos pacientes.   Este artigo destina-se a ser um recurso valioso para profissionais médicos que buscam não apenas cumprir com as regulamentações, mas também aproveitar as oportunidades de marketing para melhorar a comunicação com os pacientes e fortalecer sua presença no mercado de saúde.   Detalhamento da nova resolução A nova resolução traz uma série de mudanças significativas, que afetam diretamente a forma como os médicos podem promover seus serviços e habilidades. Vamos mergulhar em cada ponto para uma melhor compreensão:   1. Publicidade Médica vs. Propaganda Médica: Publicidade Médica: Promove serviços, qualificações e infraestrutura do médico ou estabelecimento. Por exemplo, um médico pode destacar suas especializações, tecnologias disponíveis na clínica, ou a excelência do ambiente de trabalho. Propaganda Médica: Foca em divulgar assuntos e ações de interesse geral da medicina. Pode incluir informações sobre avanços na medicina, novas pesquisas ou técnicas.   2. Uso das Redes Sociais: A resolução especifica que as redes sociais, como Instagram ou Facebook, devem ser usadas para compartilhar conteúdo informativo e educativo. Um exemplo prático seria um cardiologista compartilhando dicas de saúde cardíaca ou explicando procedimentos comuns.   3. Informações obrigatórias: Em qualquer publicidade, seja ela individual ou por uma clínica, informações como o nome completo, número do CRM e, se aplicável, o RQE, devem estar presentes. Isso garante transparência e confiabilidade nas informações divulgadas.   4. Diferenciação entre especialista e pós-graduado: A resolução esclarece a diferença na publicidade entre um médico especialista e um médico pós-graduado. Um especialista deve indicar seu RQE, enquanto um pós-graduado pode mencionar sua formação, mas sem se declarar especialista. É importante ter atenção, pois a expressão “NÃO ESPECIALISTA” deve aparecer em caixa alta à frente da informação acadêmica.   5. Uso de imagens: As imagens de “antes e depois” devem ser usadas com cuidado, focando na educação e não nas promessas de resultados. Selfies e imagens do ambiente de trabalho podem ser usadas para humanizar as estratégias e canais, mas devem evitar sensacionalismo.   6. Informações comerciais: A divulgação de preços e condições de pagamento passou a ser permitida, mas deve ser feita de forma ética, nunca incidindo a promoção de vendas casadas ou premiações.   7. Interação com a imprensa: Entrevistas devem focar em representar a medicina de forma ética, evitando a autopromoção. Boletins médicos devem ser sóbrios e preservar o sigilo médico.   8. Proibições claras: A resolução proíbe explicitamente a participação em propaganda enganosa, publicidade de medicamentos não reconhecidos pelo CFM, e a atribuição de selos de qualidade a produtos não relacionados diretamente com a medicina.   Parceria com especialistas em marketing médico Neste novo cenário delineado pela Resolução 2336/23 do CFM, a colaboração com especialistas em marketing médico torna-se não apenas uma escolha prudente, mas uma estratégia essencial para qualquer médico que busca excelência e conformidade em sua publicidade.   Os especialistas em marketing médico trazem um conjunto de habilidades e conhecimentos que podem transformar a maneira como um médico se comunica e se posiciona no mercado. Vamos explorar os principais benefícios e diferenciais de contar com um profissional de marketing especializado ao seu lado.   Conhecimento especializado e conformidade legal Especialistas em marketing médico estão intimamente familiarizados com as leis e regulamentos que regem a publicidade na área de saúde. Eles entendem a linha tênue entre o marketing eficaz e a manutenção da ética médica.   Com a sua ajuda, os médicos podem garantir que suas estratégias de marketing estejam em total conformidade com as novas regras, evitando riscos legais e possíveis sanções do CFM.   Estratégias personalizadas e eficientes Cada prática médica é única, com seus próprios conjuntos de especialidades, público-alvo e objetivos. Um especialista em marketing médico pode desenvolver estratégias personalizadas que ressoam especificamente com o público desejado do médico.   Seja através das mídias sociais, blogs, ou campanhas de email marketing, esses profissionais sabem como criar conteúdo atraente e informativo que captura a essência da prática médica e a comunica de forma eficaz.   Maximização do engajamento e da visibilidade online Os especialistas em marketing médico são adeptos das últimas tendências em SEO (Search Engine Optimization), marketing de conteúdo e mídias sociais. Eles podem ajudar os médicos a aumentar sua visibilidade online, atraindo mais pacientes e estabelecendo uma presença digital forte.   Isso inclui a criação de conteúdo valioso que não apenas informa, mas também envolve o público, estabelecendo o médico

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8 pilares
Carreira Médica

No contexto da prática médica, a mera prescrição de medicamentos ainda é, infelizmente, uma realidade dentro dos consultórios e clínicas.   No entanto, com o avanço do conhecimento sobre saúde somado à realidade preocupante de crescimento da incidência de condições e doenças, já se sabe que para a maior parte dos casos, essa maneira de tratar é insuficiente.   Portanto, antes de recorrer a essa medida, é imperativo compreender e explorar a fundo o vasto espectro dos 8 pilares fundamentais que moldam a saúde de um indivíduo e que devem ser considerados em todo e qualquer programa de cuidado que vise a verdadeira recuperação e manutenção da saúde, além da melhora real da qualidade de vida.   A seguir, abordaremos com mais detalhes cada um dos 8 pilares fundamentais da vida saudável, fornecendo insights valiosos de saúde integral. Este artigo é um convite aos médicos e profissionais da saúde para aprofundar o conhecimento e aplicá-lo na melhoria da saúde dos pacientes. 8 Pilares fundamentais de um programa completo de cuidado da saúde 1. Rotina do Sono O sono é um dos pilares mais negligenciados e, paradoxalmente, um dos mais impactantes na saúde. A qualidade e a duração do sono desempenham um papel crucial na imunidade, na regulação hormonal e do metabolismo, na saúde mental, na recuperação física e na depuração e eliminação de resíduos. Avaliar a rotina de sono de um paciente é essencial para compreender seu estado de saúde global. Estudos demonstram que tanto a duração quanto a má qualidade do sono elevam o risco de doença coronariana e, consequentemente, a mortalidade relacionada. 2. Alimentação e Comportamento Alimentar A nutrição é a base da saúde. A avaliação dos hábitos alimentares, incluindo escolhas nutricionais, padrões de alimentação e comportamento em relação à comida, é vital. Compreender a relação entre a dieta e as condições médicas pode evitar muitas doenças e contribuir para o tratamento das já existentes. A dieta inadequada, deficiente de nutrientes, é um potente desencadeador da inflamação crônica que, por sua vez, tem um impacto negativo em todas as funções fisiológicas, causando uma série de condições degenerativas, incluindo diabetes; câncer; doenças cardiovasculares, neurodegenerativas, autoimunes e envelhecimento. 3. Rotina de Exercícios Físicos O exercício não é apenas benéfico para a saúde física, mas também desempenha um papel crucial na saúde mental. Avaliar o nível e a regularidade da atividade física, bem como o tipo de exercício realizado, é fundamental para compreender o estado geral de saúde e identificar áreas de melhoria. Nesses casos, a parceria com profissionais de educação física é primordial. 4. Rotina de Hidratação A hidratação adequada é muitas vezes subestimada. No entanto, a água desempenha funções vitais em todos os processos fisiológicos. Avaliar os hábitos de ingestão de líquidos é essencial para manter a saúde celular e sistêmica. Leia também: 7 razões para usar e abusar da água de coco e seus nutrientes 5. Exposição ao Estresse O estresse crônico pode ser prejudicial à saúde, afetando negativamente o sistema imunológico, hormonal e mental. Avaliar e compreender os níveis de estresse de um paciente é crucial para um tratamento holístico. Um estudo de coorte retrospectivo publicado no JAMA Network, baseado em registro sueco que incluiu 106.464 pacientes com transtornos relacionados ao estresse, demonstrou significativa associação entre distúrbios relacionados ao estresse e doenças autoimunes subsequentes. 6. Níveis Hormonais Os hormônios desempenham um papel fundamental na regulação de inúmeras funções corporais. Avaliar e equilibrar os níveis hormonais pode ser crucial para o bem-estar geral e a prevenção de condições médicas. 7. Compreensão dos Impactos do Estilo de Vida na Saúde A educação do paciente sobre como seu estilo de vida afeta sua saúde é essencial. Capacitar os pacientes a compreenderem e modificarem seus comportamentos é um passo crucial para a medicina preventiva. Hábitos insalubres estão associados à aceleração da redução dos telômeros, contribuindo para o desenvolvimentos das mais diversas doenças associadas à idade, ao envelhecimento e até mesmo ao câncer. 8. Importância da Espiritualidade A espiritualidade, seja religiosa ou não, pode ser um componente vital para a saúde mental e emocional. Compreender sua importância para o paciente pode impactar positivamente o tratamento. Antes da prescrição, o ajuste do estilo de vida A prática médica integrativa e preventiva exige uma avaliação holística e individualizada de cada paciente. Ao explorar e compreender profundamente esses 8 pilares, os médicos podem oferecer um cuidado mais completo e eficaz, evitando a prescrição excessiva de medicamentos e promovendo uma abordagem centrada no paciente para a saúde. Fundamental ressaltar que o estudo e aperfeiçoamento médico contínuos são peças-chave desse modelo de promoção de saúde, haja vista que o raciocínio clínico demandado não apresenta fórmulas exatas. O aprendizado e atualização juntamente a instituições de ensino que educam sob farto embasamento científico deve ser uma prioridade. Convidamos os profissionais de saúde a se juntarem à SOBRAF em nosso compromisso de manter pessoas saudáveis e melhorar a qualidade de vida e o bem-estar dos pacientes.   Siga a SOBRAF no Instagram para atualizações regulares, recursos educacionais e apoio na sua jornada profissional para combater as doenças e promover uma vida saudável para todos.

