Por que a menopausa precoce ocorre?

Por que a menopausa precoce ocorre?

A partir dos 48 anos de idade, as mulheres presenciam o fim dos seus ciclos menstruais, evento chamado de menopausa.

Contudo, tal fenômeno pode ocorrer antes do período citado, o que é caracterizado como a menopausa precoce.

Afinal, por que a menopausa precoce ocorre?

Conforme o Portal PEBMED, até 10% das mulheres podem sofrer com a incidência de menopausa antes dos 45 anos.

Dessa forma, tal quadro merece um olhar atento, especialmente quando consideramos as consequências que a menopausa e outros processos catabólicos do envelhecimento podem causar na vida de uma mulher.

Continue a leitura e compreenda mais sobre o Declínio Gonadal Feminino e a sua incidência precoce. 

Menopausa: um panorama

Os hormônios regem toda a nossa vida.

Através deles que o nosso corpo recebe sinais e incentivos para que cada órgão desempenhe suas determinadas funções.

No corpo da mulher, os hormônios ovarianos possuem funções que ultrapassam o sistema reprodutor, desempenhando papel fundamental na manutenção do sistema imunológico, saúde óssea e outros departamentos que colaboram para o bem-estar e qualidade de vida feminina.

Contudo, ao longo dos anos, ocorre o declínio de tais hormônios, conhecido como a menopausa ou declínio gonadal feminino, condição essa, que pode se apresentar de maneira precoce em cerca de 10% das mulheres, conforme citado na introdução deste artigo.

Por conta disso, compreender a trajetória da menopausa auxilia na elucidação do por que a menopausa precoce ocorre.

Durante a adolescência, o início do ciclo menstrual possibilita a liberação de importantes hormônios para a mulher. Tais hormônios são liberados pela hipófise e são conhecidos como: hormônio folículo-estimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH).

Através deles ocorre a produção de estrogênio e progesterona, hormônios essenciais para a saúde da mulher, muito além do sistema reprodutor.

Em torno dos 30 anos de idade, os primeiros sinais de desaceleramento aparecem no metabolismo feminino, em sua maioria, representados através dos fogachos, ondas de calor e também aumento de peso.

Contudo, é a partir desse momento que a atenção profissional pode promover métodos preventivos e o tratamento adequado para que a condição seja controlada e a mulher experiencie o mínimo possível das inúmeras consequências que cercam o declínio hormonal. 

Menos de uma década depois, por volta dos 35 anos, a mulher adentra a fase conhecida como climatério, que perdura até os seus 65 anos.

É nessa fase que a produção dos hormônios ovarianos sofre com escassez e declínios drásticos, acarretando consequências nocivas para a sua saúde. Dentre os sintomas é possível perceber também as flutuações no ciclo menstrual.

Com a chegada dos 40 anos, a fertilidade da mulher também sofre declínio, bem como o nível de estrogênio presente no sangue, o que acarreta na diminuição da quantidade de colágeno e elastina na pele, fazendo com que os sinais do envelhecimento se tornem cada vez mais visíveis ao olho nu.

Entre 48-52 anos, apresentam-se as falhas na menstruação e a interrupção total do ciclo menstrual, chamado de amenorréia secundária. Neste período, os ovários entram em esgotamento.

Contudo, é possível que uma parcela das mulheres experiencie tais consequências muito antes dos 45 anos de idade, o que caracteriza a condição de menopausa precoce.

Afinal, o que é a menopausa precoce e por que ela ocorre?

Como esclarecido ao longo deste artigo, a partir dos 48 anos de idade, as mulheres presenciam o fim dos seus ciclos menstruais, chamado de menopausa.

Contudo, o declínio hormonal e a interrupção do ciclo menstrual também podem apresentar-se de maneira precoce, até mesmo antes dos 45 anos de idade.

Segundo estudos, a menopausa precoce está associada a um maior risco de doenças cardiovasculares, osteoporose e declínio cognitivo.

Mas, afinal, o que pode levar uma mulher a ter um esgotamento hormonal precoce?

Descobertas recentes, encontraram associações entre métodos contraceptivos e a menopausa precoce. Segundo os pesquisadores, o uso de contraceptivos a longo prazo foi associado a níveis mais baixos de um biomarcador de envelhecimento ovariano, sugerindo um risco aumentado de menopausa precoce.

Outros fatores que ocasionam o declínio precoce estão relacionados a deficiência de hormônios importantes para a preservação das gônadas ovarianas, como por exemplo o hormônio T3.

Além disso, a exposição a infecções e poluentes ambientais também representa perigos para a saúde da mulher, capazes de alterar os processos naturais relacionados ao ciclo ovariano feminino.

Por fim, mas não menos importante, um fator que pode impactar o início da menopausa de maneira prematura está relacionado ao estilo de vida, que envolve alimentação, prática de exercícios físicos, qualidade do sono e da rotina, por exemplo.

Nesse sentido, a má alimentação e a falta de prática de exercícios, o não gerenciamento de estresse, a má qualidade de sono e tabagismo são alguns exemplos que podem impactar negativamente a saúde da mulher.

Segundo uma análise, fumantes regulares ou de longo prazo provavelmente sofrerão com a menopausa precoce. Segundo os pesquisadores, mulheres que fumam podem começar a menopausa um a dois anos mais cedo do que mulheres que não fumam.

Conheça as consequências da menopausa precoce para a vida da mulher

Sabemos que as consequências da menopausa são catastróficas para a saúde e qualidade de vida das mulheres.

Nesse sentido, sofrer com tais consequências de maneira precoce, pode acarretar danos ainda mais nocivos ao bem-estar e longevidade da mulher.

Como você pode compreender, o quadro clínico da menopausa possui vasta sintomatologia, sendo o mais conhecido de todos a interrupção do ciclo menstrual em mulheres com mais de 35 anos, chamado de amenorreia secundária.

Outros sintomas relacionados ao período envolvem os fogachos e ondas de calor, que duram em média, de três a cinco anos e costumam piorar no ano seguinte à última menstruação.

Além disso, esse sintoma acomete mais de 80% das mulheres que enfrentam o climatério, podendo, sem o tratamento e atenção apropriados para o controle dos sintomas, perdurar por tempo indefinido em alguns casos.

Outros sintomas menopáusicos que podem ser um biomarcador para o desenvolvimento de doenças crônicas, são:

  • Sudorese noturna;
  • Insônia;
  • Fragilidade imunológica;
  • Labilidade emocional;
  • Ressequidão vaginal; 
  • Dispareunia;
  • Declínio cognitivo; 
  • Ressecamento da pele; 
  • Queda de cabelos; 
  • Aumento do peso total; 
  • Aumento do percentual de gordura; 
  • Perda de massa magra; 
  • Perda de massa óssea; 
  • Redução da libido; 
  • Comprometimento da qualidade de vida. 

Considerando este cenário, impera a necessidade de um olhar clínico individualizado e focado no bem-estar e qualidade de vida da mulher, através da indicação de terapia de reposição hormonal.