Imagine acordar, todos os dias, com uma dor persistente e prolongada, que prejudica a sua qualidade de vida e traz impactos em sua saúde física e emocional.
No Brasil, essa é a realidade de aproximadamente 60 milhões de pessoas*.
Esse número gigantesco representa mais de ⅓ da população brasileira que sofre com dores crônicas, ou seja, desconfortos que persistem por mais de três meses.
Muitos manuais de saúde recomendam a utilização de analgésicos para que os pacientes possam conviver com o problema de forma “confortável”. No entanto, será que é essa a “solução” que uma pessoa?
É cada vez mais notável o aumento de pesquisas científicas que relacionam a saúde mental com a melhora das dores crônicas.
Recentemente, um estudo** publicado no Science Daily®️ e no Journal of the American Osteopathic Association trouxe dados que comprovam que a técnica de meditação mindfulness beneficia pacientes com dor crônica e depressão, melhorando significativamente as percepções dos participantes de dor, humor e capacidade funcional.
Os participantes receberam práticas de mindfulness e hatha ioga durante oito (8) semanas. A maioria dos participantes do estudo (89%) relatou que o programa os ajudou a encontrar maneiras de lidar melhor com a dor, enquanto 11% permaneceram neutros.
Além disso, o estudo descobriu que a prática de mindfulness e ioga levaram a melhorias significativas nas percepções dos pacientes sobre a dor e a depressão. Após o curso, as pontuações do Patient Health Questionnaire (PHQ-9), uma medida padrão de depressão, caíram 3,7 pontos em uma escala de 27 pontos. Além disso, alguns pacientes experimentam uma queda que se assemelha ao uso de antidepressivos.
A ciência traz cada vez mais novos horizontes sobre procedimentos alternativos aos fármacos para a prevenção e tratamento de doenças. Cabe a nós, profissionais da saúde, o acompanhamento das mudanças para promover a saúde física e mental dos nossos pacientes.
Fonte* { Sociedade Brasileira de Estudos da Dor (Sbed) – Disponível em: https://bit.ly/3jLwwDQ }
Fonte** ( Science Daily®️ – Disponível em: https://bit.ly/2I54a9s }