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Carreira Médica

A microbiota intestinal é um universo surpreendente e profundamente ligado ao nosso bem-estar. A presença e diversidade de bactérias em nosso sistema digestivo não desempenha apenas um papel crucial na digestão, mas também está ligada a várias dimensões da nossa saúde, desde a imunidade até a saúde mental.   Dessa forma, manter um equilíbrio na nossa flora intestinal não é apenas uma necessidade, mas um investimento direto em qualidade de vida. Uma microbiota intestinal saudável é resultado de uma série de fatores que incluem hábitos alimentares, padrões de sono e estilo de vida. Mas como podemos garantir que estamos no caminho certo para promover um ambiente intestinal saudável?   Ao longo do artigo que preparamos abaixo, vamos explorar um pouco mais sobre o que é a microbiota intestinal, sua relevância para a saúde global e práticas que podemos adotar para fortalecê-la. É importante entender que a saúde é resultado de uma combinação de fatores, sendo que a forma como nutrimos e cuidamos do corpo desempenha um papel inegável neste processo. Portanto, acolher práticas alimentares e de vida que respeitem e fortaleçam a microbiota é um passo estratégico e vital.   Em relação a isso, vale destacar que, embora possamos adotar estratégias gerais positivas, cada organismo é único e, portanto, a orientação deve ser individual e personalizada para traçar uma rota assertiva e segura para a otimização da saúde intestinal e geral de cada pacientes. Compreendendo a microbiota intestinal A microbiota intestinal, composta por trilhões de bactérias, desempenha papéis essenciais no nosso organismo. Ela está diretamente envolvida na digestão de alimentos, absorção de nutrientes e produção de algumas vitaminas.   Não apenas isso, mas a microbiota também é crucial para o funcionamento adequado do nosso sistema imunológico. A diversidade e abundância de micro-organismos em nosso intestino pode influenciar desde nossa vulnerabilidade a infecções até nossa capacidade de responder a diferentes tipos de tratamentos.   É fundamental destacar que há um equilíbrio delicado entre diferentes tipos de bactérias em nosso intestino. Algumas são benéficas e essenciais para a saúde, enquanto outras, quando em excesso, podem ser prejudiciais.   Inclusive, uma pesquisa publicada na Nature Reviews Microbiology destacou que a microbiota desempenha um papel crítico na modulação do sistema imunológico, ajudando na diferenciação de células T reguladoras e influenciando respostas imunes.   A relação entre bactérias benéficas e patogênicas necessita estar em sintonia, com cada uma desempenhando suas funções específicas, porém mantendo um ambiente propício para a saúde e funcionalidade ótima do hospedeiro.   Este equilíbrio pode ser influenciado por diversos fatores como a alimentação, uso de medicamentos, e até mesmo o estresse. Assim, compreender e atuar ativamente para manter esse equilíbrio é fundamental para assegurar uma microbiota intestinal que apoie e reforce nossa saúde global.   No contexto alimentar, por exemplo, alimentos ricos em fibras, como frutas, vegetais e grãos integrais, são particularmente benéficos para a microbiota intestinal. Eles não apenas facilitam a digestão, mas também servem como “alimento” para bactérias benéficas, promovendo seu crescimento e atividade.   Uso de medicamentos e microbiota intestinal   A relação entre o uso de medicamentos e a microbiota intestinal é uma área de pesquisa em rápido crescimento, pois os fármacos, sobretudo os antibióticos, podem afetar a composição e a função dessa comunidade microbiana de diversas maneiras.   Alterações na composição da microbiota: alguns medicamentos podem alterar a composição da microbiota intestinal, levando a mudanças na diversidade e abundância das espécies bacterianas presentes. Antibióticos, por exemplo, podem eliminar não apenas as bactérias patogênicas, mas também bactérias benéficas, resultando em um desequilíbrio na microbiota.   Seleção de microrganismos resistentes: o uso indiscriminado de antibióticos pode selecionar microorganismos resistentes, que podem persistir na microbiota intestinal mesmo após o término do tratamento. Isso pode levar ao desenvolvimento de resistência a antibióticos não apenas no trato gastrointestinal, mas também em outras partes do corpo.   Efeitos diretos sobre as bactérias: alguns medicamentos, como os antibióticos, podem ter efeitos diretos sobre as bactérias presentes no trato gastrointestinal, modificando sua atividade metabólica e capacidade de proliferação.   Modulação da atividade metabólica: medicamentos podem afetar a atividade metabólica da microbiota, alterando a produção de metabólitos bioativos, como ácidos graxos de cadeia curta, que desempenham um papel importante na saúde intestinal e em processos sistêmicos.   Influência na absorção de nutrientes: alguns medicamentos podem influenciar a absorção de nutrientes no trato gastrointestinal, o que, por sua vez, pode afetar a disponibilidade de substratos para as bactérias da microbiota e influenciar sua composição.   Interferência na inflamação e resposta imunológica: a microbiota intestinal interage com o sistema imunológico e pode afetar a resposta inflamatória. Certos medicamentos podem influenciar essa interação, modificando a resposta inflamatória e a imunomodulação mediada pela microbiota. Compreender essas interações é vital para reduzir, excluir ou, quando necessário, otimizar o uso de medicamentos, minimizando efeitos adversos associados à microbiota e desenvolvendo estratégias terapêuticas que levem em consideração seu equilíbrio.   Estratégias para uma microbiota saudável Quando se fala em manter uma microbiota intestinal saudável, algumas estratégias podem ser seguidas, tais como: Alimentação equilibrada O que consumimos tem um impacto direto em nossa microbiota intestinal. Uma dieta rica em fibras, provenientes de uma variedade de fontes vegetais, frutas, legumes e grãos integrais, é vital. Essas fibras alimentam as bactérias benéficas e auxiliam na manutenção do equilíbrio intestinal.   Da mesma forma, a inclusão de alimentos fermentados, como iogurte e kefir, pode também oferecer suporte à saúde intestinal ao fornecer probióticos, que são bactérias benéficas que

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Resistência Insulínica
Carreira Médica

