Exercício físico e sua influência na prevenção de patologias

Exercício físico e sua influência na prevenção de patologias

Exercício físico e sua influência na prevenção de patologiasA prática de exercícios é sempre um bom caminho a seguir para obter uma vida de qualidade. 

Durante a prática de exercícios não são somente os músculos que são afetados. Atividades físicas podem resultar em alterações no cérebro e no organismo como um todo.

Essas alterações trazem inúmeros benefícios para a saúde metabólica, cardiovascular e imunológica de um indivíduo.

Além disso, os efeitos que a atividade física proporciona ao corpo são fascinantes, o que direciona para diversas pesquisas e novas descobertas na área. 

Continue a leitura e compreenda mais sobre o exercício físico e a sua influência na prevenção de patologias.

Afinal, qual o papel do exercício físico na saúde do ser humano?

Não é segredo que a prática de exercícios é sinônimo de viver bem. 

Quando praticamos atividade física, o aumento da frequência cardíaca promove a oxigenação do cérebro, estimulando o fluxo sanguíneo no local. 

Isso estimula o cerebelo, responsável pela coordenação motora, e também aumenta a atividade no hipocampo, associado à memória e ao aprendizado.

Além disso, estudos indicam que esse hábito contribui também para a neurogênese, ou seja, a formação de novos neurônios. 

Isso proporciona ao corpo uma otimização cerebral que pode ajudar na prevenção de patologias como Depressão, Parkinson, Alzheimer e Acidente Vascular Cerebral (AVC).

No entanto, a prática de exercícios físicos também traz mudanças em nível molecular. 

Um estudo de 2020, constatou que quase dez mil moléculas são alteradas durante e após a atividade física, que envolvem processos relacionados ao metabolismo energético, estresse oxidativo, inflamação, reparação de tecido, resposta do fator de crescimento e caminhos regulatórios.

E as descobertas não param por aí!

Um outro estudo, liderado pela Universidade de Melbourne, mostrou que diferentes tipos de exercício alteram as moléculas em nossos músculos de maneiras diferentes.

Isso resultou na descoberta de um novo gene que promove a força muscular: o gene C18ORF25. Quando ativado pela atividade física, ele apresenta potencial para o desenvolvimento de tratamentos terapêuticos para imitar alguns dos benefícios do exercício.

A identificação do novo gene leva os pesquisadores a crer que tal descoberta pode afetar a forma como lidamos com o envelhecimento saudável, doenças de atrofia muscular, ciência do esporte e até mesmo a pecuária e a produção de carne. 

Isso porque promover a função muscular ideal é um dos indicadores para a promoção da saúde na população em geral.

Existe uma quantidade limite de exercício físico?

O exercício induz redes de sinalização para melhorar a função muscular e conferir benefícios à saúde.

Ele por si só é uma das primeiras indicações na prevenção de patologias. 

No entanto, tudo tem um limite. 

Existe um ponto em que o exercício, que geralmente beneficia a saúde, pode trazer sérias consequências para aquele que pratica. 

O excesso ou desempenho inadequado podem ter efeito reverso e causar complicações na saúde. 

Um artigo, publicado no jornal The New York Times,  explica como essa relação acontece. 

Ao se exercitar, seu corpo responde ficando em forma, mais forte e mais rápido. Essas melhorias não acontecem durante o treino em si, mas ocorrem durante o período de recuperação. 

É quando seu corpo repara os danos causados ​​por exercícios intensos, como micro rasgos em suas fibras musculares e faz adaptações, como aumentar as mitocôndrias produtoras de energia em suas células.

Enquanto que o seu corpo for capaz de acompanhar esse trabalho de reparo, seus treinos continuarão ajudando seu desempenho. 

Contudo, quando o estresse dos treinos se acumula, além de sua capacidade de recuperação, você entra na zona do excesso, conhecida na comunidade esportiva como overtraining

Não há uma medida específica de até onde o treino é benéfico, porque essa variação depende das particularidades físicas, objetivos com o exercício e estado mental de cada pessoa. 

Por isso, recomenda-se buscar acompanhamento de um profissional de confiança da área para garantir que as práticas permaneçam benéficas à saúde e proporcionem resultados positivos.

O corpo humano não foi feito para ficar parado

Desde os primórdios da humanidade, o ser humano utiliza a atividade física para sobreviver. 

Com as mudanças no mundo, porém, o nomadismo ficou para trás e o sedentarismo entrou em cena. 

Contudo, o nosso físico não foi feito para permanecer parado por longos períodos, e isso se evidencia cada vez mais. 

Segundo um estudo brasileiro, publicado na revista American Journal of Preventive Medicine, permanecer sentado mais de três horas por dia está diretamente associado a 3,8% dos óbitos por todas as causas no mundo. 

O mais grave nessa pesquisa é que a estatística inclui mesmo quem se exercita com regularidade.

Ou seja, mesmo que você pratique exercícios físicos de maneira regular, permanecer sentado em demasia ainda pode representar danos à sua saúde. 

Além das comuns dores nas costas – na lombar, no pescoço, nos ombros -, ficar tempo demais sentado aumenta os riscos de diabetes, obesidade, trombose venosa profunda, doenças cardiovasculares e síndrome metabólica.

Segundo um artigo, publicado pela Harvard Medical School, os pesquisadores não sabem ao certo por que ficar sentado por muito tempo apresenta consequências tão prejudiciais à saúde. 

Contudo, uma explicação possível é a constatação de que, permanecer em uma posição de descanso, pode relaxar seus maiores músculos. 

Quando os músculos relaxam, eles absorvem pouca glicose do sangue, aumentando o risco de diabetes tipo 2, por exemplo

E, como pudemos perceber, nem aqueles que se exercitam conseguem fugir da realidade. 

Embora o exercício regular seja sempre recomendado, ele não compensa completamente todos os riscos para a saúde que ficar muito tempo sentado acarreta.

Visto isso, o mais indicado é permanecer em equilíbrio

Comprovamos que a prática de atividade física é benéfica para a saúde em diversos sentidos, no entanto, é preciso saber os limites do próprio corpo para não transformar esse hábito em um malefício. 

A principal problemática disso é que a comunidade geral, muitas vezes, desconhece os riscos do exercício físico extremo aqui mencionado. 

Portanto, é imperativo que a comunidade médica científica não meça esforços para que essas informações cheguem a eles de forma compreensível e correta.