Hábitos que podem estar prejudicando seu paciente 

Hábitos que podem estar prejudicando seu paciente 

Hábitos que podem estar prejudicando seu paciente Alguns hábitos simples podem estar prejudicando a saúde do seu paciente mais do que se pode imaginar. Você sabe quais são? 

Muitos pacientes não acreditam quando recomendamos uma mudança no estilo de vida para uma melhor qualidade de vida.

Contudo, cada vez mais evidências surgem para apoiar tal mudança comportamental. 

Continue a leitura e veja quais hábitos podem estar prejudicando seu paciente. 

Afinal, quais hábitos podem estar prejudicando seu paciente? 

No nosso dia a dia, as ações que fazemos e escolhemos podem trazer consequências positivas ou negativas. 

Mesmo que a maioria da população tenha noção de quais hábitos trazem benefícios para a saúde, existem pequenos hábitos que podem estar minando a qualidade de vida do seu paciente aos poucos. 

Inclusive, mesmo aqueles que são popularmente conhecidos por serem prejudiciais, podem ter efeitos mais graves do que os comumente conhecidos. 

Isso inclui hábitos como fumar, ingerir álcool, não dormir bem, não consumir a quantidade certa de vitaminas e nutrientes, entre outros hábitos cotidianos.

Estes pequenos costumes destroem aos poucos todo o trabalho que nós, profissionais da saúde, tentamos construir. 

Uma revisão de dados científicos aponta que os principais fatores de risco que contribuíram para a carga global de câncer em 2019 foram comportamentais. 

A carga de câncer atribuível ao risco variou por região do mundo e Índice Sociodemográfico (SDI), com tabagismo, sexo inseguro, e o uso de álcool sendo os três principais fatores de risco. 

O artigo ainda previu que reduzir a exposição a esses fatores de risco modificáveis ​​diminuiria a mortalidade por câncer e as taxas de disability-adjusted life years em todo o mundo, e as políticas devem ser adaptadas adequadamente à carga local de fatores de risco de câncer.

Tal dado abre os nossos olhos para a perspectiva de que as pequenas decisões do dia a dia podem acarretar em graves patologias. 

Outro exemplo disso é o estresse. 

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o estresse é uma epidemia que atinge cerca de 90% da população mundial e pode causar outras doenças.

Contudo, apesar da sua popularidade, o estresse, nos níveis experimentados, traz mais malefícios do que benefícios.

Um exemplo disso é um estudo recente, no qual foi descoberta a influência da impressão hormonal defeituosa na reprogramação do sistema imunológico. 

No estudo, é explicado que qualquer forma de estresse no início da vida, isoladamente ou em associação com o imprinting hormonal, pode estar associada à origem do desenvolvimento da saúde e da doença (DOHaD).

Diante dessa perspectiva, é de suma importância conscientizarmos a população dos perigos que os espreitam. 

Conhecendo a Medicina do Estilo de Vida

Dentro do contexto apresentado acima, é notável a enorme necessidade da adoção de novos hábitos para prevenir patologias e alcançar a qualidade de vida. 

Neste sentido, fazemos uso dos conhecimentos da Medicina do Estilo de Vida. 

A Medicina do Estilo de Vida é uma abordagem científica que tem como objetivo a busca por um estilo de vida com hábitos saudáveis. 

Em outras palavras, um método para diminuir complicações recorrentes na saúde, evitar novas doenças e a má qualidade de vida.

Essa abordagem é fundamentada em seis pilares, sendo eles: alimentação saudável, atividade física, saúde do sono, controle de tóxicos, saúde mental e relacionamentos. 

Assemelhando-se com a Medicina Preventiva, esta busca introduzir os pacientes em um estilo de vida saudável e completo no qual possam viver com qualidade. 

Em suma, estes nichos da medicina buscam conscientizar a população de que os cuidados para com a saúde deles parte, primariamente, deles próprios. 

Sendo assim, é o nosso dever incitar o estilo de vida saudável para poder assim evitar uma alta de patologias e uma maior qualidade de vida para a população. 

Conheça os pilares da longevidade saudável

Gradualmente, o conceito de unir saúde e longevidade vem ganhando espaço. 

No entanto, a verdade é que ele sempre esteve presente. 

A conquista da longevidade é algo que vem sendo estudado há tempos por profissionais.

Contudo, pode ser que a solução seja mais simples do que se esperava. 

Ela se encontra nos pilares que constituem a Medicina do Estilo de Vida, os quais preveem pontos essenciais na vida cotidiana de qualquer indivíduo que, quando melhorados, podem trazer bem-estar e longevidade. 