Em recentes avanços científicos, a relação entre Alzheimer e resistência insulínica cerebral trouxe à tona o conceito de “Diabetes Tipo 3”. Esta interseção salienta a necessidade imperativa de uma compreensão multidisciplinar na medicina moderna. Com a prevalência de ambas as condições – diabetes e Alzheimer – aumentando globalmente, entender esta correlação não é apenas relevante, mas também crucial para a prática médica. Dessa maneira, preparamos o artigo abaixo, no qual detalhamos essa relação e explicamos o que é a resistência insulínica cerebral. Siga a leitura e confira! O Diabetes Tipo 3 O termo “Diabetes Tipo 3” pode ser inicialmente confuso para muitos profissionais de saúde, já que ainda não é uma nomenclatura oficialmente aceita. No entanto, ele descreve uma condição neurológica em que o cérebro desenvolve resistência à insulina, possivelmente levando a condições neurodegenerativas. A insulina desempenha um papel fundamental em várias funções cerebrais, incluindo a modulação da neurotransmissão e a plasticidade sináptica. Portanto, a resistência à insulina pode perturbar significativamente esses processos. Dada a crescente pesquisa neste campo, é vital para médicos e profissionais de saúde estarem atualizados sobre o tema, suas implicações e tratamentos potenciais. Entendendo a Resistência Insulínica Cerebral A resistência insulínica é tradicionalmente associada ao diabetes tipo 2, onde as células do corpo se tornam resistentes aos efeitos do hormônio insulina. Similarmente, a resistência insulínica cerebral refere-se a uma condição em que os neurônios se tornam resistentes à insulina. Esta resistência tem implicações diretas na memória e outras funções cognitivas. O cérebro é extremamente dependente da glicose, e a resistência insulínica pode perturbar este equilíbrio, causando deficiências cognitivas. Estudos emergentes estão indicando que a resistência insulínica cerebral pode ser um precursor do Alzheimer, tornando-a uma área chave de investigação e intervenção. Mecanismos fisiopatológicos No núcleo da resistência insulínica cerebral estão os mecanismos bioquímicos que levam à disfunção neuronal. A insulina é vital para muitas funções cerebrais, e sua resistência pode causar neuroinflamação. O acúmulo de proteínas beta-amiloide, uma característica do Alzheimer, é frequentemente observado em pessoas com resistência insulínica cerebral. Esta sobreposição bioquímica está no centro da associação entre o diabetes tipo 3 e o Alzheimer. Perturbações no metabolismo da glicose cerebral podem levar a deficiências na produção de neurotransmissores e na plasticidade sináptica, ambas essenciais para a aprendizagem e memória. Sintomas e manifestações clínicas A resistência insulínica cerebral tem uma apresentação clínica insidiosa. Inicialmente, um paciente pode apresentar lapsos de memória leves ou uma leve dificuldade de concentração. Com o agravamento da resistência insulínica, os sintomas podem evoluir para confusão mental, desorientação e um declínio acentuado na capacidade cognitiva. Esses sintomas são semelhantes aos observados no Alzheimer, o que reforça a correlação entre as duas condições. É vital para os médicos reconhecerem estes sintomas precocemente, pois uma intervenção rápida pode ser efetiva para a prevenção e também benéfica no manejo e potencialmente na reversão de alguns dos sintomas. A relação entre Diabetes Tipo 3 e Alzheimer A conexão entre resistência insulínica cerebral e Alzheimer é reforçada por vários estudos. Pesquisas mostraram que pessoas com diabetes tipo 2 têm um risco significativamente maior de desenvolver Alzheimer. O acúmulo de proteínas beta-amiloide, que é característico do Alzheimer, tem sido observado em modelos experimentais de resistência insulínica cerebral. Acredita-se que a insulina desempenhe um papel na limpeza dessas proteínas do cérebro, e a resistência à insulina pode perturbar esse processo. A pesquisa atual indica que tratando a resistência insulínica cerebral, podemos ter um caminho potencial para retardar ou mesmo prevenir a progressão do Alzheimer. Como é o diagnóstico? O diagnóstico de resistência insulínica cerebral permanece um desafio. Os sintomas iniciais são sutis e muitas vezes atribuídos erroneamente ao processo natural de envelhecimento ou ao estresse. Biomarcadores como tau e beta-amiloide, associados ao Alzheimer, estão sob investigação como indicadores da resistência insulínica cerebral. Os avanços na neuroimagem também estão sendo explorados para identificar mudanças cerebrais específicas associadas à resistência insulínica. De toda forma, através da avaliação clínica completa e aprofundada, especialmente para investigação do estilo de vida do paciente, já será possível nortear a mudança de hábitos que podem prevenir a questão ou, pelo menos, frear seu avanço. Opções de tratamento Atualmente, não há um tratamento específico para resistência insulínica cerebral. No entanto, estratégias que melhoram a sensibilidade à insulina, como mudanças na dieta, reequilíbrio hormonal, meios de gestão do estresse e exercícios físicos, devem ser recomendadas, uma vez que exercem efeito positivo na saúde global do indivíduo. A abordagem de tratamento também precisa envolver uma combinação de suplementos, nutracêuticos, meditação, terapia cognitiva e mudanças no estilo de vida. Prevenção e controle da doença A prevenção da resistência insulínica cerebral começa com a conscientização. Estar ciente do que é, riscos e sintomas pode ajudar no diagnóstico precoce e na intervenção. Estilos de vida saudáveis, que incluem uma dieta balanceada, exercício regular e controle do estresse, são fundamentais na prevenção da resistência insulínica. Estudos indicam dietas específicas, como a mediterrânea, rica em antioxidantes e ácidos graxos ômega-3, como potencialmente benéfica na proteção contra o desenvolvimento da resistência insulínica cerebral. Dê maior atenção à avaliação clínica A resistência insulínica cerebral e sua associação com Alzheimer é um campo emergente de pesquisa que tem implicações significativas para a prática médica moderna. Como sempre, a prevenção é a melhor forma de intervenção. Atualmente, não há exames laboratoriais específicos capazes de embasar o diagnóstico da condição, portanto a escuta ativa e o aprofundamento na análise clínica do paciente ainda são os pontos-chave de ação. Reconhecendo os sinais precocemente

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DI
Carreira Médica

A disbiose intestinal tem se destacado nos debates médicos recentes. Enquanto avançamos em nossa compreensão da microbiota intestinal e seu papel vital em nossa saúde, torna-se imprescindível compreender as implicações desse desequilíbrio. Os microorganismos que habitam nosso trato gastrointestinal não apenas ajudam na digestão, mas também influenciam funções imunológicas, metabólicas e até mesmo neurológicas. Assim, abordaremos detalhadamente as causas, os sintomas e os tratamentos da disbiose intestinal, com ênfase na sua importância para os profissionais de saúde.   O microbioma intestinal O intestino é um ecossistema repleto de vida, abrigando uma vasta gama de microrganismos que incluem bactérias, vírus e fungos. Esta comunidade microbiológica mantém uma relação simbiótica com o hospedeiro, ajudando em funções vitais, desde a digestão até a modulação imunológica. No entanto, essa relação equilibrada é frágil e pode ser perturbada por diversos fatores.   Quando essa perturbação ocorre, pode levar à disbiose, um estado em que o equilíbrio microbiano saudável é interrompido.   Definindo a disbiose intestinal A disbiose ocorre quando há uma mudança no equilíbrio ou na composição da microbiota intestinal. Em geral, ela se manifesta através da superabundância de certos patógenos ou da sub-representação de bactérias benéficas. O resultado é um trato gastrointestinal que não funciona de maneira ideal, o que pode ter implicações que vão muito além da saúde digestiva. Embora a disbiose possa ser causada por uma variedade de fatores, a identificação e a correção dessa condição são cruciais para manter uma saúde ótima.   Causas da disbiose Os fatores que podem provocar a disbiose são variados, compreendendo especialmente os hábitos alimentares e estilo de vida do indivíduo. Mas o consumo excessivo e indiscriminado de antibióticos é um dos mais conhecidos fatores causadores de disbiose intestinal. Tais medicamentos, embora necessários em muitas circunstâncias, podem alterar a flora intestinal, exterminando bactérias benéficas. A dieta, particularmente uma rica em alimentos processados e pobre em fibras, pode também facilitar a disbiose. Outros fatores que contribuem são o estresse crônico, uso de medicamentos como anti-inflamatórios não-esteroidais, ingestão de substâncias tóxicas e doenças específicas que afetam o intestino.   Sintomas e manifestações clínicas A disbiose pode se manifestar de várias maneiras. Os sintomas comuns incluem desconforto gastrointestinal, como inchaço, diarreia e constipação. No entanto, a disbiose não está limitada ao sistema digestivo. Ela tem sido associada a uma variedade de outras condições, incluindo doenças autoimunes, alergias, déficit cognitivo, e até mesmo alterações de humor, ansiedade e depressão. Além disso, alguns estudos apontam para uma ligação entre disbiose e outras doenças graves, como diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.   Consequências a longo prazo Se não tratada, a disbiose pode levar a complicações mais sérias. Além dos sintomas imediatos, a disbiose pode aumentar o risco de inflamação crônica, uma raiz comum de muitas doenças crônicas. Doenças como a doença inflamatória intestinal, síndrome do intestino irritável e até mesmo obesidade têm sido associadas a desequilíbrios na microbiota. Além disso, a saúde mental, incluindo condições como depressão e ansiedade, também pode ser influenciada pela saúde do nosso intestino.   Diagnóstico da disbiose intestinal O diagnóstico da disbiose pode ser um desafio devido à sua vasta gama de sintomas. Comumente, os médicos começam com uma análise detalhada do histórico do paciente. Testes laboratoriais, incluindo exames de fezes, podem ajudar a determinar o perfil da microbiota intestinal. Além disso, técnicas avançadas, como o sequenciamento genético, estão se tornando ferramentas valiosas para obter insights mais profundos sobre a composição e a função da microbiota. O tratamento para a disbiose intestinal visa restaurar o equilíbrio da microbiota. Isso pode ser feito através da modificação da dieta, incorporando mais alimentos ricos em fibras e probióticos. Suplementos de probióticos e prebióticos também podem ser benéficos. Em alguns casos, se realmente for necessário, os médicos podem precisar prescrever antibióticos específicos ou outros medicamentos para tratar o desequilíbrio. Terapias mais novas, como o transplante fecal, estão sendo exploradas como potenciais tratamentos para casos mais graves.   Prevenção da disbiose A prevenção é sempre melhor que a cura. Para evitar a disbiose, é fundamental manter um estilo de vida saudável. Isso inclui uma dieta equilibrada, rica em fibras e baixa em alimentos processados, bem como a prática regular de exercício. Evitar o uso excessivo de antibióticos e outros medicamentos que afetam a microbiota é crucial. O gerenciamento do estresse, através da meditação ou técnicas de relaxamento, também pode ajudar a manter o equilíbrio intestinal. É fundamental que os médicos tenham esse olhar antecipado, global e multidisciplinar.   Importância do atendimento médico e nutricional A disbiose intestinal é uma condição que vai muito além de simples desconfortos digestivos. As implicações para a saúde global do indivíduo são vastas, tornando essencial sua identificação e tratamento. Os profissionais de saúde, incluindo médicos e nutricionistas, desempenham um papel vital no manejo desta condição. A colaboração entre esses profissionais é crucial para garantir uma abordagem abrangente e eficaz no tratamento da disbiose. Por fim, esperamos que a disbiose intestinal tenha sido esclarecida e, para mais temas como este, siga a SOBRAF também no Instagram!

