Acordar cansado não é normal e o seu paciente precisa saber disso

Acordar cansado não é normal e o seu paciente precisa saber disso

Segundo dados colhidos entre 2018 e 2019 pela Associação Brasileira do Sono (ABS), a população brasileira estava dormindo menos de 6,6 horas por dia, em 2018. Número este que passou para 6,4 horas por dia em 2019.

Com o intuito de demonstrar errônea a ideia de que o período de quarentena tenha possibilitado que as pessoas alcançassem mais qualidade para o seu sono, um estudo entrevistou mais de 1600 pessoas para saber como seu sono havia sido afetado pela pandemia.

No levantamento, 55,1% dos entrevistados relataram piora do sono durante a quarentena, por motivos que incluem a preocupação com os efeitos da pandemia, maior exposição às telas de TV, computador e celular, dificuldade em iniciar o sono e a indisposição ou falta de entusiasmo.

Quer entender mais sobre os hábitos de sono dos brasileiros? Continue a leitura. 

Afinal, é comum acordar cansado?

Uma pesquisa do Mapa do Sono dos Brasileiros, feita pelo Ibope, mostra que 65% dos brasileiros têm baixa qualidade de sono. 

Entretanto, somente 7% das pessoas nessa condição procuram profissionais médicos quando têm dificuldades para dormir. 

A pesquisa revelou ainda, que 34% dos entrevistados afirmam ter insônia, porém apenas 21% declararam possuir o diagnóstico da doença.

Com a crescente normalização de um sono de má qualidade, é preciso relembrar a importância que o sono de qualidade representa para a saúde do ser humano.

Afinal, quando não dormimos bem, nos sentimos indispostos, cansados e irritados, além de estar predispostos ao agravamento ou geração de diversos distúrbios e patologias nocivos.

Antes de procurar ajuda de um profissional, as 2.635 pessoas entrevistadas afirmaram que, para tentar resolver as dificuldades que enfrentavam com o sono, procuraram tentar criar uma rotina noturna.

Tal rotina incluía: tentar dormir e acordar no mesmo horário, e ter uma alimentação saudável. 

Ainda entre as respostas populares para a tentativa de melhorar o sono, muitos tentaram parar de beber ou fumar e reduziram os medicamentos que ingeriam. 

Apesar da baixa procura por médicos, 83% dos entrevistados do Mapa do Sono dos Brasileiros reconhecem que a insônia é uma doença.

Entretanto, 77% dessas pessoas afirmam que o distúrbio é consequência de outras enfermidades, ou seja, desconhecem insônia como doença específica que precisa de tratamento.

Conheça as consequências que os distúrbios do sono podem acarretar para a qualidade de vida

Em um artigo publicado em 2007, o sono é descrito da seguinte forma: 

“O sono é uma função biológica fundamental na consolidação da memória, na visão binocular, na termorregulação, na conservação e restauração da podem acarretar alterações significativas no funcionamento físico, ocupacional, cognitivo e social do indivíduo, além de comprometer substancialmente a qualidade de vida.”

Portanto, o sono prova-se ser uma ferramenta essencial para o funcionamento humano, acarretando consequências sérias quando não possui qualidade.

Os distúrbios do sono provocam consequências adversas na vida das pessoas por diminuir seu funcionamento diário, aumentar a propensão a distúrbios psiquiátricos, déficits cognitivos, surgimento e agravamento de problemas de saúde, aumentar os riscos de acidentes de tráfego e absenteísmo e improdutividade no trabalho. 

No geral, a falta de uma boa noite de sono de qualidade pode causar problemas de saúde, diminuir a expectativa de vida e influenciar no bem-estar diário.

Estudos apontam que dormir somente 5 horas ou menos durante um dia pode aumentar cerca de 15% os riscos de mortalidade de uma pessoa.

Considerando que o sono é tão essencial para o nosso  dia a dia, é preciso ter consciência sobre como manter um sono saudável e reparador, apesar dos desafios que a vida moderna nos impõe. 

Como dormir bem?

Na ânsia por conseguir uma noite de sono de qualidade, muitas pessoas acabam recorrendo a medicamentos

O número de pessoas que tomavam remédios para dormir já supera os 15 milhões no Brasil, segundo uma pesquisa do IBGE de 2013. 

Já uma pesquisa mais recente, feita pela startup SleepUp, indicou que 35% das pessoas que usam medicamentos para insônia o fazem sem prescrição médica.

Percebe-se que a busca pelo sono de qualidade é uma preocupação constante entre os brasileiros, mas existem outras práticas que podem substituir as soluções farmacológicas, além de trazer benefícios para diversas áreas da vida. Confira alguns exemplos:

  • Crie um ambiente propício ao sono, mantenha o quarto escuro e silencioso para potencializar o sono. Ter um colchão confortável e de qualidade também ajuda. 
  • Procure relaxar durante 3 ou 2 horas antes de se deitar.
  • Evite alimentos estimulantes antes de se deitar, como o café, canela, pimentas e aqueles com excesso de açúcar.
  • Evite atividades estimulantes perto do horário de dormir. 
  • Não permaneça conectado à televisão ou ao celular
  • Tenha uma rotina: ajuste um horário regular para ir dormir e para se levantar.
  • Evite vícios, como o cigarro e o álcool. As substâncias podem prejudicar seu sono.
  • Evite cochilos muito longos durante o dia, eles podem interferir no sono da noite.

Se ao tentar mudar seus hábitos para ter uma melhor noite de sono, esse problema não foi resolvido, ainda tem-se uma opção: recorrer ao hormônio do sono.

Apesar de ser comumente conhecido como hormônio do sono, essa substância na verdade se chama: melatonina.

Este hormônio é uma parte central do ciclo de sono-vigília do corpo e orientação do ciclo circadiano – responsável por ativar ou não as funções do organismo de acordo com o horário do dia. 

Algumas práticas, anteriormente citadas, ajudam a potencializar a produção de melatonina, como por exemplo: ela aumenta com a escuridão noturna promovendo um sono saudável e de qualidade, que obedeça o nosso ritmo circadiano.

Por ser um elemento desenvolvido pelo próprio corpo, o hormônio do sono é conhecido como melatonina endógena, porém, ele também pode ser obtido de maneira exógena, através da ingestão de suplementos vitamínicos, orientados pelo profissional médico

Segundo uma pesquisa realizada nos Estados Unidos, o suplemento é um dos mais utilizados entre adultos do país, a fim de repor as quantidades necessárias de melatonina para que ela desempenhe o seu papel para promover um sono de qualidade.

Além de trabalhar para você dormir bem, o hormônio do sono também apresenta resultados eficazes para a amenização da inflamação do corpo, através de sua suplementação.