A relação da exposição à UVB e o eixo pele-cérebro-gônada

A relação da exposição à UVB e o eixo pele-cérebro-gônada

A relação da exposição à UVB e o eixo pele-cérebro-gônada

Os raios solares têm grande influência no nosso organismo, contudo, você sabe qual a relação da exposição à UVB e o eixo pele-cérebro-gônada? 

Por muito tempo o sol foi associado em poemas e literatura ao amor. Sendo reverenciado como a representação da felicidade e carinho, é possível que as obras culturais introduziram, desde muito cedo, os inúmeros efeitos dos raios solares na vida dos seres humanos. 

Ainda assim, qual a verdadeira influência dos raios UVB com o eixo-cérebro-gônada? 

Continue a leitura e entenda. 

Afinal, qual a relação da exposição à UVB e o eixo pele-cérebro-gônada? 

Há anos a ciência vem descobrindo os efeitos da exposição solar no nosso organismo. Assim, obtivemos o conhecimento de que a luz ultravioleta afeta os aspectos endocrinológicos e comportamentais da sexualidade, porém como? 

Estudo publicado por 33 pesquisadores na revista Cell Reports, indica que a luz ultravioleta (UV) afeta aspectos endocrinológicos e comportamentais da sexualidade por meio de um mecanismo desconhecido.

A exposição à luz solar afeta a regulação do sistema endócrino responsável pela liberação de hormônios sexuais. A exposição aos raios ultravioleta B aumenta os níveis de hormônios esteróides sexuais e o comportamento sexual, que são mediados pela pele. 

Os autores do estudo acima abordam que na literatura é possível encontrar trabalhos que indiquem que a exposição ao componente ultravioleta (UV) da radiação solar aumenta os níveis de testosterona em homens, os níveis de estradiol e testosterona em peixes e a atratividade das galinhas para os galos. 

Sugerindo assim que a exposição à UV desempenha um papel importante na regulação da sexualidade tanto em nível comportamental quanto endocrinológico. 

Para investigar os efeitos sistêmicos da radiação UVB , os autores expuseram camundongos raspados dorsalmente a uma única dose de UVB de 800 mJ/cm 2 ou a 50 mJ/cm 2 diariamente por 8 semanas. 

As amostras de sangue foram coletadas 24 h após o tratamento com UVB para o modelo agudo e após 8 semanas de tratamento com UVB para os modelos crônicos.

Para realizar o estudo controlado do efeito do tratamento com UVB em humanos, reuniu-se uma coorte de pacientes submetidos à fototerapia, que fornece uma dose documentada de exposição a UVB. Os pacientes foram solicitados a preencher um questionário antes do primeiro tratamento com UVB e 1 mês depois. Durante esse período, os pacientes receberam uma dose de UVB (0,1–2,5 J/cm) duas ou três vezes por semana para 10–12 tratamentos de UVB. O PLS, desenvolvido para medir o amor apaixonado nas relações íntimas, teve como foco o desejo intenso de união com o outro.

Os pesquisadores descobriram que a exposição ao ultravioleta B (UVB) aumenta os níveis de hormônios esteróides sexuais e o comportamento sexual, que são mediados pela pele. Em camundongos fêmeas, a exposição UVB aumenta os níveis hormonais do eixo hipotálamo-hipófise-gonadal, resultando em ovários maiores; prolonga os dias de estro; e aumenta a expressão do hormônio anti-mulleriano (AMH). A exposição UVB também aumenta a capacidade de resposta sexual e atratividade das mulheres e as interações homem-mulher. 

Assim, a UVB desencadeia um eixo pele-cérebro-gonadal através da ativação da p53 da pele. Em humanos, a exposição solar aumenta a paixão romântica em ambos os sexos e a agressividade nos homens, como visto na análise de questionários individuais, e se correlaciona positivamente com o nível de testosterona. Os achados dos cientistas sugerem oportunidades para o tratamento de disfunções relacionadas a esteróides sexuais.

Conhecendo os efeitos da vitamina D 

A vitamina D é na realidade um hormônio, que, consequentemente, possui funções amplamente relacionadas às atividades hormonais.

Suas duas principais formas são a vitamina D2 (ergocalciferol) e a vitamina D3 (colecalciferol). 

No fígado, a vitamina D3 é transformada em 25 hidroxi-vitamina D, sendo que essa é a vitamina D medida nos exames de sangue. No entanto, a forma ativa da vitamina D é o calcitriol, obtido a partir da transformação da 25 hidroxi-vitamina D nos rins.

Entretanto, as funções do pró-hormônio são muito mais amplas, abrangendo cerca de 80 funções de restauro e reparo no organismo humano.

É a partir da Vitamina D que se produz as catelicidinas, proteínas de alto poder antibiótico, capazes de neutralizar vírus, bactérias, fungos e parasitas.

Além disso, o hormônio D também é responsável pela ativação de mais de 3500 genes.

Nesse sentido, manter o seu equilíbrio e a sua ingestão equilibrados é de extrema importância para proporcionar suas funções benéficas ao organismo humano que, além de tudo, ocorrem juntamente com outros importantes hormônios que possibilitam saúde e qualidade de vida, como o estradiol, testosterona, progesterona e cortisol.

Durante a pandemia da Covid-19, a Vitamina D tornou-se muito popular, principalmente considerando os estudos que comprovam a sua eficácia no aumento da imunidade.

Segundo um estudo, realizado pela Universidade Médica de Chicago, pacientes com deficiência de Vitamina D (<20 ng/ml) obtiveram quase o dobro de probabilidade de teste positivo para Covid-19, comparados a pacientes com níveis equilibrados do hormônio.

Os pesquisadores analisaram 489 pacientes, medindo o seu nível de Vitamina D durante um ano anterior aos testes para o vírus.

Foi evidenciado ao longo do artigo que os efeitos da absorção da vitamina D por meio da exposição dos raios UVB são inúmeros e muitas vezes benéficos quando em quantidade certa no organismo. 

Sendo assim, recomenda-se tomar os cuidados necessários para manter os níveis do pró-hormônio estáveis e na medida correta para poder alcançar a qualidade de vida e a longevidade saudável.