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O colesterol e os triglicerídeos, como componentes essenciais do metabolismo lipídico humano, desempenham funções vitais no organismo. Ambos são fundamentais para a função celular, produção de hormônios e regulação da energia. Apesar da importância, são frequentemente associados a riscos à saúde, como doenças cardiovasculares. O entendimento dessas moléculas é crucial para médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde. Uma abordagem errônea pode levar ao tratamento inadequado e a desfechos negativos. A educação médica contínua, apoiada por evidências científicas atualizadas, é vital para a prática clínica bem-sucedida. Este artigo visa fornecer uma análise aprofundada do colesterol e triglicerídeos, com foco no entendimento desses lipídios no contexto clínico. Para isso, vamos apresentar um panorama dos estudos científicos mais relevantes, a fim de orientar o manejo clínico efetivo dos pacientes. Compreendendo o colesterol O colesterol não é uma gordura, mas sim um álcool hidrofóbico que precisa estar na forma metabólica reduzida e protegido dentro de lipoproteínas para circular no corpo. Ele é produzido majoritariamente no fígado, e é uma substância fundamental no organismo humano, essencial para a formação de hormônios e outros processos vitais. A alimentação influencia apenas 5 a 10% do colesterol que circula no corpo, sendo a maior parte de produção hepática. É imprescindível entender o papel do colesterol, que não é o vilão das doenças cardiovasculares, mas sim um elemento vital para a vida. Ou seja, contrariamente à crença popular, o colesterol dietético tem pouco impacto no colesterol sérico, pois a maior parte é sintetizada no fígado. O colesterol é vital para a produção de hormônios esteroides, ácidos biliares e vitamina D. É um componente essencial das membranas celulares, conferindo fluidez e integridade estrutural. Além disso, desempenha um papel crítico na sinalização celular e no funcionamento adequado do sistema nervoso. Ou seja, embora níveis altos de colesterol total ou de colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL) tenham sido considerados a principal causa de doenças cardiovasculares por meio século, estudos derrubam essa perspectiva errônea e precisam ser invocados para afastar o tratamento com estatina, especialmente quando usado como prevenção primária. Colesterol HDL e LDL: o falso dilema Embora frequentemente classificados como “bom” ou “mau”, HDL e LDL são classificações relacionadas à densidade das proteínas que transportam o colesterol. A divisão simplista entre essas lipoproteínas não representa adequadamente sua complexidade funcional. A compreensão do colesterol é vital para médicos e outros profissionais da saúde. A ideia de que o colesterol é a causa principal de doenças cardíacas é um equívoco que deve ser corrigido na prática médica através de educação baseada em evidências científicas. Estudos recentes mostram que o equilíbrio entre essas proteínas e a qualidade das partículas é mais importante do que a mera quantidade. Relação entre Triglicerídeos e Colesterol A conexão entre triglicerídeos e colesterol é complexa e fundamental para o funcionamento do corpo. As lipoproteínas transportam essas substâncias, cuja concentração define se são classificadas como HDL ou LDL. A compreensão dessa relação é vital para a saúde cardiovascular e metabólica, evitando simplificações que não refletem a verdadeira natureza dessas moléculas. Os triglicerídeos são uma fonte primária de energia e têm funções complexas em várias vias metabólicas. Armazenados no tecido adiposo, são mobilizados durante o jejum como fonte de energia. Além disso, os triglicerídeos desempenham um papel na regulação do metabolismo da glicose e são vitais para a saúde do fígado. Por isso, manter os níveis de triglicerídeos sob controle é vital para a saúde geral. Dietas ricas em ácidos graxos insaturados, exercícios regulares e certos medicamentos podem ajudar. A gestão efetiva exige um entendimento da genética do paciente, dos fatores de estilo de vida e das condições de saúde subjacentes, como o diabetes. Leia também::: Desequilíbrio de cortisol: causas e consequências para a qualidade de vida do paciente Reavaliação da compreensão clínica Com uma visão mais profunda e holística do colesterol e triglicerídeos, os profissionais de saúde podem repensar o manejo de distúrbios lipídicos. A abordagem não deve ser reducionista, focando apenas em números, mas sim em entender o paciente como um todo. A medicina baseada em evidências é crucial para o manejo eficaz dos pacientes. Ao compreender a complexidade do colesterol e dos triglicerídeos e utilizar as diretrizes mais recentes, os médicos podem oferecer tratamentos mais precisos e eficazes. Este artigo serve como um chamado à ação para os médicos que buscam otimizar o cuidado do paciente. A compreensão detalhada e baseada em evidências do colesterol e triglicerídeos pode melhorar o diagnóstico, tratamento e prevenção de doenças cardiovasculares e metabólicas. E caso queira aprofundar os estudos, deixamos aqui abaixo alguns artigos relacionados: LDL-C does not cause cardiovascular disease: a comprehensive review of the current literature, Expert Review of Clinical Pharmacology, 11:10, 959-970, DOI: 10.1080/17512433.2018.1519391 Higher Serum Cholesterol and Decreased Parkinson’s Disease Risk: A Statin-Free Cohort Study, Published online 0n Month 2018 in Wiley Online Library (wileyonlinelibrary.com), DOI: 10.1002/mds.27413 Association of lipoprotein levels with mortality in subjects aged 50 + without previous diabetes or cardiovascular disease: A population based register study, Scandinavian Journal of Primary Health Care, 31:3, 172-180, DOI:10.3109/02813432.2013.824157 Statin therapy increases lipoprotein(a) levels, European Heart Journal (2019) 0, 1–10, DOI:10.1093/eurheartj/ehz310 Historical Review of the use of relative risk statistics in the portrayal of the purported hazards of high LDL cholesterol and the benefits of lipid-lowering therapy, Cureus, DOI: 10.7759/cureus.38391