Assim sendo, entenda os seis pilares da longevidade saudável.

1° Pilar – Alimentação saudável

Já foi comprovado inúmeras vezes que uma alimentação saudável pode trazer inúmeros benefícios. 

Com o número crescente de problemas de saúde nos Estados Unidos, cogitava-se a possibilidade de que o número de lojas de fast-food tivessem influência direta na saúde da população.

Um estudo realizado pelo Hunter Medical Research Institute (HMRI) determinou que o aumento no número de lojas de fast-food em determinado espaço geográfico pode ser considerado um fator de risco ambiental para infarto do miocárdio.

A equipe descobriu que esse fator está diretamente relacionado com um aumento de doenças cardiovasculares, mesmo após contabilizar outros fatores como idade, obesidade, hiperlipidemia (colesterol alto), hipertensão (pressão alta), tabagismo, diabetes e nível socioeconômico.

2° Pilar – Atividade física 

Segundo um estudo, quanto menor o preparo físico dos adultos de meia idade, maior é a associação com a diminuição do volume cerebral anos depois.

Ou seja, a baixa prática de exercícios físicos tem impacto negativo direto com a saúde do seu cérebro.

Além disso, os pesquisadores descobriram a interferência do exercício físico na saúde do cérebro, através da análise neurológica de mulheres, inicialmente com 40 anos e, novamente, 20 anos mais tarde.

3° Pilar – Saúde do sono

Além de ser uma necessidade biológica, ter um sono de qualidade pode ser a chave para uma longevidade mais saudável. É o que afirma a American Academy of Sleep Medicine.

Para que isso aconteça, é necessária a adoção de hábitos saudáveis relacionados à alimentação, gerenciamento de estresse, prática de exercícios e respeito ao ritmo circadiano.

Durante o dia, o ciclo circadiano trabalha para enviar sinais ao cérebro com o objetivo de manter o corpo alerta e em funcionamento. Da mesma forma, à noite, o seu trabalho é preparar o corpo para o repouso.

Por conta disso, manter ambientes internos iluminados ou até mesmo aproveitar a luz do sol contribui para esse processo.

Segundo um estudo, realizado em adultos mais velhos, 2 horas de exposição solar aumentam a eficácia do sono em 80% e a sua quantidade em 2 horas.

4° Pilar – Controle de tóxicos 

Uma revisão de dados científicos aponta que os principais fatores de risco que contribuíram para a carga global de câncer em 2019 foram comportamentais

A carga de câncer atribuível ao risco variou por região do mundo e Índice Sociodemográfico (SDI), com tabagismo, relações sexuais inseguras e o uso de álcool como os três principais fatores de risco. 

O artigo ainda previu que reduzir a exposição a esses fatores de risco modificáveis ​​diminuiria a mortalidade por câncer e as taxas de disability-adjusted life years em todo o mundo, e as políticas devem ser adaptadas adequadamente à carga local de fatores de risco de câncer.

Além disso, de acordo com dados do National Institute on Alcohol Abuse and Alcoholism (NIAAA), colhidos nos EUA, pessoas que abusam constantemente do álcool correm maior risco de contrair doenças como pneumonia e tuberculose.

Consumir bebidas alcoólicas, sobretudo em excesso, debilita o sistema imunológico e reduz a capacidade do organismo de enfrentar doenças infecciosas.

5° Pilar – Saúde mental e relacionamentos

Um estilo de vida estressante pode desencadear uma resposta inflamatória em seu corpo, além de prejudicar seus hábitos de sono e outros setores. 

Consta em um estudo realizado nos Estados Unidos, realizado com 40 norte-americanos, foram encontradas hipóteses de uma possível relação entre o estresse crônico, a inflamação e a incidência de doenças cardiovasculares.

Segundo os pesquisadores, as descobertas corroboram com a anterior compreensão de que fatores relacionados ao estilo de vida não saudável podem gerar consequências nocivas para a saúde do ser humano. 

Hormônios do estresse e inflamação podem contribuir para um envelhecimento mais acelerado, conforme indica artigo publicado pela PUCRS. 

O autor explica que o estresse pode acelerar o principal relógio biológico já estudado, diminuindo o tamanho das extremidades dos cromossomos (chamadas telômeros).

Vivenciar um envelhecimento mais ativo e saudável não está fora do nosso alcance, mas ele depende muito do estilo de vida que levamos.

Ainda, podemos experimentar tal bem-estar e disposição durante toda nossa vida, caso cuidemos bem de cada aspecto citado acima. 

É essencial entender a importância dos hábitos saudáveis, para então poder estar um passo mais perto da qualidade de vida.