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A endometriose é uma doença inflamatória pélvica, que afeta milhões de mulheres no mundo. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, estima-se que uma em cada 10 mulheres sofre com os sintomas da endometriose e não sabe de sua existência. Caracterizada pelo crescimento anormal do tecido endometrial fora do útero, essa condição pode causar uma série de sintomas debilitantes e afetar significativamente a qualidade de vida das mulheres. Por ser uma doença inflamatória, sabe-se que o tratamento deve englobar especialmente a mudança do estilo de vida, primariamente com a adoção de hábitos mais saudáveis em detrimento dos hábitos inflamatórios. Embora a causa da inflamação seja multifatorial, evidências crescentes sugerem que a exposição a disruptores endócrinos pode desempenhar um papel importante no desenvolvimento e progressão dessa doença. Vamos entender melhor o assunto e por que é tão importante reduzir a exposição para prevenir e tratar a endometriose. O que são disruptores endócrinos? Disruptores endócrinos são substâncias químicas presentes em diversos produtos de uso diário, como plásticos, pesticidas, cosméticos e alimentos. Essas substâncias têm a capacidade de interferir no organismo humano, afetando a produção, liberação, transporte, metabolismo e eliminação dos hormônios naturais do corpo. Disruptores tentam imitar a ação dos hormônios, bloquear ou modificar os seus efeitos, levando a desequilíbrios hormonais e disfunções não apenas no sistema endócrino como em diversos sistemas do organismo. Endometriose e disruptores endócrinos Uma das principais causas da endometriose é o excesso de estradiol, um hormônio importantíssimo, responsável por cerca de 400 funções no organismo da mulher, inclusive pelo crescimento dos órgãos reprodutivos e pela preparação uterina e endometrial, que contribui para a ovulação e tem, também, ação anabolizante nas mulheres. Quando há níveis elevados desse hormônio, tem-se a predominância estrogênica em detrimento da progesterona. E em mulheres predispostas, esse desequilíbrio hormonal pode provocar o crescimento do tecido endometrial fora do útero, levando à formação de lesões endometriais e aos diversos sintomas que afetam em muito a vida das mulheres. Disruptores endócrinos, como já dito, exercem ação hormônio símile quando em contato com o organismo, e um dos hormônios que imita é justamente o estradiol. Essas substâncias, especialmente nos casos de exposição constante, podem interferir drasticamente no equilíbrio hormonal, elevando os níveis do estrógeno e desencadeando ou agravando o processo inflamatório. Para saber mais sobre endometriose, assista a este vídeo Vozes Que Informam – Compreendendo a endometriose | Dr Italo Rachid A importância da redução da exposição a disruptores endócrinos Diante da relação entre disruptores endócrinos e a endometriose, a redução dessa exposição a essas substâncias torna-se crucial na prevenção e tratamento da doença. Níveis altos de estrogênio são fator de risco não apenas para a endometriose, como também para o câncer de mama e de ovário, elevando também os riscos para o câncer endometrial. Embora seja difícil evitar completamente essas substâncias, que estão constantemente presentes em um mundo moderno, algumas medidas podem ser adotadas para minimizar a exposição a elas: Preferir alimentos naturais e orgânicos: Alimentos orgânicos, livres de pesticidas e fertilizantes químicos, podem ajudar a reduzir a contaminação por disruptores endócrinos presentes em pesticidas agrícolas. Uso consciente de produtos de higiene pessoal: a prescrição de produtos de higiene pessoal, como sabonetes, xampus e cosméticos, que sejam livres de substâncias químicas prejudiciais, como parabenos e ftalatos. Oriente pacientes sobre a importância de ler os rótulos e escolher produtos mais naturais. Evitar o uso de plástico: o plástico contém compostos químicos que podem funcionar como disruptores endócrinos, especialmente quando são aquecidos ou armazenam alimentos e bebidas. A utilização de recipientes de vidro e aço inoxidável, por exemplo, pode contribuir. Filtros de água: a instalação de filtro ou purificador de água ajuda a reduzir a exposição a possíveis contaminantes presentes na água consumida diariamente, como pesticidas e produtos químicos industriais. Optar por produtos de limpeza naturais: a maior parte dos produtos de limpeza convencionais contêm substâncias químicas extremamente prejudiciais que podem ser absorvidas pela pele e também inaladas, portanto a opção por produtos como vinagre, bicarbonato de sódio e limão, que são eficazes na limpeza doméstica, são bons aliados. Cosméticos: oriente sobre os perigos do uso frequente de cosméticos, maquiagem, cremes hidratantes e similares, principalmente os de uso diário, alertando sobre a preferência pelos de composição natural. Lembrando que os produtos de longa duração costumam conter ainda mais substâncias desreguladoras. Prevenção e tratamento Os sintomas da endometriose podem variar de leves a graves e incluem dor pélvica intensa, dor durante a menstruação (dismenorreia), dor durante as relações sexuais (dispareunia), excesso de fluxo menstrual e irregularidades no ciclo, fadiga, ansiedade, depressão, infertilidade. Esses sintomas podem ter um impacto significativo na qualidade de vida das mulheres, interferindo em suas atividades diárias, relacionamentos e saúde emocional. Portanto, a orientação adequada e a adoção de estratégias que proponham a mudança do estilo de vida com escolhas mais conscientes em relação ao que a paciente utiliza precisa ser parte dos cuidados preventivos, assim como pode contribuir para a redução da inflamação, reduzindo também os sintomas da doença.

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A qualidade do sono desempenha um papel vital na manutenção do equilíbrio hormonal do corpo. O sono adequado é essencial para a regulação de diversas funções vitais, influenciando diretamente a saúde física e mental. É importante compreender que insônia e privação do sono são distintas: enquanto a primeira é caracterizada pela dificuldade em adormecer ou de se manter dormindo, a segunda refere-se a um menor tempo de sono. Ou seja, nesta, o indivíduo não tem dificuldade para dormir, o problema é a quantidade insuficiente de sono. Infelizmente, a insônia é um distúrbio cada vez mais comum que afeta milhões de pessoas em todo o mundo, interferindo na fisiologia hormonal e comprometendo a saúde geral. Neste artigo, discutiremos a relação entre o sono e o equilíbrio hormonal, destacando os impactos negativos da insônia e trazendo uma listinha do que fazer para melhorar a qualidade do sono. A importância do sono na regulação hormonal O sono desempenha um papel crucial na regulação dos hormônios e de diversas funções do corpo e da mente. Durante o sono, ocorrem principalmente os processos de reparação e restauração celular, que são essenciais para a manutenção da saúde, assim como a fixação de memórias e a regulação do humor e da fome, por exemplo. Estudos mostram que a insônia e a privação do sono têm sido associadas a níveis elevados de grelina, que estimula o apetite, e a níveis reduzidos de leptina, que suprime o apetite. E essa desregulação hormonal pode levar a desequilíbrios alimentares e uma maior probabilidade de ganho de peso e obesidade. Pessoas que desfrutam de um sono de qualidade, costumam ter seus hormônios liberados em níveis adequados e em sincronia com o ritmo circadiano. Por exemplo, a melatonina, que é conhecida como o hormônio do sono, mas é uma verdadeira “molécula-mãe” que age muito além do sono, é produzida em maior quantidade durante a noite e ajuda a regular o ciclo sono-vigília. O sono adequado também ajuda na regulação do hormônio do crescimento (GH), que é vital para o desenvolvimento e reparo celular, até mesmo na vida adulta, além de promover a síntese proteica, contribuindo com a composição muscular. Além disso, o sono influencia os níveis de cortisol, que desempenha um papel fundamental na resposta imunológica e na regulação do metabolismo, fornecendo energia para a realização das atividades cotidianas. Outros fatores afetados pela insônia Estudos têm demonstrado que a privação crônica do sono está associada ao aumento dos níveis de cortisol, o hormônio do estresse. O aumento do cortisol pode resultar em hipertensão, inflamação crônica, comprometimento do sistema imunológico e maior risco de doenças cardiovasculares. Outro hormônio afetado pela insônia é a insulina, responsável pela regulação dos níveis de açúcar no sangue. A falta de sono adequado pode levar à resistência à insulina, dificultando a eficiência com que o corpo processa a glicose. Isso aumenta o risco de desenvolver diabetes tipo 2 e complicações associadas, como doenças cardíacas e renais. Hormônios sexuais, como a testosterona em homens e os estrogênios em mulheres, também podem ter sua produção reduzida significativamente, afetando a libido, a função sexual e até mesmo a fertilidade. Além dos desequilíbrios hormonais, a insônia também pode levar a distúrbios psicológicos, como depressão e ansiedade. Essas condições podem afetar ainda mais a regulação hormonal, criando um ciclo vicioso em que a insônia agrava os problemas emocionais e vice-versa. Como melhorar a qualidade do sono e equilibrar melhor os hormônios? Aqui abaixo, trouxemos 6 hábitos que devem ser inseridos na rotina de pacientes, pois contribuem com a melhora da qualidade do sono e otimizam os cuidados da saúde: Rotina regular de sono: eduque sobre a importância de estabelecer horários fixos para dormir e acordar, preferencialmente até as 22h, mesmo nos finais de semana. Isso ajuda a regular o ciclo circadiano e favorece o sono profundo. Ambiente propício ao sono: oriente sobre os benefícios de manter o quarto escuro, silencioso e confortável, adequar a temperatura para promover maior conforto à noite e desligar todas as luzes, até mesmo as vermelhinhas muito comuns em TVs e relógios, pois elas afetam diretamente a glândula pineal. Evitar estimulantes: compreenda os hábitos do paciente e recomende excluir o consumo de cafeína, álcool e alimentos calóricos e industrializados nas horas que antecedem o sono. Durante o sono não é o momento de colocar o metabolismo para trabalhar intensamente. Higiene do sono: ensine sobre como definir uma rotina relaxante antes de dormir, como tomar banho quente, ler um livro e praticar técnicas de relaxamento, como meditação ou respiração profunda. Essa higiene contribui para elevação dos níveis de melatonina e induzem o sono. Prática regular de exercícios: a atividade física regular contribui para a melhora da qualidade do sono e ajuda a promover a regulação hormonal naturalmente. No entanto, exercícios intensos à noite podem ser evitados. Gerenciamento do estresse: o estresse crônico pode contribuir para a insônia e desequilíbrios hormonais. O ideal é orientar maneiras saudáveis de lidar com o estresse, inclusive com a indicação de outros profissionais de saúde que possam complementar o seu acompanhamento. Reequilíbrio dos níveis hormonais: insônia e desequilíbrio/declínio hormonal são uma via de mão-dupla, portanto, em muitos casos, a suplementação hormonal pode ser uma importante estratégia, especialmente quando as condições do paciente não contribuem para o reequilíbrio apenas através da mudança de hábitos. O sono desempenha um papel fundamental na regulação hormonal, e o equilíbrio hormonal é essencial para o correto desempenho de funções fisiológicas e

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28.06
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O exercício físico é uma das atividades mais importantes que uma pessoa pode fazer para manter uma vida longa e saudável.  A prática pode auxiliar na prevenção de doenças, no fortalecimento do sistema cardiovascular e na melhora da saúde mental, por exemplo. Além disso, uma pessoa que faz exercícios regularmente pode ter mais chances de evitar doenças crônicas que podem afetar a qualidade de vida. #5 motivos para considerar o exercício físico um aliado da longevidade saudável Motivo #1 – Auxilia na prevenção do câncer  Evidências acumuladas demonstram que o exercício pode prevenir o câncer, controlar a progressão da doença, interagir com terapias anticâncer e melhorar o funcionamento físico e os resultados psicossociais. Estudos que compreendem cerca de 700 ensaios de intervenção de exercícios exclusivos com mais de 50.000 pacientes com câncer, evidenciam o importante papel que o treinamento físico desempenha para o tratamento do câncer. De acordo com os pesquisadores, a segurança e a viabilidade do treinamento físico estão firmemente estabelecidas no tratamento do câncer, bem como está evidente a ampla gama de efeitos benéficos nos resultados psicossociais e fisiológicos da prática. Motivo #2 – Fortalece o sistema cardiovascular Um estudo da Universidade de São Paulo (USP), descobriu que o exercício aeróbico ajuda a remover partes danificadas das células do coração. A partir disso, ocorre o aumento da energia disponível para as células e a redução da produção de substâncias tóxicas que podem danificar o coração. Segundo os pesquisadores, o objetivo da pesquisa é o de identificar alvos intracelulares que podem ser modulados por meio de fármacos para promover pelo menos parte dos benefícios cardíacos obtidos com a atividade física. Dessa forma, além de incentivar a prática, também serão desenvolvidas outras metodologias para obter tais resultados positivos. Motivo #3 – Fortalece a memória A prática de exercícios aeróbicos ao longo de oito semanas pode resultar em uma taxa de geração de novos neurônios no hipocampo duas vezes maior em comparação àqueles que não se exercitam. É o que apontam os resultados do artigo publicado em The Conversation.  De acordo com a pesquisadora, estudos pioneiros de neuroplasticidade, demonstram múltiplas evidências científicas que apontam como fatores benéficos para o fortalecimento da memória, a dieta, o ambiente social, a novidade e o exercício físico. Motivo #4 – Melhora a saúde mental Atividades físicas são essenciais para controle de ansiedade e estresse. É o que demonstra um estudo da USP Ribeirão, realizado em parceria com professores e universidades de países da América Latina e Europa. Os resultados obtidos mostram que pessoas com estilo de vida mais saudável, que já realizavam atividades físicas antes da pandemia da Covid-19 ou que aderiram à prática neste período, conseguem suportar melhor a ansiedade e o estresse provocados neste momento.  Os pesquisadores descobriram que houve uma tendência crescente de transtornos mentais conforme os níveis de atividade física diminuíram no período de isolamento. Motivo #5 – Ajuda no combate a doenças crônicas O estudo “Sedentarismo, exercício físico e doenças crônicas” afirma que a inatividade física está fortemente relacionada à incidência e severidade de um vasto número de doenças crônicas.  Considerando este cenário, o exercício físico é uma das ferramentas terapêuticas mais importantes para a promoção da saúde, sendo essencial a propagação desse conhecimento por parte de profissionais da área da saúde bem como da educação física. Afinal, o exercício físico é um aliado da longevidade saudável? A importância dos exercícios físicos na longevidade saudável é incontestável. Como profissionais de saúde, devemos estar sempre atualizados com novos estudos e abordagens que podem complementar os tratamentos. Recomendar a prática de exercícios físicos é fundamental para uma rotina equilibrada e saudável, principalmente porque não há longevidade saudável sem exercícios físicos.

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5 beneficios de exercer a medicina da longevidade17.42.18
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        É cada vez mais visível a busca da população por formas de tratamento mais eficazes e humanizadas, através de uma relação mais próxima com o médico, desconstruindo o conceito de que a consulta é um momento a ser “temido”. Através desse modelo de Medicina, o olhar ao paciente está direcionado à descoberta das causas relacionadas aos problemas que enfrenta.  A Medicina da Longevidade refere-se a forma de tratamento humanizado e integrado, reforçando a importância que a relação transparente entre o médico e o paciente representa. Confira alguns benefícios de praticar a Medicina da Longevidade em seu cotidiano, promovendo assim, qualidade de vida e uma vida mais saudável e longínqua ao paciente. 1. Desenvolvimento de um plano de tratamento individualizado, baseado nas demandas e necessidades do paciente. A medicina da longevidade é uma medicina preventiva personalizada, focada em biomarcadores relacionados ao envelhecimento e à longevidade saudável.  O tratamento individualizado tem como objetivo otimizar os resultados com base nas características particulares de cada paciente. Dessa forma, são avaliados hábitos, rotina, comportamentos, histórico de saúde, sintomas, queixas e também são requisitados exames específicos para cada paciente. Tendo assim, um tratamento mais eficaz e direcionado especialmente para o que o paciente precisa, otimizando o atendimento e agradando o paciente.  2. Construção de uma relação de parceria entre médico e paciente. A duração das consultas diminuiu e a antiga conversa, baseada numa escuta atenta do profissional de saúde, foi substituída por pedidos de exames seguidos da prescrição de medicamentos.  No entanto, informações importantes podem ter sido deixadas de lado e o engajamento ao tratamento fica comprometido se a pessoa não enxergar em seu médico a figura de um aliado que a conheça e entenda. Através de um modelo de Medicina centrado no paciente, o profissional trabalha para conhecer e tratar o paciente de maneira integral, desenvolvendo planos de atendimento individualizados e abrangentes nos quais a saúde mental e as necessidades sociais também são consideradas na prescrição do atendimento.  Além disso, com um atendimento constante e empático o paciente se sente mais confortável e próximo do médico. 3. ​O paciente torna-se agente no tratamento, tornando-se parte do processo. É comum que nos esqueçamos de que o paciente também é um agente responsável pelo sucesso do seu tratamento.  Com uma Medicina inclusiva, o paciente estará consciente de como o tratamento tem que ser feito e que boa parte dos resultados obtidos estão alinhados com as suas ações cotidianas.  É imperativa a necessidade de compreensão de que o paciente também precisa fazer a sua parte. Somente assim bons resultados poderão ser colhidos em busca de uma longevidade mais saudável.  4. ​Todas as abordagens terapêuticas, profissionais de saúde e disciplinas são consideradas, podendo integrar as medidas para a cura e prevenção das patologias. Acreditamos em um modelo de Medicina onde a cura surge antes das patologias. Sempre foi importante cuidarmos da saúde, mas cada vez mais percebemos que não é somente em momentos de doença que devemos buscar profissionais da saúde. O ideal é cuidar constantemente do corpo e da mente, para que a doença não venha a se manifestar. É com esse propósito que um novo modelo de Medicina vem surgindo. Quanto mais cuidar o modo como se vive, o que se come, quanto se dorme ou se são feitos exercícios físicos, menos dificuldades se enfrentarão no futuro, vivendo uma longevidade saudável, já que o que mais acomete idosos é a perda de algumas funções cognitivas que, através de cuidados preventivos, podem ser poderiam ser amenizados ou até mesmo evitados.  5. A saúde é vista de todos os ângulos: bem-estar físico, mental, emocional, social e espiritual. A saúde como bem-estar e qualidade de vida pressupõe o equilíbrio e a harmonia entre os pilares mente-corpo-espírito. Dessa forma, por mais que determinados preceitos devam fazer parte da atuação do médico, é necessário que outros caminhos e práticas também sejam adotados para contribuir com melhorias à qualidade de vida de maneira geral, não apenas na saúde física, mas também na estabilidade emocional. Embora o objetivo principal da Medicina da Longevidade seja melhorar a qualidade de vida dos pacientes, os profissionais de saúde também se beneficiam, visto que cuidar da saúde do paciente de forma ampla e integral permite um acompanhamento integral e profundo do caso ajudando a entender as circunstâncias da doença na vida do indivíduo e dando a oportunidade ao profissional de exercer seu trabalho de maneira completa e eficaz.  Para saber mais sobre a Medicina da Longevidade, siga acompanhando os nossos conteúdos. 

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O equilíbrio hormonal rege a qualidade de vida e bem-estar do ser humano. Nesse sentido, a atenção do campo das Ciências da Longevidade Humana tem se voltado cada vez mais para a compreensão do organismo humano em um plano mais amplo. Dessa maneira, é possível considerar suas capacidades e necessidades, além de outros aspectos isolados e relacionados ao desenvolvimento de possíveis patologias, por exemplo. Contudo, mesmo que ocorra o acompanhamento integrado de um paciente, ele inevitavelmente sofrerá com o declínio hormonal ao longo dos anos, o que afeta seu equilíbrio e causa consequências nocivas para a sua saúde. Importante ressaltar que esse desequilíbrio hormonal pode ocorrer através de fontes endógenas, bem como através de fatores externos, como por exemplo o ambiente. Assim, ressalta-se ainda mais a necessidade de mudanças de hábitos, além da utilização de uma importante ferramenta para auxiliar nesse processo, a Terapia de Reposição Hormonal (TRH). Siga a leitura e compreenda mais sobre a importância do equilíbrio hormonal para uma longevidade mais saudável. Afinal, por que o equilíbrio hormonal é importante? Como pudemos compreender na introdução deste artigo, o equilíbrio hormonal pode desencadear ações positivas relacionadas ao bem-estar e qualidade de vida do ser humano. Isso ocorre porque os hormônios são considerados a base da vida. O seu papel no corpo humano funciona como uma espécie de mensageiro químico, que envia através da corrente sanguínea, instruções para que os tecidos e órgãos humanos desempenhem suas tarefas plenamente. É através dos hormônios que o corpo controla funções como a digestão, o humor, a libido, a capacidade cognitiva, o sistema imunológico, entre outras. Quando compreendemos a importância dos hormônios para o pleno funcionamento do organismo humano, é possível entender melhor o por que de muitos problemas nocivos à saúde, causados pelo declínio ou desequilíbrio hormonal. Um exemplo prático e importante disso pode ser dado através da Vitamina D – um pró-hormônio essencial para que o ser humano desempenhe tarefas simples como andar, falar e respirar. Quando absorvido pelo organismo, ele se transforma no hormônio D, um componente responsável por mais de 80 funções de restauro e reparo no corpo humano. Além disso, ele também é responsável pela produção de catelicidinas, que são proteínas de alto poder antibiótico, capazes de neutralizar vírus, bactérias, fungos e parasitas. Ou seja, suas funções também estão altamente atreladas ao funcionamento do sistema imunológico. Mesmo que a compreensão geral a respeito de sua recepção esteja em volta do sol, segundo a Organização Mundial da Saúde, metade da população mundial sofre com quantidades insuficientes dessa importante vitamina. Nesse sentido, para que sejam solucionados problemas relacionados ao desequilíbrio hormonal, é necessária a avaliação focada em hormonologia, para que seja orientada a terapia de reposição hormonal (TRH) ou modulação hormonal, através dos Hormônios Isomoleculares (Hormônios Homólogos Humanos). Importante ressaltar que a produção de hormônio D ocorre em simultâneo com outros hormônios essenciais para o organismo humano, como o estradiol, a testosterona, a progesterona e o cortisol, o que evidencia ainda mais a importância de recuperar o equilíbrio hormonal. Qual o papel dos hormônios para a saúde do ser humano? Como foi possível observar até aqui, os hormônios são a base da vida. É através deles que o corpo desempenha suas importantes funções e garante qualidade de vida para o indivíduo. Vamos a exemplos práticos:  Ao longo de sua vida, uma mulher sofre com diversas flutuações hormonais, que iniciam seu declínio gradual a partir dos 35 anos. É neste momento que se inicia a menopausa. A partir desse declínio de importantes hormônios para a sua saúde, a mulher sofre com consequências nocivas, que atacam todo o funcionamento de seu organismo. De acordo com evidências de um estudo recente, realizado no Reino Unido, a terapia de reposição hormonal (TRH) pode reduzir o risco de morte prematura das mulheres. Os pesquisadores acompanharam 105.199 mulheres saudáveis, ​​com idades entre 46 e 65 anos, com prescrição de TRH, durante cerca de 13 anos. Os resultados foram comparados com outras 224.643 mulheres sem o uso de TRH. As descobertas demonstraram que houve uma redução média de 9% para o risco geral de morte por todas as causas em mulheres saudáveis, em terapia de reposição hormonal. Para os pesquisadores, a TRH é responsável por reposicionar os hormônios perdidos durante o período menopáusico, garantindo o equilíbrio hormonal e aliviando os sintomas e consequências gerados pelo declínio. Quais os benefícios da terapia de reposição hormonal? Através das revelações compartilhadas ao longo deste artigo, foi possível compreender ainda mais profundamente a essencialidade do equilíbrio hormonal para uma longevidade mais saudável. Considerando que os hormônios produzidos pelo corpo humano sofrem degradação e declínio ao longo dos anos, impera a necessidade de reposição de tais componentes. Essa reposição ocorre através do que chamamos de TRH – Terapia de Reposição Hormonal, um método cientificamente comprovado como eficaz para a resolução de problemas relacionados ao desequilíbrio hormonal. Contudo, para que a terapia de reposição hormonal ocorra com sucesso, são necessários profissionais médicos com conhecimento em hormonologia, a fim de que o olhar integrado ao paciente seja exercitado e colocado em prática através de terapias preventivas com o objetivo de garantir saúde e qualidade de vida. Saiba mais sobre o programa para associados Sobraf clicando aqui. 

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Na área da saúde, observamos uma realidade bastante clara: os nossos médicos estão doentes.  Como consequência, não é raro ouvir relatos de pacientes que demandam maior empatia e cuidado durante os atendimentos. Será que, enquanto profissionais da saúde, estamos praticando aquilo que pregamos em nossos discursos? De que forma podemos buscar um atendimento mais humanizado? Quais são as principais barreiras que nos impedem de cumprir com o propósito de promover a saúde entre a população? Neste artigo, trazemos um panorama sobre o cenário da medicina no Brasil. Siga a leitura e saiba mais.    Cresce o número de cursos de Medicina no Brasil Nos últimos anos, o número de cursos de Medicina mais do que triplicou no Brasil.  Em 1997, eram 85 escolas médicas. Atualmente, já são mais de 300.  O único país no mundo que oferece mais cursos de medicina do que o Brasil é a Índia, com cerca de 400 escolas. No entanto, o país tem uma população seis vezes maior do que a brasileira.  A China, um dos países mais populosos do mundo, tem aproximadamente 150 escolas de medicina. Já os Estados Unidos apresenta pouco mais de 130 cursos de ensino superior.  De acordo com os dados da Demografia Médica do Brasil, elaborado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), o Brasil tem 466 mil médicos – ou 2,1 por mil habitantes. Para fins de comparação, esse indicador é próximo ao de países avançados, como o Japão (2,4) e a Coréia do Sul (2,2). No entanto, será que a qualidade dos serviços prestados pode ser comparada aos países citados? Nossos médicos estão doentes: exercício da medicina traz fortes impactos emocionais Por mais que tenhamos um grande número de médicos formados em nosso país, pesquisas identificam que as relações de trabalho, o tempo dedicado à atividade profissional, as formas de remuneração e as questões éticas têm influência negativa na saúde do médico.  Cerca de 80% dos médicos brasileiros consideram a atividade médica desgastante, sendo este desgaste atribuído a fatores como o excesso de trabalho, baixa remuneração, más condições de trabalho e alta responsabilidade profissional. Por isso, é notável que há uma disparidade entre o número de profissionais formados e o número de profissionais satisfeitos em relação ao exercício da atividade.  A literatura aponta diversos aspectos do exercício profissional na área da saúde e quando falamos especificamente sobre a medicina, encontramos dados que geram preocupação. Os médicos trabalham mais que a maioria das pessoas (15 horas por semana a mais que outros profissionais); Tiram menos tempo de férias (4 semanas/ano X 8 semanas/ano de outros profissionais); Trabalham maior número de anos do que a população geral. Consequências da desvalorização da classe médica Como consequência às informações demonstradas até aqui, percebemos um agravo na  qualidade da assistência prestada, o que também prejudica os sistemas de saúde e, claro, os pacientes. Um dos principais objetivos da SOBRAF é zelar pelo nível ético, eficiência técnica e sentido social do exercício profissional, bem como promover a defesa dos interesses dos seus associados. Dessa forma, entendemos a relevância do compartilhamento de experiências, de modo que possamos colaborar com a redução do estresse e o crescimento profissional dos nossos médicos associados e de toda a classe de profissionais que promovem a saúde. Você pratica aquilo que prega? A importância do autocuidado entre os médicos Eis um fato: muitas vezes, médicos não são bons em cuidar da própria saúde. Como vimos, são diversas as circunstâncias que colaboram para tal conjuntura.  Evidências como as que foram demonstradas até aqui deixam claro que é necessário mudar a cultura em torno do cuidado e do bem-estar dos profissionais da saúde.  Afinal, além de sermos excelentes médicos, precisamos impactar positivamente a vida dos nossos pacientes, demonstrando de forma prática o poder do hábito para a busca de uma longevidade saudável. No entanto, esse objetivo só pode ser alcançado a partir do entendimento de que é necessário cuidar de quem cuida.  Infelizmente, nossa sociedade passou a normalizar diferentes tipos de comportamentos que impactam drasticamente a nossa qualidade de vida. Atualmente, é “normal” verificarmos profissionais exaustos e muitas vezes insatisfeitos com o seu modus operandi, prejudicando gravemente a saúde e o bem-estar dos pacientes.   Entendemos que ser médico é ir além da patologia, sempre buscando a promoção da saúde e da qualidade de vida aos pacientes. No entanto, compreendendo os desafios que permeiam a profissão, é papel das associações e dos centros de saúde oferecer o amparo necessário aos profissionais.   Que possamos sempre lembrar de que aqueles que cuidam também necessitam de cuidado. Afinal, por trás de cada jaleco, existem pessoas empenhadas em dar o seu melhor todos os dias. Nós, da SOBRAF, temos o importante papel de cuidar dos interesses dos médicos (a) associados, trabalhando em prol da valorização da área.Saiba mais sobre os nossos serviços clicando aqui. 

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Sem dúvidas, lutar pela qualidade de vida dos pacientes é uma das mais nobres missões que um profissional da área da saúde pode exercer, principalmente aqueles que visam otimizar a saúde física e mental da população, buscando reduzir as doenças associadas ao envelhecimento. Ao mesmo tempo, sabemos que o exercício da medicina possui fortes impactos emocionais, já que a profissão envolve uma série de responsabilidades e demandas que impactam, literalmente, a vida dos pacientes. Sendo assim, é comum que tenhamos como resultado anseios que, em geral, não costumam ser discutidos ou compartilhados. A literatura* aponta diversos aspectos do exercício profissional na área da saúde e quando falamos especificamente sobre a medicina, encontramos dados como:   Os médicos trabalham mais que a maioria das pessoas (15 horas por semana a mais que outros profissionais); Tiram menos tempo de férias (4 semanas/ano X 8 semanas/ano de outros profissionais); Trabalham maior número de anos do que a população geral. Um dos principais objetivos da SOBRAF é zelar pelo nível ético, eficiência técnica e sentido social do exercício profissional, bem como promover a defesa dos interesses dos profissionais atuantes na área da saúde.  Dessa forma, entendemos a relevância do compartilhamento de experiências, de modo que possamos colaborar com a redução do estresse e o crescimento profissional dos nossos associados e de toda a classe de profissionais que promovem a saúde. Fonte* { A saúde do médico – https://bit.ly/32Uktg3 }

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Uma das principais missões da SOBRAF é respeitar e promover os princípios do desenvolvimento sustentável em prol da saúde e do bem-estar da sociedade. Tendo isso em vista, é extremamente importante trazer pautas relacionadas ao atendimento humanizado na área da saúde, que pressupõe a visão do paciente por trás da doença, valorizando o diálogo aberto e o contato próximo entre médico-paciente.  Essa mudança de paradigma coloca o paciente como protagonista e oferece a escuta ativa do profissional da saúde, colaborando para um ciclo positivo de cuidado. Quando falamos sobre o novo perfil de pacientes do século XXI, a atenção ao atendimento humanizado mostra-se ainda mais relevante. O paciente 4.0 é informado para argumentar e discutir sobre o seu tratamento através da facilidade de acesso às informações na internet e, por isso, busca o diálogo ativo com os profissionais da saúde.  Sendo assim, é importante que a linguagem técnica e formal seja adaptada para o entendimento do paciente, buscando solucionar dúvidas e promover conhecimento de qualidade. Ainda não está convencido (a) sobre a importância da conduta humanizada? Uma pesquisa* realizada pela Doctoralia analisou mais de 3,5 milhões de opiniões de usuários para entender os critérios utilizados pelos pacientes na escolha do médico.  No Brasil, foi constatado que 63% das pessoas procuram pelo atendimento humanizado, sendo o principal critério de escolha dos pacientes 4.0.    Diversos estudos demonstram a importância do atendimento humanizado na área médica, pressupondo a visão do paciente por trás da doença, valorizando o diálogo aberto e o contato próximo entre médico-paciente, principalmente quando falamos sobre o novo perfil dos pacientes no século XXI. O chamado “paciente 4.0”  é informado para argumentar e discutir sobre o seu tratamento através da facilidade de acesso às informações na Internet e, por isso, busca o diálogo ativo com os profissionais da saúde.  Para saber mais sobre a importância do atendimento humanizado na área da saúde, siga a leitura do artigo.  O que é o atendimento humanizado? Imagine um atendimento que prioriza o tratamento e o acompanhamento do paciente como um todo, que respeita e facilita a vida da pessoa e evita burocracias desnecessárias para preservar a sua saúde.  O atendimento humanizado na área da saúde estreita a relação entre profissional-paciente e permite um atendimento personalizado e efetivo. Como resultado, temos níveis altos de satisfação sobre os serviços realizados e até mesmo o aumento da eficácia dos tratamentos prescritos. Outro ponto fundamental da medicina humanizada é o respeito com o profissional da saúde. Ele deve ter a estrutura e o suporte necessário para cuidar dos seus pacientes e, literalmente, salvar vidas. De acordo com o Ministério da Saúde, o atendimento humanizado deve favorecer: A troca e construção de saberes; O diálogo entre profissionais; O trabalho em equipe; A consideração às necessidades; Os desejos e interesses dos diferentes protagonistas do campo da saúde. Pacientes 4.0 e a importância do atendimento humanizado na área da saúde Se você é médico (a) ou profissional de qualquer outra área relacionada à saúde, já percebeu que, atualmente, nos deparamos com um novo perfil de paciente.  O paciente 4.0 é informado para argumentar e discutir sobre o seu tratamento através da facilidade de acesso às informações na internet e, por isso, busca o diálogo ativo com os profissionais da saúde. Quando falamos sobre esse novo perfil, a atenção ao atendimento humanizado mostra-se ainda mais relevante.  Uma pesquisa realizada pela Doctoralia analisou mais de 3,5 milhões de opiniões de usuários para entender os critérios utilizados pelos pacientes na escolha do médico.  No Brasil, foi constatado que 63% das pessoas procuram pelo atendimento humanizado, sendo o principal critério de escolha dos pacientes 4.0. Foi comprovado que nos serviços médicos, os pacientes não abrem mão da atenção e do cuidado no atendimento, mesmo utilizando ferramentas digitais para obter indicações Dessa forma,  é fundamental que o paciente não só compreenda o que foi passado, mas sinta que sua saúde é importante e que mais pessoas estão com ele, independentemente do tratamento realizado.  Como praticar um atendimento humanizado em meu consultório? Seja um profissional acessível: como vimos, os pacientes mostram-se cada mais informados e buscam o diálogo ativo com os profissionais da saúde. Sendo assim, é importante que a linguagem técnica e formal seja adaptada para o entendimento do paciente, buscando solucionar dúvidas e promover conhecimento de qualidade. Mostre que você se importa: uma das características mais procuradas pelos pacientes atuais é a atenção plena do médico (a). Mostre a ele que você se importa com o caso, escute-o atentamente – queixas, hábitos e anseios – e dedique o tempo que é realmente necessário para executar o atendimento com qualidade.  Médico (a), cuide de você: muito se fala sobre a importância de humanizar o atendimento aos pacientes. No entanto, devemos ter consciência de que o atendimento de qualidade só será viável quando o médico (a) conseguir, acima de tudo, priorizar a sua saúde física e mental. É cientificamente comprovado que profissionais felizes trabalham melhor. Por isso, não se esqueça de você.  Quer saber mais sobre novidades na área médica? Continue acompanhando nossos conteúdos e siga-nos no Instagram!

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O seu paciente muito provavelmente está no Instagram, Facebook, Google… Relatórios* apontam que 66% da população brasileira é ativa em redes sociais. Além disso, esses usuários passam em média 4h41min na Internet com os seus dispositivos móveis.  Tendo isso em vista, é importante que o profissional da saúde saiba utilizar os canais digitais de forma ética, responsável e informativa, buscando promover a saúde através da disseminação do conhecimento científico.  Passando para o lado você encontra dicas para a utilização das redes sociais na área médica. Fonte*: {Digital in 2020 – We Are Social e Hootsuite}

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